sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Record não sabe lidar com o sucesso de "A Fazenda 12"

 No post anterior --- que pode ser lido aqui ---, houve um justo reconhecimento ao sucesso de "A Fazenda 12". O reality vem ganhando da Globo quase todos os dias e nunca na história a competição teve tanta repercussão. Obviamente, o fator pandemia do coronavírus (que implica na ausência de novelas e atrações inéditas na televisão) contribui. Mas é fato que a seleção dos participantes foi um acerto. Escolheram a dedo e há sempre brigas ou embates diários. O que se constata, no entanto, é a incapacidade da Record em lidar com tamanho êxito. 

Em menos de uma semana, "A Fazenda 12" apresentou uma sucessão de erros constrangedores. No dia da formação da Roça (27/10), Biel contou para Victória sobre parte do Poder da Chama, que tinha adquirido após a vitória na "Prova de Fogo". Qualquer tipo de comunicação entre o vencedor do poder e seu escolhido para executá-lo é proibida e Marcos Mion repete isso várias vezes. Mas o cantor ignorou e todos os telespectadores viram. 

As redes sociais incendiaram, com o perdão do trocadilho, mas a produção ignorou as reclamações do público apontando a infração. O apresentador até foi obrigado a explicar ao público que havia uma câmera fixa em Biel e verificaram que o cantor não tinha falado nada sobre o poder. Apenas um palavrão foi dito, segundo Mion.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Apesar do péssimo "Playplus" e edição preguiçosa da Record, "A Fazenda 12" merece o sucesso

 A décima segunda edição de "A Fazenda" estreou em setembro, na Record. A emissora estava com altas expectativas em virtude do fenômeno do "Big Brother Brasil 20", que parou o Brasil e movimentou as redes sociais, principalmente com o início da pandemia do novo coronavírus. E já é possível constatar que a produção acertou com a temporada de 2020. O sucesso é incontestável e o elenco foi bem escolhido. 

Na semana passada, o reality ficou pela primeira vez na liderança isolada durante o confronto com o desgastado "The Voice Brasil" e a reprise do ótimo "Que Conversa É Essa, Porchat?" na Globo. Mas já vem alcançando o primeiro lugar quase diariamente por cerca de 15 minutos ou mais, principalmente durante a formação da Roça (na terça-feira). A verdade é que a pandemia privou a televisão de atrações inéditas e as reprises vêm dominando as programações. "A Fazenda 12" é um dos raros produtos inéditos sendo exibidos. A migração de audiência é natural. 

Mas a escolha dos participantes foi certeira, o que também contribui para a atenção dos telespectadores. Desde a estreia, há embates e brigas quase todos os dias. Até o momento não há tédio no reality. O que não falta é "fogo no feno", como diz Marcos Mion.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Impactante e viciante, "Bom Dia, Verônica" já é a melhor série nacional da Netflix

 A Netflix há anos vem dominando o mercado do streaming e no Brasil não é diferente. No entanto, não foram muitas as séries nacionais produzidas pela provedora da Califórnia, Estados Unidos, que despertaram grandes atenções. "O Mecanismo" (2018), "Sintonia" (2019) e "Coisa Mais Linda" (2019), até então, eram as de maior burburinho e críticas positivas. Mas ainda assim, embora com boas qualidades, longe de provocarem grandes comoções. Agora, finalmente, uma série arrebatadora chegou ao público pela gigante do streaming: "Bom Dia, Verônica". 


Baseada no romance homônimo de Ilana Casoy e Raphael Montes (que escreveram o livro com o pseudônimo de Andrea Killmore), a série de oito episódios foi adaptada para a televisão pelos próprios autores e dirigida por José Henrique Fonseca. Como são poucos capítulos, não há o famigerado período de enrolação (ou 'barriga') e se engana quem pensa que esse mal só ocorre em novelas. Normalmente, séries que apresentam entre 18 e 23 episódios também sofrem do mesmo problema dos folhetins com momentos cansativos ou irrelevantes. Mas nada disso ocorre na produção que estreou no dia 01 de outubro na Netflix. 

