terça-feira, 19 de abril de 2022

Quarteto central honra o protagonismo de "Quanto Mais Vida, Melhor!"

 A novela das sete escrita por Mauro Wilson e dirigida por Allan Fiterman é constantemente elogiada neste espaço. É difícil não parar de elogiar "Quanto Mais Vida, Melhor!". A trama vem se desenvolvendo tão bem e com tantos acertos que os poucos erros da obra acabam irrelevantes. É um folhetim que reúne todas as características que a faixa precisa. E um dos principais êxitos da produção foi a escalação dos quatro protagonistas. 


Vladimir Brichta, Valentina Herszage, Mateus Solano e Giovanna Antonelli estão geniais. Ter uma história protagonizada por quatro personagens exige o entrosamento dos atores. Não tem como. E a sintonia aconteceu logo no início da produção. Vale lembrar que a novela foi quase toda gravada em plena pandemia do novo coronavírus, antes mesmo de ir para o ar, e com muitas cenas fora de ordem, incluindo momentos com corpos trocados. A peculiar situação não deve ter sido nada fácil para os intérpretes. 

Porém, os quatro fazem parecer simples. Há uma química boa de ver em cena. Tanto que a novela cresce muito quando os personagens se juntam. Normalmente, Flávia e Guilherme contracenam mais, assim como Neném e Paula. Quando o quarteto se encontra é porque alguma coisa está prestes a dar errado, o que rende alguma virada na trama.

É tudo bem estruturado pelo autor e os atores aproveitam. Ainda houve uma preocupação para cada perfil ter algum trejeito que fosse fácil de ser copiado pelo colega para o momento da troca de corpos. Houve um trabalho minucioso por trás, tanto da equipe de direção quanto dos intérpretes.

E atualmente os quatro estão impecáveis representando seus personagens trocados. Mateus Solano impressiona como Flávia. Todas as características da dançarina de pole dance estão lá, incluindo seu sarcasmo. O telespectador enxerga com nitidez a garota no corpo do médico. Parece, de fato, que o cirurgião virou uma pessoa bem mais jovem. E o ator tinha um risco maior que seus colegas por causa do fenômeno Félix, seu papel mais emblemático da carreira, em "Amor à Vida" (2013). Como interpretar uma mulher sem cair na armadilha de lembrar a feminilidade que o vilão redimido da trama de Walcyr Carrasco tinha? Mas Mateus conseguiu. Não há qualquer similaridade. São dois personagens totalmente diferentes. 

Vladimir Brichta superou qualquer expectativa na pele de Paula Terrare. O ator é a Giovanna Antonelli em cena. Talvez até mais que a própria atriz. Porque todos os tiques da empresária estão ali. Todas as suas cenas rendem situações divertidas pela performance de Vlad. Até Marcos Caruso (Osvaldo) precisa se controlar para não soltar o riso em alguns momentos. E tudo fica ainda melhor quando Brichta interpreta a Paula imitando o Neném de forma nada sutil. É até difícil de imaginar como funciona a mente de um ator em um caso assim. E sua parceria não fica atrás. Giovanna conseguiu pegar até forma do Neném piscar. E o falar com as mãos é outro show à parte. O jogador realmente sempre gesticula muito enquanto se expressa por ser de uma família bastante 'eufórica', para dizer o mínimo. A atriz está genial e vivenciando algo até então inimaginável em sua carreira. 

Já Valentina Herszage teve a missão mais desafiadora. O risco de Solando era mais elevado por conta do Félix, mas a atriz ganhou o personagem que menos tinha trejeitos para serem copiados. Guilherme era um médico rabugento e arrogante, mas sem expressões corporais evidentes ou tão caricatas quanto Paula e Neném. Então como imitá-lo de um jeito convincente? A atriz conseguiu através do minimalismo. É com a sutileza que o 'doutor das galáxias' aparece. No olhar enviesado, no comportamento retraído para gestos de carinho, como abraços ou beijos. Na forma como age diante de alguém que o constrange, como a ex-mulher, Rose (Bárbara Colen). Valentina está tão bem quanto seus colegas. É perceptível que o Guilherme está naquele corpo. Suas cenas com Ana Lucia Torre (Celina), Tato Gabus Mendes (Daniel), Fábio Herford (Juca) e Luciana Paes (Odete) sempre rendem. 

"Quanto Mais Vida, Melhor!" se encaminha para a reta final e segue repleta de atrativos, entre eles a prazerosa química do quarteto central. E vale ressaltar que os atores já mereciam vários elogios nos primeiros meses, quando seus personagens estavam em seus corpos originais. Aliás, está perto do momento da destroca, o que implicará em uma nova virada. Vladimir Brichta, Valentina Herszage, Mateus Solano e Giovanna Antonelli certamente continuarão brilhando na trama. 

20 comentários:

  1. ELES ESTÃO SENSACIONAIS!!!!

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  2. Mauro Wilson de fato segue uma trajetória vitoriosa em sua primeira novela como autor titular. "Quanto Mais Vida, Melhor!" é repleta de trunfos, e os atores componentes do quarteto central provam ser o coração do folhetim sobretudo pela minuciosa composição dos personagens, de corpos trocados ou não.

    Guilherme

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  3. Não consigo gostar desta novela. Deixei de ver desde que mudaram de corpos. Não achei graça na palhaçada.

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  4. É muito legal quando os atores/personagens possuem esse entrosamento né? Queria muito assistir essa novela, mas não foi possível.

    Boa semana!

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    Até mais, Emerson Garcia

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  5. Eu nao queria que essa novela acabasse. A proxima me cheira a bomba.

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  6. Sérgio.um motivo legal para a gente torcer pelo casal de barões Lucas e Eslô é pelo fato q ele é taurino, e ela,escorpiana.Touro e Escorpião são signos opostos complementares,e é tida como uma das melhores,senão a melhor combinação amorosa do zodíaco pricipalmento no ambito sexual da relação.

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  7. Não vejo a novela, mas a ideia de troca de
    personagens é muito interessante e desafiadora
    para os atores, imagino eu.

    Ane 😘
    De Outro Mundo

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  8. Esta novela não passa em Portugal, pelo menos que eu saiba
    .
    Feliz fim-de-semana … abraço.
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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  9. Ó quarteto esta simplesmente sensacional, eu adoro. Como você diz, é um prazer assistir.
    Parabéns pela sua ótima coluna.

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