sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Tudo sobre a coletiva online da segunda fase de "Renascer", a próxima novela das nove

 A Globo promoveu nesta terça-feira, dia 9, a coletiva virtual da segunda fase do remake de "Renascer". Participaram o autor Bruno Luperi e os atores Marcos Palmeira, Matheus Nachtergaele, Camila Morgado, Juan Paiva, Vladimir Brichta, Pedro Neschling, Alice Carvalho, Marcello Melo Jr, Rodrigo Simas, Sophie Charlotte, Ana Cecília Costa, Chico Diaz, Renan Monteiro, Juliane Araújo, Theresa Fonseca, Samantha Jones, Gabriela Medeiros, Jackson Antunes, Mell Muzillo, Livia Silva e Juan Queiroz. Fui um dos convidados e conto sobre o que rolou no bate-papo.

Bruno Luperi falou sobre as críticas que recebeu sobre não fazer alterações em 'Pantanal' e se faria a mesma coisa em 'Renascer': "Mexer em um clássico da teledramaturgia brasileira é como escalar um time para a seleção brasileira e todos reclamam do técnico da seleção. Se isso acontece, é porque o trabalho está bem feito. Pantanal e Renascer foram as duas obras primas do meu avô e me resumo ao meu lugar. Minha proposta não é recriar. Sou um cara que respeita o trabalho que me precede. Não estou aqui para reinventar a roda. Minha função em 'Pantanal' foi muito bem aceita. Fui xingado no Twitter por ter matado a Madeleine e considero isso um elogio porque as pessoas queriam ver mais a personagem. Renascer foi transformado em 30 anos, mas minha função é parecer que nada foi feito. Então se parecer isso é porque foi algo bem feito. E trazer a Buba como uma mulher trans e não como uma intersexo, como na original, traz agora uma matriz de discussões que era impossíveis lá atrás. E espero que a nova versão instigue as pessoas a verem a original no Globoplay. E se quiserem me xingar no Twitter, me xinguem", declarou. 

Sophie Charlotte comentou sobre a nova composição de seu papel: "Não falei com a Patrícia Pillar ainda, mas assisti trechos no Globoplay da primeira versão e a expectativa é muito diferente das outras que eu tive com remake porque eu já fiz o remake de 'O Rebu' e 'Ti Ti Ti'. Fiquei emocionada e surpresa com esse projeto e a homenagem ao Benedito Ruy Barbosa.

Eliana se transforma bastante na passagem de tempo de uma versão e outra. Me senti livre para poder criar uma nova Eliana e fazer uma leitura divertida e sagaz. Estou muito animada em trabalhar com tantos atores que admiro", finalizou.

Chico Diaz falou sobre seu personagem na trama: "Na minha primeira infância eu estudei em colégios católicos. Viver o padre Santo é uma oportunidade de reviver um universo que muito me interessa. É importante eu, como intérprete, ser uma ferramenta para trazer um universo místico. Li livros e me preparei vendo a primeira versão, além de ter acompanhado muito o padre Júlio Lancelloti. Tem sido uma experiência de muita humildade. O padre Santo representa a passagem de tempo de uma fase para outra. Tem me preocupado em decorar bem a palavra e a forma como ser pensada", analisou.

Rodrigo Simas comentou sobre a intenção de seu personagem: "Todo mundo se identifica com relações familiares. José Venâncio faz de tudo para agradar o pai, mas é dificultado pela distância e falta de carinho dele. É uma família despedaçada que ele tenta montar de novo. A dificuldade se exemplifica na relação com os irmãos, com a sua mulher, enfim, me sinto feliz em fazer parte disso. Vejo essa relação do Venâncio em querer dar orgulho pro pai", observou. 

