A identidade do assassino não é revelada, mas parece um mero detalhe a ser descoberto na última semana de folhetim. Ninguém se importa com o crime e as investigações simplesmente acabaram. Não se toca mais no assunto e nem o famigerado recurso do "quem matou" vem sendo explorado por Duca Rachid e Thelma Guedes. Esse fato, inclusive, poderia até ser uma atitude ousada das autoras. Afinal, fugiram de um dos grandes clichês da teledramaturgia. Mas não é o caso. Isso porque ambas seguem abusando do artifício dos vários sequestros para o roteiro se movimentar.
E se o recurso do mistério em torno de um assassinato não seria usado, fica difícil compreender o objetivo da retirada de um personagem de vital importância para a novela. Evitar que o sheik poderoso caísse na armadilha da repetição de sequestros (como ocorre com todos os vilões das escritoras, vide "Cama de Gato", "O Profeta", "Cordel Encantado" e "Joia Rara") com certeza não foi, pois essa missão ficou para a filha, Dalila (Alice Wegmann).
Então se o contexto da trama se esvaziou tanto e nem há mais história para contar ---- há meses que o roteiro anda em círculos e nem o desmascaramento de Dalila colocou a produção de volta nos trilhos ----, qual o intuito de Duca e Thelma?
A impressão, por mais absurda que pareça, é de autossabotagem. O arco dramático envolvendo Dalila e o pai era tão promissor que fica difícil entender a motivação do crime. A vilã era um tipo complexo, com boas camadas. Era mimada, cruel e voluntariosa, mas amava verdadeiramente a mãe e não perdoou Aziz ter matado Soraia (Letícia Sabatella) a sangue frio, logo após a descoberta da traição da esposa. A relação estreita entre pai e filha se rompeu ali. Depois que o vilão foi assassinado, a menina criou um estapafúrdio plano de vingança contra os "responsáveis" pela morte --- culpa que recai, claro, nos mocinhos Laila (Julia Dalavia) e Jamil (Renato Góes). Ainda se ofende quando alguém ousa falar do sheik. Nem parece que nutria um ódio e uma imensa mágoa do pai.
Não seria bem mais rico para o enredo Dalila e Aziz duelando? Que essa tal vingança fosse justamente contra o pai em virtude da morte da mãe? Destruindo os negócios milionários do sheik, por exemplo, ou então roubando a fortuna do pai. A personagem não perderia os traços vilanescos, pois poderia continuar odiando os mocinhos à vontade e até tramando contra eles. Mas sem a presença do maior vilão do enredo (e Herson Capri estava magistral) tudo se esvaziou. A vilã ficar obcecada e se humilhar pelo mocinho ---- exigindo migalhas de atenção, planejando o golpe da barriga e ainda forçando um casamento ---- é decepcionante. Além da falta de nexo: quis se casar com o sujeito que julga ter matado seu pai?
A questionável situação que "Órfãos da Terra" se encontra pelo menos seria justificável caso as investigações sobre esse assassinato estivessem ajudando a movimentar a história. Bem no início houve uma preocupação em expor os suspeitos: Rânia (Eliane Giardini), Fauze (Kaysar Dadour) e a própria Dalila (o que tornaria o roteiro ainda mais sem sentido). Mas ninguém se importa em descobrir quem matou Aziz Abdallah. Nem a polícia, nem os personagens e muito menos o público.
NOSSA SIM. A NOVELA COMEÇOU A RUIR QUANDO ISSO ACONTECEU E NEM INVESTIGAÇÃO TEM.
ResponderExcluirRania vai terminar cuidando da neta, Dalila louca internada , FAUZE casado com a insuportável (este é o castigo dele ��) Hussein feliz com Helena...logo Aziz cometeu suicídio. Explicado
ResponderExcluirSe desfizeram do melhor personagem pra nada. O massacre das criticas é merecido.
ResponderExcluirDisse tudo o que eu penso. Saudade de Espelho da Vida.
ResponderExcluirAcredito que nem mesmo Duca Rachid e Thelma Guedes se importam com a trama a respeito da identidade do assassino de Aziz (Herson Capri) em "Órfãos Da Terra". Só fazem mesmo é desdobrar de maneira nada convincente as histórias particulares dos personagens deste folhetim, terminando por comprometer a lógica, a coerência e sobretudo a qualidade dele como um todo. Com o meu hábito de ler os resumos semanais do que acontecerá daqui a duas semanas nas novelas, descobri que Elias (Marco Ricca) tentará retomar o casamento com Missade (Ana Cecília Costa). É apenas uma amostra do que as autoras pretendem mostrar nessa reta final de "Órfãos Da Terra", cujo derradeiro capítulo tem de tudo para coroar os erros cometidos por elas na condução da obra. Nem o retorno de Hussein (Bruno Cabrerizo) e a possibilidade de um romance entre Valéria (Bia Arantes) e Camila (Anajú Dorigon) despertam empolgação pela atual fase desta produção televisiva. Uma pena, pois "Órfãos Da Terra" estreou promissora com o objetivo de abordar o drama dos refugiados de seus países de origem. Agora creio que essa temática perdeu a relevância diante da necessidade de Duca e Thelma insistirem em investir na vingança sem sentido de Dalila (Alice Wegmann).
