Após muitos adiamentos e até uma segunda temporada totalmente errônea de "Os Dez Mandamentos", a Record finalmente estreou "A Terra Prometida". Com o primeiro capítulo exibido nesta terça (05/07), a emissora começou a exibir a sua nova novela bíblica, que nada mais é do que uma continuação da saga dos hebreus, já observada na produção anterior, conduzida por Vivian de Oliveira. Agora escrita por Renato Modesto, mas com a mesma direção de Alexandre Avancini, a trama exibiu um promissor início, apresentando uma maior preocupação na escalação do elenco e estruturação do enredo.
A novela começou bastante movimentada. O público pôde ver Josué (Sidney Sampaio) liderando os hebreus para derrubar a muralha de Jericó, provocando uma grande agitação em meio ao clima de tensão constante. Não parecia uma estreia e, sim, a exibição de cenas de um capítulo bem avançado. Nenhum personagem foi apresentado e foi difícil entender todo o contexto. Até mesmo o início da derrubada da muralha foi mostrado. Porém, cerca de meia hora depois, tudo ficou esclarecido: o folhetim começou no 'futuro', com sequências que só irão ao ar por volta do capítulo 60. O recurso não é novo e é constantemente usado em séries americanas, além de ter sido explorado em várias novelas da Globo. A diferença é que desta vez não se preocuparam em avisar o telespectador antes.
O autor merece elogios por ter apresentado logo no primeiro dia parte do que o público pode esperar dos próximos acontecimentos, causando, assim, uma certa expectativa a respeito de uma cena que tende a ser uma das mais aguardadas da história. Afinal, a derrubada da muralha de Jericó é quase uma "abertura do mar vermelho" da atual trama, sendo o ápice do enredo.
E a Record está investindo para que "A Terra Prometida" repita o êxito de "Os Dez Mandamentos", embora a missão seja difícil. Cada capítulo custará R$ 650 mil e, se nada se alterar ---- como esticamentos em virtude do bom resultado na audiência ----, serão 130 ao todo. O canal, aliás, trabalha em parceria com a Casablanca, produtora também responsável pela caprichada "Escrava Mãe" ---- o corte de custos, implicando em várias demissões, fez da parceria uma solução.
A estreia deixou clara a evolução na escolha do elenco. Se na novela bíblica anterior o time era bastante limitado, se salvando apenas uns sete atores, no máximo, a atual tem bem mais nomes interessantes. Juliana Silveira, por exemplo, foi o grande destaque e promete roubar a cena na história. A atriz é talentosa e sempre se dedica a suas personagens. Após convencer como a vilã nazista Priscila na fraca "Vitória" (2014), ela agora é rainha Kalési, uma mulher sensual e diabólica, devoradora de homens. Será um dos trunfos da novela. Juliana contracena com Igor Rickli, intérprete do rei Marek, outro perfil bastante promissor. Ele, aliás, representa claramente o 'novo Ramsés', cujo maior objetivo será enfrentar Josué e duvidar dos poderes de Deus, assim como o outro fazia ---- implicando em uma evidente impressão de mais do mesmo.
Miriam Freeland é outro bom nome e também já vem se destacando com a sua Raabe, prostituta que ajuda os hebreus. Beth Goulart, Maytê Piragibe, Ariella Massoti, Rafaela Mandelli, Leonardo Miggiorim, Elizângela, Yaçanã Martins, Walter Breda, Cristiana Oliveira, Marcos Winter, Andréa Avancini, Nivea Stelmann, Day Mesquita, Roberto Bomtempo, Valéria Alencar e Ernani Moraes ainda enriquecem o elenco, sendo vários deles ex-globais, inclusive. Ou seja, houve uma significativa melhora na escalação, deixando a produção em um nível mais elevado, principalmente ao comparar com "Os Dez Mandamentos". Ainda comparando, vale citar um leve progresso no figurino. Embora continue bastante carnavalesco e grotesco em muitas situações, há uma maior qualidade na composição de alguns personagens ---- porém, as caracterizações seguem deficitárias, assim como os detalhes, pois Josué ser depilado é surreal, assim como os cavalos terem estribos.
Josué assumiu o lugar de Moisés e agora terá como missão liderar as 12 tribos de Israel na conquista de Canaã, que nada mais é do que a terra prometida do título. A atual história será mais voltada para as lutas e resta torcer para que haja uma preocupação em apresentar batalhas críveis, ao contrário dos embates constrangedores da segunda temporada da produção anterior. Até porque não haverá a tábua de salvação dos efeitos especiais nesta nova saga. A situação que mais exigirá a ação da computação é justamente a derrubada da muralha de Jericó, que já pôde ser vista brevemente no primeiro capítulo. O todo do folhetim será mesmo apoiado nas vitórias do grupo de Josué, que precisará enfrentar vários povos.
