segunda-feira, 17 de abril de 2017

Tiago Leifert terá que melhorar muito no "BBB 18"

A décima sétima edição do "Big Brother Brasil" chegou ao fim na última quinta-feira (13/04), saindo de cena como a pior da história do reality. A vitória da mimada e egoísta Emilly era previsível e acabou fazendo jus ao conjunto deplorável que foi a temporada, após meses de edições tendenciosas, elenco fraco e ausência de situações atrativas, culminando ainda em uma expulsão tardia. Infelizmente, um dos muitos erros do "BBB 17" foi justamente o comando de Tiago Leifert, que teve a dura missão de substituir  Pedro Bial, que apresentou o formato por 16 anos.


O novo apresentador foi escolhido em virtude do seu incontestável carisma e do seu bom desempenho no "The Voice Brasil" e "The Voice Kids". Realmente, analisando as opções disponíveis para a Globo, ele era mesmo a melhor escolha. E ainda é, apesar de tudo. Tem boa desenvoltura diante das câmeras e sabe conversar com o telespectador. Não por acaso virou o maior destaque do jornalismo esportivo da emissora na época que comandava o "Globo Esporte" de São Paulo,  se tornando ainda uma das figuras centrais durante a Copa do Mundo. Entretanto, seu desempenho no "BBB" foi muito questionável e inconstante.

Seu início foi decepcionante. Desanimado e apático, Tiago parecia pouco à vontade no lugar que Bial ocupou por tantos anos e muitas vezes passou a impressão de estar ali por pura obrigação. Mas, ao longo das semanas (e provavelmente após cobranças da direção para se soltar mais), o apresentador foi ficando mais seguro na função e encontrou o tom. Começou a brincar mais com os participantes e demonstrou estar a par de tudo o que estava ocorrendo na casa.
Até mesmo sua conta no Twitter servia de 'termômetro' para expor o que ele estava achando em determinando momento, pois mudava a sua 'capa' assim que algo de 'polêmico' acontecia, dentro ou fora do jogo ---- um exemplo foi uma foto do ensaio sensual de Pedro para o Paparazzo que ele usou como piada. Estava tudo entrando nos trilhos. Até fiz um texto elogiando seu desempenho.

Mas, lamentavelmente, Tiago foi se perdendo de novo durante a competição. O apresentador começou a virar um participante do jogo, dando dicas e passando informações externas para os jogadores. Tudo passou do limite, abusando da paciência de quem assistia. Tiago expôs suas preferências, sem se preocupar em ao menos disfarçar sua torcida, chegando ao ponto de ler recados claros das famílias durante os paredões. A situação mais absurda foi, sem dúvida, quando a casa sofreu a divisão de um muro. Ele simplesmente deu sugestões para o grupo mexicano (composto por Emilly, Marcos, Ilmar, Marinalva e Daniel) manter a mentira que havia criado sobre o vencedor da prova do líder ---- Marcos havia vencido, mas todos disseram que Marinalva era a toda poderosa da semana. Só faltou enviar fotos falsas da família da paratleta e retirar as do Marcos para tudo ficar mais convincente.

A forma como o apresentador passou a contar o que estava acontecendo na casa também deixou claro para quem ele e a produção estavam torcendo. Tudo o que o trio formado por Emilly, Marcos e Ilmar fazia era classificado como algo 'bondoso' e as atitudes dos demais eram sempre 'vilanizadas'. Aliás, essa 'novidade' foi deprimente. Leifert chegava a contar como havia sido o diálogo dos participantes antes dos mesmos irem ao ar. Não seria mais fácil simplesmente mostrar e deixar que o público tirasse suas conclusões? Aliás, em uma dessas muitas interferências, Tiago classificou Elis como "Agente do Caos" e, claro, que o apelido prejudicou muito a candidata. Ela era, sim, uma fofoqueira que fazia intriga na casa com todos, mas enfatizar isso cada vez que a mencionava foi desnecessário. Se ao menos houvesse alguma charge envolvendo 'Super-heróis', como foi feito no "BBB 5", valeria pela diversão. Mas nesse caso foi gratuito.

A falta de pulso do apresentador também ficou nítida ao longo do programa. Ninguém o respeitava. Muito provavelmente, inclusive, porque Tiago se comportava como um deles e não como o responsável em manter a ordem. Marcos, então, era um dos que mais o interrompiam, assim como Emilly. Vale ressaltar ainda que a preferência de Leifert por Emilly, por exemplo, ficou mais evidente quando ele foi até a casa falar com as finalistas (Ieda e Vivian também) pessoalmente. Ele chegou a dizer que a campeã foi a inspiração para ter tido gêmeos nessa edição. Porém, a internet não perdoou e com razão. Rapidamente começaram a surgir fotos e matérias das primeiras gêmeas que haviam sido selecionadas e acabaram eliminadas em virtude de uma propaganda que fizeram. Ou seja, só depois da desclassificação delas é que escolheram Emilly e Mayla.

