Pioneira, corajosa, desbravadora. Com imagens inéditas, revelações e depoimentos de amigos, parentes e personalidades, a série documental ‘Gloria’ reafirmou o espaço que Gloria Maria conquistou no jornalismo e no coração do público. Os quatro episódios semanais foram ao ar nas noites de domingo, após o ‘Fantástico’, e mostraram a profissional por trás das câmeras. A série fez parte da programação especial dos 60 anos da TV Globo e chegou ao fim neste domingo, dia 18.
‘Gloria’ faz um passeio pelo tempo e pela história da jornalista que chegou à Globo no início dos anos 1970 para ser radioescuta da Editoria Rio, conciliando os estudos com o emprego até se tornar repórter, em plena ditadura militar. Carioca, nascida em Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio, Gloria Maria conta que frequentou escola pública, não tinha livros em casa e aprendeu a contar histórias com a matriarca da família, replicando o estilo direto e ancestral em suas reportagens.
“A série é um mergulho na história de Gloria Maria, resgata a sua ancestralidade, revisita lugares importantíssimos como a Nigéria e a casa onde ela chegou ao mundo, a árvore de jenipapo da casa da sua avó que permanece viva e enraizada com muitos frutos.
Revisita os 52 anos de carreira da Gloria Maria na televisão e fala de pioneirismo, de talento, de amor, de despedidas, de fé, de espiritualidade. Essa série é um retrato fiel do que é ser uma mulher e do que uma mulher negra é capaz, de onde ela pode chegar, e mostra que ela não vai sozinha e ainda deixa um grande legado. Gloria atravessou barreiras e vai ser para sempre um grande marco na história da televisão brasileira, do jornalismo e da cultura do nosso país”, afirma a diretora da série Danielle França.A série explora arquivos pessoais de Gloria Maria desconhecidos do grande público, como os bloquinhos em que a jornalista documentava todas as experiências que vivia. E foram muitas. Ao longo de seus 52 anos de carreira na TV Globo, Gloria Maria percorreu os cinco continentes, participou de coberturas de Olimpíadas, Copas do Mundo, posses de presidentes e tantos outros acontecimentos da história do Brasil e do mundo.
“Gloria é um elo entre o passado e futuro da TV. Nestes 60 anos celebrados agora, ela esteve com o microfone em mãos durante 52 deles, ajudou a formar a ideia que os brasileiros têm do que é um repórter de TV e o legado dela ainda guia e desperta o olhar dos novos jornalistas. Como roteiristas, eu e Antônia buscamos deixar que a própria Gloria contasse a sua história. É o que o telespectador verá nos quatro episódios. Gloria é uma brasileira apaixonada e apaixonante que nos presenteia alimentando os nossos desejos, e despertando nossas capacidades”, conta Paulo Sampaio, diretor e roteirista da série, que trabalhou com Gloria por 20 anos.
A série relembra reportagens que marcaram época, como o primeiro voo duplo exibido na TV brasileira e revela outros personagens da famosa cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Para contar os primeiros passos da carreira de Gloria Maria, a série reconstitui a ‘Veraneio’, um veículo utilitário produzido no Brasil nas décadas de 1970 e 1980, que era utilizado pelas equipes do jornalismo da TV Globo quando Gloria Maria começou a fazer reportagens de rua.
A bordo da veraneio e junto com Paulo Sampaio, quatro repórteres cinematográficos que trabalharam com Gloria ao longo de sua trajetória visitam pontos da cidade para relembrar reportagens e coberturas marcantes da jornalista. Orlando Moreira, que começou na Globo em 1965 e atualmente é correspondente internacional da TV Globo nos Estados Unidos; Daniel Andrade, que foi motorista, auxiliar técnico, repórter cinematográfico da Globo e trabalhou mais de 10 anos com Gloria Maria; Julio Cesar Moraes, repórter cinematográfico da Globo, que trabalhou durante 15 anos com Gloria Maria; e Marco Aurelio Souza, que acompanhou Gloria durante 50 anos e relembra as dificuldades enfrentadas pelos jornalistas durante a ditadura militar.
A série mostra os bastidores das entrevistas com celebridades como Michael Jackson e Madonna. A produção ouviu colegas e diretores que acompanharam a trajetória de Gloria Maria como Pedro Bial, William Bonner, Fátima Bernardes, Leilane Neubarth, Zileide Silva e Dulcinéia Novaes, entre outros.
Os amores, um lado de Gloria a que poucos tiveram acesso, também estão no documentário. Outras paixões, como a música, já que ela tinha o sonho de ser cantora, e as filhas, Maria e Laura. Amigos e artistas como Maria Bethânia, Djavan, Mano Brown e Emicida também participam da série com depoimentos exclusivos.
Para falar sobre o legado que Gloria Maria deixa para gerações de mulheres negras brasileiras, especialmente para aquelas que sonharam um dia ser jornalistas, a série promove um encontro inédito entre 18 comunicadoras como Maju Coutinho, Aline Midlej, Cynthia Martins, Flavia Oliveira, Valeria Almeida, Cris Guterrez e outras, que apontam onde, quando e como a trajetória de Gloria abriu caminhos para que elas conquistassem espaços na imprensa.
“É uma série muito especial e muito rica porque ela passa pela Gloria profissional que a gente conhece bem, a mulher destemida e corajosa das matérias de aventura, mas também mostra as suas fragilidades, a infância, a sua raiz, tanto aqui no Brasil como no continente africano, onde ela se encontrou. E tem a Gloria leoa, mãe, mulher romântica, às vezes briguenta. É um projeto que vai além dessa Gloria que a gente já admira, que a humaniza e deixa ela ainda mais gloriosa. É um tributo que ela merece. Eu fico muito feliz de fazer parte dessa história e de poder reverenciar essa mulher que abriu uma avenida para mim e para outras jornalistas que se inspiravam naquela figura conhecedora do mundo. Eu sou porque ela é. Se estou aqui hoje é porque tem muito de Gloria Maria nesse caminho, tem muito de Zileide Silva, tem muito de Dulcineia Novaes e de outras mulheres que pavimentaram essa estrada”,afirma a apresentadora Maju Coutinho.
O projeto aborda a viagem definida pela própria personagem como a mais transformadora de sua vida, refazendo o caminho de Gloria na Nigéria – o país mais negro do mundo. Em 2025, serão exatos 20 anos desde a viagem ao continente africano. Para a série, a equipe retorna ao país e revisita lugares e pessoas que Gloria conheceu.
‘Gloria’ tem direção de Danielle França e Paulo Sampaio; roteiro de Paulo Sampaio, roteiro e produção de Antonia Martinho; produção executiva de Fátima Baptista; produção de Débora Monserrat e Luiz Costa Júnior; e direção de fotografia de Eulym Ferreira, Lucas Louis, Emílio Mansur e Lúcio Rodrigues. A excelente série documental chegou ao fim na tevê aberta, mas está disponível no Globoplay.
Ela foi corajosa, maravilhosa sempre! Pretendo assistir! abraços, linda semana! chica
ResponderExcluirfoi mesmo
ExcluirQuero muito assistir. Parece ser ótima.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
vale a pena
ExcluirSim, Glória Maria foi desbravadora, alguém que abriu caminho para jornalistas negras e fortaleceu o jornalismo feminino. Uma visionária.
ResponderExcluirAbraço
fato
ExcluirInteressante! Gostei de saber!
ResponderExcluirBjxxx,
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bjsss
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