Nesta segunda (04/07), foi ao ar a morte de Raposo (Dalton Vigh) em "Liberdade, Liberdade". Após semanas sumido da novela, o personagem voltou de viagem e logo reiniciou a investigação a respeito do ladrão de seu baú de ouro. Ele acabou encontrando sua fortuna na casa de Rubião (Mateus Solano), que flagrou o 'quase sogro' e o alvejou pelas costas, matando o inimigo covardemente em uma ótima cena. O desfecho do poderoso fidalgo foi lamentável para o desenvolvimento da história e uma grande perda para o público.
O autor Mário Teixeira acabou retirando precocemente do enredo um dos melhores personagens. A cena foi brilhantemente Mateus Solano, que soube transmitir toda a tensão daquele sombrio momento, onde o frio Rubião se mostrou como é para o imponente Raposo, que tentou enfrentá-lo, sem sucesso, mesmo agonizando. Entretanto, falharam gravemente ao não mostrar nem a expressão de Raposo vendo o seu inimigo antes de morrer (podendo ao menos fechar o ciclo de Dalton Vigh em grande estilo) e o pai adotivo de Joaquina (Andreia Horta) tinha muito o que render na trama, faltando um mês para o seu fim. E deve-se lamentar ainda mais a morte do perfil, pois o mesmo ficou sumido por semanas da novela.
A viagem de Raposo ao Rio de Janeiro em nada contribuiu para o roteiro e só serviu para desaparecer com o personagem. Muito se especulou sobre esse sumiço, incluindo até um possível problema de saúde do ator.
Porém, a imprensa especializada não publicou absolutamente nada em relação ao assunto e houve até a suspeita de que o intérprete precisou se afastar por conta da gravidez de sua esposa ---- embora seja uma justificativa plausível a respeito do desaparecimento temporário, não justifica a morte do fidalgo, ainda mais levando em consideração a satisfação de Dalton com o seu papel. Ou seja, nenhum esclarecimento a respeito da vida pessoal do profissional foi explicada. Portanto, a responsabilidade cai em cima do autor.
A novela sentiu a ausência de Dalton Vigh durante o longo período em que ficou fora, pois Raposo sempre foi um dos perfis principais. E o sentimento de frustração se tornou ainda maior quando o personagem retornou apenas para morrer. O pai de André (Caio Blat) voltou de viagem no final do capítulo de terça e já sofreu a emboscada no final do capítulo de sexta, morrendo no início do capítulo de segunda. Não houve nem tempo para o personagem retomar sua ótima e bem construída relação com Rosa, ficar a par do relacionamento de Bertoleza (Sheron Menezzes) com Ventura (Vitor Thiré) e muito menos observar a tensão sexual existente entre André e Tolentino (Ricardo Pereira).
A única boa cena que Dalton conseguiu protagonizar, antes da tensa sequência de seu assassinato, foi o momento de romantismo entre Raposo e Virgínia (Lília Cabral), que tiveram uma noite de amor assim que o fidalgo retornou. Os atores tiveram uma química arrebatadora na trama e o curioso é que os dois não funcionaram como casal na fraca "Fina Estampa" (2011), pois a história e os perfis da trama de Aguinaldo Silva não ajudaram. Agora, com papéis bem construídos e um enredo atraente, não foi difícil observar a sintonia do par. Uma pena que a relação não pôde ser construída, ao menos até a reta final, em virtude da morte do pai de Joaquina e André.
Dalton Vigh estava vivendo um grande momento na trama das onze. O próprio ator reconheceu em entrevistas que estava aguardando um perfil como o Raposo para interpretar. Após o cruel Clóvis em "O Profeta" (o grande vilão de sua carreira, em 2006) e o marcante Marconi Ferraço em "Duas Caras" (um de seus melhores papéis, em 2007), ele nunca mais havia recebido um personagem realmente bom. Os esquecíveis Dr. Otávio ("Negócio da China" - 2008) e Claus ("Cinquentinha" - 2009), o insípido mocinho Renê ("Fina Estampa"), o figurante Carlos ("Salve Jorge" - 2012) e a sua insignificante presença no elenco da equivocada "I love Paraisópolis" (na pele do passivo Tomás) apenas comprovam isso.
