segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020: os melhores casais do ano

 A pandemia do novo coronavírus, como já mencionado nas postagens anteriores, implicou na interrupção de todas as gravações da teledramaturgia. A programação das emissoras ficou repleta de reprises. E as reexibições ainda dominam as grades. Por conta deste fato, a lista de melhores casais da ficção de 2020 é composta, em grande parte, por pares de tramas que chegaram ao fim ou foram interrompidas no primeiro semestre. Vamos a eles. 



Marcos e Paloma ("Bom Sucesso"):
Rosane Svartman e Paulo Halm foram muito inteligentes. Nada de declarações apaixonadas no primeiro capítulo ou casamento na segunda semana. Marcos e Paloma tiveram um amor construído aos poucos. Ele era um galinha convicto, enquanto ela tentava retomar um relacionamento do passado. Os dois foram se encantando um pelo outro até o amor se instaurar de vez. A química entre Rômulo Estrela e Grazi Massafera se mostrou avassaladora e os atores foram ótimos na deliciosa novela das sete de sucesso. 


Lola e Afonso ("Éramos Seis"):
O quinto remake do romance de Maria José Dupré foi o único que teve um final feliz para a protagonista. A novela, adaptada por Angela Chaves, chegou ao fim em 27 de março, dias antes da pandemia se instaurar no país. As gravações finais tiveram adaptações pela ausência de beijos, mas Dona Lola terminou ao lado de Seu Afonso e a química entre Glória Pires e Cássio Gabus Mendes, parceiros de vários trabalhos, foi um dos trunfos da produção. O casal caiu no gosto do público e foi um alento vê-los juntos no fim. 




Genu e Virgulino ("Éramos Seis"):
Kelzy Ecard e Kiko Mascarenhas estiveram perfeitos no remake da Globo e o casal protagonizava divertidos momentos na bem escrita novela das seis. A quinta adaptação, de Angela Chaves, baseada no livro de Maria José Dupré, teve algumas mudanças e o destaque da dupla foi justo. Até as discussões do casal cativavam.




Clotilde e Almeida ("Éramos Seis"):
O romance que parecia impossível entre um desquitado e uma moça virginal encantou no remake da Globo e como foi bom ver Simone Spoladore de volta à emissora. A atriz esteve muito bem e sua sintonia com Ricardo Pereira saltava aos olhos. Era um casal que despertava torcida com facilidade. Após muito choro e sofrimento, o final feliz veio. 



Zeca e Olga ("Éramos Seis"):
O casal cômico da novela das 18h se mostrou uma grata surpresa. A estreia de Eduardo Sterblitch na teledramaturgia foi com o pé direito e a parceria do ator com a Maria Eduarda de Carvalho mereceu elogios. Era um toque de leveza em um enredo bem dramático. 




Carlos e Inês ("Éramos Seis"):
Danilo Mesquita e Carol Macedo honraram um dos pares mais marcantes do romance. Os atore foram ótimos na trama das 18h e a química vista no amor da infância seguiu elevada no amor mais maduro. O reencontro demorou, mas foi lindo, assim como o início do namoro. O final trágico não impediu a beleza do par.



Alice e Waguinho ("Bom Sucesso"):
Rosane Svartman e Paulo Halm se preocuparam com a construção desse par. Isso porque o rapaz se envolveu com drogas e chegou a armar um assalto que culminou em um quase estupro sofrido pela menina. Mas Waguinho a salvou e entrou em um processo de regeneração. Os autores conduziram a trama com sensibilidade e a sintonia entre Bruna Inocêncio e Lucas Leto, duas gratas revelações, era linda de se ver.

Nana e Mário ("Bom Sucesso"):
Lúcio Mauro Filho e Fabíula Nascimento foram ótimos na trama das sete e o poeta foi o mais responsável pela humanização de uma então mulher amarga e até fria com as pessoas. A relação conflituada com o pai sempre foi uma fraqueza de Nana e seu amor por Mário a transformou, ainda que tenha demorado a encarar esse sentimento. Os atores tiveram química para dar e vender.


