sexta-feira, 8 de abril de 2016

"Tá no Ar: a TV na TV" se supera ao homenagear Carlos Alberto de Nóbrega

A terceira temporada do "Tá no Ar: a TV na TV" chegou ao fim na última terça (05/04), mesmo dia da final do "Big Brother Brasil 16". E o melhor humorístico do país mais uma vez apresentou uma sucessão de esquetes geniais, conseguindo fechar o terceiro ano com bastante fôlego para várias outras temporadas. O programa roteirizado por Marcius Melhem, Maurício Farias, Marcelo Adnet e equipe ainda se superou ao homenagear Carlos Alberto de Nóbrega, em uma esquete relembrando o sucesso da Velha Surda.


A atração fez história homenageando um dos formatos mais antigos do SBT ---- está no ar há 29 anos na emissora, desde que Silvio Santos comprou a produção em 1987 (antes já havia passado pela TV Paulista, TV Rio, Record, Band e Globo) ---- e celebrando a importância de uma figura tão querida pelos brasileiros. Foi uma das muitas ótimas ideias da produção do humorístico, que tem liberdade total para fazer o que quiser. Tanto que a Globo liberou o convite e o SBT concordou, expondo ainda um gesto de amizade e respeito entre os canais.

O quadro foi impagável. Marcius Melhem interpretou a Velha Surda com uma perfeição impressionante e por vários momentos houve a impressão de volta no tempo. A icônica personagem foi vivida com maestria pelo saudoso Roni Rios (falecido em 2001) e era uma das figuras mais conhecidas da praça. Ele com certeza ficaria orgulhoso do colega.
O esquete foi um dos mais longos do último programa (quase três minutos) e o 'diálogo' de Carlos Alberto com a clássica Bizantina Escatamáquia Pinto divertiu do início ao fim. Foram feitas, inclusive, várias referências hilárias aos responsáveis por Globo e SBT.

A conversa merece até ser reproduzida: "Carlos Alberto! Há quanto tempo. O que você está fazendo aqui? Essa praça não é sua." "Eu sei, mas a senhora sabe que sou chegado a um banco de praça. Me convidaram para vir e eu vim porque não sou bobo." "Ah, vai trabalhar na Globo?" "Não. Eu já trabalhei na Globo por onze anos. Fazia Os Trapalhões." "Lhe ofereceram milhões?" "Estou muito feliz no SBT! Vim aqui pra fazer o Tá no Ar." "Ah, te ofereceram milhões pra você voltar pra lá! Quando você voltar pra Globo eles vão te deixar continuar no SBT?" "A senhora não entende a minha explicação!" "Pediu demissão?" "Não é possível." "Brigou com o Silvio?" "A senhora tá pinel." "Com toda a família Abravanel?" "Estou tratando a senhora com carinho!" "Ah, prefere os Marinho! Safado!" "Estou ficando nervoso." "Pagavam mais pro Bozo?" "Eu vou voltar pro SBT. E a senhora vai sabe pra onde?" (cochicha em seu ouvido) "O que tem o Raul Gil?".

Nada melhor do que ter uma esquete como essa para enriquecer o último programa da temporada. A ousadia foi uma grata surpresa e Carlos Alberto de Nóbrega merecia a homenagem, que acabou se estendendo ao SBT também. Entretanto, outros acertos da atração exibida na última terça merecem ser citados. Afinal, foram várias sequências hilárias. Entre elas, a interação dos personagens mais famosos do humorístico: o Jorge Bevilácqua (apresentador do clássico "Jardim Urgente"), Tony Karlaquian (responsável pelo "Balada Vip") e Tenente Pitombo (dono do "Pitombo Game Show"). Todos participaram da campanha "Adulto Esperança", em alusão ao conhecido "Criança Esperança".

Vale mencionar ainda todos os grandes atores que participaram de outra esquete sensacional: a reunião das Helenas de Manoel Carlos, cujo título foi "Clones em Família". Todas as personagens se reuniram durante o lançamento do livro "Minha Vida com Helenas", assinado por José Mayer, em uma livraria. Uma das Helenas, inclusive, pega um livro com o vendedor Igor (Ricardo Macchi, que ri de si mesmo ao elaborar várias 'inexpressividades faciais' para falar com a cliente), enquanto José Mayer cobiça todas as Helenas, mas lamenta não poder ter todas. Até que surge Tio Ali (Stênio Garcia), que o conforta dizendo que na lei do Profeta o homem pode ter quantas esposas quiser. Também aparece o Dr. Albieri (Juca de Oliveira) falando que pode criar clones do ator para dar conta de todas. Foi um quadro engraçadíssimo e repleto de estrelas, comprovando o prestígio que o "Tá no Ar" tem na emissora.

