A Globo promoveu na segunda-feira passada (16/05) a primeira coletiva online da nova novela das sete, "Cara e Coragem", escrita por Claudia Souto e dirigida por Natalia Grimberg. Participaram a autora, a diretora e os atores: Taís Araújo, Mel Lisboa, Ícaro Silva, Mariana Santos, Claudia Di Moura, Paulo Lessa, André Luiz Frambach, Paula Braun, Guilherme Weber, Ricardo Pereira e a estreante Vitoria Bohn. Fui um dos convidados e conto um pouco sobre o bate-papo.
Taís Araújo comentou sobre sua volta ao horário: "Sou muito feliz fazendo novela das sete. Tive experiências muito lindas. São duas mulheres de origens muito diferentes. Anita é mais popular, mais para a comédia. Clarice é mais misteriosa, presidente de uma empresa. Temos poucas mulheres na frente de empresas e mostramos um novo Brasil. É uma novela das sete cheia de recados e boas referências que a Claudia vai mostrando pelos personagens. A minha personagem atende a muitas mulheres. É muito bom trabalhar como um autora que não se acha Deus, ainda que seja. A Claudia tá vivendo seu momento de desconstrução. Em 25 anos de TV Globo, é a primeira vez que tenho tanta troca com a autora", contou a atriz.
Mel Lisboa falou sobre sua vilã: "A Regina é manipuladora, muito ambiciosa, mas é sonsa também. Ela finge ser uma pessoa com a Clarice, enquanto planeja coisas tenebrosas. Ela é amante do Leonardo. A parceria deles é muito interessante porque foge de uma obviedade. São loucos um pelo outro ao mesmo tempo que um tenta manipular o outro o tempo todo. E há toques de humor muito bons. Eu e Ícaro gostamos muito de trabalhar juntos e espero que isso transpareça para o público".
Ícaro Silva acrescentou: "Os personagens não são maniqueístas. São bem humanizados e gosto muito disso na forma como a Claudia escreve. Não são diabólicos o tempo todo. Eles querem se dar bem e estarem juntos como poderosos. Léo é extremamente instável. Pode ser querido e depois ficar vilanesco. Tenho uma sorte muito grande nesse casal porque eu e a Mel já tínhamos trabalhado juntos antes e temos uma química. A direção também nos dá a liberdade dessa confiança", declarou o ator.Perguntei a Mariana Santos sobre a parceria com Marcelo Serrado, tão bem-sucedida em "Pega Pega", novela também escrita por Claudia Souto, em 2017, onde fizeram sucesso como Maria Pia e Malagueta, e que agora se repete na nova trama como um ex-casal: "Em 'Pega Pega' a gente construiu uma relação de paixão. O público realmente vibrou muito com a gente. E trabalhar com Marcelo de novo nessa nova relação é muito bom. Vamos trabalhar novos sentimentos. Eu abandono ele para ficar com o melhor amigo dele. Vou para a Europa. E volto querendo ser mãe. A Claudia vai criando camadas para essa personagem, o que nos ajuda muito como ator. É uma personagem totalmente diferente da Maria Pia. Ela ama o marido dela, embora não saiba nada do que ele faz. E sobre essa relação com o ex-marido vamos ver como será desenvolvido ao longo da novela. Eu estou muito feliz", se empolgou a atriz.
Paulo Lessa não escondeu a felicidade de viver o apaixonado protagonista em sua volta à Globo, após três novelas na Record entre 2017 e 2020: "A maioria das ações do Ítalo são movidas pelo amor que ele sente pela Clarice. Para mim tá sendo muito importante essa novela e a minha volta", declarou o ator. André Luiz Frambach comentou sobre as suas semelhanças com seu protagonista: "Sempre fui muito ligado aos esportes. Quem me conhece desde menino sabe até sobre a minha falta de cuidado com isso. Receber o Rico como personagem foi de fato um presente. A Claudia escreve muito bem. Ele tem a parte dos esportes radicais, mas tem outras camadas incríveis. Sou muito grato a todos", contou o ator.