"A Terra Prometida" teve uma boa estreia e é perceptível a maior qualidade na história que começou a ser contada. Renato Modesto garantiu que sua trama não terá barriga e será ágil, portanto, a missão do autor é fazer tudo o que não foi feito em "Os Dez Mandamentos", cuja característica era justamente adiar ao máximo os acontecimentos com o intuito de segurar a audiência e enrolar o telespectador. A nova produção tem tudo para manter os bons índices alcançados pela obra anterior e resta torcer para que o nível se mantenha e não se perca ao longo dos meses, como foi visto na equivocada e constrangedora continuação improvisada, e recém-terminada, do folhetim de Vivian de Oliveira.
Pra mim é tão ruim quanto. E Sidney Sampaio como protagonista é de doer.
ResponderExcluirVerdade Victor, agora colocar 2 agressores de mulheres é pior como o Kadu Moliterno e o Douglas Sampaio . Acho que deveria colocar ATORES de TEATRO e não essas aberrações.
ResponderExcluirKadu Moliterno agredia as ex esposas e o Douglas Sampaio ameaçava os participantes inclusive mulheres e vândalo da Fazenda.
ResponderExcluirDuvido que o autor cumpra a proposta de não ter barriga. Ainda mais com 130 capítulo que devem virar uns 180.
ResponderExcluirNão acho o Sidney Sampaio um bom ator pra segurar como protagonista
ResponderExcluirbig beijos
Eu acho que já já o público estará de saco cheio dessas novelas iguais da Record.
ResponderExcluira primeira parte fez uma boa abordagem não teve qualquer imagens de moises e deu um salto no tempo para o cerco de jerico. Teve uma embromação mas chegou a parte das muralhas caindo. tem falas pretensiosas algumas expressões e gestos. creio que não fara feio pelo menos no inicio.
ResponderExcluirAchei chaaaaaaaaaaaaaaaaaaata...
ResponderExcluirparece ser uma boa novela,Sérgio.mas o que muita pouca gente sabe é que o Renato Modesto foi ator no SBT.atuou em´´Fascinação´´,protagonizada por nomes como Regiane Alves e Mariana Ximenes e´´Pérola Negra´´,protagonizada por Patrícia De Sabrit e Dalton Vigh
ResponderExcluirAssisti a estréia e não quero fazer julgamentos precipitados. Muito bom ver a Ju Silveira (ainda mais de rainha!), a cada papel dela eu percebo sua evolução. Ela é de longe, o melhor nome feminino do casting da Record. Gostei também do Marcos Winter e achei Sidney Sampaio mediano. Não acho que ele seja O NOME pra ser protagonista mas também não é nenhum " Cigano Igor".
ResponderExcluirOi Sérgio!
ResponderExcluirPelo que vc escreveu a estréia foi boa.
Gostei do elenco e a história da terra prometida
é uma das mais fascinantes da Bíblia.
Josué, assim como Moisés, foi um grande líder.
É o tipo de trama, que se eu tivesse disponibilidade,
certamente não perderia um capítulo.
Ótima postagem \o/
Beijos!
Algo a comentar...
ResponderExcluirContinuo a ter muitas reservas em relação a novelas bíblicas. Não consigo enxergá-las como novelas. Os entrechos criados por esses autores, na tentativa de mesclá-los com a 'sobreexcelente' narrativa bíblica chega a ser constrangedor.
A direção de atores, o texto dos diálogos, são fatores que não levam a um conjunto harmonioso. Desde "Os Dez Mandamentos" o que se vê é um 'super festival' de canastrice.
Se as novelas, que são de fato novela, já atravessam momentos delicados, na tentativa de segurar o telespectador diante da tv, imagina essas assim chamadas "novelas bíblicas"....
Já que esse tipo de formato tem lá o seu público, a Rede Record poderia fazer uma alternância no formato das tramas, gente pra isso deve ter, está aí "Escrava Mãe" que não me deixa mentir. Isso porque uma "novela bíblica" atrás da outra pode cansar o telespectador e "queimar" o formato. Posso estar equivocada (tomara que não).
abraços...
Entendo, Victor. E tb acho o Sidney mt ruim.
ResponderExcluirFora que o Kadu é bem fraco, anonimo...
ResponderExcluirTb duvido disso, Heitor...
ResponderExcluirTb não, Lulu. Tanto que não o citei como destaques do elenco.
ResponderExcluirAcho que corre msm o risco de cansar, anonimo.
ResponderExcluirAguardemos, Cleanskin.
ResponderExcluirEntendo, anonimo...
ResponderExcluirBoa observação, Matheus.
ResponderExcluirA Juliana de rainha má é com certeza o maior atrativo, Pâmela. Ela é ótima. Eu já acho o Sidney ruim msm, mas, seria difícil msm a emissora conseguir um grande nome para o central.
ResponderExcluirMt obrigado, Clau!
ResponderExcluirF Silva, Escrava Mãe tem se mostrado uma novela mt caprichada e tenho certeza que teria bom Ibope se substituísse Os Dez Mandamentos. Mas não quiseram...
ResponderExcluirAcho que tem uns raros nomes melhores no elenco, mas a canastrice continua reinando.E já tá chata essa saga bíblica.A paciência do público vai se esgotar já já.
ResponderExcluirTb acho que com o tempo irá cansar, Hector...
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