A história mescla entretenimento da melhor qualidade com temáticas de grande importância para a sociedade e, infelizmente, ainda em voga. A série policial se aproveita dos vários clichês do gênero, mas também consegue surpreender em vários momentos, principalmente no sétimo e oitavo episódios.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Há 20 anos no ar, "Altas Horas" foi o programa que melhor se adaptou ao momento de pandemia

 A pandemia do novo coronavírus afetou toda a programação televisiva. Do Brasil e do mundo. Os produtos mais afetados foram o do entretenimento, vide o agravamento da crise do setor cultural. E os programas de auditório sofreram uma inevitável descaracterização. Afinal, todos precisam da aglomeração das plateias. Porém, os apresentadores se viram obrigados a apresentar suas respectivas atrações de casa ou no palco sem ninguém presente (com exceção da produção). E quem melhor se virou com o inusitado novo formato foi Serginho Groisman. 

A maior identidade do "Altas Horas", que completou 20 anos no ar no dia 14 de outubro, era a plateia repleta de jovens estudantes e com uma proximidade muito grande com os convidados. Todos ficavam sentados em um auditório que fazia quase um círculo no estúdio. Era quase uma arena do entretenimento e da informação. O mesmo já acontecia desde a época do inesquecível "Programa Livre", no SBT. Enquanto não houver a vacina contra a COVID-19 nada disso será possível. Um hiato é inevitável. Mas se engana quem pensa que a alteração do formato afetou a qualidade da atração. 

Serginho foi muito inteligente ao mesclar conteúdo inédito com reprises. Ao invés de simplesmente reprisar programas antigos, como ocorria com o "Domingão do Faustão" e "Caldeirão do Huck", o apresentador exibe trechos de algumas entrevistas ou números musicais do programa e entrevista o convidado ou a convidada que esteve na época da exibição via vídeo-chamada.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Tudo sobre a coletiva online de "Desalma", nova série da Globoplay

 A Globo promoveu nesta segunda-feira, dia 19, a coletiva online de "Desalma", nova série da Globoplay que estreia dia 22, quinta-feira, somente para os assinantes do streaming. Escrita por Ana Paula Maia --- premiada escritora de livros e vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura ---, a produção é dirigida por Carlos Manga Jr. e protagonizada por Cláudia Abreu, Cássia Kiss e Maria Ribeiro. A autora estreia no audiovisual com uma série baseada no sobrenatural. Fui um dos convidados do evento virtual e conto mais sobre o ótimo bate-papo com as três atrizes, a escritora e o diretor do projeto. 

Em "Desalma", os moradores de Brígida pagam pelas escolhas feitas no passado e são atormentados por eventos sobrenaturais. Cássia é a feiticeira Haia; Cláudia a instável Ignes e Maria a cética Giovana. "A série tem camadas. É a não aceitação da morte, uma relação com transmigração de almas", conta Ana Paula que complementa sobre a importância da cultura ucraniana no enredo ficcional: falamos da migração do povo de um país que existe hoje no Brasil, mas pouca gente conhece. A maior comunidade ucraniana fora da Ucrânia é no Brasil. Eles mantêm vivas as festas, as tradições, e ninguém sabe nada sobre isso", explicou a autora. 

Na história que tem como pano de fundo a mitologia eslava, a floresta de árvores altas e as enormes cachoeiras têm protagonismo. Para Carlos Manga Jr., que assina a direção artística, a floresta é o cerne de toda a trama e a cidade fictícia, um personagem.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Quarta temporada de "Sessão de Terapia" mantém todas as qualidades da série

 O projeto mais vitorioso do GNT até hoje é "Sessão de Terapia", formato baseado na série israelense "BeTipul", criada em 2005 pelo psicanalista Hagai Levi, que gerou a versão estadunindense "In Treatment", a mais conhecida internacionalmente. Foram três bem-sucedidas temporadas entre 2012 e 2014, divididas em 115 episódios, dirigidas por Selton Mello e protagonizadas por Zécarlos Machado, o psicoterapeuta Theo. A não criação da quarta temporada logo depois até despertou estranhamento e nunca teve uma explicação convincente. Mas, antes tarde do que nunca, ela veio em 2019, exclusivamente para a Globoplay. 

A quarta temporada estreou no serviço de streaming da Globo no dia 30 de outubro, mas com tudo novo. Zécarlos Machado não poderia seguir na pele do protagonista porque está contratado da Record. Então, Selton Mello resolveu assumir o protagonismo e deu vida ao psicoterapeuta Caio. Mas seguiu na direção. Um duplo trabalho desafiador, mas que fez com competência. O personagem perdeu a esposa e a filha em um assalto e carrega esse trauma, ao mesmo tempo que se desdobra para atender alguns pacientes ao longo da semana. 