Juan Paiva não escondeu a animação com o remake: "Estou muito feliz em dar vida ao João Pedro. É um cara de muita força que é dada pela mãe. É pé no chão, pé na terra. A relação com o pai é de um embate, mas que não atrapalha a relação com o respeito. Ele tá sempre buscando um carinho do pai, mas é rejeitado. Com o José Bento, o João Pedro não se á muito bem, mas com o José Venâncio é algo melhor. É um personagem que não pode compartilhar suas dores com a família. Um cara muito especial e deveria ser olhado por esse pai com mais cautela, ele é o espelho do pai". 

Renan Monteiro comentou brevemente sobre a família principal do enredo: "Falar de família é um tema muito interessante no Brasil porque a maioria dos filhos são criadas pela mãe e na novela são pelo pai. É interessante esse amor fragmentado. José Augusto ser instrumento disso é um privilégio pra mim e falar de amor é muito bacana". 

Marcello Melo Jr analisou a índole de seu personagem: "Vejo o José Bento como o sentimento contrário o das famílias afetivas. Ele tem respeito pelo pai, mas lida com tudo de uma forma diferente. Ele destoa da relação com a família. Cria uma individualidade e está sempre querendo se dar bem. Cada irmão tem uma personalidade muito diferente. E todos têm em comum uma admiração e um respeito pelo pai. Mas o meu personagem é o mais interesseiro". 

Juliane Araújo observou sobre a importância da novela que marcou época: "Em 'Renascer' cabem muitos Brasis. Teve uma cena do Tião Galinha que eu chorei poro uns dez minutos. Por mais que a gente tenha assistido a versão de 1993, tem um imaginário do público. É muito lindo fazer parte disso. Minha personagem não está inserida no cenário da Bahia, mas transita muito. Kika está encantada com Ilhéus. É um lugar que nenhum brasileiro passa ileso. Acho que vai ser um grande sucesso". 

Pedro Neschiling falou sobre o privilégio de estar no elenco: "'Renascer' é um marco para qualquer um que gosta de novela. Pra gente participar disso e contar uma história da década de 1990 sob a ótica de 2024 é uma honra. Um elenco brilhantemente escolhido e é uma honra pra mim depois de dez anos sem fazer novela. Já falaram tão bem que nem tenho muito o que acrescentar."

Theresa Fonseca contou sobre o desafio de interpretar um tipo difícil como Mariana: "'Renascer' é a novela favorita da minha família. Quando falei para eles que faria essa novela todos acharam que erra uma grande mentira. E quando viram que era verdade falaram que tenho que fazer muito bem, o que me deixou com ainda mais pressão. Meu tio já viu a primeira versão seis vezes pelo Globoplay. É uma honra fazer a Mariana. Ela é complexa. Me sinto bem amparada pelos meus colegas e pela direção. Mariana chega em um jogo já estabelecido e quando ela entra mexe em tudo quando se apaixona perdidamente tanto pelo pai quanto pelo filho. Uma personagem que busca aprovação o tempo todo. É uma personagem que todos os personagens têm uma visão julgadora dela".

Samantha Jones está animada com sua personagem: "Eu sou baiana e morei em Ilhéus. É uma novela que está no imaginário popular. Poder contar uma história de um lugar de onde eu vim é um presente que não tive até hoje. Conheço muita gente que se parece com minha personagem. Foi um presente muito bonito. É uma obra que está no coração de muita gente que amo e estou muito feliz".

Gabriela Medeiros comentou sobre a releitura da Buba: "Tive muitas conversas com o Bruno Luperi. Buba é intensa por si só. Ela nasceu através das minhas poesias, dos meus desenhos. É uma personagem muito complexa. Tive trocas com a Maria Luísa Mendonça e ela me aconselhou seguir pelo caminho da doçura. Estou muito feliz de fazer esse projeto e é muito importante pra minha via. Sei que vai mudar minha vida. Um projeto transformador. Espero que as pessoas recebam a Buba de braços abertos porque ela é apaixonante". 

