segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Quem ainda aguenta "The Voice Brasil" ?

 A primeira temporada do "The Voice Brasil" estreou em setembro de 2012 e foi um baita sucesso. O êxito de audiência, crítica e público fez o formato ingressar de vez na grade da Globo. Porém, dez anos se passaram e a décima primeira temporada, que estreou em novembro deste ano, já não tem nem um terço da repercussão que o programa teve um dia. Não por acaso, a atual edição começou bem mais tarde (em novembro ao invés de setembro ou outubro) porque o número de episódios diminuiu. E não é difícil entender as razões para tamanho desgaste. 


As reformulações são mínimas em virtude do formato ser baseado no original holandês, o que já prejudica qualquer tentativa de maiores novidades a cada ano. Lulu Santos está desde a primeira temporada, de 2012. Nada contra o cantor, um dos mais queridos do país, mas não há criatividade que salve qualquer originalidade em suas análises. São sempre as mesmas observações. Michel Teló está desde 2015 na atração e vencendo as disputas todo ano, vale lembrar. Iza foi um sopro de novidade em 2019, mas também já nem tem muito o que acrescentar de diferente. Gaby Amarantos saiu do Kids e foi para o adulto, ou seja, nem pode ser considerada algo novo. Mas a verdade é que o formato já se esgotou. Mesmo que o júri fosse 100% renovado, não haveria impacto. 

O público está cansado da mesmice das dinâmicas. A fase mais empolgante é a das batalhas, mas as demais não despertam interesse e ainda há o fato do vencedor(a) não emplacar. O termo "A voz do Brasil" virou uma piada. Quem ganha some da mídia assim como os perdedores. Não emplaca músicas, não faz sucesso, enfim.

Os competidores ao menos faziam sucesso enquanto o programa estava no ar anos atrás, mas agora nem isso. A repercussão nas redes sociais é praticamente nula e, na época do auge, a atração sempre ficava entre mais mais aclamadas e comentadas. São dez temporadas. Não há mais fôlego. 

A única novidade da atual edição é a apresentação de Fátima Bernardes, que está se saindo muito bem. Sua entrada ocorreu porque a Globo precisou realocá-la depois que a jornalista decidiu sair do "Encontro", programa que criou em 2012. Não foi uma ambição dela e nem o desejo da emissora. Foi uma saída possível, apenas. Mas isso é o de menos. O apresentador tem pouca relevância no formato e mal aparece. Os jurados acabam exercendo a função de apresentadores também. Fátima tem feito um bom trabalho e a baixa audiência em nada tem a ver com ela. A resposta do público seria a mesma com Tiago Leifert ou André Marques. Porque não é um problema de apresentação, é um problema de esgotamento. 

Até mesmo a escolha musical dos participantes caiu na mesmice. São quase sempre as mesmas músicas escolhidas para apresentações e muitas vezes as vozes acabam se assemelhando, o que ajuda a explicar o motivo de tanta dificuldade dos competidores caírem nas graças do público. Alguém lembra o campeão ou campeã da edição de 2020? Do vencedor ou vencedora da temporada do ano passado? Realmente é difícil. O pior é que já anunciaram para janeiro de 2023 mais uma temporada do "The Voice Kids". A oitava. Alguém se recorda da criança que triunfou em 2021? Então...

O "The Voice Brasil" virou o tapa-buraco da Globo. Um mero comodismo da emissora para preencher a grade em uma época onde não há mais nada para exibir já que várias séries vêm sendo produzidas apenas para o Globoplay. A verdade é que chegou a hora de dar tchau. Deveriam encerrar o produto em 2022 para que o resultado não fique ainda pior em 2023. 

22 comentários:

  1. Isso não vale apenas para o "The Voice Brasil", mas muitos outros formatos televisivos além de reality shows não deveriam ser longevos, por mais que sejam bem-sucedidos em audiência e renovem o conteúdo às vezes, pois as emissoras que os produzem podem passar a impressão de acomodadas ao perpetuar a prática de deixá-los em exibição por mais tempo do que realmente merecem.

    Guilherme

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  2. Existe sempre quem goste e quem não goste. Não se pode ser radical.
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    Feliz Natal … Saudações poéticas
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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  3. Eu li no Twitter que os vencedores do The Voice voltaram pro total anonimato. Já alguns poucos participantes que não venceram conseguiram se sobressair na mídia. Tive que concordar, pois vc vê a Lucy Alves brilhando como atriz numa novela das 21h (apesar de não ter emplacado nenhuma música) e a Liah Soares que desde o primeiro The Voice emplacou músicas nas novelas da Globo e ano passado cantou com o Roberto Carlos no Especial de fim de ano.

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    1. Esqueci de citar a Lauana Prado que também não venceu o The Voice e hoje em dia está se destacando no meio sertanejo.

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  4. O seu texto deixa perceber uma certa monotonia no desenvolvimento do formato.
    Como português não tenho como formar opinião sobre o assunto.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

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  5. Com tantas opções de entretenimento na internet como alguém consegue assistir uma chatice dessa, Deus me livre, ligar a TV pra ver gente desconhecida cantando, haja... não aguento desde que começou que dirá hoje, kk.

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  6. Oi amigo, tem toda razão, nunca vi programa mais batido do que The Voice...Nem minha mãe, que adora esses tipos de formatos, também não aguenta mais!! rsrs
    Creio que a fórmula se esgotou, muitos anos no ar e sempre com a mesma proposta cansa o público!!
    Abraços querido amigo!!

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  7. Oi, Sérgio,

    Menino, já se passaram 10 anos desde a estréia deste programa, hein? Já passa da hora de o reformularem,se quiserem mesmo que ele seja visto.

    Beijão

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  8. Com tantos anos no ar há que ir reinventando.
    Excelente revisão.
    Abraços

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  9. Quando passa a novidade, se não houver inovação, instala-se o desinteresse.

    Boas Festas Natalinas!

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  10. Péssimo programa, colocam sempre os mesmos jurados, formato atrasado, nunca tem novidade e ainda insistem em manter no ar lamentável...

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