Em meio ao sucesso de "Vai na Fé", que se encaminha para a reta final, Rosane Svartman lançou seu novo livro, "A Telenovela e o Futuro da Televisão Brasileira", e uma nova série, exclusiva do Globoplay, que teve os três primeiros episódios exibidos na faixa da "Sessão da Tarde", na Globo, nesta quarta-feira, dia 19, mesma data que ficou disponível na plataforma de streaming. "Vicky e a Musa" traz de volta a autora para o universo adolescente que a consagrou no filme "Desenrola" e em duas bem-sucedidas temporadas de "Malhação" ("Intensa" e "Sonhos").
A história é simples e encantadora. A amizade de Vicky (Cecília Chancez) e Luara (Tabatha Almeida) sempre correu em sintonia e foi baseada na cumplicidade e alegria das duas, mas esse vínculo está enfrentando momentos turbulentos. Sob a direção artística de Marcus Figueiredo e de gênero de José Luis Villamarim, a série musical traz cenas lúdicas com a participação de personagens da mitologia grega. No primeiro musical criado pelos Estúdios Globo, Vicky é uma estudante cheia de sonhos, moradora de Canto Belo que sempre foi apaixonada por música e dança e tenta entender seu lugar no mundo com a chegada da adolescência. A menina tem estado triste, pois sua melhor amiga Luara passou a ignorá-la após a morte da mãe durante a pandemia da Covid-19.
Unha e carne no passado, as duas jovens, que moram no mesmo bairro e estudam na mesma turma, não se reconhecem mais, e o círculo de amizade de ambas acaba se rompendo. Vicky, que sempre prezou pela felicidade de quem ama, sofre tentando entender o que levou a amiga a reagir assim.
Com o rompimento na amizade, Luara, uma menina muito intensa em relação a seus sentimentos e desejos, passa a ter um comportamento vingativo com Vicky, que agora se dedica somente à escola, especialmente às aulas de História da Arte, onde aprende mais sobre mitologia grega. O interesse de Vicky pelo assunto e, consequentemente, sua aproximação com a professora Isa (Malu Rodrigues) – que também é irmã de Luara – deixa a amiga ainda mais irritada. Cansada dessa situação, Vicky desabafa e, sem saber, é ouvida por Euterpe (Bel Lima), musa da música. A filha de Zeus, então, chega à Terra com o propósito de inspirar Vicky e, através dela, atingir outras pessoas e, consequentemente, todo o bairro de Canto Belo.
O time que promete mobilizar os fãs do público infantil e teen conta com nomes conhecidos do público nas redes sociais, teatro, cinema e da TV. Entre eles estão Cecilia Chancez, Tabatha Almeida, João Guilherme, Jean Paulo Campos, Pedro Guilherme Rodrigues, Malu Rodrigues, Dan Ferreira, Nicolas Prattes, Cris Vianna, Leticia Isnard, Bel Lima e Túlio Starling, entre outros, além de diferentes participações especiais como Jéssica Ellen e MC Carol.
Os personagens secundários também despertam atenção. Nicolas ou Nico (João Guilherme), como é chamado pelos mais íntimos, é filho de Gilda (Letícia Isnard) e irmão de Davi (Nicolas Prattes), e guarda uma certa mágoa da arte. Apesar de ser habilidoso com desenho e grafite, ele acredita que seu pai saiu de casa por causa da carreira como cantor e, por isso, rejeita qualquer expressão artística e não considera seus dons relevantes.
Já Michel (Jean Paulo Campos) reprime todo o seu talento e desabafa suas frustrações através de poesias e raps que não mostra para ninguém. Ele e sua irmã mais nova, Helen (Manu Estevão), já não moram mais em Canto Belo. Os dois estão enfrentando o divórcio dos pais e, durante esse período turbulento, se hospedam na casa dos antigos vizinhos e amigos do bairro: Fafá (Cris Vianna) e Silas (Pedro Caetano), pais de Vicky (Cecília Chancez) e William (Pedro Guilherme Rodrigues).
Luara (Tabatha Almeida), por sua vez, diante da dificuldade de lidar com o luto pela morte da mãe, é uma das que mais evita contato com os deuses. Apesar do apoio da avó Bete (Stella Freitas) e da irmã Isa (Malu Rodrigues), a tragédia familiar afetou o seu jeito de ser e seu amor pela dança.
