sexta-feira, 12 de outubro de 2018

"Os Melhores Anos das Nossas Vidas" faz ótima mistura de nostalgia e diversão

A Globo estreou uma nova atração nesta quinta-feira (11/10), logo após a retomada da temporada de "Carcereiros", interrompida pela Copa do Mundo. "Os Melhores Anos das Nossas Vidas" teve uma divulgação discreta e pouco se sabia sobre o formato e os apresentadores. A única informação noticiada pela imprensa foi a desistência de Juliana Paes em virtude de um problema nas cordas vocais. Lázaro Ramos, até então, era o único confirmado no comando. As chamadas só foram ao ar na última semana e aí sim foi possível entender a essência da produção: a memória afetiva.


Claro que o longo título já dava a dica, mas, ainda assim, havia uma curiosidade a respeito da forma como a nostalgia seria explorada. E a surpresa foi positiva. Apresentado por Lázaro, o formato é classificado como um game-show em cima da disputa entre décadas, mas se enquadra bem mais no clássico programa de auditório. Isso porque pouco importa quem ganha ou não no final de cada programa, o que vale é a sucessão de boas lembranças através de imagens antigas, musicais e depoimentos.

As décadas de 60, 70, 80, 90 e 2000 são as protagonistas da atração. Lúcio Mauro Filho é o representante dos anos 80, enquanto Ingrid Guimarães defende os anos 90. Eles se enfrentaram no primeiro programa e ela saiu ganhando. Marcos Veras representa os anos 60, Marco Luque os 70 e Rafa Brittes os anos 2000.
A função dos líderes é defender as épocas apresentando tudo de bom que cada uma apresentou. Em alguns momentos são exibidas imagens de desenhos ou de reportagens marcantes e em outros cantores ou bandas vão ao palco relembrando clássicos inesquecíveis. A votação é feita por uma plateia composta de jovens entre 18 e 20 anos, ou seja, pessoas que não viveram nenhuma das épocas.

A estreia contou com várias participações que engrandeceram a atração e seguirá assim nas próximas semanas. André Frateschi cantando "Tempo Perdido" (Legião Urbana), Chitãozinho e Xororó relembrando os penteados e cantando "Evidências" e Pepeu Gomes cantando "Sexy Yemanjá" foram algumas das atrações, além de Paulo Ricardo, Art Popular e até Garcia Júnior e Marisa Leal, dubladores de personagens infantis, como "He-man" e o Baby da "Família Dinossauro". Pedro Bial também marcou presença para falar da sua emblemática reportagem sobre a queda do Muro de Berlim em 1989. Já desenhos como She-Ra, "As Meninas Superpoderosas", "Os Smurfs", "Caverna do Dragão", "O Laboratório de Dexter" e "Pokémon" foram exibidos brevemente, matando as saudades do público.

O formato proporciona uma maravilhosa viagem no tempo que agrada várias gerações. E de uma forma dinâmica e divertida. Embora Lázaro Ramos esteja ótimo na apresentação, é de se lamentar a não escalação de Angélica para pelo menos acompanhá-lo ou então liderar algum time. A apresentadora segue sem programa na emissora. E o clima leve da atração combina muito mais com a faixa vespertina do domingo, por exemplo, do que logo depois de uma série tão pesada quanto "Carcereiros". O horário não foi bem escolhido e chegou a terminar por volta das 00h35. Ao menos deveriam ter colocado após "Segundo Sol". A crítica, inclusive, está sendo feita justamente porque é uma ótima opção de entretenimento para todas as faixas etárias.

"Os Melhores Anos Das Nossas Vidas" se mostrou uma agradável surpresa e a mistura de saudosismo com diversão funcionou muito bem. Dirigida por Bernardo Portugal, a atração consegue explorar as qualidades de cada década com habilidade e dinamismo. Vale elogiar ainda a criação de um programa de auditório cuja identidade não é o assistencialismo e o famigerado chororô que permeia praticamente toda a programação das emissoras concorrentes. É sempre bom atiçar a memória afetiva do público. Chega deixar um gostinho de quero mais quando acaba.


11 comentários:

  1. Também achei uma bos surpresa.Me peguei até emocionada com algumas lembranças.

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  2. Não vi ao vivo mas vi na internet e também curti.Mas acho que deveriam mostrar mais imagens antigas e ter menos papinho dos tais defensores das décadas.

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  3. Muito legal o programa mas o horário não tem nada haver mesmo.

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  4. Só nao entendi o Lázaro apresentando.

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  5. Foi uma boa surpresa mas combinava mais com as tardes de domingo.

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  6. só acho os participantes pouco naturais em alguns momentos, muito ''texto decorado'' mas no geral gosto do programa e acho que deveria ser exibido logo após a novela

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