Como o personagem central mudou, a psicoterapeuta que analisa suas angústias também teve que ser alterada. A grande Selma Egrei, que brilhou como Dora, saiu de cena e entrou a talentosa Morena Baccarin, intérprete da terapeuta supervisora Sofia. Conhecida pelos brasileiros em produções internacionais, como a série "Gotham" (2014/2018) e o filme "Deadpool" (2016), a atriz é nascida no Brasil, mas alfabetizada nos Estados Unidos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

"Que História É Essa Porchat?" merecia a TV aberta desde sua estreia no GNT

A saída de Fábio Porchat da Record foi muito bem planejada pelo apresentador. O "Programa do Porchat" durou apenas dois anos, entre 2016 e 2018, e Fábio se sentiu limitado pela emissora. Também não conseguia bons convidados pelas proibições impostas pela Globo. Em 2019, conseguiu criar um então promissor projeto na GNT assim que se desligou do canal dos bispos. Não pediu demissão sem um plano B. O canal a cabo da líder também já era um passaporte para a sua migração no futuro, que veio a acontecer agora com a estreia do "Que História É Essa, Porchat?" na TV aberta. 


A primeira temporada estreou em agosto do ano passado e foi um sucesso. Não só de crítica, mas de repercussão e interesse dos artistas pelo programa. O êxito se deu pela simplicidade do formato. Não é mais um talk-show ou outra atração típica de entrevistas. Porchat optou pela intimidade filmada. Mas não invadindo a privacidade dos convidados e, sim, os chamando para ouvir histórias curiosas que tinham para contar. A escolha é da pessoa. Basta lembrar de algum acontecimento marcante que já viveu e ainda não expôs na televisão ou pouca gente sabe. Parece bobagem, mas funcionou.

São sempre três convidados por programa contando fatos curiosos. E o palco é organizado em um quase quadrado com Fábio e seus entrevistados, um de frente para o outro. A plateia fica em volta e também participa porque o apresentador sempre consegue deliciosas declarações de anônimos, como a menina que foi parar em uma festa promovida por Luciano Huck.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

"Sob Pressão - Plantão Covid" foi um especial necessário, impactante e esperançoso

Infelizmente durou pouco. "Sob Pressão - Plantão Covid" teve apenas dois episódios e o segundo foi ao ar nesta terça-feira, dia 13. Mas valeu por uma temporada inteira. O próprio elenco declarou que todo o trabalho de produção foi muito desgastante (em virtude dos inúmeros protocolos de saúde), mas recompensador. E a dedicação de toda a equipe ficou visível, tanto pelo capricho da produção (nem deu para perceber que tudo foi gravado diante das limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus) quanto pela entrega do elenco. 


O primeiro episódio foi voltado para o drama do início da pandemia, quando Carolina (Marjorie Estiano) e Evandro (Júlio Andrade) começaram a trabalhar em um hospital de campanha com todos os seus colegas, convocados por Décio (Bruno Garcia). Houve uma emocionante mensagem de esperança com a recuperação de pacientes, como Seu Augusto e Daiane (Marcos Caruso e Heslaine Vieira em luxuosas participações), mas também teve espaço para a dor da protagonista assim que seu marido contraiu a covid-19 e precisou ser entubado por ela. 

Já o segundo episódio expôs a diversidade de perspectivas em relação à doença, retratada através das histórias da equipe de profissionais de saúde e dos pacientes do hospital de campanha da série ---- um local onde o caos estava instaurado: muitos doentes, poucos médicos e escassez de material.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Marjorie Estiano protagonizou a cena mais emblemática de 2020 em "Sob Pressão - Plantão Covid"

 O primeiro episódio do especial "Sob Pressão - Plantão Covid" se mostrou uma grata surpresa e fez jus ao conjunto da melhor série já produzida no Brasil. Mesclou drama, realidade, poesia e esperança sobre uma pandemia que vem provocando um caos mundial. Mas também valorizou o conhecido talento de Marjorie Estiano, uma das mais elogiadas atrizes do país. 


Quem acompanha a série inspirada no livro homônimo de Márcio Maranhão, dirigida por Andrucha Waddington e com Lucas Paraizo de redator final, sabe da importância de Carolina para a história. A médica é a protagonista ao lado do marido Evandro (Júlio Andrade), também médico. Os dois vivem diariamente uma luta contra todos os obstáculos da saúde pública brasileira e o estresse já virou uma espécie de companheiro fiel. 