Guilherme Weber contou sobre a volta com a parceria com a autora Claudia Souto e a diretora Natalia Grimberg, com quem tinha trabalhado em 'Pega Pega': "É sempre um prazer, né. Porque voltar a trabalhar com quem você já trabalhou é sinal de que gostaram do seu trabalho. E uma felicidade muito grande com esse retorno, após a traumática pausa pela pandemia que nos afetou tanto. Meu personagem representa o lado do cientista que é sombrio. Porque a fórmula cobiçada da novela pode ter um lado destruidor. E há múltiplas relações do meu personagem, Jonathan, com a Clarice e a Anita. Ambas despertam diferentes lados da personalidade dele. Elas podem ser a mesma mulher, mas despertam lados duplos do meu personagem. E é meu reencontro com a Taís quase 20 anos depois de 'Da Cor do Pecado', onde éramos antagonistas", relembrou o ator.
Paula Braun comentou sobre sua personagem e sua volta à televisão: "Passamos por dois anos de pandemia, onde nossa classe ficou pensando em como voltar e se iria voltar. Eu fiz o teste para a novela em outubro de 2020, quando nem tínhamos ainda a vacina aprovada direito. Essa minha volta às novelas é bom demais. Muito bom voltar a atuar em uma novela que tem outro ritmo de trabalho, uma obra aberta. Ainda estou aprendendo como funciona, mas tem sido uma experiência maravilhosa. A Olívia é um personagem incrível. Ela tem esse lado de ser uma mulher alegre, tem as paixões dela como a filha, feita pela Vitória Bohn. A dança é outra paixão dela. O ponto fraco dela é o Joca, vivido pelo Leopoldo Pacheco, que não é marido dela, é o amante. Ela é amante dele há quase vinte anos. E ele nunca assumiu a filha. Por um lado ela não resiste ao Joca e por outro tem todas as ressalvas com ele justamente por causa da omissão dele com a filha. A Olívia tem uma virada linda, mas não vou dar spoiler', se animou a intérprete.
Claudia Souto falou sobre as inspirações para a sua nova novela: "A inspiração para mim sempre começa com o que eu quero colocar na roda. O universo que vou abordar. Em 'Pega Pega' quis falar sobre ética e busquei uma história para falar sobre isso. Agora quis falar de coragem. Porque vivemos um momento em que precisamos de coragem para dar certo. Estamos precisando em todos os sentidos. Desde a macro coragem até pequenas decisões que você toma na vida. Coragem nem estaria no título. Seria só o tema mesmo. Mas optamos em colocar. O título provisório era 'Amor e Ação'. Mas foi bom mudar porque colocamos até mais coragem na trama, como o nome da empresa ser Coragem.com, e eu queria falar sobre dublês. Uma profissão que ainda não foi abordada em novelas. Porque eles precisam de uma coragem absurda, mas são anônimos. As pessoas nunca sabem que aquela cena espetacular que viram no filme ou na novela foram feitas por aquelas pessoas. Então se eu queria mostrar tanto a coragem do ser humano, eu tinha que mostrar a dos dublês. Conversei com vários dublês para entender o universo. Assim como o hotel mostrava as relações em 'Pega Pega', os dublês vão mostrar a coragem. A coragem da Pat (Paolla Oliveira) em sair de um casamento desgastado, do Moa (Marcelo Serrado) entrar em uma nova relação depois que a ex o largou pelo melhor amigo, a coragem dos vilões em matar uma pessoa que atrapalha a vida deles, enfim...", explicou a autora.
Natalia Grimberg acrescentou: "É uma novela de ação, mas é uma comédia romântica também. É uma novela de personagens múltiplos. Ninguém é só bom. Você pode ser legal para uma pessoa e para outra nem tanto. A ação está atrelada às relações humanas. Não é a ação pela ação. Claro que pesquisei tudo sobre ação, os filmes do Tarantino, todos os filmes da 'Missão Impossível', mas não se resume a isso. E nas tramas a gente sempre precisou esconder os dublês. Nessa temos que mostrá-los. É muito diferente. Nada está ali à toa. A estética da novela está bem diferente. Espero que cative e que emocione. Porque a ação sozinha não faz nada", detalhou a diretora.
