A reprise de "Alma Gêmea" no Viva está em plena reta final. A novela das seis exibida em 2005 foi um dos maiores fenômenos de Walcyr Carrasco. Muitas vezes tinha mais audiência que a trama das nove na época. O canal acertou em cheio ao reprisá-la e um dos maiores trunfos da história é a dupla formada por Flávia Alessandra e Ana Lucia Torre.
Não é exagero afirmar que Débora e Cristina foram as vilãs mais perversas da história do horário das 18h. As maldades cometidas por mãe e filha eram dignas de horário nobre. Aliás, algumas vilanias não seriam exibidas nem às 21h atualmente em meio a tantas restrições (algumas infundadas). A vilã brilhantemente interpretada por Flávia foi a responsável indireta pelo assassinato de Luna, já que mandou seu comparsa Guto (Alexandre Barillari) roubar as joias da prima e o crime resultou em um tiro fatal na mocinha.
Cristina era movida pela passionalidade. Não pensava nas consequências dos seus atos na hora de agir. Sempre o impulso falava mais alto e a morte de Luna foi a maior prova. Já sua mãe representava a frieza. Calculista e ambiciosa, Débora usava a filha para realizar seus planos.
O maior deles era ter uma vida financeira bem-sucedida para não depender mais do sustento da irmã, Agnes (Elizabeth Savalla). Então, de forma inteligente, utilizava a obsessão doentia que Cristina tinha por Rafael (Eduardo Moscovis) a seu favor. Conseguiu livrar a filha de qualquer culpa pelo assassinato e ainda a colocou para ser governanta do mocinho.Após muitos anos convivendo com Rafael, Cristina estava quase conseguindo ter algo a mais quando surgiu Serena (Priscila Fantin), a reencarnação de Luna, e aniquilou suas chances. A nova rival uniu ainda mais a vilã e sua mãe, que foram chegando cada vez mais longe em seus planos maquiavélicos. Em meio a tantas armações, Cristina acabou triunfando quando se casou com Rafael. Débora ainda foi morar com eles na mansão e passou a fazer da vida da empregada, Zulmira (Carla Daniel), e do mordomo, Eurico (Ernesto Piccolo), um inferno. Quando o mocinho descobriu a armadilha que a vilã preparou para separá-lo de Serena, logo exigiu o divórcio, mas Cristina, em um surto psicótico, incendiou o ateliê de Luna, que provocou um grave acidente com Rafael. Um lustre caiu em sua cabeça e o deixou em uma espécie de coma. A partir dali, o empresário passou a ser torturado pela esposa, que o estapeou, abusou sexualmente e queimou sua boca quando lhe deu sopa fervendo. Foram cenas fortes e brilhantemente interpretadas por Flávia Alessandra. Aliás, foi o melhor papel da sua carreira. Um divisor de águas. O mesmo vale para Ana Lucia Torre. Débora foi sua melhor personagem na televisão.
As atrizes tiveram sintonia logo na primeira cena. A parceria deu tão certo que foram ganhando cada vez mais destaque. E as vilãs tinham camadas. Cristina era má, mas tinha raros lampejos de fragilidade e quando expunha esse lado era logo reprimida por sua mãe. Só que Débora, do jeito torto, amava muito a filha. A tinha como uma tábua de salvação, mas era praticamente uma sombra e cuidava dela o tempo todo. Era uma relação tóxica ao extremo, só que havia um sentimento entre mãe e filha. E todo o conjunto enriquecia ainda mais a dupla. Tanto que algumas das cenas mais emblemáticas da novela são protagonizadas pelas duas. O resgate de Rafael, promovido por Serena e seus amigos, que o tiram da mansão para curá-lo do estágio de coma, resultou em grandes sequências de Flávia e Ana. Já a morte trágica de Débora, morta pelo próprio veneno que usou para matar Rafael, virou um meme que até hoje se prolifera nas redes sociais: "Ah, finalmente os refrescos" ----- a reprise da cena foi ao ar nesta semana. E o que dizer sobre a impactante morte de Cristina no último capítulo, sendo sugada pelo diabo para dentro do espelho com suas famigeradas joias? Um show de Flávia Alessandra.
"Alma Gêmea" colocou Débora e Cristina na lista das vilãs mais marcantes da teledramaturgia e a melhor dupla vilanesca da faixa das seis. Nunca mais o horário teve personagens tão maquiavélicos. Ana Lucia Torre e Flávia Alessandra foram extraordinárias e tem sido um prazer revê-las juntas no Canal Viva.
ESTOU AMANDO REVER ESSA NOVELA.
ResponderExcluirFinalmente os refrescos.
ResponderExcluirNovela muito boa! abração, ótimo fds! chica
ResponderExcluirAGORA AS NOVELAS ESTÃO CHEIEAS DE FRESCURAS. ESSAS VILÃS MARAVILHOSAS SERIAM CENSURADAS AS SEIS DA TARDE.
ResponderExcluirDébora (Ana Lúcia Torre) e Cristina (Flávia Alessandra) foram, sem dúvidas, as maiores e melhores de "Alma Gêmea" (2005) em todas as nuances.
ResponderExcluirGuilherme
E elas já tinham feito uma parceria também como mãe e filha em A Indomada. Maravilhosas!
ResponderExcluirDuas grandes atrizes. Merecem aplausos. Abraço.
ResponderExcluir"Alma Gêmea", foi uma dos folhetins mais emblemáticos da dramaturgia, muito acima da média da maioria (principalmente, naquela época, de histórias "românticas açucaradas", hoje então nem se fala) das tramas das 6, a Globo tentou criar(remake "O Profeta") outro fenômeno no horário das 6, mas não teve o mesmo impacto, metade do elenco de "Alma Gêmea", esteve em "O Profeta", folhetim espírita de época ("O Profeta" da tv Tupi, era uma trama contemporânea), dupla de vilã mãe e filha, o grande diferencial da trama da Thelma Guedes e Duca Rachid, é o protagonista masculino, ter mais destaque que a mocinha, coisa rara em novelas, a rivalidade do mocinho x vilão, tinha força, ironicamente, o vilão Clóvis, também superou a vilã, pelos suas "obsessão por maldades", "Alma Gêmea" teve um dos finais mais antológicos, e surpreendente, roteirizado em made in Brasil!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirEu tb, anonimo.
ResponderExcluirÉ isso, Heitor
ResponderExcluirMuito, Chica. bjs
ResponderExcluirSeriam mesmo, anonimo.
ResponderExcluirAs maiores, Guilherme.
ResponderExcluirBoa lembrançaa, anonimo.
ResponderExcluirMerecem, Marilene.
ResponderExcluirAssino embaixo, Marcio!
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