Rita e Filipe ("Malhação - Toda Forma de Amar"):
Emanuel Jacobina fez uma boa construção do casal. Evitou a paixão súbita no primeiro capítulo  e fez o amor nascer da convivência forçada em virtude da disputa da guarda de Nina, filha da mocinha, e irmã do mocinho. Alanis Guillen e Pedro Novaes tiveram uma química maravilhosa e o casal era o melhor da trama. Lamentável, apenas, que o autor tenha destruído tudo isso nas últimas semanas através de mudanças de personalidade e conflitos forçados. Nem um desfecho digno tiveram. A última cena, dos protagonistas narrando os finais da história (em virtude da interrupção das gravações por conta da pandemia), foi um final jogado e sem qualquer cuidado. 


Thiago e Jaqueline ("Malhação - Toda Forma de Amar"):
Danilo Maia e Gabz foram gratas revelações da temporada e deram certo juntos. O casal agradou e as brigas por divergências políticas foram bem abordadas. Porém, como o autor não conduziu bem a trama, o par perdeu o encanto e a força que tinha com o tempo. Nem tiveram um final em virtude da interrupção brusca da trama.


Cleber e Anjinha ("Malhação - Toda Forma de Amar")
Mais um bom casal da temporada que sofreu pelo mau desenvolvimento do autor. Porém, pelo menos, a química entre Gabriel Santana e Carol Dallarosa sempre existiu e ambos protagonizaram atrativas cenas cômicas juntos. Uma pena que os conflitos perto da reta final tenham se mostrado tão forçados.



Carla e Marco Rodrigo ("Malhação - Toda Forma de Amar"):
O jogo de gato e rato é outro que nunca falha na ficção. A dona da lanchonete e o policial viviam brigando, mas o sentimento ali era visível. Os dois finalmente se entenderam, cedendo ao sentimento. A sintonia entre Mariana Santos e Júlio Machado mereceu elogios.


Gabriela e Vicente ("Bom Sucesso"):
Juntar um playboy com uma marrenta já virou um clichê dramatúrgico e raramente falha. Não foi diferente na novela das sete e o entrosamento de Gabriel Contente e Giovanna Coimbra era uma delícia de se acompanhar. A cena da reconciliação do casal, quando Gabi se declarou a ele com medo de morrer antes, perto da reta final da novela, foi delicada demais. O romance ainda traz uma boa memória de Eduardo Galvão (vítima recente da covid-19), intérprete do Machado, pai de Vicente, que aprovava o romance. 


Ramon e Francisca ("Bom Sucesso"):
O jogador de basquete deixou de ser uma pessoa possessiva depois que seu relacionamento com Paloma acabou. O relacionamento iniciado com Francisca teve química de sobra e David Junior e Gabriela Moreyra foram ótimos juntos.


Poderosa e Miguel ("Amor sem Igual"):
Os mocinhos da novela de Cristianne Fridman são um acerto. Day Mesquita e Rafael Sardão esbanjam química em cena, ainda que seus personagens tenham se beijado pouquíssimas vezes na trama. A garota de programa que se apaixona por um sujeito todo certinho é um dos maiores clichês da teledramaturgia (e do cinema). Sempre funciona. Os atores estão muito bem e o par despertou torcida logo no início do folhetim da Record. 



Luna e Téo ("Salve-se Quem Puder"):
Pouco antes de ser interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus, a novela de Daniel Ortiz já tinha formado o melhor casal do enredo. Toda a construção do romance entre a sofredora Luna e Téo, rapaz que a salvou de um furacão no México, foi muito bem desenvolvida pelo autor. Ainda utilizou um clichê infalível para conquistar o telespectador: ele precisa ser operado para não perder os movimentos da perna e ela é fisioterapeuta. Juliana Paiva e Felipe Simas estão em plena sintonia e resta saber como tudo será encaminhado no retorno da produção, em 2021. Resta torcer para que o escritor não destrua tudo o que tão bem encaminhou. 