Marcos Palmeira falou do desafio de viver mais um protagonista de Benedito Ruy Barbosa: "Eu não fui rever a obra, mas fiquei muito feliz pela confiança depois do remake de 'Pantanal'. Nas novelas do Benedito as coisas aconteceram para mim. Não é refazer uma história, é trazer novas camadas. Quando a gente faz uma obra aberta, a gente vai fazendo e sem saber para onde atirar. Mas agora com uma obra que a gente já sabe para onde vai facilita. O que salva o José Inocêncio é a invasão a uma terra abandonada. Aquele abandono vira salvação. E o filho espelhado é o mais rejeitado. Estou muito feliz. O astral está maravilhoso. Um elenco muito querido. Uma novela que a gente começou sem floreio, a gente foi direto na dramaturgia. Viver agora o pai do personagem que eu fiz em 1993 não tem preço. Recontar é reviver isso".

Jackson Antunes esbanjou simpatia na coletiva: "'A emoção que tive de 30 anos atrás é a mesma agora. Estou em um estágio de encantamento. Meu personagem é a dose de amor que o José Inocêncio não dá para o João Pedro. É um tio que todo mundo gostaria de ter, um pai que todo mundo gostaria de ser. Um personagem encantado do seu Benedito Ruy Barbosa. A gente vai pegar essa obra prima e adaptar para os dias de hoje. Eu fiz o Damião em 1993 e agora é o Xamã. Uma alegria contracenar com jovens atores e ver a entrega deles". 

Vladimir Brichta foi sincero sobre sua presença em 'Renascer': "Não imaginei que fosse fazer novela tão cedo, não estava nos meus planos. Mas quando soube que fariam 'Renascer' de novo... Eu estava no teatro em 1993 quando a novela estava no ar e me impactou de forma gigantesca. Muito feliz de poder contar essa nova versão da trama. Eu conheço esse indivíduo, conheço esse ambiente, o que me dá mais naturalidade. Herson Capri fez o personagem na primeira versão e falei para ele o quanto eu estava honrado. A qualidade da novela melhora quando a gente foge dos maniqueísmos. Essa classificação de vilão eu discordo um pouco. Ele é perverso, explora mão de obra. Um cara execrável. Adoro o personagem, mas não daria bom dia a ele. Representa um Brasil antigo, arcaico."

Matheus Nachtergaele analisou seu longo tempo fora dos folhetins: "Faz dez anos que não faço uma novela e basicamente porque faço muito cinema, muito teatro e muitas séries. 'Renascer' é uma oportunidade de fazer uma novela de altíssima qualidade de texto. Olha para um lado tem o Chico Diaz, para o outro tem o Jackson Antunes, o Marcos Palmeira, enfim. O personagem foi defendido pelo Nelson Xavier na primeira versão e foi um dos responsáveis pela minha formação. Isso me motivou a aceitar o papel. Eu só fiz quatro novelas na vida, uma em cada horário e todas de muita qualidade. 'Cordel Encantado' às seis, 'Da Cor do Pecado' às sete, 'América' às nove e 'Saramandaia' às onze. Norberto é um tipo comum. Um comerciante afável, um fofoqueiro que vai servir como um cronista. Estou tentando respeitar o sotaque baiano. Ele carrega uma cordialidade e um humor".

Ana Cecília Costa se emocionou quando lembrou da colega que viveu sua personagem em 1993: "Regina Dourado abriu o caminho e estou seguindo. Nos deixou muito cedo essa atriz maravilhosa baiana. Uma atuação artística ao mesmo tempo com uma comunicação popular. Vai ser a minha Morena, claro, com meu repertório e minha história. Mas honrando Regina sempre. Fiz questão de assistir a muitas cenas dela. Me sinto emocionada e honrada em estar ocupando esse espaço e estar inserida neste projeto. Minha primeira vez em um trabalho rural, meu irmão planta cacau e sou baiana também. É uma novela muito masculina".

