quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Tudo sobre a coletiva online da segunda temporada de "'Os Outros"

 O Globoplay promoveu na terça-feira passada, dia 7, a coletiva virtual de "Os Outros". A segunda temporada estreia na plataforma de streaming nesta quinta, dia 15 de agosto, e participaram o autor Lucas Paraizo, a diretora Luisa Lima e os atores Antônio Haddad, Edu Sterblitch, Letícia Colin, Mariana Nunes, Kênia Bárbara, Sérgio Guizé, Cadu Fávero, Luis Lobianco, Cauê Campos e Adriana Esteves. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 


Lucas Paraizo analisou sua obra: "Os Outros por ser uma espécie de antologia e cada temporada traremos uma temática que é baseada na intolerância. Na segunda, há uma mudança de ritmo. Ela é mais questionadora. Na primeira, os personagens reagiam a algo e agora as ações são mais premeditadas. Podem esperar muitas viradas. Já adianto um spoiler que do episódio do seis pro sete tem uma grande virada e isso é do jogo. Trabalhamos com a reversão da expectativa. Será uma trilogia e quem move isso tudo é a Cibele com o Marcinho".

Luisa Lima analisou a importância da música na trama: "Temos uma trilha que tensão que vai dando o tom da série. O Dani Rolland é nosso produtor musical que trabalha comigo desde 'Onde Está meu Coração' (série de sucesso do Globoplay). Fazemos um desenvolvimento temático da primeira temporada. Música é fundamental para o processo.

Muitas vezes lembramos de um filme pela trilha e queremos o mesmo para a série. O tempo dramático e o ritmo transformam na segunda temporada depois de acontecimentos terríveis da primeira. Os acontecimentos não são mais tão reativos. Esse interior subjetivo é que passamos a investigar e que dá a escalonada dos acontecimentos. A música vai ajudando nesse lugar".

Letícia Colin falou do seu trabalho com os colegas e de sua personagem: "Raquel é uma pessoa que se sente autorizada a dizer o que pensa e provoca mudanças ali na sociedade do condomínio. Ela e o Sérgio são muito diferentes ao mesmo tempo que têm algo em comum. E Adriana Esteves é um dos maiores tesouros que temos. Está sempre disponível e é muito bom trabalhar com a Dri. Não teremos embates, mas uma vai ajudar a outra. E Lucas Paraizo é nosso grande expoente. Vi a primeira temporada e deu muita vontade de estar na série. Quando me chamaram para a segunda temporada foi incrível. E sou fã do Edu, né. Quando estava ali com ele em cena eu pensava 'Gente, é o Sérgio da série. To aqui com ele'". 

Luis Lobianco fez uma rápida análise sobre a essência da produção: "Não acho que 'Os Outros' é só drama e tragédia. Há o patético que também provoca risos. Fiquei muito feliz com o convite para a série". 

Adriana Esteves comentou sobre o desafio de estar na segunda temporada: "Tenho 34 anos de profissão e é a primeira vez que faço a continuação de uma personagem. Nenhuma série que fiz teve continuação. Então é muito diferente para mim contar a história dessa mulher dois anos depois. A dor da Cibele é muito grande e a gente nem imagina porque é a perda de um ente querido. Ela se transforma. E em breve estarei duplamente no ar, uma na novela que vamos estrear - 'Mania de Você' - e também no streaming. Se estiveram cansados da Adriana na televisão, vão lá pro streaming", se divertiu a atriz.

Antônio Haddad comentou sobre o sucesso da primeira temporada: "Todos nós ficamos surpreendidos com a repercussão da série. Outro dia fui no shopping com minha mãe e é muito bonito ver as pessoas reconhecendo. Marcinho passa um tempo fora, aproximadamente dois anos, e são anos de muita transformação para ele. Foi um desafio muito grande como ator".

Gi Fernandes explicou sobre a mudança de sua personagem: "É um presente ter a Lorraine nessa segunda temporada e ela foi minha primeira personagem da vida. Agora ela vem mais madura, com mais responsabilidade, outra cabeça. Acontecem coisas com a Lorraine que fazem ela se afastar um pouco. Foi um processo delicado e desafiador, foi muito gostoso estar com essas pessoas, como a Kênia Bárbara que interpreta minha mãe, com a Adriana Esteves, enfim. E Lorraine agora é mãe, uma realidade de muitas pessoas. Tive muitas amigas grávidas na adolescência e não foi difícil achar material de estudo para isso. Um pouco da força da Lorraine veio da inspiração dessas minhas amigas que são mães e continuam estudando e trabalhando".