O discurso final do apresentador foi outro equívoco grave da edição. Tiago chegou a dizer que a vitória de Emilly representava o 'coração', sendo que a menina foi uma das maiores estrategistas da casa e não conseguiu criar nenhuma amizade lá dentro, nem mesmo com seus ditos aliados. Claro, não era para atacar a menina e declará-la a vencedora, mas ao menos deveria ter citado todos os seus erros ao longo do programa porque não foram poucos. Aliás, o mesmo deveria ter sido feito com Vivian e Ieda, embora as duas tenham cometido bem menos tropeços. Foi um discurso boboca e que qualquer torcedor mais apaixonado poderia ter feito. Só que ele não era torcedor e, sim, apresentador. Ao menos deveria ter sido.

Tiago Leifert é um ótimo profissional e seu currículo comprova isso. Não migrou do jornalismo para o entretenimento por acaso. A Globo viu potencial nele e tinha razão. Mas seu primeiro ano no "Big Brother Brasil" foi decepcionante. Que no "BBB 18" ele tenha consciência de tudo o que fez de errado nessa edição e faça jus ao bom apresentador que já mostrou que é. Porque, analisando seu desempenho no "BBB 17", terá que melhorar muito ano que vem.

22 comentários:

  1. Assino embaixo. Ele não foi apresentador e sim um torcedor. E um torcedor idiota.

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  2. Olá Sérgio tudo bem???


    Concordo com tudo o que você disse!!!



    Beijinhos;
    Débora.
    http://derbymotta.blogspot.com.br/

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  3. EMILY GANHOU E FICOU MILIONÁRIA!!!ACEITA QUE DÓI MENOS SÉRGINHO, O CHORO É LIVRE KKKKKKKKKKKKKKK

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  4. Serginho até hoje eu não consigo entender porque o Thiago deixou o GLOBO ESPORTE, o programa era a cara dele!

    Beijinhosss ♥
    Blog Resenhas da Pâm

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  5. Olha o nível das fãs retardadas da Emilly. Só ver esse comentário anônimo. São iguais a ela... AFF

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  6. Para esse tipo de programa o Thiago não serve.
    big beijos

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  7. OI SÉRGIO!
    SOU GAÚCHA COMO O SÃO, MARCOS, IEDA E EMYLLI, MAS, TE DIGO QUE TIRANDO A IEDA, QUE PARA MIM TEVE UMA PARTICIPAÇÃO DIGNA E JOGOU COMO PARTICIPANTE QUE ERA, OS OUTROS DOIS NÃO NOS REPRESENTAM E SINCERAMENTE NÃO ENTENDO COMO ESTA MENINA VOLTAVA DOS PAREDÕES E ACABOU GANHANDO.
    MUITO LÚCIDO E REAL TEU TEXTO, COM A PERCEPÇÃO PERFEITA DO FIASCO QUE FOI ESTE BBB.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  8. Olá, Sérgio, pois é... confesso que não assisti ao reality, mas ouvi os comentários, e era unânime a opinião de que ela não merecia ganhar. Reflexo do Brasil em que vivemos! Quanto ao Thiago, não é fácil substituir alguém tão arraigado no programa quanto o Pedro Bial. Lembrei da Patrícia Poeta que também apanhou quando substituiu Fátima Bernardes no Jornal Nacional. Abraços!

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  9. Olá Sérgio,

    Fico impressionada com a sua capacidade de análise. Parabéns!
    Temos muita sintonia nestas colocações, que subscrevo.
    Cheguei a comentar aqui em casa que o Tiago estava deixando a desejar no quesito ordem e autoridade, coisa que era moleza para o Bial. Ele realmente escorregou nos pontos abordados por você, mas creio que temos que considerar que é a primeira experiência dele neste formato de programa. No início, o Bial também andou escorregando. Penso que o Tiago tem chance de se reformular e se reinventar na condução do próximo BBB, pois talento realmente não lhe falta. Pareceu-me, a princípio, é que apresentar o BBB não estava nas pretensões dele-rsrs.

    Abraço.

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  10. Me arrependi tanto de ter o elogiado no começo.Thiago Leifert se revelou um apresentador totalmente parcial e deixava escancarado sua torcida pela Emily e por outro lado queimava alguns participantes influenciando assim na decisão do público.Espero que ele melhore, mas não sou tão otimista.Saudades do Bial!E esses fãs da Emily são ridículos e infantis iguais a ela.Sérgio outra coisa vc soube da mulher de 45 anos que era fã de Emily que gastou 1,2 mil de reais votando para Emily ganhar porque achava que via sua filha que morreu na menina?Quanta alienação e cegueira desse povo.Se quiser ver Sérgio: http://extra.globo.com/famosos/fa-que-gastou-12-mil-para-emilly-ganhar-bbb-viu-filha-morta-na-gemea-voltei-viver-21233605.html


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  11. Parabéns pela sua maturidade, anonimo. Aliás, é coerente vc ter torcido pra essa cretina.