Ao longo das três bem-sucedidas temporadas, Marjorie foi se destacando cada vez mais e protagonizando uma sucessão de cenas emocionantes e de grande entrega dramática. Não por acaso foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz pelo seu irretocável trabalho na segunda temporada de "Sob Pressão" em 2019. Infelizmente, não ganhou.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

"Totalmente Demais" superou seu próprio recorde e foi a reprise mais bem-sucedida da Globo durante a pandemia

"Bom Sucesso" mal fechou seu ciclo e a dupla talentosa formada por Rosane Svartman e Paulo Halm continuou no ar na Globo. Isso porque "Totalmente Demais", o primeiro folhetim dos autores, foi escolhido pela emissora para ser reprisado no lugar de "Salve-se Quem Puder", de Daniel Ortiz, por conta o recesso das gravações em virtude da pandemia do coronavírus. E a reexibição expôs mais uma vez todas as qualidades que transformaram a novela em um fenômeno de audiência, crítica e repercussão em 2015/2016. Mas não foi o bastante. O que parecia impossível aconteceu: a produção ficou com três pontos a mais na média geral. Um êxito ainda maior da exibição original. 


A saga de Eliza (Marina Ruy Barbosa) prende a atenção e não demora para o telespectador torcer para aquela menina arredia (em virtude dos assédios do padrasto pedófilo) conseguir se tornar a Garota Totalmente Demais para livrar a família da dominação de um monstro. Mas, no meio do caminho, a menina se depara com os outros três protagonistas da história, despertando o amor de um, o encantamento do segundo e a fúria da terceira. A mocinha conhece o amor com Jonatas (Felipe Simas) ---- 'empresário das ruas' que ajuda a sua ruivinha a atingir seus objetivos e foi o primeiro homem da sua vida ---- , aprende a ser uma mulher elegante com Arthur (Fábio Assunção) e sofre com as armações de Carolina (Juliana Paes).

Todo esse conjunto bem trabalhado norteou o enredo e o quarteto citado honrou o protagonismo. Marina soube transmitir todos os traumas de sua mocinha com precisão e teve uma química arrebatadora com Felipe Simas, que interpretou um carismático mocinho e fez jus à confiança dos autores que apostaram nele como protagonista, após seu ótimo trabalho como o Cobra em "Malhação Sonhos" (2014).

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

"Sob Pressão - Plantão Covid" tem estreia arrebatadora e emocionante

A melhor série brasileira chegaria ao fim na terceira temporada. A Globo, sem nunca ter dado uma explicação convincente, encerraria "Sob Pressão" em 2019, em pleno auge da terceira temporada. Mas o sucesso foi tamanho e os pedidos do público tão incessantes que a emissora decidiu produzir mais duas temporadas. O irônico é que a produção parece ter previsto a pandemia do coronavírus. Afinal, a quarta temporada foi programada para 2021. Não haveria seriado em 2020. E caso houvesse, inevitavelmente, as gravações seriam canceladas. Mas, ainda assim, conseguiram produzir um especial para a abordagem do contágio do vírus: "Sob Pressão - Plantão Covid".


Com dois episódios especiais, a série retorna com o intuito de homenagear os profissionais da saúde que trabalham no combate ao coronavírus. Reconhecida por retratar com perfeição as questões da saúde pública do país, "Sob Pressão" tinha mesmo que voltar em meio ao turbulento período da pandemia para expor a dura rotina dos médicos e enfermeiros. A produção sempre mesclou ficção e realidade com maestria e agora não é diferente. As gravações ainda ficaram mais "facilitadas" uma vez que os perfis fictícios precisam mesmo usar roupas fechadas, máscaras e todos os elementos de segurança obrigatórios. Assim, personagens e atores ficam seguros.

Após um período em missão humanitária no interior do Brasil ---- foi assim que a terceira temporada se encerrou ----, Carolina (Marjorie Estiano) e Evandro (Júlio Andrade) são convocados para voltar ao Rio de Janeiro. É urgente. A dupla de médicos é chamada às pressas pelo doutor Décio (Bruno Garcia) para trabalhar em um hospital de campanha montado para atender aos pacientes infectados pela Covid-19.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Carolina Castilho foi a melhor personagem de "Totalmente Demais"

A reprise de "Totalmente Demais" vem superando o sucesso da exibição original, entre 2015 e 2016. O êxito é fruto do ótimo trabalho de Rosane Svartman e Paulo Halm, que estrearam como novelistas da melhor forma possível na faixa das sete da Globo. Mas a reexibição tem comprovado a riqueza de Carolina Castilho, personagem lindamente interpretada por Juliana Paes e que teve um grande destaque na história. Era uma das quatro protagonistas, mas a melhor personagem do enredo.


