Há uma parcela do público que sempre reclama de "Malhação". Acham que o seriado adolescente da Globo, lançado em 1995, já deu o que tinha que dar. Mas é incontestável a importância do produto. É verdade que há temporadas péssimas ou que se perdem pelo caminho, como é o caso da atual "Toda Forma de Amar"; entretanto, são muitas tramas que caem no gosto do público e fazem sucesso. E ainda é uma produção que revela muitos talentos. Um deles é Nicolas Prattes, que vem brilhando como Alfredo em "Éramos Seis".
O ator foi revelado em "Malhação - Seu Lugar no Mundo", onde viveu o protagonista Rodrigo e fez um bonito par com Marina Moschen, intérprete da mocinha Luciana na trama de 2015. Repetiu o par com a colega em "Rock Story" (2016), sua primeira novela, quando interpretou o músico Zac. Se saiu muito bem e cresceu ao longo do folhetim. O resultado do elogiado desempenho rendeu o mocinho de "O Tempo Não Para", produção das 19h, exibida em 2018. Mais uma vez se destacou. O íntegro Samuca foi defendido com competência.
Agora, no quinto remake do romance de Maria José Dupré, o intérprete vive seu melhor momento na até então curta carreira. Escalado inicialmente para viver o correto Carlos, filho mais velho e amado de Dona Lola (Glória Pires), o ator se identificou mais com o controverso Alfredo e acabou ficando com o papel.
A troca não poderia ter sido melhor. Impressiona como Nicolas está à vontade interpretando o filho mais rebelde da personagem central da história. É o herdeiro mais difícil de ser defendido porque o risco de ficar acima do tom é elevado.
Não há vilões em "Éramos Seis" e qualquer ator com menos talento poderia transformar Alfredo em um canalha, mesmo o texto expondo o contrário. Mas Nicolas dominou o papel e conseguiu deixá-lo humano, imperfeito e complexado. O personagem é aquele que desperta raiva, empatia ou torcida do público. Depende do conflito da história. O intérprete vem vivenciando todos esses momentos da melhor forma possível. Suas cenas mais recentes ainda colocaram seu talento à prova.
Dilacerante a sequência da morte de Tião (Izak Dahora), melhor amigo de Alfredo, durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Nicolas passou o desespero de um rapaz que foi para a guerra vingar a morte do irmão e acabou perdendo mais uma pessoa próxima. A vida pune o personagem com crueldade. Aliás, o ator também emocionou o público em toda longa cena da morte de Carlos (Danilo Mesquita). Os irmãos que mais brigavam, na verdade, se admiravam secretamente. A paz foi selada apenas no leito de morte.
As boas parcerias de Nicolas também merecem menção. A sua química com Joana de Verona, que vive a feminista Adelaide, funcionou e o casal teve bem mais destaque que nas versões anteriores da trama. As cenas ao lado de Glória Pires, Giullia Buscacio (Isabel) e Carol Macedo (Inês) sempre rendem bons momentos para o ator. Por sinal, o breve envolvimento que Alfredo tem com Inês (ela perde a virgindade com o cunhado) resulta em uma situação que provoca repulsa no telespectador. Ironicamente, logo depois da empatia sentida com a sucessão de sofrimentos do rapaz. Não por acaso a história faz tanto sucesso desde 1943: provoca um leque de sentimentos.
"Éramos Seis" está perto de entrar em sua terceira (e última) fase. E Nicolas Prattes é um dos trunfos do remake da Globo, escrito por Angela Chaves e dirigida por Carlos Araújo. Alfredo realmente tinha que ser dele.
Ele tá incrível! Nem sabia dessa história da troca de papéis. Nao conseguiria vê-lo como Carlos nunca.
ResponderExcluirNicolas Prattes em estado de graça com o primeiro personagem complexo da carreira e não choca. Alfredo é, sem dúvida, um dos perfis mais interessantes de "Éramos Seis".
ResponderExcluirGuilherme
Muito feliz por ele! Merece todos os elogios!
ResponderExcluireu vejo a evolução deste ator, alfredo caiu como uma luva para o nicolas, curiosidade: ele namorou a juliana paiva que contracenou com ele em o tempo não para.
ResponderExcluirA melhor novela inédita, para mim a ate ultrapassa a Avenida Brasil, já que esta digam o que disserem está ligada ao formato de mocinhosxvilões; no Éramos Seis, destaca-se que o inimigo é a vida, e antes de GOT da HBO estamos presentes de um formato que mata personagens amados. Você deve fazer um post contrastando a idéia do vilão em Éramos Seis e Amor de Mãe.