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  12. Ninguem sensato entendeu, Zilani, Foi uma vergonha total mesmo.... bjssss

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  13. Fico lisonjeado em ler isso, Vera. Mt obrigado de verdade. bjão!

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  14. Pois é, Gustavo, eu também. Aliás, se pudesse voltar no tempo não teria escrito aquele texto elogioso que fiz dele. E o minimo que essa infeliz poderia fazer era pagar a fortuna que essa senhora gastou.

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  15. Sérgio, meu querido, estou me atualizando nas novelas aqui em seu blog e não poderia deixar de falar sobre o Leifert.

    Eu, particularmente, nunca gostei dele. Não curtia a linha editorial dos tempos "Globo Esporte", que ficou infantiloide, e o achava bastante parcial e didatico no "The voice", tanto que parei de ver. Se vc assistir ao "The Voice" com o mesmo olhar do "bbb", vai perceber os mesmos problemas citados no texto.

    Nunca gostei deste estilo dele de querer explicar tão explicadinho os acontecimentos da casa. Este didatismo exagerado vem desde o "GE"! Nas entrelinhas, chama a gente de burro! Ou nao confia no próprio produto, a ponto de ter que contextualizar.

    Me incomodou demais também quando passou a chamar a Elis de "agente do caos". Quem tem que adjetivar e o público, não ele. Foi uma indução desnecessária, que antecipou a "morte" de uma das personagens mais ricas da competição.

    Os discursos também eram de uma pobreza sem tamanho. Se nao tem capacidade de escrever textos interessantes, que deixasse nas mãos de outro profissional mais talentoso. Com isso, perdemos o grande clímax, a esperada eliminação.

    Me incomodou bastante também as interferências na hora do voto no confessionário. Ele induzia demais. E que papelão foi aquele no jogo da discórdia com os eliminados? Achei ótimo a Emilly o confrontando ao vivo!

    Temos que reconhecer, porém, que talvez tenha sido a edição mais difícil de conduzir. Não lembro do Bial ter passado por tanta saia justa em 16 edições. Talvez, porque era um elenco mais Velho, mais intelectual, rendia mais questionamento. E também, claro, pelos últimos dias.

    Eu, particularmente, preferia um Zeca Camargo a frente do programa. Pode não ter o mesmo carisma, mas e mais jornalista, confronta mais.

    Sobre a edição em si, gostei bastante, já esta entre as minhas preferidas. Teve um jogo pesado, muita mentira, blefe, traicao, estratégia, elementos que eu considero fundamentais em um BBB. O duelo entre o trio e os americanos também foi interessantíssimo. E a reta final das melhores com as brigas envolvendo o trio. O único ponto a se esquecer mesmo e a agressividade do Marcos. Gente como ele nem deveria ser selecionada, porque coloca em risco a integridade de todos. Melhor ainda porque teve uma campeã, embora você não gostasse da Emilly, justa. Quem se joga, se arrisca e protagoniza a edição do início ao fim, e quem merece sair de lá milionaria. Como disse Chico Barney no UOL, que bom que enfim venceu quem colocou o programa nas costas, o que nao havia acontecido, penso eu, desde o 11 com a Maria.

    Beijão, meu querido.

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  16. Escrevi tanto, Sérgio, e me esqueci de comentar Que, quando anunciaram o Leifert como substituto do Bial, perdi completamente a vontade de ver o bbb17. E permaneci no meu luto até a segunda semana. Rs. Mas nao resisti. E grande parte porque achei o elenco delicioso por ser tão diferente de todas as edições. A mistura louca de gerações compensou a presença do Leifert.

    Faltou dizer também que foi muito ruim a ideia de pegar recado de parente na plateia. Ainda bem que no final cortaram isso!

    Me incomodava demais também o vocabulário excessivamente nerds. Que chatura ouvir sobre games, players, skills, controle, x-man, card... Se eu quisesse ouvir sobre isso, eu nao ligaria em um BBB, formado por um público bem distante deste mundo.

    Citei a pobreza dos discursos do Leifert, mas é preciso elogiar aquele no paredão da Emilly e Daniel. Ele deixar nas entrelinhas o protagonismo da Emilly mudou completamente a reta final. Pra mim, foi ali que o trio rachou e o jogo ganhou em emoção na reta decisiva. Foi o melhor twist do bbb17.

    Beijao

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