quinta-feira, 30 de setembro de 2021

A Globo cometerá mesmo a estupidez de acabar com "Malhação"?

 A colunista Patricia Kogut noticiou nesta terça-feira, dia 28, em seu blog do Jornal O Globo, que a nova temporada de "Malhação", já em processo de escalação e com vários capítulos prontos, foi cancelada pela Globo. E, com isso, uma nova grade seria criada. Decretou-se o fim do seriado adolescente. A produção é uma das mais longevas da emissora. Estreou em 24 de abril de 1995. Está há mais de 25 anos no ar. Um fechamento de ciclo desta forma, pela porta dos fundos, se mostra um desrespeito com o público e vários profissionais. 

É verdade que a Globo estava totalmente perdida sobre o que fazer com a faixa das 17h45 desde o início da pandemia do novo coronavírus, expondo o amadorismo da nova gestão do setor de teledramaturgia, agora sob o comando de José Luiz Villamarim e Ricardo Waddington. A chegada do vírus ao Brasil, aliás, implicou no encurtamento da temporada escrita por Emanoel Jacobina, ainda na gestão de Silvio de Abreu. A trama precisou ser concluída às pressas e o resultado foi um completo equívoco. Vários finais não foram gravados, o maior mistério da história --- o motivo do sequestro de Rita (Alanis Guillen) --- não foi revelado, os mocinhos narraram os desfechos dos personagens e ainda misturaram realidade e ficção falando da pandemia. Ficou tudo péssimo. Mas era uma emergência, a segurança prevaleceu.

Todavia, é assim que a emissora quer marcar o final de um produto tão vitorioso? Com um desfecho sem qualquer cuidado e com uma temporada que se perdeu pelo caminho? Ainda se aproveitar da paralisação das gravações por mais de um ano para expor a decisão? Parece uma decisão covarde e impensada.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Romance de Maria Isis e José Alfredo foi um dos muitos equívocos de "Império"

 Há reprises que envelhecem mal ou então despertam um novo olhar do público após anos da primeira exibição. O caso de "Império", novela de Aguinaldo Silva atualmente reprisada no horário nobre, não chega a ser um caso de enredo que tenha envelhecido mal. Porém, a relação entre José Alfredo (Alexandre Nero) e Maria Isis (Marina Ruy Barbosa) provoca uma percepção que em 2014 muitos não tiveram ou ignoraram. 

O casal sempre foi tratado pelo autor como uma espécie de 'mocinhos', ainda que o comendador tenha passado longe do tipo heroico. Aliás, uma das qualidades da novela foi o protagonismo de um personagem com tantas camadas e com sérios desvios de caráter. Uma atitude ousada e válida, que fez muito sucesso. Mas o par formado por Zé Alfredo e Isis é problemático em vários aspectos. E vale ressaltar que o romance não teve uma grande aceitação na época, por mais que Aguinaldo tenha se esforçado. Grande parte do público ficou do lado de Maria Marta (Lília Cabral). Ou seja, a situação não envelheceu mal porque na época já não tinha obtido o êxito desejado. Mas os motivos da relação do personagem central com sua amante ter sido um erro não foram muito comentados. 

O fato é que o contexto peca logo no início quando apresenta Maria Ísis como uma garota que não faz nada da vida e vive em um apartamento de luxo bancado por um homem que tinha idade para ser seu pai. Nada contra relações com diferenças de idade, mas a situação desperta incômodo a partir do momento em que o comendador chama a amada de "sweet child" (doce criança).

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

"Segunda Chamada" conseguiu o que parecia impossível: uma segunda temporada melhor que a primeira

 A primeira temporada de "Segunda Chamada" foi exibida no segundo semestre de 2019. E foi um sucesso. Chamada de "Sob Pressão" da educação, a trama abordou com propriedade a precária situação das escolas públicas do país e como os adultos enfrentam ainda mais dificuldades para o estudo. O êxito garantiu a produção da segunda temporada para 2020, mas veio a pandemia do novo coronavírus. Após muitos adiamentos, a continuação foi finalizada em 2021 e com apenas seis episódios. A Globo ainda optou por exibi-la somente na Globoplay e a disponibilizou completa no dia 10 de setembro. 


