segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Humberto Carrão honrou a força de Zé Inocêncio em "Renascer"

 A primeira fase de "Renascer" chegou ao fim nesta segunda-feira (05/02), após 13 capítulos repletos de emoção, linda fotografia e cenas interpretadas por um elenco que transbordou talento. O remake de Bruno Luperi, baseado no sucesso de Benedito Ruy Barbosa, teve como maior acerto até então o aumento da duração do início da história, que em 1993 teve apenas 4 capítulos. E Humberto Carrão segurou o posto de protagonista com talento. 


O ator já é conhecido pelo seu bom desempenho em todas as produções que contam com sua presença em cena. Mocinho, vilão, personagens secundários, não importa o papel, Humberto sempre consegue despertar a atenção do telespectador. Apenas citando seus trabalhos mais recentes, o intérprete esteve muito bem na pele de Rafael, um mocinho que passou boa parte de "Todas as Flores" sendo enganado e apenas na segunda parte conseguiu agir. Também mereceu elogios na série "Betinho - no fio da navalha", onde viveu Henfil, irmão do protagonista da série baseada na vida do sociólogo.

A escolha de Humberto para viver Zé Inocêncio foi uma aposta certeira. O personagem, por mais controverso que pareça e com todo respeito ao trabalho do extraordinário Antônio Fagundes, marcou muito mais na primeira fase do que na segunda.

Quando o fazendeiro é lembrado a imagem que surge é a de Leonardo Vieira protagonizando a cena mais emblemática da novela, quando Zé crava seu facão na base do jequitibá-rei e faz o pacto com a árvore mais bonita da floresta. A interpretação visceral do ator ficou eternizada, assim como o tom sarcástico que imprimiu ao seu coronelzinho. 

A interpretação de Humberto foi muito diferente da de seu colega. O ator optou por algo mais contido, o que já ficou claro na cena do protagonista diante do jequitibá no primeiro capítulo. Também inseriu um ar mais desconfiado ao personagem, que apresentava uma certa ingenuidade há 31 anos. A mudança na composição não prejudicou em nada a potência de Zé Inocêncio e Carrão segurou bem em todos momentos, incluindo os embates com gigantes da atuação como Antônio Calloni (Belarmino) e Enrique Diaz (Firmino). 

A alegria que tomou o coração de Zé Inocêncio assim que conheceu Santinha foi expressada por Humberto de forma tão genuína que a torcida para o casal foi inevitável e vale destacar a química com Duda Santos, a grata surpresa da primeira fase na pele da menina oprimida que vai se transformando depois que conhece seu amor. Já no capítulo de sexta-feira (02/01), que exibiu a morte de Maria Santa após o parto do quarto filho, o ator protagonizou suas melhores cenas. A dor dilacerante do fazendeiro diante do corpo da mulher idolatrada comoveu e teve uma entrega muito sensível de Carrão. 

A morte de Santinha marcou ainda a virada de chave na personalidade de Zé. Aquele sujeito iluminado e feliz se transformou em uma pessoa amarga e sombria. Mais um desafio que o intérprete tirou de letra. A frieza e a grosseria passaram a dominar a vida de Inocêncio, que passou a despertar ranço nos demais personagens e no próprio público. A rejeição ao filho caçula resultou em sequências pesadas e bem interpretadas. 

Hoje, dia 5 de fevereiro, a primorosa primeira fase de "Renascer" chegou ao fim e Humberto Carrão cumpriu seu papel com louvor. Honrou a força de Zé Inocêncio, fez jus ao protagonismo e saiu de cena maior do que entrou. 

20 comentários:

  1. Humberto Carrão é maravilhoso!! Amo desde Malhação! Ainda não vi ele na série do Betinho, mas certeza que está estupendo como sempre.
    Mas Sergio só queria pontuar um erro no texto: Henfil era irmão de Betinho e não melhor amigo! Vale a correção.

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  2. Uma publicação que interessa, principalmente, a quem está mais por dentro da TV brasileira.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

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  3. Humberto Carrão foi muito bem. Já a interpretação do Marcos Palmeira na segunda fase está igualzinha a interpretação do José Leôncio na segunda fase de Pantanal. Ou o personagem é muito parecido ou o ator está se repetindo. Mas tô achando que os personagens são muito parecidos mesmo. São amargos e aparentemente infelizes, distribuindo mal humor e rancor. Nesse caso, deviam ter optado por outro ator para esse papel. Apenas para evitar repetição em relação a Pantanal.

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  4. Sérgio, que interpretação maravilhosas a do Humberto Carrão!!
    Esse rapaz realmente e fantástico, é um ator de primeira grandeza, mesmo sendo toa jovem!!
    Ficarei com saudades dele e da trupe que o acompanhou na primeira fase!!
    Quando você disse que ele ele era alegre e festivo e depois da morte da Santinha tornou-se amargurado e sombrio, puxa, eu vibrei!! Foi isso mesmo! Incrível!
    Amei tudo por aqui como sempre amigo!!
    Um beijo e uma semana maravilhosa!!

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  5. O início da novela foi mesmo muito bom. E o Humberto Carrão tem se saído maravilhosamente nos papéis que encarna.

    Beijão

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  6. Oi!
    Adoro o trabalho do Humberto Carrão e fico feliz dele ter feito um bom trabalho nessa novela.

    https://deiumjeito.blogspot.com/

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  7. Oi Sérgio,
    Humberto Carrão é bem versátil nos personagens que interpreta. Gosto do trabalho dele desde Cheias de Charme em 2013. Ele foi bem em Todas as Flores, se superou como Henfil - que era irmão do Betinho, não amigo em Fio da Navalha e arrasou como Zé Inocêncio.
    Em breve volta na reprise de Cheias de Charme e eu adoro quando ele faz par romântico com a Isabelle Drummond.
    big beijos
    www.luluonthesky.com

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  8. A primeira fase foi perfeita, Humberto espetacular como José Inocêncio, Duda perfeita, os vilões, o trio Zé, Jupara e Deocleciano, Morena, Jacutinga. Escalação perfeita. Já a segunda fase conseguiu estragar todo esse trabalho perfeito no primeiro capítulo 😏.

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  9. Tb acho que o Palmeira ta repetitivo, anonimo.

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