quinta-feira, 3 de julho de 2025

"Êta Mundo Melhor!": o que esperar da nova novela das seis?

 “Na vida, muitas veiz nóis sofre, falta as esperança, nóis inté pensa em desistir, mas olha a minha história: sempre tem qualquer coisa boa pra acontecer... então eu digo pra todo mundo. Nunca perda as esperança, porque tudo o que acontece de ruim na vida da gente é pra meiorá!”. Com essa mensagem, Candinho (Sergio Guizé) deixou o seu recado para o público ao final de ‘Êta Mundo Bom!’. Agora, o personagem volta em ‘Êta Mundo Melhor!’, ao lado do seu fiel companheiro, Policarpo, para mostrar que amor, determinação e generosidade nunca saem de moda e não devem ser esquecidos no caminho para realizar os sonhos.  


Criada e escrita por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson, com direção artística de Amora Mautner, a nova novela das seis da TV Globo, que estreou nesta segunda-feira (30/06), é ambientada em São Paulo, no final da década de 1940. A trama parte do desfecho de ‘Êta Mundo Bom!’, exibida em 2016, e traz novos desafios a personagens já conhecidos do público. Ao mesmo tempo, ganha outros nomes no elenco, núcleos diferentes e histórias inéditas, que prometem emocionar e divertir, sempre com a mensagem de otimismo que conquistou os brasileiros. 

‘Êta Mundo Melhor!’ tem como fio condutor a saga de Candinho (Sergio Guizé), que vive na capital paulista, na mansão da mãe, Anastácia (Eliane Giardini, em ‘Êta Mundo Bom’), a quem procurou durante toda a novela anterior. Apesar da riqueza que o cerca, ele enfrentará uma nova busca, em torno da qual a trama vai girar: a procura pelo filho perdido, Junior/Samir (Davi Malizia). A criança é mais uma vítima das crueldades do vilão Ernesto (Eriberto Leão), que ressurge e mostra suas garras em novos planos ardilosos. Assim como ele, os fãs vão rever outras figuras que marcaram a trama anterior: Celso (Rainer Cadete), Sandra (Flávia Alessandra), Maria (Bianca Bin), Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi), Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura), entre outros. E novos personagens chegam para movimentar a história, como Estela (Larissa Manoela), Zulma (Heloísa Périsse), Zenaide (Evelyn Castro), Margarida (Nivea Maria) e Lúcio (Tony Tornado).   

Com a maior parte da trama se desenrolando na capital, novos núcleos de personagens se apresentam. A rádio ganha importância, onde vai se desenrolar a trajetória de Dita (Jeniffer Nascimento) rumo ao sucesso como cantora. E novos locais fictícios são ponto de encontro ou local de passagem para diversos personagens, como o hospital, onde vai trabalhar Estela (Larissa Manoela), a pensão, administrada por Margarida (Nivea Maria), e o dancing, lugar onde, na época, os homens pagavam para dançar com mulheres. Outra marca da trama deve ser o orfanato Casa dos Anjos, onde o filho de Candinho vai parar. O local é administrado pela vilã Zulma (Heloísa Périsse) e sua funcionária Zenaide (Evelyn Castro), com um elenco de mais de 10 crianças. 

O ponto de partida da nova história é dado com Candinho desfrutando da riqueza da mãe, Anastácia (Eliane Giardini, em ‘Êta Mundo Bom’), vivendo uma vida confortável em São Paulo, em uma mansão, ao lado de seu fiel companheiro Policarpo, com a esposa Filomena (Débora Nascimento em ‘Êta Mundo Bom’!) e o filho Junior (Davi Malizia). Tudo muda quando, em uma madrugada, sua paz é novamente abalada por mais uma das crueldades do vilão Ernesto (Eriberto Leão).    

Dado como morto ao final de ‘Êta Mundo Bom’, ele volta para mostrar que sobreviveu ao acidente da reta final de ‘Êta Mundo Bom’ disposto a novos atos de pura maldade. Desta vez, a ideia seria levar o bebê de Candinho para poder fazer chantagem e ganhar uma boa quantia pelo menino. Ernesto seduz Filomena, que decide abandonar o marido e fugir com ele. Enquanto Filomena o espera em uma casa na estrada, o vilão vai até a mansão buscar o bebê. Candinho chega a flagrar a ação, mas, com seus capangas, o rival consegue colocar a criança no carro e partir. Ao ir ao encontro de Filomena, Ernesto descobre que a casa em que ela estava pegou fogo, e a jovem não sobreviveu.  Na esperança de recuperar o filho, Candinho ainda tenta perseguir o vilão, mas é tarde demais. Ernesto escapa novamente, deixando a criança em um sítio no caminho, com um casal de roceiros. E, assim, tem início uma jornada de desencontros entre pai e filho: sem condições de criar o bebê, os camponeses o entregam à cigana Carmem (Cristiane Amorim), que, por sua vez, o leva até um orfanato, aos cuidados da vilã Zulma (Heloísa Périsse). 

