"Lady Night" manteve todos os acertos na nona temporada

 A nova temporada do melhor programa do Multishow chegou ao fim nesta terça-feira, dia 9. A estreia foi no dia 18 de agosto e ao todo foram 17 episódios. Mais uma vez Tatá Werneck conseguiu reunir uma ótima lista de convidados e fez de seu talk show um sucesso de repercussão nas redes sociais. Já não é mais uma novidade enaltecer a divertida atração, mas todo ano é necessário endossar os êxitos do formato.

O "Lady Night" virou o maior êxito do Multishow desde a sua estreia, em abril de 2017. São nove temporadas com entrevistas bem-humoradas, conduzidas por uma apresentadora cada vez mais à vontade e segura. O talk show virou o trunfo da programação anual do canal a cabo, que anda com uma programação repetitiva e sem novidades há muito tempo. A primeira, a segunda, a terceira, a quarta, a quinta, a sexta e a sétima temporadas tiveram 25, 20, 25, 13, 11, 15 e 15 episódios, respectivamente. 

Já em 2023 a atração não foi ar ar porque Tatá estava ocupada gravando "Terra e Paixão", mas temporada de 2024 voltou em grande estilo com 30 episódios, a mais longa até agora. Não por acaso, foi o melhor ano do talk show e muitos trechos viralizaram nas redes sociais, principalmente o do dia em que Narcisa Tamborindeguy e Inês Brasil foram entrevistadas.

A edição caótica foi memorável e rendeu tantos momentos impagáveis que Tatá espertamente trouxe as duas de volta em um quadro chamado 'Roda das Divas', onde simulou uma espécie de "Roda Viva", da TV Cultura, mas sem cultura alguma. Alguns convidados foram submetidos a um breve massacre de perguntas esdrúxulas, o que proporcionou situações divertidíssimas. 

O quadro 'Hector Bolígrafo', uma analogia ao personagem Hector Bonilla, do seriado "Chaves", virou um dos maiores trunfos do programa e esteve mais uma vez presente através do poligrafista Jorge Maria, que tem o mesmo deboche ágil de Tatá e faz uma dobradinha deliciosa com a apresentadora. Os dois criaram uma sintonia gostosa de ver. E o momento da 'Entrevista com o Especialista' também não pode faltar. Foi mais um ano com muitas situações hilárias. 

Mas se engana quem pensa que o programa se resume apenas a interações bem-humoradas ou piadas de duplo sentido. Tatá consegue todo ano extrair declarações que muitos artistas jamais deram e não foi diferente agora, vide o momento bonito com Cauã Reymond, que se emocionou quando compartilhou seu luto pela perda da mãe, vítima de câncer. O ator costuma dar entrevistas protocolares e fica perceptível que nunca está à vontade. Isso não aconteceu com Tatá. A apresentadora também arrancou um desabafo tocante de Péricles, que abriu o jogo sobre uma depressão que o grande público nem tinha conhecimento. Vale destacar ainda as entrevistas com Bruna Marquezine, Sasha, Christianne Torloni e o último programa com a presença de Cristina Rocha e Márcia Goldsmith, que mediaram uma 'reconciliação' de Tatá com Gkay e Fiuk, os responsáveis pelas piores entrevistas da história da atração. 

O "Lady Night" manteve todos os acertos em 2025 e resta torcer que siga assim na décima temporada, quando o programa completará oito anos no ar. Tatá Werneck nasceu pra isso.