quarta-feira, 18 de julho de 2018

"The Voice Brasil" estreia sétima temporada tentando fugir do evidente desgaste

O "The Voice Brasil" já apresenta um inevitável esgotamento há alguns anos. A partir da terceira temporada, a percepção em torno do desgaste do formato começou a surgir. E desde então há uma decrescente desanimadora. Tanto no nível dos candidatos, quanto na mesmice do juri. Nem mesmo a entrada da carismática Ivete Sangalo ano passado conseguiu uma reformulação atrativa. No entanto, a estreia da sétima temporada nesta terça-feira (17/07) provocou uma boa impressão.


Uma novidade foi apresentada ao público: agora há o botão do bloqueio na fase da Audição às Cegas. Ou seja, um jurado pode impedir que algum colega escolha um determinado participante assim que ele vira a cadeira. A medida apimenta a disputa e Lulu Santos já usou a estratégia ao impedir Carlinhos Brown de 'querer' um candidato. Porém, nem adiantou, pois o mesmo preferiu Ivete. Mas serviu para 'estrear' a funcionalidade. Tomara que ao menos renda alguns bons momentos durante as audições.

Outra tentativa de sair da mesmice é o aumento da quantidade de cantores em cada time. Agora são 18 nomes para cada jurado ---- antes eram 12. Essa elevação significativa é resultado de mais uma alteração: o "The Voice Brasil" passa a ser exibido duas vezes por semana. Além das quintas, o reality também ganhou as terças. As versões transmitidas em outros países, aliás, sempre tiveram dois programas por semana.
Mas a Globo optou pela mudança porque não tinha nenhuma série para colocar no lugar da terminada "Mister Brau". A primorosa "Sob Pressão" estreará mais para frente, embora ainda neste ano.

O único porém dessa exibição dupla semanal é o maior desgaste da imagem de Tiago Leifert. Ele mal saiu da "Central da Copa" e já emendou no "The Voice Brasil". Sem esquecer do "Big Brother Brasil" no início do ano e do "Zero 1" aos sábados. Por mais competente que seja, é uma saturação desnecessária. O lado positivo é o encerramento mais cedo da temporada. Não acabará em dezembro, como em todos os anos, e sim no dia 27 de setembro. Afinal, também estreou antes que o normal ---- em julho e não em setembro. O fator eleições também contribuiu para essa antecipação.

O nível dos candidatos, pelo menos na estreia, se mostrou bem superior ao que foi visto nas últimas temporadas. Mais um ponto a favor desse começo. As vozes realmente fizeram jus ao reality e quase todos tinham potencial de finalistas. Uma grata surpresa, após vários anos com candidatos comuns cujos desempenhos deixavam a desejar. Já a inesperada aparição de Cláudia Leitte como "participante" no final chocou os jurados ---- que se assustaram quando viraram as cadeiras ---- e divertiu o público. Foi apenas uma participação afetiva com o claro intuito de provocar repercussão na estreia. O entrosamento entre ela e Ivete, inclusive, despertou atenção e deveria servir de inspiração para uma presença da dupla fixa no Kids ou no Adulto.

É cedo demais para saber se a sétima temporada do "The Voice Brasil" será boa, mas a tentativa de sair da mesmice e fugir do esgotamento do formato adulto merece elogios. Ao menos esse início já conseguiu ser melhor do que as quatro últimas temporadas. Que não seja apenas uma mera e passageira impressão.

10 comentários:

  1. Até essa chatice esse Zamenza assiste, como consegue? E a proposito, ser julgado por Michel Teló é piada né? Quanta bosta, aff.

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  2. Só gostei do final com a entrada da Claudia Leitte. Acho que o desgaste seguirá o mesmo.

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  3. Esse botão do bloqueio acho que nao vai dar em muita coisa não porque os jurados não vão querer se indispor. Achei que o Lulu apertou sem querer.

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  4. Ivete e Claudia no msm programa seria uma boa mesmo mas nem adianta sonhar porque esse Boninho não muda nada.

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  5. Claudia ofuscou os demais na estreia.

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