Ao receber a criança na instituição, Zulma o batiza de Samir. O menino ganha uma nova identidade, mas ainda carrega sua marca de nascença, que lembra as asas de um anjo e será a pista perseguida por Candinho em sua busca, cheia de percalços.  
Para agravar a situação, ao saber do desaparecimento do neto pelo atrapalhado detetive Sabiá (Fábio de Luca), contratado para ajudar na procura pelo bebê, a mãe de Candinho não resiste e morre no hospital. Viúvo, enganado por Filomena, e órfão, Candinho terá na procura pelo filho a motivação para seguir em frente.  

O testamento de Anastácia deixa todas as suas posses para Candinho, o que decepciona seus primos Celso (Rainer Cadete) e Sandra (Flávia Alessandra), ainda presa pelos crimes cometidos em ‘Êta Mundo Bom!’.  

Logo nos primeiros capítulos, Celso esbarra em Zulma pedindo dinheiro com o bebê de Candinho pelas ruas e o identifica pela mancha em suas pernas. Influenciado por Sandra, a quem costuma visitar na cadeia, ele começa a pagar para que Zulma mantenha o garoto escondido, longe de Candinho. Sem o bebê, os dois irmãos seriam os herdeiros da fortuna, bastaria dar um jeito para que algo acontecesse com o protagonista, nos planos da vilã.  Enquanto isso, Celso influencia Candinho a vender a fábrica de sabonetes herdada da mãe e a comprar uma fábrica de biscoitos, para ganhar dinheiro por fora com a transação. Não só a dupla de primos, mas outros personagens gananciosos se aproximarão de Candinho com todo tipo de golpe, de olho em sua fortuna, muitas vezes usando o sumiço de Junior/Samir para jogar com a inocência de Candinho.  

Ao lado do amigo e confidente Policarpo, Candinho segue firme, repetindo sua máxima “Tudo de ruim que acontece na vida é pra meiorá!”, e, de fato, nem tudo é decepção na nova fase dessa história. Enviado por Pancrácio (Marco Nanini em ‘Êta Mundo Bom’), que foi morar na Grécia, um novo amigo surge para apoiar Candinho: o professor Asdrúbal (Luis Miranda), que chega para cuidar da escola de Pancrácio e passa a viver na mansão. Ele vai usar de diversos truques e disfarces para ajudar Candinho na busca pelo filho. Outro amigo especial aparece para encher a mansão de alegria: é Picolé (Isaac Amendoim), sobrinho de Pirulito (JP Rufino em ‘Êta Mundo Bom’), que aparece na mansão com uma carta do tio, considerado um irmão por Candinho por ter sido filho adotivo de Anastácia e Pancrácio. Pirulito conta, na correspondência, que precisou estudar no Interior e pede a Candinho que abrigue Picolé, o que o é aceito prontamente. O garoto, aos poucos, se torna mais um grande aliado do protagonista.  

Quem também surge de surpresa na mansão é Dita (Jeniffer Nascimento), nora de Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura), os pais de Filomena e donos do sítio onde Candinho foi criado. Com a notícia da morte de Filó, que chega por um telegrama ao sítio, ela se dispõe a ir até a capital buscar informações. No trajeto, é furtada e chega à cidade sem dinheiro e sem o endereço de Candinho. Acaba sendo acolhida por Margarida (Nivea Maria) em sua pensão, e, por uma série de circunstâncias, vai parar na casa de Candinho em busca de trabalho. Esse reencontro, ao mesmo tempo em que provoca novos sentimentos em Candinho, vai significar uma nova fase na vida de Dita.  

Cansada da falta de iniciativa e das safadezas do marido, Quincas (Miguel Rômulo), que mal participa da criação do filho dos dois, Joaquim (Tom Zé), ela vislumbra uma mudança definitiva diante das possibilidades da cidade grande. Com seu talento para cantar, acaba vencendo um concurso de calouros que a introduz no mundo da rádio, onde um futuro promissor se apresenta. A personagem, na opinião dos autores Walcyr Carrasco e Mauro Wilson, é uma das que mais cresce entre uma novela e outra, e sua trajetória vai carregar uma mensagem potente de empoderamento feminino. “A novela, apesar de ser de época, aborda de forma contemporânea algumas temáticas. A jornada da Dita, por exemplo, mostra os desafios de ser uma mulher desquitada em uma sociedade marcada pelo machismo. Ela decide ir com o filho e a tia para a capital e vai batalhar pelo sonho de ser uma grande cantora na rádio”, comenta Mauro Wilson.  