Neste ano, o cenário do curso noturno para jovens e adultos da Escola Estadual Carolina Maria de Jesus é ainda mais preocupante do que o habitual e coloca em risco a própria existência do turno. As poucas matrículas não são suficientes para manter os portões abertos. O diretor Jaci (Paulo Gorgulho) não encontra solução para o problema e se vê obrigado a comunicar que não há mais nada a ser feito. Os professores se desanimam mais mais quando percebem que foram em vão os anos de luta contra a péssima infraestrutura, a falta de reconhecimento e o cansaço extremo em prol da educação. 

Para Lúcia (Deborah Bloch), todavia, a possibilidade de que o curso deixe de existir é inimaginável. A protagonista já tomava para si a responsabilidade de não perder um aluno sequer na temporada passada e agora sua missão se torna ainda maior.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Luis Gustavo amava divertir o público

 O meio artístico sofreu mais um duro baque no último domingo, dia 19. O amado Luis Gustavo faleceu aos 87 anos, após três anos lutando contra um câncer no intestino. O corpo do artista foi cremado na segunda-feira (20) em uma cerimônia restrita à família. Foi o sobrinho, o também ator Cássio Gabus Mendes, que anunciou o falecimento do tio. 

Luis Gustavo Blanco nasceu em Gotemburgo, na Suécia, em 2 de fevereiro de 1934. Começou a carreira na televisão como contrarregra, levado pelo cunhado, o autor Cassiano Gabus Mendes, para a extinta TV Tupi. Após alguns trabalhos como ator, entre 1953 e 1967, viu sua carreira deslanchar de vez em 1968, quando interpretou Beto Rockfeller, na novela de mesmo nome. A trama revolucionou a teledramaturgia com uma linguagem mais coloquial, sem o então tradicional exagero de um folhetim. O sucesso foi tanto que em 1973 o ator interpretou novamente o personagem em "A Volta de Beto Rockfeller", uma espécie de continuação da produção anterior. 

A estreia na Globo foi em 1976, na novela "Anjo Mau". Luis ainda interpretou muitos outros tipos que imenso sucesso. Em 1982, caiu na boca do povo e virou um dos maiores trunfos de "Elas por Elas", novela de Cassiano Gabus Mendes. O atrapalhado detetive Mário Fofoca entrou para a galeria de grandes personagens do ator, que vivenciou a mesma experiência que teve com Beto Rockfeller.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Após sucesso em "Novo Mundo", Vivianne Pasmanter e Guilherme Piva brilharam novamente em "Nos Tempos do Imperador"

 "Novo Mundo", exibida em 2017 e reprisada em 2020, retratou a saga de Dom Pedro I e Leopoldina através de uma boa mescla da história do Brasil com um ótimo folhetim. Iniciada em 1817, acabou encerrada pouco depois da independência do país, em 1822. Agora, com "Nos Tempos do Imperador", os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão contam a trajetória de Dom Pedro II, a partir de 1856. É uma continuação. Os elementos que expõem a ligação das tramas são alguns personagens, entre eles Germana (Vivianne Pasmanter) e Licurgo (Guilherme Piva). 

Licurgo e Germana eram os perfis mais engraçados de "Novo Mundo". Representavam a picaretagem, popularizada no país com o termo 'jeitinho brasileiro'. Os dois eram donos de uma taberna caindo aos pedaços e nunca estavam preocupados em atender bem os poucos clientes que chegavam. Viviam tratando todo mundo mal. Ainda serviam pombas assadas fingindo que eram frangos. A cozinha do lugar era um nojo. Tudo que os cercava despertava asco. Rabugentos e sujos (no sentido figurado e literal), estavam sempre pensando em alguma forma de obter vantagem em cima dos outros. Mas os planos nunca davam certo.

Em "Nos Tempos do Imperador", os personagens ficaram ainda mais repugnantes. Com cerca de 80 anos, os personagens viraram aqueles velhinhos inconsequentes e transformaram a vida de Quinzinho (Augusto Madeira) em um inferno.

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Crianças foram muito bem escolhidas em "Nos Tempos do Imperador"

 Na reta final de "Salve-se Quem Puder", foi colocado neste espaço uma análise sobre a importância da escalação acertada do elenco infantil de uma novela. É tão necessário quanto a seleção do time adulto de uma obra. E "Nos Tempos do Imperador" tem mostrado que houve um cuidado na escolha de cada nome. Todos têm brilhado na primeira fase da novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão, dirigida por Vinícius Coimbra, que chega ao fim na próxima segunda-feira (20/09). 