ResponderExcluirNicolas como siempre em uma entrega total ao personagem ! Brilhando em #Eramosseis👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻🌟!
ResponderExcluirRealmente é dificil de imaginar o nicolas prattes no papel de carlos.
ResponderExcluirEu imaginava o personagem Carlos sendo interpretado por Danilo Mesquita desde o início. Assim que soube do novo remate.
ResponderExcluirMuitos podem achar que Carlos seja um personagem fácil de ser construído mas não foi.
O próprio ator assumiu ser um personagem complexo.
Nicolas Prattes está de fato dando o tom correto ao personagem. Nem mocinho nem vilão. Um rapaz rebelde, que foge do tipo convencional, cínico com a vida porém, muito sensível e generoso. Vide a relação dele com Tião.
Porém, Carlos também nunca foi perfeito. Ele era temperamental, costumava explodir com as iresposabilidades de Alfredo, mas era correto, e muito dedicado à família.
Carlos é um personagem complexo realmente.
Lembrei-me de ter ouvido ou lido a grande Fernanda Montenegro dizer que muitos acreditavam que fazer a mocinha era mais fácil que fazer um vilão mas não era bem assim. Você ter que convencer de fato que é bom é muito difícil também.
O ator, ou a atriz precisam mergulhar em si a fim de buscar a verdade daquele personagem. Um ator qualquer poderia perder o tom para compor o personagem Carlos e não convencer.
Carlos tinha em si uma sede de viver enorme. De ser moleque, de sair do eixo, de perder as estribeiras como tantos jovens. Mas ele escolhe a família em primeiro lugar.
Então, fica aqui a minha admiração pelos dois atores. Tanto Danilo Mesquita quanto Nicolas Prattes deram um show de interpretação.
E que venham mais e mais trabalhos maravilhosos para eles.
Éramos Seis é uma história dramática porém, uma história que fala de elos familiares, de amor, de superação, luta, preconceito em relação ao papel da mulher na sociedade, de escolhas, da busca pela verdade, de sonhos, de vida.
Para mim essa é a melhor versão baseada na adaptação de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho.
Não assisti a todas as outras mas das últimas sem dúvida essa é a melhor.
Já estou com saudades só de pensar que vai acabar.
*remake *irresponsabilidades etc. Não dá pra editar e o corretor é inimigo. rs
ResponderExcluirEle está em grande momento nessa novela mesmo. Inclusive, amadurece a cada trabalho. Tem muito talento. Sérgio, eu queria falar algo a respeito de As Five, o spinoff de 'Malhação viva a diferença'. Tem dois pontos que me deixaram muito descontente. Primeiro, Guto se descobrirá gay e terminará com Bene. Isso não faz muito sentido, afinal, ele já havia extraído todas as dúvidas que teve sobre a sexualidade durante a novela. Isso não ocorreu lá e vai acontecer depois de anos (?). E ainda acabar com Gune, um casal tão querido a troco de que? E parece que o personagem nem vai ter muita relevância como na novela, porque vi no Wikipédia que ele será apenas recorrente. Thalles Cabral que nem participou da novela parece que terá mais importância no enredo. Inclusive, se envolverá com Bene. Tomara que no meio do caminho ao menos ele volte com Bene. Mas já não vai fazer sentido e ficará inverossímil. Outro ponto que me desagradou é que Jota (Hall Mendes) não estará na história. Ellen terá conflitos com um namorado americano. E o que aconteceu com o Jota??? Mais um casal ótimo desperdiçado. Eu torço para que essa série seja ótima e tenha os melhores resultados. Só que não posso esconder minha insatisfação com essas mudanças. E vc Sérgio, o que acha? Gostei muito do seu texto e Malhação é uma vitrine de novos talentos. Abraços.
ResponderExcluirDuda
Nem eu, anonimo.
ResponderExcluirDe acordo, Guilherme.
ResponderExcluirMerece, chaconerrilla.
ResponderExcluirSim, Danilo.
ResponderExcluirVerei, anonimo!!!
ResponderExcluirBrilhando, Vitti.
ResponderExcluirMt dificil,. anonimo.
ResponderExcluirJa sinto saudade tb, Sandra.
ResponderExcluirConcordo com vc, Duda.
ResponderExcluirVdd, anonimo.
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