Boninho já se diferencia de Carelli na primeira semana de "BBB 23"

 A vigésima terceira edição do "Big Brother Brasil" acabou de começar. Não tem nem duas semanas no ar. Mas logo na primeira semana houve uma sucessão de situações em torno de um relacionamento que provocou indignação no público. E no sétimo dia de reality ocorreu uma intervenção firme de Tadeu Schmidt que foi muito elogiada nas redes sociais. 

Gabriel Fop e Bruna Griphao ficaram logo na primeira festa do "BBB 23", após muita insistência do rapaz que entrou no programa por meio de votação popular, após uma curta estadia na Casa de Vidro. O objetivo do participante era ficar com quem ele julgava a mais popular e famosa da casa. Ficou visível o jogo dele. E sua limitação intelectual, a ponto de elevar seu ego e se colocar como um grande estrategista mesmo cometendo um conjunto de erros amadores de convivência com os demais, sempre causou uma vergonha alheia. 

Mas, logo no dia seguinte da 'ficada' com Bruna, o comportamento de Gabriel mudou. Não fazia mais gracinhas para tentar conquistá-la. Já a tratava mal e era estúpido. As grosserias foram aumentando e o temperamento de Bruna passou a incomodá-lo cada vez mais.

Até que, durante uma troca de farpas, o rapaz segurou firme no ombro da atriz para deixá-lo falar. E quando Bruna disse que ela era o homem da relação acabou ouvindo de seu 'ficante' que daqui a pouco levaria cotoveladas na boca. Mas foram somente algumas das situações que demonstraram uma relação abusiva. 

E como tudo estava caminhando muito rápido para um acontecimento mais grave (afinal, eram apenas seis dias de reality), Boninho permitiu a interferência de Tadeu com um discurso forte e que expôs para todos da casa o quanto aquela relação entre Bruna e Gabriel estava tóxica e sendo reprovada pelo público. Foi uma interferência no jogo? Não. O que estava acontecendo não se referia a jogo e, sim, a abuso psicológico. A produção do "BBB" aprendeu com os próprios erros, vide o caos que aconteceu no horrível "BBB 17", quando Marcos Harter foi expulso da edição após agredir Emilly psicologicamente e fisicamente. Na época, houve uma demora para agir. 

Mas a equipe do "Big Brother Brasil" mostrou que além de ter aprendido com os próprios equívocos, também quis se diferenciar ao máximo da produção de "A Fazenda 14". O reality da Record nunca teve credibilidade, mas o que sempre foi questionável naufragou de vez na edição de 2022 com o show de desrespeito, ameaças e agressões que aconteceram no programa dirigido por Rodrigo Carelli. A negligência foi tamanha a ponto dos competidores se sentirem os donos da atração e desrespeitarem constantemente a apresentadora Adriane Galisteu. Nem as empresas que patrocinavam as provas eram respeitadas. Deolane e sua turminha promoveram um show de horrores. Até a última semana foi destruída por um espetáculo deprimente promovido pela irmã da advogada na porta da fazenda para tirá-la da disputa porque estava sendo odiada pelo público e perderia a final para a grande rival Bárbara Borges. Todos fizeram o que bem entenderam sem qualquer repressão de Carelli. O programa virou uma chacota completa. 

O "BBB 23" começa com um elenco aparentemente bem escalado e que não tem medo de falar de jogo. Ao interferir na única parte que estava prejudicando o reality e provocando desconforto no telespectador, Boninho deixa claro que o "Big Brother Brasil" tem regras e ninguém pode fazer o que bem quiser sem pensar nas consequências. No início do mês, o diretor disse que nunca aceitou o Globoplay fazer um documentário sobre o "BBB" porque não queria ensinar para o Carelli como se fazia um bom reality. Ironicamente ou não, acabou ensinando um pouco no último domingo (22/01).