Primeiramente, é preciso mencionar a semelhança física das crianças. Quase todas realmente se parecem com os colegas que estarão na segunda fase da novela, já adultos. João Victor Menezes vive Guebo, menino que sofre o pior trauma da vida de uma criança: o assassinato dos pais. Filho de Abena (Mary Sheyla) e Baltazar (Alan Rocha), entra em um estado de revolta quando descobre que as pessoas que mais amava foram vítimas da polícia. O menino está muito bem em cena e passará o bastão a Maicon Rodrigues com a passagem de tempo. 

Alana Cabral vive a sonhadora Zayla, menina que se encanta por Samuel (Michel Gomes) e planeja se casar com ele. Filha de Dom Olu (Rogério Brito) e Cândida (Dani Ornellas), a personagem vem sendo retratada como um perfil que terá traços de vilania.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Lucas e Ana Luísa viraram os mocinhos de "Paraíso Tropical"

 A reprise de "Paraíso Tropical" no Viva foi uma boa escolha e impressiona como a novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares é bem estruturada e movimentada. Tudo através de planejados ciclos que se abrem e fecham ao longo das semanas em um esquema de rodízio onde todos os personagens acabam sendo bem aproveitados. E uma das gratas surpresas da trama na época, exibida em 2007, foi o casal formado por Lucas e Ana Luísa. 

Interpretados por Rodrigo Veronese e Renée de Vielmond, respectivamente, os personagens só se conheceram após algumas semanas de novela no ar. E a química foi imediata. Isso porque Ana Luísa caiu nas graças do público já no início. A esposa do poderoso Antenor Cavalcante (Tony Ramos) já começa a história sendo enganada pelo marido, que a trai com várias mulheres, incluindo uma amante 'fixa', Fabiana, vivida por Maria Fernanda Cândido. Não foi difícil o telespectador logo se afeiçoar pela ricaça, que esbanja delicadeza e elegância. 

O primeiro encontro com Lucas, melhor amigo do mocinho Daniel (Fábio Assunção), se dá, ironicamente, após uma suspeita (correta) que Ana tem sobre a fidelidade do esposo. Os dois se esbarram em uma galeria de arte e a troca de olhares promove o clichê mais comum na teledramaturgia. O jovem se encanta e a milionária fica balançada.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

O que esperar de "A Fazenda 13"?

 Nesta terça-feira, a Record estreia a décima terceira temporada de seu reality de maior repercussão: "A Fazenda". A maior novidade da nova edição é a apresentação de Adriane Galisteu, após uma bem-sucedida passagem no comando do "Power Couple Brasil". Sua missão é complicada: substituir Marcos Mion, que renovou o fôlego do formato. E a lista dos participantes pela primeira vez foi divulgada antes pela emissora, dentro dos programas da Record, uma estratégia copiada da Globo com o "BBB". 


Os nomes vem sendo divulgados em partes para garantir o engajamento nas redes até a estreia. Alguns nomes são promissores e outros nem tanto. Tati Quebra-barraco é uma das escolhas mais acertadas. A funkeira, que fez sucesso entre 2000 e 2004, estava sumida da mídia. Sem papas na língua, tem boas chances de protagonizar muitos barracos, com o perdão do trocadilho. O mesmo vale para Fernanda Medrado, participante que acabou eliminada na primeira semana do "Power Couple Brasil" e ainda assim conseguiu deixar sua marca com muitas brigas. É uma espécie de segunda chance. 

É preciso também elogiar a escalação de Dayane Mello. A modelo foi uma das maiores protagonistas do "Gran Fratello Vip", a versão do "Big Brother" da Itália, exibida ano passado. A participante sofreu vários ataques xenofóbicos e homofóbicos no reality e conseguiu chegar na final graças ao apoio de seus fãs nas redes sociais, entre eles muitos brasileiros que acompanhavam o programa do Brasil. Ela se envolveu com outra mulher na disputa e não levava desaforo.

sábado, 11 de setembro de 2021

Troca de André Marques por Márcio Garcia no "The Voice Kids" foi um erro

 O "The Voice Kids" está na sua sexta temporada. Assim como o formato adulto, o programa não desperta mais a mesma atenção de anos atrás. Embora a audiência seja satisfatória, passa longe de ser um grande sucesso e a repercussão fica cada vez menor. Mas, deixando as análises sobre a longevidade da competição musical um pouco de lado, a atual edição expõe um equívoco da Globo: a troca de André Marques por Márcio Garcia. 