ResponderExcluirGuilherme
As autoras se perderam e a novela, que começou ótima, ficou sem graça.
ResponderExcluirA bela história dos refugiados se resume numa vingança sem sentido.
Os capangas do Aziz viraram uns bananas.
Estragaram até a história do vilão e capanga mais fiel, FAUZE, que se envolveu com a empregada chata e caricata e perdeu toda a essência!
Tudo pela insistência de formar casal!
Casal aleatório é o que não falta.
Agora teremos a médica Letícia com o adolescente Benjamin.
Também a Helena que tinha uma paixão maluca por Elias, agora vai se encantar pelo capanga que também ficou bonzinho.
Parece que elas não sabem mais o que escrever então ficam inventando esses romances ridículos!
Perderam o oportunidade de escrever uma grande história e mostrar o real drama dos refugiados.
Mariana Becker
É uma pena Letícia Sabatella e Herson Capri terem deixado a novela os dois estavam ótimos, pelo menos logo Leticia voltará ao ar em Nós Tempos Do Imperador
ResponderExcluireu adoro essa novela e continuo muito atraída pela trama. realmente há algumas brechas, mas gosto demais da teia de tramas. mas eu não estranho q o assassino do aziz não seja revelado já q no brasil é baixíssimo o número de casos de homicídios solucionados. eu consigo entender dalila e acho coerente. ela acredita de verdade q tudo o q de ruim q aconteceu na familia dela é culpa da laila e com essa obsessão ela vive. beijos, pedrita
ResponderExcluirGostaria de saber onde estão as histórias dos refugiados?
ResponderExcluirSó tem vingança e casal nada haver.
Aliás, Sérgio, se Duca Rachid e Thelma Guedes tivessem desenvolvido o enredo central de "Órfãos Da Terra" da forma que você apontou no começo do penúltimo parágrafo deste texto e a Leitora sugeriu nos comentários do texto a respeito da passagem de tempo de três anos na novela, a vingança da vilã Dalila (Alice Wegmann) seria bem mais crível.
ResponderExcluirGuilherme
Falam tanto da Jhin, mas Espelho da Vida foi toda planejada milimetricamente. O ritmo arrastado do começo se justificou quando tudo começou a acontecer, sempre conectado com o que já havia sido mostrado. A morte do sheik caminha para ser o pior quem matou da história, superando até mesmo o de A Regra do Jogo, tão patético quanto.
ResponderExcluirÓrfãos da Terra é um exemplo claro de como destruir uma sinopse. As autoras tinham uma história central ótima nas mãos, mas preferiram seguir um caminho absurdamente incoerente, preferiram nivelar o enredo por baixo. Matar Aziz e Soraia foi o pior erro que poderiam cometer. A história realmente perdeu força e sentido depois da saída deles.
ResponderExcluirNão sei porque tiraram os melhores personagens da novela,aliás João Emanuel Carneiro sempre faz isso em suas novelas com a morte de personagens interessantes
ResponderExcluirFugindo um pouco do foco do texto sobre a apatia pela descoberta da identidade do assassino de Aziz (Herson Capri) em "Órfãos Da Terra", queria deixar aqui o meu espanto com a quantidade de atores e atrizes talentosos até então escalados para a novela que sucederá a "Bom Sucesso" na faixa das 19h30min, "Salve-Se Quem Puder", que na minha humilde opinião tem de tudo para ser uma decepção teledramatúrgica na Rede Globo logo no começo do ano de 2020. A começar pelo autor Daniel Ortiz, claramente apadrinhado por Silvio de Abreu e que recentemente supervisionou o texto da irrelevante "Malhação - Vidas Brasileiras" (2018), cuja autora, Patrícia Moretzsohn, renovou o contrato com a emissora até 2023. Enfim, após o término de "Bom Sucesso" em 24 de janeiro próximo, já posso abandonar novamente a faixa das 19h30min, que após "Salve-Se Quem Puder", contará com enredos de Claudia Souto (a mesma da risível "Pega Pega" (2017)) e Mauro Wilson.
ResponderExcluirGuilherme
E triste ver Patricia Moretzsohn renovar com a globo enquanto tem tantos bons autores no sem oportunidade,aliás Benedito Ruy Barbosa quer deixar a emissora após ter vários projetos recusados, sua filha tenta emplacar " O Arroz De Palma desde 2017
ExcluirGostaria que a globo contratasse a autora Cristiane Friedman
ExcluirPoiss é, anonimo...
ResponderExcluirahahahah gostei, anonimo.
ResponderExcluirSim, William.
ResponderExcluirSdds, anonimo.
ResponderExcluirAssino embaixo, Guilherme.
ResponderExcluirPerfeito comentário, Mariana!
ResponderExcluirPelo menos isso, Unknown.
ResponderExcluirAcho horrivel, Pedrita. bjs
ResponderExcluirAs histórias dos refugiados viraram panfletagem gratuita avulsa no nucleo do padre.
ResponderExcluirÉ verdadce, Guilherme.
ResponderExcluirEspelho teve uma trama maravilhosa, Malu!
ResponderExcluirSem duvida, Vinicius.
ResponderExcluirNao dá pra entender, anonimo....
ResponderExcluirMedo dessa novela, Guilherme...
ResponderExcluirCristiane é boa msm, anonimo... Mas duvido mt...
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