"Liberdade, Liberdade" tem um grande elenco e um dos melhores nomes da novela era justamente o de Dalton Vigh, que fez de Raposo um dos mais interessantes personagens da trama das onze. O assassinato do pai adotivo de Joaquina não indignou somente a sua filha do coração, como também despertou um sentimento de tristeza no telespectador, que estava sendo presenteado com o ótimo desempenho do ator ao longo dos capítulos. Sem dúvida, fará muita falta na história. Uma pena.
Concordo. Um absurdo essa morte! Não dá pra entender!
ResponderExcluirEsse texto representa o sentimento do público depois dessa morte descabida!
ResponderExcluirOnde eu assino? É O MEU DESABAFO!
ResponderExcluirNão me conformo com essa morte e vejo que vc também não.Grande perda pra novela que já não anda grandes coisas.
ResponderExcluirDalton Vigh estava em grande interpretação e eu nunca fui fã dele como ator.Mas dessa vez tinha me conquistado.Aí vem o autor e faz uma dessas.
ResponderExcluirConcordo,ele tem que voltar por favor!
ResponderExcluirQue sacanagem.Ainda enfiaram o apático Gabriel Braga Nunes no lugar.Essa novela tem sido uma decepção.E como enrola!
ResponderExcluirCompartilho de tudo o que você transcrito nesse belo texto.Decepção é a palavra.
ResponderExcluirOlá, Sérgio! Faz muita falta quando um bom personagem é retirado de uma trama. Tomara que a história subsequente compense. Abraços!
ResponderExcluirOlá,Sérgio...também,li algo sobre o estado de saúde dele,mas, não sei a real ... concordo que Dalton está fazendo falta e concordo quando o telespectador sempre vai querer estar certo ,mas eu acredito que o autor talvez também tenha suas razões, para a retirada desse personagem ,até para o desenvolvimento da própria trama,mesmo faltando parco um mês para seu final.
ResponderExcluirBelos dias,abraços!
Sérgio, boa noite querido!!
ResponderExcluirConcordo mil vezes com a sua análise e repudio veementemente a saída do Dalton (Raposo) da trama!!
Ele era a parte central da novela e muita coisa girava em torno dele!!
Uma das cenas que mais me emocionaram foi o salvamento das crianças por seu personagem!
Primeiro a própria Joaquina, após Bertoleza e ao final, aquele menininho que fazia o pequenino bandoleiro do bando do Marco Ricca e depois começou a usar aquelas roupinhas lindas de fidalgo...rsrs As cenas dos dois sempre foram hilárias e fofas!!! Uma pena pena perdê-lo tão precocemente!!!
Amigo, um super beijo e uma super semana!! :)))))
Além de um absurdo em nada contribuiu pro roteiro.Só serviu pros outros chorarem.
ResponderExcluirA novela começou promissora mas se mostrou sem identidade e lenta demais.A morte do Raposo é uma clara tentativa de movimentar a história que não tem nada a apresentar sem a demorada guerra dos revolucionários contra a coroa.
ResponderExcluirOlá Zamenza, a morte de Raposo me entristeceu bastante, foi uma perda enorme para a novela que vinha me mostrando boa. Eu pessoalmente não gostei da entrada de Gabriel Braga Nunes, eu acho ele só regular. e tenho a impressão de que todas as ações de Raposo passarão agora para esse personagem. É nítido que esse personagem novo é uma espécie de tampa buraco deixado pelo Raposo. Agora fico um pouco preocupada com a reta final da novela sem o Raposo. Outro detalhe que achei interessante foi o descuido da direção nas cenas da morte de Raposo, seu rosto sequer foi focado direito como você mencionou. Mas no geral a direção não tem tido muito cuidado mesmo, pois varias cenas da novela são passadas de maneira muito rápida como se tivessem sido picotadas. Se não fossem esses detalhes somado a morte de Raposo, Liberdade Liberdade seria uma novela excelente mesmo, mas no geral tenho achado ela apenas boa. Mas vale elogiar os ótimos atores que estão arrasando como Andreia Horta, Mateus Solano, Lilia Cabral, Marco Ricca, Caio Blat, Zezé Polessa, e outros.
ResponderExcluirQue texto maravilhoso. Também me revoltei com a morte do Raposo, esse com certeza, um dos melhores personagens do Dalton Vigh. Será que ele saiu pra entrar em outra novela? Vale elogiar MUITO as atuações de Mateus Solano, Lília Cabral, Andréia Horta e do pequeno Gabriel Palhares.