Kênia Bárbara complementou a colega: "A maternidade da Lorraine fez a chave virar para Joana. Na primeira temporada, havia uma relação muito distante e apática. Agora ela percebe que precisa reagir para dar uma nova perspectiva de vida para a filha, longe do Sérgio e de toda aquela violência. O neto dela a faz ser mais responsável e presente. Ela acaba se salvando por isso".

Mariana Nunes comentou sobre sua personagem: "Maria é uma mulher extremamente misteriosa e ninguém entende muito essa vizinha. A gente sabe que ela é viúva e tem um filho. Depois de uma sequência vertiginosa no carro no primeiro capítulo, há uma sequência forte dela com o filho. É uma mulher que precisa se reconectar com ela mesma. É uma situação delicada porque há uma precariedade e escassez dela com o filho. Uma mulher que não tem afeto de mãe para dar". 

Cauê Campos acrescentou: "A oportunidade de ser filho da Mari foi uma honra. Eu vi a primeira temporada e acho que a segunda veio para surpreender em muitos lugares. Foi interessante entender a questão do perdão quando temos um vazio de sentimentos. É uma mãe e filho que não têm afeto, toque físico, nada. É importante entender quando isso vai começar a acontecer. Kevin é quase um protetor com a mãe, mas ele também sente raiva. Tem uma questão do narcisismo de base". 

Edu Sterblitch fez uma análise do seu assustador vilão: "Todo mundo tem um Sérgio dentro de si. As pessoas mais perigosas são as mais engraçadas, tanto que os vilões mais famosos que têm são os de desenho, os exagerados. A galera teme o Sérgio porque se vê nele. O mais difícil de fazer um personagem nesse estilo é porque as pessoas têm inveja de quem é livre e ninguém consegue. O Sérgio, por ter noção da sociedade acima das instituições, ele sabe que nada ali funciona, a não ser para quem faz parte dela. Embora o Sérgio não tenha caráter, ele é ele 100%. Você consegue enxergá-lo em várias pessoas que existem, até no Hitler que é o arquétipo mais odiado no mundo, mais até que o diabo. E eu me cobro muito em evoluir artisticamente e par surpreender o público. Como deu muito certo a primeira temporada e as viradas não dependiam de mim, pude me divertir mais. Agora tenho mais tempo de tela. O que me preocupa é o resultado do meu protagonismo nessa segunda temporada. Mas sinto que vai dar certo porque estou jogando em um time olímpico".

Cadu Fávero falou um pouco de sua experiência pessoal influenciando na ficção: "O universo de 'Os Outros' é o da minha vida. Me mudei para um condomínio na Barra da Tijuca e vivi isso. Foram oito suicídios ali. O meu personagem, o Tavares, faz uma cama para o Sérgio brilhar. Tenho uma parceria muito boa com o Edu, mas nossos personagens não tê isso tanto assim... Consegui fazer o necessário para contar essa história". 

Sérgio Guizé finalizou com um breve comentário sobre seu papel na série: "Vivo um personagem, o Paulo, com muitas camadas e sinto que ele foi construído através do casal com a Raquel. Os dois têm individualidades tão potentes que uma hora vão se libertar. Como casal são unidos e poderosos, mas tem um drama psicológico poderoso que vai se desenvolvendo aos poucos".

A segunda temporada de "Os Outros" promete ser tão boa quanto a primeira. Resta aguardar. 

6 comentários:

  1. O bom dessa série é que ela expõe uma série de questões que a gente sabe que são problemáticas e que precisam mesmo ser refletidas e debatidas.

    Beijão

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  2. Vou começar assistir em breve. Parece ser muito boa essa segunda temporada.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está em HIATUS DE INVERNO do dia 31 de julho à 05 de setembro, mas comentarei nos blogs amigos nesse período. O JJ, portanto, está cheio de posts legais e interessantes. Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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