Carolina sempre foi o perfil mais dúbio da história, passeando pela vilania e fragilidade o tempo todo. A até então diretora da Revista Totalmente Demais fez muitas armações para prejudicar Eliza no concurso com o intuito de ganhar a aposta feita com Arthur, herdando assim a empresa do seu grande amor. Porém, como o agenciador de modelos se 'apaixonou' pela mocinha, a personagem não interrompeu suas 'maldades', mesmo com o fim do concurso. A sua atitude mais condenável foi o plano elaborado com Rafael (Daniel Rocha), onde os dois doparam a menina para simular que a garota havia dormido com o fotógrafo. Ainda fizeram Leila (Carla Salle) de bode expiatório.

E Carol tinha o costume de esbanjar arrogância diante de seus funcionários, com exceção de Pietro (Marat Descartes), seu grande amigo. Também utiliza de ironias e deboches para enfrentar seus inimigos, como a colunista Lorena (Adriana Birolli). Analisando superficialmente, a poderosa mulher seria uma vilã. Mas nunca foi. Esse era apenas um lado seu, o que sempre era exposto como forma de defesa, principalmente diante de Arthur para não mostrar a mulher amorosa e frágil que guardava dentro de si.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Tudo sobre a coletiva online de "Sob Pressão - Plantão Covid"

 A Globo promoveu uma coletiva online, nesta terça-feira (29/09), sobre os dois episódios especiais de "Sob Pressão", gravados em plena pandemia do novo coronavírus e com o objetivo de homenagear os profissionais da saúde ---- que seguem se arriscando na linha de frente. Fui um dos convidados e conto um pouco sobre o bate-papo. A série é uma coprodução com a Conspiração Filmes e conta com a supervisão do médico Márcio Maranhão, direção de Andrucha Waddington e redação final de Lucas Paraizo. Os três participaram da coletiva, além de todos os atores do elenco, incluindo as novas aquisições do time. 

O bate-papo teve um luxuoso mediador: Márcio Gomes, um dos melhores jornalistas da Globo e que apresentou um programa sobre a pandemia, o "Combate ao Coronavírus", onde recebia diariamente dois médicos para debater as medidas protetivas e o perigo que essa doença representa. Márcio, Andrucha e Lucas responderam primeiramente aos vários bons questionamentos do jornalista e cerca de 40 minutos depois os convidados puderam perguntar para os atores sobre o desafio das gravações em plena pandemia. 

Júlio Andrade (Evandro), Marjorie Estiano (Carolina), Drica Moraes (Vera), Pablo Sanábio (Charles), Bruno Garcia (Décio), Josie Antello (Rosa) e Julia Shimura (Keiko) não esconderam o amor por esse trabalho, enquanto David Júnior e Roberta Rodrigues agradeceram a honra pela escalação para o especial.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

"Totalmente Demais" mostra a evolução dos autores em "Bom Sucesso"

A reprise de "Totalmente Demais" superou o sucesso da primeira exibição. A média está 3 pontos acima. É uma espécie de fenômeno do fenômeno. A produção marcou a estreia de Rosane Svartman e Paulo Halm como novelistas, após duas bem-sucedidas temporadas de "Malhação" (Intensa, de 2012, e "Sonhos", de 2014), da melhor forma possível. E a reexibição tem reforçado todas as qualidades da novela, elogiada pela crítica e fenômeno de audiência e repercussão entre 2015 e 2016. Porém, rever a história também ajuda a observar melhor a evolução dos autores em relação ao mais recente produto da dupla: "Bom Sucesso", encerrada no primeiro semestre deste ano, antes da pandemia do novo coronavírus.


A trama protagonizada por Eliza (Marina Ruy Barbosa), Jonatas (Felipe Simas), Carolina (Juliana Paes) e Arthur (Fábio Assunção) logo conquista o telespectador pelo carisma dos personagens e um desenvolvimento muito bem trabalhado pelos escritores. Os núcleos paralelos também não deixam a desejar em nada e complementam o enredo central através de situações que mesclam, com habilidade, humor e drama. Há ainda um importante rodízio de vilões, evitando o desgaste do roteiro, que já virou uma marca de Rosane e Paulo. O grande sucesso não foi por acaso.

Entretanto, uns pequenos tropeços de "Totalmente Demais" merecem ser citados e comparados com "Bom Sucesso". A passividade de Jonatas, por exemplo, é algo que incomoda em vários momentos. O mocinho caiu nas graças do público e o casal "Joliza" foi um marco da trama.