Se na novela anterior os autores exploraram o mundo do cinema através de deliciosas referências em meio ao desenvolvimento de "Totalmente Demais", em "Bom Sucesso" a dupla optou pela abordagem da literatura. O mundo mágico dos livros era retratado pela linda amizade de Alberto (Antônio Fagundes) e Paloma (Grazi Massafera), onde um era dono de uma editora e a outra uma apaixonada por livros. A união se deu por conta de uma troca de exames, logo desfeita no final da primeira semana de novela, sem enrolação. E dali em diante o público foi presenteado com uma sucessão de cenas bem escritas, personagens densos, casais apaixonantes, conflitos bem construídos e referências literárias que cabiam perfeitamente em cada drama do roteiro.
Impressionante como tudo foi se encaixando com precisão ao longo dos meses, destacando quase todo o bem escalado elenco em virtude do bom planejamento dos autores, que tiveram o apoio dos colaboradores Claudia Sardinha, Felipe Cabral, Fabrício Santiago, Charles Peixoto e Isabela Aquino.
A direção maravilhosa de Luiz Henrique Rios traduzia com facilidade o que os escritores queriam mostrar, fruto da longeva parceria. Um folhetim ganha muito quando o diretor está em sintonia com quem escreve, ao mesmo tempo que quase sempre fracassa diante de interpretações diferentes de determinadas situações ou dramas. Essa novela entra para a lista daqueles cada vez mais raros casos onde tudo funcionou como deveria.
O foco principal não era casal romântico ou as maldades dos vilões e, sim, a relação linda entre Alberto e Paloma, personagens de mundos tão diferentes. Ele, milionário da zona sul, e ela, moradora de Bonsucesso, subúrbio do Rio de Janeiro. É verdade que o personagem chegou a alimentar uma paixão platônica pela mocinha, mas nunca alimentou esperanças e também nem houve aprofundamento nisso --- tanto que a costureira nunca soube. E o universo literário era exposto através de muitos trechos lidos por Alberto para sua grande amiga, que se transformavam em lúdicas imaginações da protagonista. A ideia tinha tudo para dar errado. Afinal, as cenas mais voltadas para a teatralidade poderiam resultar em algo "trash" ou tosco. Mas deu certo. Os sonhos eram bonitos e com figurinos maravilhosos. Vários clássicos foram apresentados, ainda que em momentos breves, vide "Dona Flor e seus Dois Maridos", "Capitães de Areia", "Don Quixote de la Mancha", "O Corcunda de Notre-Dame", entre tantos mais.
Os autores ainda tiveram um trabalho extra: colocaram Alberto lendo trechos de livros que serviam para determinadas cenas que eram exibidas simultaneamente. A ousadia valeu a pena. Todas as sequências tiveram um peso ainda maior graças a essas citações. Impossível não ter chorado com a cena do ranzinza personagem lendo para a neta "A Morte Não é Nada", de Santo Agostinho, enquanto eram exibidos momentos doces da dupla, ou então a longa sequência do Natal e do Ano Novo das famílias. Já uma das mais emblemáticas foi o atentado contra Paloma em plena quadra de samba, enquanto o dono da Prado Monteiro lia "A Morte da Porta-Estandarte", de Aníbal Machado (1894 - 1964). Vale citar também a leitura de "Fahrenheit 451", de Ray Bradbury, enquanto Diogo (Armando Babaioff) incendiava a editora com todo mundo dentro.
O Carnaval esteve muito presente na trama e nada era gratuito. Isso porque Ramon (David Junior) era mestre de bateria e sua relação com Paloma no passado começou na quadra da "Unidos de Bonsucesso". O samba ainda serviu para a mocinha apresentar um novo mundo a Alberto, que não escondeu o encantamento com aquilo tudo. Também serviu de pano de fundo para divertidos embates entre Paloma e Silvana Nolasco (Ingrid Guimarães), que não sabia nada da escola e só queria os holofotes para divulgar sua imagem. Nada muito diferente do que ocorre na vida real. Aliás, embora tenha exposto a temática da morte como um dos elementos centrais, a novela sempre teve a leveza e o humor como características, honrando a faixa das 19h. A citada Silvana era um exemplo, vide seus dilemas em torno das novelas que participava ao lado de Pablo (Rafael Infante), o galã gay que assumiu sua sexualidade. E o núcleo envolvendo os patetas Evelyn (Mariana Molina), Jeff (Felipe Haiut) e Thaissa (Yasmin Gomlevsky) também proporcionava momentos hilários. Não tem como esquecer William, que seria assassinado por Diogo mas escapou da morte graças ao sucesso de Diego Montez na pele do caricato personagem. As pérolas que o namorado de Pablo proferia eram impagáveis.
O romance também serviu de tempero para a deliciosa história, assim como qualquer bom folhetim. Os autores foram espertos na construção do amor dos mocinhos e fugiram do clichê da paixão à primeira vista. Em meio aos desatinos praticados pela protagonista durante o breve período que acreditou em sua morte, a transa com um desconhecido a marcou. Paloma nunca esqueceu de Marcos e nem ele dela. Por ironia dos destino, a costureira descobriu que o rapaz era filho de seu mais novo grande amigo e não demorou para o amor nascer. Tudo feito com cuidado e sem pressa. Rômulo Estrela e Grazi Massafera tiveram uma química arrebatadora e o casal "Maloma" caiu no gosto do público. O triângulo protagonizado pelo par e Ramon era um dos conflitos iniciais da novela, mas não houve um maior prolongamento nisso em virtude do interesse da professora Francisca (Gabriela Moreyra), que acabou servindo como um amadurecimento emocional para o ex da mocinha. Aliás, todos mudaram por conta dos relacionamentos. Marcos era um galinha e tinha medo de crescer, como Peter Pan, mas Paloma virou seu porto seguro. Enquanto a protagonista deixou de colocar a família acima de si mesma e viu no mocinho uma chance de se aventurar em várias experiências novas, assim como Alice no país das maravilhas. Um complementou o outro.