Claudia Di Moura deu um depoimento forte sobre sua personagem: "A Marta é um aperitivo de tudo o que o povo preto tem de direitos negados. Obrigada a Cláudia Souto e que bom que essa narrativa chegou nas mãos de uma mulher. Temos um núcleo preto e poderoso com o poder na mão. Sempre tivemos nossa presença em locais de subserviências. Quando temos um núcleo preto que nunca conheceu a pobreza isso, sim, é um local de representatividade. Não tá tudo bem ainda, mas obrigada Claudia Souto e Natalia Grimberg que estão no lugar de escuta. O núcleo preto tem palavra e estamos sendo ouvidos. Isso para mim é um marco histórico no audiovisual brasileiro. E Marta é uma mulher livre. O prato principal dela é a liberdade. Não tem o compromisso de ser mãe apenas, ela vive a vida dela. Ela deixou a filha e o filho mais novo no comando da empresa. Ela volta em uma situação dramática porque perde a filha. Mas é uma família que vive sem aflição e sem culpa. A família Gusmão não precisa levantar às quatro da manhã para ligar as máquinas. A gente dorme os sonos dos justos. E porque sabemos que a origem da nossa fortuna não vem da escravidão", finalizou a atriz.
Vitoria Bohn falou da sua estreia na televisão na pele de uma menina que vive uma relação abusiva: "É minha grande estreia. A personagem foi um presente grande, mas um desafio. Porque a questão do abuso é algo recorrente com várias meninas. Muitas vezes elas não sabem o que está acontecendo e nem as características de um relacionamento abusivo. É muito importante mostrar isso na tevê e eu ser a pessoa que defende essa personagem é desafiador. Conversei com muitas pessoas, assisti séries, li livros e conversei com muitas que passaram por isso. Falei com algumas amigas que já viveram. E o Rico, feito pelo André Luiz Frambach, vem como uma salvação para a Lou, mas não posso contar muito. Espero que minha personagem mostre um pouco para as mulheres como pedir ajuda", contou a estreante.
Ricardo Pereira expôs a sua visão sobre seu personagem: "Recebi o convite logo depois de 'Éramos Seis', mas veio a pandemia. E tem uma energia muito boa essa novela. Todas as trocas que temos no set. É uma novela diferente. Foi um convite irrecusável voltar ao Brasil e com um vilão. Um vilão bem construído. Não é um vilão que você identifica logo, é um vilão agradável, prazeroso. Quase um vilão que usa o discurso que os padres usam. De abraçar, conquistar, trazer conforto. Tem na forma de falar um jeito de conquistar para ninguém imaginar o que há por trás. Um conquistador. Como se fosse dono da profecia de saber o que é melhor para cada pessoa. Vamos cruzando com muita gente que nos ilude assim ao longo da vida. Danilo é um personagem estrategista. Ele só é verdadeiro com a mulher dele, Rebeca, interpretada pela Mariana Santos. Vive uma relação de verdade com ela", explicou o ator português.
"Cara e Coragem" estreia no dia 30 de maio, próxima segunda-feira, substituindo "Quanto Mais Vida, Melhor!".
Essa novela parece ter a mesma vibe de Pega Pega.
ResponderExcluirIsso foi um elogio, anônimo???
ResponderExcluirVou ver pela Mariana Santos, mas se for ruim como parece ser nem por ela verei...
ResponderExcluirGreat blog
ResponderExcluirPlease read my post
ResponderExcluirCreio que a novela vai agradar. Você fez uma excelente abordagem da coletiva. Abraço.
ResponderExcluirEspero gostar da novela, pois gosto de assistir a globo!
ResponderExcluirAmigo Sergio, tenha uma linda noite!
Um abraço.
Sergio Santos não tem nada a ver com essa novela. Na A Favorita quem vc achava que era a vilã: Flora ou Donatela?
ResponderExcluirTb acho, anonimo.
ResponderExcluirBoa pergunta, anônimo... rs
ResponderExcluirAguardemos, Yasmin.
ResponderExcluirObrigado, Rajani.
ResponderExcluirMt obrigado, Marilene.
ResponderExcluirVamos torcer, Fatyma.
ResponderExcluirAchava que era a Donatela mesmo, anonimo.
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