Camila Morgado comentou sobre a nova roupagem da Dona Patroa: "Eu sou amiga da Eliane Giardini. Fui tão bem recebida por ela em 'A Casa as Sete Mulheres', minha primeira personagem na tv. Quando soube que faria a Dona Patroa, que foi da Eliane na primeira versão, eu liguei pra ela pra pedir a bênção. Nós trocamos palavras lindas. Eu não vi 'Renascer'. Vi um pouco agora no Globoplay. Mas não quis ficar muito presa ao que a Eliane fez. Porque estamos em 2023 e como seria essa Dona Patroa hoje? Ela passou por algumas mudanças. É uma personagem muito caseira e normalmente não me chamam para personagens assim. Gostei de me verem agora de um outro jeito. O marido, Egídio, é um pervertido. Então ela sofre assédio moral, psicológico. É importante colocarmos isso. A Dona Patroa agora virá como uma cristã fervorosa. Ela acredita que pela questão da fé vai conseguir mudar o marido. Terá uma visão bem dogmática sobre as questões religiosas. Aos poucos ela vai tendo uma visão mais progressista, o que marcará a virada dessa mulher". 

Mell Muzillo falou brevemente sobre sua personagem: "Ritinha é um presente. Uma menina ingênua, mas muito sagaz e esperta. Estou ao lado de pessoas que admiro". Já Alice Carvalho comentou sobre sua estreia na televisão: "Acabo de sair de uma obra fechada que foi 'Guerreiros do Sol'. E agora vou para uma obra aberta e estou empolgada em como isso me trará como experiência. E estou ao lado da minha inspiração que é Irandhir Santos. Uma responsabilidade muito grande porque nunca vou conseguir chegar no resultado que Teresa Seiblitz chegou. Estou indo devagarinho. Muito concentrada e sabendo do tamanho da responsabilidade que tenho".

Livia Silva falou sobre seu primeiro trabalho na TV ser no remake: "Estou muito feliz de ter recebido esse presente que foi a Teca. Na primeira versão quem fez foi a Paloma Duarte e é uma responsabilidade grande. Teca perdeu a família muito cedo e vai pingando em lares de adoção até viver nas ruas do Rio de Janeiro até que aprende a fazer das ruas o lar dela. Tem consciência de que aquele lugar em que está não é o que a pertence. Fiquei apaixonada pela Teca da Paloma, mas fiz uma Teca mais contemporânea. Adotei gírias de 2024, enfim. É minha primeira novela e tudo isso é novo pra mim, Estou honrada e feliz". 

Juan Queiroz comentou sobre sua estreia em novelas: "É delicioso estar no meio de tantas pessoas que admiro. Acompanho esse elenco, vejo os filmes, estudo as pessoas que estão nesse projeto comigo. É uma realização. Pitoco é um cara apaixonado. Um garoto que faz o que le pode fazer em um ambiente que está inserido, mas não deixa de ser a beleza nas coisas e se apaixona pela Teca. E os dois se distanciam desse amor romântico. É muito bom olhar pra Livia no set e saber o que ela está pensando. Estar com gente que confio. E é minha primeira novela. Está sendo maravilhoso". 

O remake de "Renascer" estreia no dia 22 de janeiro. 

12 comentários:

  1. Queria muito tecer comentários sobre a matéria, mas como não entendo nada de novela vou ficar te devendo, mas deixo aqui registrada a minha visita.
    Um abraço.

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  2. Brilhante e completa resenha. Será certamente uma interessante novela.
    Um grande abraço

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  3. Sergio,
    Super elenco, super novela e
    maravilhosa matéria!
    Bjins de bom domingo.
    CatiahoAlc.

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  4. A missão desse pessoal: produtores, atores, etc. é muito desafiadora. Torço para que entreguem um trabalho maravilhoso, nesse remake.

    Beijo e bom domingo

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  5. Olá, tudo bem? Era criança e lembro de Renascer por causa da Buba (muito polêmica na época) e do Zé Galinha. Veremos o que acontece. Foi sucesso na época. Menos que Pantanal, mas foi. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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  6. Um verdadeiro novelão!

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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