Maria Antônia e Hugo ("Amor sem Igual"):
Michelle Batista e José Victor Pires interpretam perfis secundários na trama de Cristianne Fridman, mas foram crescendo em cena ao longo dos meses.  O tímido caipira sempre foi apaixonado pela espevitada garota, mas as brigas eram as protagonistas da relação. Isso porque Maria era apaixonada por Miguel, o mocinho. Mas, aos poucos, sua paixão platônica foi sendo deixada de lado e uma ótima aproximação aconteceu com o seu então melhor e único amigo. As cenas da dupla têm um quê de inocência divertido. 


Carolina e Evandro ("Sob Pressão - Plantão Covid"):
O especial de 2020 teve apenas dois episódios, mas valeu por uma temporada inteira. A homenagem aos profissionais da saúde que têm atuado na linha de frente foi emocionante e necessária. Ainda serviu para expor novamente o quão é forte o amor dos protagonistas. Evandro acabou contraindo a covid-19 durante um atendimento e ficou em estado grave. Carolina cuidou dele e fez até uma cirurgia de emergência no amado, o que salvou sua vida. Marjorie Estiano e Júlio Andrade seguem com química e talento de sobra. 


Kyra e Alan ("Salve-se Quem Puder"):
A babá que se apaixona por um viúvo assim que começa a trabalhar como cuidadora dos filhos dele. Um clássico dramatúrgico. E Daniel Ortiz usou do clichê para aproveitar a boa sintonia entre Vitória Strada, pela primeira vez vivendo um perfil cômico, e Thiago Fragoso, na pele de mais um advogado íntegro em sua carreira de ator. Os dois protagonizaram sequências românticas e divertidas. Mas vale ressaltar que a química entre Vitória e Bruno Ferrari (intérprete do Rafael, o ex de Kyra e a outra ponta do triângulo da mocinha) também é excelente. 


Clara e Francisco ("Amor e Sorte"):
A série idealizada por Jorge Furtado foi uma grata surpresa durante a pandemia e um dos quatro episódios independentes foi protagonizado por um delicioso casal interpretado por Fabiula Nascimento e Emilio Dantas, casados na vida real. Os atores divertiram e emocionaram na pele de um par que vivia uma crise de relacionamento, mas precisou permanecer junto no mesmo apartamento por conta da quarentena imposta pela pandemia. Para culminar, ela ainda se infectou e precisaram separar o imóvel com um imenso plástico. Foi ótimo. 






Apesar do ano difícil, houve um espaço para deliciosos casais na ficção. Deu para o telespectador shippar bastante, ao menos no primeiro semestre. Que em 2021 tudo volte ao normal. 

16 comentários:

  1. Um apanhado completo dos casais mais apaixonantes da teledramaturgia em 2020, mesmo que algumas obras (mais especificamente "Malhação - Toda Forma De Amar" (2019)) tenham perdido credibilidade com o passar do tempo ao terem o conteúdo parcialmente ou totalmente descaracterizado por parte de seus respectivos autores.

    Guilherme

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  2. Mais uma lista completa e meu preferido foi Lola e Afonso.

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  3. ótimos casais mesmo. beijos, pedrita

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  4. Só senti falta de Camila e Danilo, o único casal que de fato comovia em Amor de Mãe

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  5. Amei o casal da Grazi com o Rômulo Estrela.
    Desejo um feliz 2021 com muita saúde e felicidade.
    Big Beijos
    Lulu
    www.luluonthesky.com

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  6. Para mim um casal que faltou nessa lista foi dos personagens do Henri Castelli e Paloma Duarte como Madureira e Ligia de Malhação Toda Formar de Amar.

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  7. Se fosse colocar dos pares ruins em primeiro lugar estaria o par do Joaquim Lopez e Paloma Duarte como Joaquim e Ligia

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  8. . Abraço, e continuação de Boas Festas, com muita saúde.

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  9. Esse eu achei mais "tapa-buraco", anonimo, mas entendo que tenha gostado.

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