A única coisa a que essa turma não resiste é uma boa resenha. Nico está sempre acompanhado de seus fiéis escudeiros: Rafinha (Henry Fiuka), Caju (Biel Santos) e Kelvin (Diogo Luiz). Enquanto Luara, que até a perda da mãe mantinha Vicky ao seu lado, se fechou em um grupo seleto formado por Alice (Milena Melo) e Cacá (Andrea Bak). Wlad (André Silberg) e Dani (Gabriela Medeiros) logo se juntam à turma. Aos poucos, esse grupo talentoso vai experimentando o poder transformador da arte.
A premissa é uma mescla do mundo adolescente tão bem explorado por Rosane em "Malhação" com o universo da fantasia, onde os deuses representam um lado lúdico e até utópico. A junção funciona desde a primeira aparição de Euterpe, que se vê obrigada a aceitar a companhia de Dionísio (Túlio Starling), o Deus do teatro. É bem divertido ver a adaptação da dupla aos costumes e linguajares brasileiros. A paixão da autora por musicais sempre foi visível em todas as suas obras, incluindo a atual "Vai na Fé", onde personagens cantam em momentos importantes ou de maior emoção da história. Agora, com "Vicky e a Musa", o recurso faz parte da essência da série. Aliás, o espaço do teatro é claramente inspirado na Ribalta, cenário de "Malhação Sonhos". E os personagens esbanjam carisma, outra característica da escritora, que sempre cria perfis atrativos e de fácil identificação. Vários novos talentos também são lançados para o grande público, como Cecília Chancez, Tabatha Almeida e Bel Lima, que brilham logo no início.
Resultado do novo modelo integrado de produção da Globo, o projeto foi concebido para exibição em duas plataformas: Globoplay e Gloob, com versões especiais para cada uma delas e cenas exclusivas. Na trama do Globoplay, se destacam os dilemas da adolescência – uma época em que “tudo parece o fim do mundo e, na verdade, é apenas o começo”, nas palavras da autora, além do amadurecimento dos jovens adultos, suas escolhas profissionais que se sobrepõem aos sonhos, a entrada no mercado de trabalho, os relacionamentos que se transformam ao longo do tempo, entre outras questões. Já no Gloob, com estreia prevista para 2024, a trama traz cenas exclusivas focada no núcleo infantil. Tudo dentro de um mesmo universo dramatúrgico, mas com diferentes enfoques, trazendo o lado lúdico, musical, colorido e inspirador, típico dos grandes sucessos voltados ao público infantojuvenil.
‘Vicky e a Musa’ é um musical original Globoplay criado e escrito por Rosane Svartman, que assina o texto com os autores Bia Correa do Lago, Juliana Lins, Rafael Souza Ribeiro e Sabrina Rosa, com pesquisa de Raphaela Leite, direção de Ana Paula Guimarães, direção artística de Marcus Figueiredo, produção de Isabel Telles Ribeiro e direção de gênero José Luiz Villamarim. A série é uma grata surpresa, funciona para todas as idades e comprova a habilidade da escritora em contar boas histórias.
EU ADOREI!!! UMA VIBE MALHAÇÃO GOSTOSINHA!
ResponderExcluirRosane sabe mesmo contar uma história e voce analisa as tramas dela brilhantemente.
ResponderExcluirRosane Svartman de fato se destaca merecidamente em tudo o que se propõe a fazer, colocando amor e dedicação em todos os processos de seu trabalho. É sobre isso.
ResponderExcluirGuilherme
Rosane sabe contar boas histórias, mas a reta final de Vai na Fé decaiu bastante e nada de você fazer uma crítica sobre Sérgio.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirEu assisti o primeiro episódio no Globoplay e adorei, bem que a Globo poderia passar no antigo horário de Malhação né?
https://deiumjeito.blogspot.com/
Perfeito, Andressa.
ResponderExcluirObrigado, anonimo!
ResponderExcluirPerfeito, Guilherme.
ResponderExcluirTerá tudo o que eu acho no ultimo texto, anonimo.
ResponderExcluirPois é, Giovana.
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