André comandava a atração desde a segunda temporada e estava à vontade na função. Sempre esteve. A primeira fase do formato, chamada de 'audições às cegas', não explora muito a figura do apresentador. Já as demais exigem um maior contato com os participantes e os técnicos. Marques se saía muito bem e tinha uma interação gostosa com as crianças. Conseguia extrair boas declarações e ainda não segurava a emoção nos momentos de eliminação ou após alguma apresentação de maior impacto. 

Neste ano, houve a volta do "No Limite". O intuito era retomar um reality de sucesso do passado para preencher a grade em virtude da escassez de produções inéditas por conta das limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

"Você Nunca esteve Sozinha" foi um presente sob medida para os fãs de Juliette

 A Globoplay estreou na última terça-feira de junho, dia 29, "Você nunca Esteve Sozinha - o Doc de Juliette". O documentário sobre a campeã do "Big Brother Brasil 21" vinha sendo gravado desde a final do reality e seguiu sendo produzido mesmo após a estreia. São seis episódios que contam a história da paraibana que virou um fenômeno de popularidade. E para garantir uma audiência elevada, a equipe do serviço de streaming da Globo decidiu exibir um episódio por semana, ao invés de liberar todos de uma vez. A mesma estratégia usada na série "As Five". 

É em uma viagem, que parte de Campina Grande, na Paraíba, e para lá retorna, que a equipe do documentário inédito do Globoplay embarca para contar a história de Juliette Freire. Com direção geral de Patricia Carvalho e direção de Patricia Cupello, a produção adentra a biografia da paraibana que virou a queridinha do público. Seus mais de 32 milhões de seguidores no Instagram, mais de 10 milhões no Tik Tok e mais de 3 milhões no Twitter provam que o desejo de acompanhá-la foi além do reality show que lhe rendeu o prêmio de R$ 1,5 milhão (até agora intacto, segundo a campeã). O amor dos fãs aparece diariamente por meio de todo o engajamento, mensagens, presentes e demonstrações de afeto que chegam a Juliette das mais variadas formas. 

Ao longo dos seis episódios --- cujo último foi exibido nesta terça (03/08) ---, a série documental revela a origem de Juliette no interior da Paraíba, sua relação com a família e amigos e momentos difíceis que mudaram sua trajetória, como a perda de sua irmã mais nova, vítima de um AVC aos 17 anos.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

"Ilha Record" foi um bom entretenimento para quem gosta de reality

 O primeiro reality 'original' da Record chega ao fim nesta quinta-feira, dia 9. Original está com aspas porque o "Ilha Record" foi criado pela equipe de Rodrigo Carelli, mas o diretor pegou várias situações de outros realities e juntou em um só. A competição teve elementos do "BBB", "De Férias com o Ex" e "No Limite". O surpreendente é que a ideia funcionou e o programa se mostrou um bom entretenimento. 

O maior acerto do formato foi o "Exílio". A versão plagiada e adaptada do "paredão falso" do "Big Brother Brasil" impediu que o programa perdesse algum participante ativo ou protagonista de jogadas ou 'barracos'. Ninguém era eliminado de fato. O competidor mais votado da semana, ao invés de sair da disputa, ia para uma espécie de caverna, onde podia assistir em uma televisão tudo o que os concorrentes faziam na sua ausência. E o lugar ia enchendo a casa semana. 