E Dita vai precisar lutar para provar diariamente o seu talento. Mesmo se destacando com sua voz, ela sofre por não ter o espaço que merece no trabalho. Lúcio (Tony Tornado), dono da Rádio Paraíso, será um grande apoiador em sua carreira, além de Margarida (Nivea Maria) e Tales (Duio Botta), funcionário da rádio e morador da pensão. 
 
Enquanto Candinho busca seu filho e tenta recomeçar diante de tantas perdas, os vilões seguem armando para abocanhar seu dinheiro, de olho no paradeiro de seu filho. Ernesto (Eriberto Leão) se esconde no dancing após a tentativa de fuga e abandono de Junior/Samir (Davi Malizia). O local volta com mais sofisticação, shows e liderado por Tamires (Monique Alfradique). E, assim como fez com a esposa de Candinho, Ernesto seduz Tamires para ganhar sua confiança. Mesmo diante da generosidade da moça, ele continua a se encontrar com Sandra (Flávia Alessandra). Em uma das visitas à golpista na prisão, descobre a armação de Celso (Rainer Cadete) com o filho de Candinho, e fica interessado em reencontrar o menino para usá-lo contra o pai. Assim, se aproxima de Zulma (Heloisa Périssé), sua prima e dona do orfanato. 

Celso, por sua vez, segue pagando quantias a Zulma para que mantenha a criança longe de Candinho, e mal imagina o quanto isso contribui para uma tragédia em sua família. Sua mulher, Maria (Bianca Bin), desconfiada das idas do marido ao dancing, vai até o local à procura dele, e acaba reconhecendo a marca de nascença de Samir no colo da pedinte Zulma (Heloisa Périssé). Ao tentar confrontar e correr atrás da vilã, Maria se envolve em um acidente fatal, sem tempo de contar a ninguém sobre a sua descoberta. 
  
A estudante de enfermagem Estela (Larissa Manoela) é a pessoa com quem Maria fala pela última vez no hospital. Em seu leito de morte, Maria pede que Estela entregue um camafeu com uma foto da família ao marido. Comovida, a jovem vai fazer de tudo para cumprir o combinado com a paciente, e o encontro com Celso promete mudar sua vida, que é cheia de mistérios.   

Estela vive com a avó Aurora (Lu Grimaldi) e se dedica a cuidar de sua irmã Anabela (Isabelly Carvalho). Ela perdeu os pais e luta contra acontecimentos de seu passado enquanto batalha para se tornar uma enfermeira, seu grande sonho.  

Estela também vai dar aulas na ‘Casa dos Anjos’, abrigo chefiado pela vilã  Zulma (Heloisa Périssé), a quem a cigana Carmem (Cristiane Amorim) entrega o filho de Candinho. Lá também vive Zenaide (Evelyn Castro), sua funcionária. Submissa à patroa, Zenaide presencia Zulma falar e fazer absurdos, como obrigar as crianças a costurar, bordar e encadernar os “livros do coração”, um dos trambiques que a vilã costuma praticar. Com a desculpa de rezar na igreja por pessoas que morreram, Zulma descobre com o padre detalhes sobre as famílias que perderam entes queridos e as aborda para vender os livros, que seriam uma última recordação da pessoa que partiu. 

Além disso, costuma usar as crianças para pedir esmolas na rua. Ao fazer isso com Junior/Samir (Davi Malizia) percebe que o garoto desperta o interesse de figuras como Celso e Ernesto, vê que tem muito a ganhar com a criança e vai buscar conhecer seu pai. Será mais uma gananciosa no caminho de Candinho. 

Mas, quando se trata de tirar proveito da fortuna alheia, Cunegundes (Elizabeth Savala) também mostra suas garras. Com a mudança de Dita (Jeniffer Nascimento) e Manoela (Duh Moraes) para São Paulo, ela e Quinzinho (Ary Fontoura) vão passar por maus bocados sem ajuda no sítio. A chegada surpresa de Medeia (Betty Gofman), irmã de Quinzinho, após ter sido deixada pelo marido, vai aumentar a raiva da dona “Boca de Fogo”, como Cunegundes costuma ser chamada em função da sua braveza.  