Além das esquetes já citadas, é necessário elogiar o clipe final, reunindo todas as 'Galinhas Pretas Pintadinhas', representando as várias religiões alvos de deboches ao longo das temporadas. Chamada de "We Are The Ovo" (paródia do clássico "We Are The World"), a música divertiu ao mesmo tempo que fez uma importante conscientização sobre a tolerância religiosa. O elenco também participou junto com as animações. Ou seja, foi um encerramento perfeito e que foi recompensado pela audiência ---- beneficiado pela final do "BBB 16", marcou 17 pontos em São Paulo e 22 no Rio de Janeiro.

O "Tá no Ar: a TV na TV" segue sendo o melhor humorístico do país e uma das melhores criações (senão a melhor) dos últimos anos. O último programa fez jus ao conjunto impecável das três temporadas e ainda se superou com a homenagem ao Carlos Alberto. Todos os elogios que a atração recebe são mais do que merecidos e Marcius Melhem, Marcelo Adnet, Maurício Farias, Carol Portes, Danton Mello, Georgiana Góes, Luana Martau, Verônica Debom, Márcio Vito, Maurício Rizzo, Renata Gaspar e Welder Rodrigues estão de parabéns. Vida longa ao programa!

25 comentários:

  1. Eu morri de rir! E que perfeita a imitação da velha surda! KKKKKKKKKKKKKK Abraço!

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  2. Esse programa deveria ser fixo, embora reconheça o risco de se desgastar.

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  3. Eu pensei que estava no canal errado. HAHAHAHAHA

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  4. Sérgio, você aguçou minha curiosidade. Não sou ligada a programas de humor mas já li outros elogios à atração. Vou ficar mais atenta (rss). Bjs.

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  5. Olá, Sérgio... a temporada é vapt-vupt, talvez, seja esse o segredo,não desgasta e ficamos com aquele gostinho de quero mais e aguardando a próxima...vero, esse quadro/homenagem ao Carlos Alberto de Nóbrega foi muito hilário, o Marcius foi brilhante ,como sempre, fazendo a Velha Surda; e eu gostei demais, também, da interação dos personagens para o "Adulto Esperança"...excelente programa e a equipe é muito boa mesmo, bela análise!Obrigado pelo carinho,feliz f.d.s,belos dias,abraços!

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  6. Humor de qualidade é isso aí. Não Pânico na Tv, Encrenca, Legendários e afins...

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  7. Ele merece a homenagem! Lindo fds! abraços,chica

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  8. Adorei a interação e a homenagem. Mas achei a das Helenas melhor.

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  9. Oi, Sérgio, como vai? Concordo contigo, a atração é das melhores criações dos últimos anos! A equipe deu certo e os quadros são criativos. Marcius e Adnet estão entre os meus humoristas preferidos e quantas gerações já não riram com o Carlos Alberto! Grande homenagem e a meu ver supera a mesmice do Big Brother. Abraços!

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  10. Na minha opinião, a parte mais engraçada foi quando a Lília Cabral é barrada da festa de lançamento e se lamenta por nunca ter sido uma Helena, foi genial!

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  11. Aliás, eu sempre achei que era ela quem devia ter sido a Helena de "Viver a Vida".

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  12. Olá Sérgio,

    Não vi nada desta temporada, mas pelo que você discorre por aqui, o programa tem feito jus à sua faceta humorística. Muito bacana e louvável esta interação do SBT com a Globo para a merecida homenagem a Carlos Alberto de Nóbrega.

    Ótima tarde de domingo e feliz semana.

    Abraço.

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  13. É melhor que seja por temporada mesmo, Denner.

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  14. Concordo, Felis. O regime de temporadas é bom pq não deixa o formato ficar esgotado, dando o gostinho de quero mais. abçs

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  15. A das Helenas foi sensacional também, Bruna. Tanto que destaquei no texto. bjs

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  16. Tudo indo, Bia. E que bom que vc gostou. bjão!

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  17. Concordo, Luciano. Foi uma sacada de mestre. E acho que a Helena de Viver a Vida deveria ter sido a Luciana, mas a Lilia merecia demais uma Helena do Maneco.

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  18. Foi uma ótima temporada, Vera. E foi mt bacana ver essa interação de Globo e SBT. bjs

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  19. Também achei superdivertida a recriação de A Praça é Nossa, com o Carlos Alberto da Nóbrega e Marcius Melhem.

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