E a dinâmica do "Exílio" ficou mais interessante quando todas as interferências no jogo passaram a ser dos eliminados. Isso porque a figura do guardião, que surge sem prévio aviso e entrega um bilhete com novas regras, sempre anunciava a decisão tomada pelos participantes que estavam em outro lugar, sabendo de todas as intenções dos competidores.

domingo, 5 de setembro de 2021

"Domingão com Huck" não passa de um "Caldeirão" aos domingos

 Há anos sempre foi especulado sobre quem comandaria as tardes de domingo na Globo quando Faustão se aposentasse. Luciano Huck costumava ser o mais cotado. O apresentador não se aposentou e sua saída da emissora foi conturbada, além de muito mal explicada. Mas a previsão a respeito da ida de Huck se confirmou. Previsto para apenas janeiro de 2022, o novo "Domingão" acabou antecipado por conta do desligamento de Fausto, que só sairia em dezembro. Então, a estreia do "Domingão com Huck" aconteceu neste primeiro domingo de setembro, após um atraso na programação por conta do cancelamento do jogo entre Brasil e Argentina, substituído por um filme de longa duração. 

O título já deixa claro que a Globo não vai mais cometer o erro de dar o nome de um apresentador para uma atração. Tudo para manter o nome da marca. Afinal, o "Domingão do Faustão" virou o principal programa da emissora aos domingos. Mas agora é "Domingão com" e não "Domingão do". Até porque Luciano vive com a eterna dúvida de se candidatar ou não à presidência do país. Sabe-se Deus como estará sua ambição em 2027. E o início de sua saga no horário de seu ex-colega se mostrou apenas correto. Afinal, não houve tempo para criar maiores novidades. Tudo foi feito na correria e sendo noticiado pela imprensa. Um amadorismo até então novo para a empresa. 

Huck levou vários quadros do "Caldeirão" para seu 'novo' programa e nem poderia ser diferente. São formatos de sucesso, como o "Quem quer ser um milionário", "The Wall" e "Visitando o passado". Ainda não se sabe se o "Lata-Velha" vai continuar, mas há chances.

sábado, 4 de setembro de 2021

Marcos Mion estreia na Globo com o pé direito

 A ida de Marcos Mion para a Globo foi a notícia que mais repercutiu no mundo do entretenimento em 2021. É verdade que a saída conturbada de Faustão e a ida de Luciano Huck para os domingos também foram matérias que renderam bastante. Mas todas as notas sobre a contratação de Mion tiveram um diferencial: a felicidade do apresentador com sua nova conquista. Gratificante ver um profissional tão realizado, cujo sonho começou a ser concretizado neste sábado, com a estreia do "Caldeirão com Mion". 

Mion não teve medo do ridículo e se permitiu. A verdade é que todo profissional que trabalha na concorrência e nunca esteve na Globo sonha em ir para a líder um dia. Mente quem nega. Normalmente, quando alguém acaba contratado, não há declarações de extrema felicidade ou fotos de deslumbramento com a nova 'casa'. Tudo para passar aquele ar de 'pés no chão' ou 'costume'. Mas o apresentador fez questão de dizer que era um sonho e rezava todo dia para ser contratado. 

Desde que o anúncio da contratação saiu na mídia, Marcos Mion não escondeu a emoção, fez foto com o crachá da Globo, ganhou 'festa' de recepção nos Estúdios Globo, brincou com seu deslumbramento, enfim, foram momentos de leveza em meio a tempos tão difíceis que todos têm vivido com a pandemia do novo coronavírus.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Sérgio Mamberti soube unir ativismo político e amor pelas artes

 Em meio a tantas perdas dolorosas, a cultura brasileira dá adeus a mais uma de suas grandes figuras: Sérgio Mamberti faleceu nesta sexta-feira, aos 82 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos. O veterano havia sido internado pela terceira vez em menos de um ano para tratar de uma infecção pulmonar. Defensor ferrenho das artes, o ator era querido pelos colegas e tinha uma legião de admiradores. 

Nascido em Santos, litoral paulista, em 1939, foi formado pela escola de artes dramáticas de São Paulo. Dramaturgo há mais de 50 anos, esteve casado com Vivian Mahr entre 1964 e 1980 e juntos tiveram três filhos: Carlos, Fabricio e Duda Mamberti. Os três também apaixonados pelo universo cênico. Cláudio e Duda são atores e Fabricio diretor. Em 1982, Sérgio se casou com Ednardo Torquato, com quem viveu por 37 anos, até a morte do parceiro, em 2019. 

Ativista político, Sérgio foi um dos fundadores do PT e após a eleição de Lula, em 2002, esteve em vários cargos do Ministério da Cultura ----- secretário de Artes Cênicas, secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, presidente da FUNARTE (Fundação Nacional das Artes) e secretário de Políticas Culturais.