No dia 18 de setembro de 1950, quando a imagem da atriz Maria Dorce (aos seis anos, na TV Tupi) surgiu para 200 televisores espalhados por São Paulo, começava a trajetória do veículo que viria a se transformar na maior fonte de informação e entretenimento do país: a televisão. Os 70 anos do surgimento da TV são completados em um ano marcado pela tragédia da pandemia do novo coronavírus. No entanto, esse momento tão conturbado serviu para comprovar a força da televisão na vida dos brasileiros.
A partir de 2010, uma outra leva de modernizações mudava a vida dos telespectadores e iniciava uma nova forma de ver TV. A Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, consolidou a resolução full HD para os aparelhos e as tecnologias LCD e LED para as telas. Aos poucos, a LCD foi deixada de lado. O surgimento das SmartTVs permitiram assistir ao conteúdo de plataformas de streaming sem necessidade de cabos. As telas ultrapassam as 60 polegadas e a telinha do celular também vira televisão. Diferentes tamanhos e formas de se acompanhar telejornal, novelas ou séries. A mais recente revolução digital.
A última mudança implicou no retorno do discurso sobre o fim da televisão. Afinal, quem perderia tempo vendo as programações dos canais se podiam ver tudo a hora que quisesse via aplicativo? A chegada da Netflix com seriados próprios que arrebataram o público também refletiu em uma "ameaça". Porém, mais uma vez a narrativa não se sustentou. Em pouco tempo a Globo lançou a Globoplay e seu serviço de streaming já se tornou uma forte concorrente, sem ameaçar em nada sua programação na tevê aberta. Outras plataformas ainda surgiram, como Amazon Prime, HBO GO e mais recentemente a Disney+, o que alimentou o mercado. E mesmo com esse leque de opções não houve qualquer abalo aos canais tradicionais.
Aliás, a pandemia comprovou que a paixão do brasileiro por novela não diminui nem com uma programação repleta de reprises. Em virtude da interrupção das gravações por conta da COVID-19, Globo, Record e SBT precisaram optar pelas reexibições. E as audiências não sofreram graves alterações. No caso da líder, houve até um aumento nos índices, vide o caso da reprise do sucesso "Totalmente Demais" (a história de Rosane Svartman e Paulo Halm vem conseguindo 3 pontos a mais do que alcançava em 2016). Outras reprises que repetiram o sucesso foram "Êta Mundo Bom!" e "Fina Estampa" (que chega ao fim hoje). Até o canal a cabo Viva vem quebrando recordes de Ibope com "Chocolate com Pimenta" (2003) e "Mulheres Apaixonadas" (2003). A busca por informações sobre a pandemia no mundo também refletiu no crescimento dos índices dos telejornais, principalmente o "Jornal Nacional" e a programação da GloboNews, canal por assinatura da Globo que entrou no TOP 10 de mais vistos.
Em homenagem aos 70 anos da televisão, vários canais vêm realizando pequenas homenagens. A TV Cultura, por exemplo, já entrevistou algumas figuras marcantes como Boni e Serginho Groisman. Também lançou um especial chamado "Os Campeões de Audiência" em três partes. O SBT vem reprisando alguns momentos clássicos de "A Praça é Nossa". A Record fez algumas matérias sobre a comemoração. Mas a Globo é a que mais tem exibido especiais. O "Conversa com Bial" já exibe entrevistas temáticas há alguns meses e bate-papos ótimos com Eva Wilma, Lucélia Santos, Glória Pires, Daniel Filho e Cid Moreira são a maior prova. Serginho também vem presentando o público com deliciosas entrevistas no "Altas Horas" e uma com Susana Vieira e Renata Sorrah merece menção. Agora foi a vez do Globo Repórter" exibir uma longa reportagem sobre essa rica história, passando por todas as emissoras. A segunda parte irá ao ar na sexta-feira que vem e promete ser tão boa quanto a primeira.
A televisão não vai acabar. O streaming jamais ocupará um espaço do povo. Porque a população da cidade interiorana, o trabalhador que chega cansado após um dia cheio, a dona de casa, enfim, todas essas pessoas nunca trocarão o conforto de assistir a um conteúdo gratuito da sua rotina por qualquer serviço pago, por mais barato que seja. E ainda assim irão utilizá-lo em momentos específicos para ver algum produto de interesse, mas não como via de regra. Tanto que a TV não acabou com o rádio e a internet não diminuiu a importância da TV. Tudo acaba se complementando e somando. Há espaço para todas as formas de conteúdo. E ter 70 anos de história não é para qualquer um.
Que texto legal, Sérgio. Cheio de curiosidades. Amei!
ResponderExcluirE nunca vai acabar mesmo.
ResponderExcluirAssisti ontem e gostei muito! Beleza! abração,chica,ótimo fds!
ResponderExcluiré incrível como as pessoas gostam de alardear q algo vai acabar. na maioria das vezes se transforma. é só reparar no twitter. a maior parte do q é comentado e é destaque nos trendings vem da tv aberta. e recentemente até consegue destaque algo da tv paga, como foi o filme jojo rabbit q passou no telecine. ótimo texto. beijos, pedrita
ResponderExcluirAdorei a postagem comemorativa!
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Comentarei hoje sobre a edição especial do Globo Repórter que destacou os 70 anos da TV brasileira. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirO povão nunca mesmo vai trocar a tv por streaming.
ResponderExcluirtambém falei do tema no meu blog. beijos, pedrita
ResponderExcluirFico feliz, anonimo.
ResponderExcluirNunca, Yasmin.
ResponderExcluirBjs, Chica.
ResponderExcluirExatamente, Pedrita.
ResponderExcluirFeliz, anonimo.
ResponderExcluirAbçs, Fabio.
ResponderExcluirNunca, Gabi.
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