O Sítio Dom Pedro II agora é de Candinho (Sergio Guizé), mas Cunegundes segue tentando meios de ganhar algum dinheiro, e o resultado é sempre um acúmulo de dívidas e a decadência do local. Com a morte de Filomena, a matriarca entende que pode ter alguma chance de ganhar uma herança da filha, e parte com a família para São Paulo com a desculpa de ajudar Candinho na busca pelo filho. Enquanto isso, Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi) descobre que foi abandonado por Mafalda (Camila Queiroz em ‘Êta Mundo Bom!’) e acredita que não conseguirá mais viver um grande amor. Até que surge Maria Divina (Castorine) em sua vida e o faz repensar sua própria história. A jovem aproveita a ida de Manoela para São Paulo com Dita e se dispõe a trabalhar para a “Boca de Fogo” com o intuito de ficar mais perto do amado e, quem sabe, conquistar de vez seu coração. 

Um dos personagens centrais da trama, o burro Policarpo, vai ser ajudado pela Inteligência Artificial em algumas cenas. A tecnologia permitirá que o animal transmita emoções e ações realistas, enriquecendo a narrativa. Além disso, a IA será usada para recriar São Paulo das décadas de 40 e 50, transformando imagens estáticas da época em cenas de vídeo dinâmicas, com movimentos de câmera e elementos como pessoas e veículos em deslocamento. Isso permitirá uma imersão no passado, com elementos reais e fictícios se misturando de forma fluida. 

A IA também será utilizada para animar outros animais ao longo da trama, trazendo ganhos de tempo e eficiência em relação a métodos tradicionais de produção e pós-produção, além de potencializar a criatividade e o talento da equipe para criar resultados ainda mais impactantes.   

No decorrer da trama, a fábrica de sabonetes sai de cena e entra uma fábrica de biscoitos. E o serviço para compor a arte dos produtos do estabelecimento, como as embalagens, foi encomendado à equipe de design dos Estúdios Globo, assim como as formas do biscoito. Já as novidades nos cenários dos personagens estão nos detalhes criados para pontuar as mudanças na vida de cada um. Candinho (Sergio Guizé) agora tem sua própria casa e até Policarpo ganha um estábulo chique, mas a essência deles continua a mesma. Uma novidade na novela é o orfanato, um casarão que teve Cuba como a principal referência, com seu charme e suas casas coloridas.  

Alguns núcleos se mantiveram nessa novela, mas com algumas diferenças. O sítio de Cunegundes, por exemplo, termina em ‘Êta Mundo Bom!’ com a casa nova, reformada, e agora já apresenta uma pintura mais gasta e decadente por causa da passagem de tempo de seis anos na ficção e das novas dívidas acumuladas pelos proprietários. Já o dancing tem cores mais escuras, com uma nova direção, que tornou o espaço mais glamourizado. Já a Rádio Paraizo vai ser muito maior do que a da novela anterior, pois, com a chegada da Dita (Jeniffer Nascimento), o público vai ver show de calouros, com auditório, além da apresentação e da gravação da radionovela da trama. O cenário da casa de Estela (Larissa Manoela), por sua vez, traz um pouco de arquitetura vitoriana e itens ainda mais antigos do que a época que a história retrata. 
 
Candinho (Sergio Guizé) agora é herdeiro, mas tem uma mudança muito sutil na forma de se vestir. Mesmo com dinheiro, ele continua com a estética “meio desajeitada”, característica do personagem. Toda a cor dele é crua, com um pouco de amarelo, que destaca a pureza e a referência em Mazzaropi.

Enquanto Asdrúbal se transforma para apoiar Candinho em sua busca, Zulma (Heloisa Périssé) também terá disfarces para aplicar seus golpes, mas mantém a personalidade no estilo. A vilã vai usar preto, mas também muita cor uva, com acessórios que serão sua marca, como um chapéu que é uma referência a Mary Poppins. Já o apito e um cordão são inspirados em feiticeiras. 

‘Êta Mundo Melhor!’ é criada e escrita por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson, com colaboração de Letícia Mey, Cleissa Regina Martins, Bruno Segadilha e Rodrigo Salomão. A novela tem direção artística de Amora Mautner, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Mayara Aguiar, Nathalia Ribas e Alexandre Macedo. A produção é de Betina Paulon e Isabel Ribeiro, a produção executiva de Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. 

Um comentário:

  1. Tenho certeza será boa e divertida! Eu não assisto mais novelas faz um tempão e nesse horário então! Mas fará sucesso! abração,chica

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