sexta-feira, 20 de maio de 2016

Terceira temporada do "SuperStar" deixa muito a desejar

O "SuperStar" estreou em 2014 e não demorou muito para ficar desacreditado. Isso porque, exibido logo após o "Fantástico", a atração não foi um sucesso de audiência e perdia várias vezes para o "Programa Silvio Santos", do SBT. Entretanto, independente dos números, o formato funcionou no quesito entretenimento e ainda alcançou um feito que o "The Voice Brasil" nunca conseguiu: lançar vários talentos no mercado musical. E, apesar de alguns erros pontuais, o programa se firmou na grade da Globo com méritos. Mas, infelizmente, a terceira temporada não se mostrou muito atrativa.


Após duas ótimas temporadas ---- embora com alguns problemas no juri, pois Ivete Sangalo, Fábio Jr. e Dinho Ouro Preto foram muito bonzinhos na primeira temporada e a presença de Thiaguinho na segunda foi um equívoco completo ----, a atração não vem apresentando uma competição interessante neste terceiro ano. Ao contrário dos anos anteriores, não houve uma quantidade boa de bandas promissoras. Poucas se destacaram realmente e não há uma franca favorita. Isso até poderia ser bom se fosse por causa do alto nível, mas é justamente ao contrário. São muitas bandas parecidas e sem identidade.

O nível da competição caiu e as rodadas não empolgam, principalmente se comparadas com as duas outras temporadas. Claro que há alguns grupos bons e de talento, porém, não são o bastante para deixar o programa realmente convidativo. Tanto que a produção inseriu uma novidade nessa edição, com a atração já em andamento (ou seja, evidentemente criada de última hora): a presença de uma banda convidada, encabeçada por algum ator ou atriz que tem também uma carreira musical.
A estreia do novo 'quadro' foi com o grupo de Sérgio Guizé e teve ainda a banda de Eriberto Leão e Samantha Schmutz. A novidade foi válida e até funcionou, mas serviu também para comprovar a fraca seleção de bandas deste ano.

Outro erro da temporada foi a mudança de horário. Tentando se beneficiar do imenso sucesso do "The Voice Kids", a Globo tirou o "SuperStar" da conturbada faixa pós-"Fantástico" e o transferiu para as tardes de domingo. Porém, os problemas com a audiência continuaram e o programa não chegou nem perto de repetir os índices da versão infantil do "The Voice Brasil". Ou seja, a mudança não surtiu efeito e o formato combina muito mais com os fins de noite. Até mesmo o palco reflete um ambiente mais noturno, fazendo jus ao antigo horário. Caso venham a fazer um "SuperStar Kids" até vale a grade vespertina, mas o adulto continuaria melhor na faixa das onze.

Já a apresentação de Fernanda Lima segue ótima e a equipe acertou em cheio ao manter Paulo Ricardo e Sandy no juri, gratas surpresas da temporada passada. Observadores e com argumentos bem embasados, os dois têm um bom entrosamento, fazem interessantes análises e sabem elogiar e criticar quando necessário. A presença da carismática Rafa Brites como repórter também agrega, embora a jornalista muitas vezes funcione apenas como figura decorativa, pois tem sido pouco exigida este ano.

Todavia, a produção errou feio na escolha de Daniela Mercury como nova jurada. A saída de Thiaguinho foi merecedora, pois o cantor na segunda edição se mostrou limitado e tecia comentários óbvios e sucintos. Só que não faltavam opções para substituí-lo e a preferência pela cantora foi bem equivocada. Logo na estreia, Daniela protagonizou uma situação constrangedora ao votar 'não' para uma banda que havia gostado, prejudicando o grupo. A produção acabou se vendo obrigada a trazer os músicos desclassificados na repescagem. Mas não é só por isso que a presença da cantora não foi proveitosa. Inconveniente, ela está sempre tentando aparecer mais que os colegas e muitas vezes é desrespeitosa com as bandas que não gosta --- já fingiu dormir enquanto um grupo de apresentava ---, além de já ter deixado Sandy e Paulo constrangidos em alguns momentos. Enfim, é uma jurada que não deveria estar ali.

O "SuperStar" é um bom programa e merece estar da grade da Globo todo ano. É, sem dúvida, uma vitrine excelente para inúmeras bandas do país e lança muitos talentos no mercado. Entretanto, a terceira temporada não foi tão boa quanto as outras duas. O nível da competição está menor, a mudança de horário não foi proveitosa e a presença de Daniela Mercury é um erro. O ano de 2016 da atração, infelizmente, deixou muito a desejar.

19 comentários:

  1. Fora que as duas anteriores ainda tinham uma certa repercussão. Essa nem isso.

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  2. Eu achei todas ruins, sinceramente.

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  3. Nem sei se tá boa ou se tá ruim pq ver tv uma da tarde em um domingo não dá. O horário é péssimo mesmo.

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  4. Discordo, pois estou AMANDO essa nova temporada!!!! Bellamore, OutroEu, PlayMobille e Plutão Já Foi Planeta são minhas favoritas e já tenho músicas autorais deles...
    Mas realmente esse horário é extremamente PÉSSIMO!!!! Domingo as pessoas tem o costume de acordar um pouco mais tarde e esse horário é cedo demais, já perdi uns 3 programas, pois nesses dias tinha compromissos fora, já nas noites de domingo dificilmente as pessoas saem de casa...

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  5. Concordo plenamente e a Danielle ter fingido dormir foi muita falta de respeito e uma atitude completamente desnecessária

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  6. Acho esse programa com uma boa proposta mas muito mal executada.

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  7. Concordo, a Daniela Mercury é INSUPORTÁVEL! Não sei quem teve a ideia de contratá-la!

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  8. Esse programa tinha tudo pra ser bom, mas falta alguma coisa.

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  9. Dá uma raiva da Daniela Mercury que só quer aparecer. Parece a Claudia Leitte no The Voice Brasil, não sabe argumentar.
    Me manda e-mail para luluontheskyblog@gmail.com para que eu envie as perguntas sobre seu blog no Lulu Entrevista.
    big beijos

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  10. Respeito sua opinião, Brunno, mas sobre o horário concordamos plenamente.

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  11. Alias, Italo, foi mal executada no começo, mas depois se encontrou nisso.

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