ResponderExcluirAh, ficou sabendo que o Aguinaldo já reservou a Lília Cabral pra ser a vilã MOR da sua próxima novela?
Você nao acha que essas novelas mais curtas e mais dinamicas deviam ter uma historia mais enxuta? O autor desenvolveu muitas possibilidades e deixou muitas sem concluir e escolheu tarde demais o desfecho de algumas. Minha sensação é essa.
ResponderExcluirElenco brilhante, desempenhos nota dez, cenario, figurino maravilhosos mas o autor e direção pecam bastante.
Algo a comentar...
ResponderExcluirIsso significa dizer que o autor conseguiu atingir seu objetivo. A morte do Raposo causou indignação sim, mas faz parte daquilo que Mário Teixeira se propôs a enredar. O enredo é dele e a ele compete criar e desenvolver os entrechos folhetinescos que irão definir o destino de cada personagem. Nós somos apenas a "teleplatéia"
Já vi inúmeros exemplos em diversas novelas de personagens tão queridos serem mortos pelos autores no decorrer da trama. O enredo de algumas até foram modificadas para não "frustrar" o desejo do público, porém, eu particularmente, aprovo e aplaudo muito os autores que são corajosos e não cedem a pressão do público de modificar aquilo que se propôs contar.
Sempre achei o Dalton Vigh um ator de pouco recursos, porém como está bem pontuado no 5º parágrafo desse post, um perfil bem construído, o enredo atraente, e eu acrescentaria a ótima direção, ajudaram o Dalton Vigh a viver esse grande momento.
A morte do Raposo causou essa comoção nos personagens da história e nos telespectadores sim, muito mais pela boa e interessante história que está no ar, do que pela saída do interprete da trama.
Um grande abraço
Não dá msm, Denner.
ResponderExcluirObrigado, Kika.
ResponderExcluirQue bom, anonimo.
ResponderExcluirVerdade, Janaína.
ResponderExcluirConcordo plenamente, Ernane.
ResponderExcluirInfelizmente não volta, "Sentimentos". Pena.
ResponderExcluirPéssima substituição msm, Paula.
ResponderExcluirObrigado, Clara.
ResponderExcluirPois é, Bia... bjs
ResponderExcluirEle tava ótimo de saúde, Felis. Ficou estranhíssimo. abçs
ResponderExcluirObrigado pelo carinho de sempre, Adriana. E as cenas do Dalton com o carismático Gabriel Palhares eram hilárias msm. Pena bjs e boa semana.
ResponderExcluirPena, anonimo.
ResponderExcluirBom comentário, Andressa.
ResponderExcluirLivewere Lu, seu comentário está excelente e eu endosso cada vírgula. Concordo com absolutamente tudo. É isso que penso. bj
ResponderExcluirCom certeza não foi isso, Pãmela. E eu soube da reserva do Aguinaldo sim. EWmbora não me anime com a novela dele, fico feliz pela Lilia pq ele a valoriza muito. bjsss
ResponderExcluirF Silva, senti a sua ausência. Bom te ver de volta. E eu discordo pq no caso a morte só fez a novela perder, pois o personagem estava sumido sem explicações por várias semanas e voltou só pra morrer. Se era vital para o enredo a morte que ao menos esperasse mais um pouco, pois não tem acontecido grandes coisas na trama msm. Até agora a morte não serviu para nada a não ser aumentar a frieza de Rubião. E tb nunca fui fã do Dalton, mas nessa novela ele estava incrível. Abçsss
ResponderExcluirnossa, fiquei triste só de ler esse texto, Raposo era meu personagem preferido vai ser dificil me acostumar, antes tivessem deixando mais pra frente como vc bem disse. Nunca fui fã do Dalton Vigh mas sempre achei ele um ótimo ator, quando dão pra ele um bom papel ele consegue se destacar como aconteceu em O Profeta, Duas Caras e Liberdade. O próprio Mateus Solano lamentou a saída do personagem, fora que ele gosta muito do Dalton, fico imaginando como foi difícil pro Mateus matar o personagem do Dalton, se foi dificil pra gente imagina pra ele.
ResponderExcluirConcordo com tudo ,foi uma pena!!!!!
ResponderExcluirÉ verdade, anonimo. Era um dos melhores personagens e a morte foi gratuita. Uma lástima.
ResponderExcluirAh, e o Solano está impecável.
ResponderExcluirUma pena, Sonia.
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