A relação de Mário e Nana foi outro acerto. Lúcio Mauro Filho e Fabíula Nascimento transbordaram sintonia. O amor que o poeta sempre sentiu pela irmã de seu melhor amigo era traduzido através de doces e até divertidos poemas. O personagem soube esperar a responsável pela editora Prado Monteiro enxergá-lo como homem, após as várias decepções com Diogo. Nana, aliás, era o perfil mais complexo da trama e proporcionou grandes cenas para a atriz. Foi bonito todo o processo de reestruturação emocional daquela mulher que fazia questão de esconder suas dores. A relação com a filha, Sofia (Valentina Vieira, grata revelação mirim da produção), era fria e virou uma das mais bonitas do enredo, assim como sua reaproximação do pai e do irmão.
Por falar em perfil complexo, é impossível ignorar a riqueza da regeneração de Waguinho, interpretado pelo ótimo Lucas Leto, uma das muitas promissoras revelações de "Bom Sucesso". O rapaz tinha envolvimento com drogas, participou de um sequestro em uma das cenas mais tensas da história, e se arrependeu de suas atitudes de forma crível. Sua aproximação com Alice (Bruna Inocêncio maravilhosa) esbanjou delicadeza e o casal, formado perto da reta final, virou um dos mais acertados do folhetim. Os dois se uniram graças ao amor pelos livros. E, ainda citando bons pares criados pelos autores, Gabriela e Vicente não ficam atrás. Giovanna Coimbra é uma jovem promissora. A filha do meio de Paloma, que amava jogar basquete, cresceu muito ao longo no enredo e teve uma química visível com Gabriel Contente, que conseguiu demonstrar veracidade na mudança de conduta de seu personagem, inicialmente machista e debochado. Os dois formaram uma boa dupla e "Gabicente" virou um sucesso.
Já a diversidade se mostrou como um dos maiores trunfos da novela. Mais de vinte atores negros foram escalados, incluindo marcantes participações --- como Kizi Vaz na pele da vilã Rosemary ---, e apenas um na condição de empregado, no caso Bezinha, vivida pela grande Thais Garayp. Praticamente a metade do elenco era negra. E quase todos tiveram bons momentos ao longo da história. David Júnior viveu seu melhor momento até então como Ramon; Gabriela Moreyra mostrou seu talento como Francisca (após a figuração lamentável em "Segundo Sol"); Carla Cristina Cardoso virou um dos maiores destaques na pele da impagável fofoqueira Lulu; Caio Cabral convenceu como Patrick; os já mencionados Lucas Leto e Bruna Inocêncio deram um show em todas as cenas; Igor Fernandez brilhou como Luan; Ju Colombo esteve muito bem como a diretora Elomar; Romeu Evaristo divertiu como o bisbilhoteiro Fabrício; Marcelo Mello Jr. se destacou como Yuri; Jorge Lucas merece elogios pelo Dr. Amaury; e Sheron Menezzes teve um arco dramático enriquecedor através do processo de regeneração da então interesseira Gisele, que se voltou contra seu parceiro e salvou a vida de todos os "inimigos". É uma pena que a talentosa Shirley Cruz, perfeita como Gláucia, não tenha vivido algum conflito para chamar de seu. A personagem parecia promissora e o fato de ser lésbica não fez diferença porque não viveu romance algum. Patrícia Costa (Esther), Antônio Carlos (Leo), Dandara Albuquerque (Yasmin) e Davi Reis (Henrique) foram outros nomes do time.
Aliás, que elenco bem escalado. Antônio Fagundes viveu um de seus melhores momentos da carreira na pele do controverso Alberto Prado Monteiro, enquanto Grazi Massafera fez uma Paloma irresistível e caiu nas graças do telespectador desde o primeiro capítulo. Rômulo Estrela se firmou no time de atores do primeiro time da Globo, após anos participando apenas de núcleos secundários em novelas, e o carismático Marcos não poderia ter sido de outro intérprete. Armando Babaioff finalmente teve a oportunidade que merecia e transformou Diogo em um vilão marcante. O advogado canalha proporcionou sequências grandiosas para esse ator que se dedica há tempos na profissão. Fabíula Nascimento merece mais uma menção, assim como Lúcio Mauro Filho, que estreou com o pé direito em novelas, após quase 14 anos em "A Grande Família" e um ano na ótima "Malhação - Viva a Diferença". Mariana Molina mostrou que tem competência para a comédia, depois de várias patricinhas em seu currículo, e divertiu na pele da atrapalhada Evelyn. Yasmin Gomlevsky protagonizou boas cenas como a sarcástica Thaissa e Ingrid Guimarães 'nadou de braçada' em todos os momentos da egocêntrica Silvana Nolasco. Helena Fernandes (Eugênia), Eduardo Galvão (Machado), Marcelo Flores (Batista), Alexandra Martins (Leila), Rafael Infante (Pablo), Anderson Muller (Tonho) e Stella Freitas (Teresinha) foram outros que brilharam ao longo dos meses, mesmo em papéis menores.
E o que dizer de Valentina Vieira e João Bravo? As crianças formaram uma encantadora dupla e todos os instantes de Sofia e Peter rendiam situações tocantes e divertidas. Além das revelações mencionadas, como Bruna, Lucas, Giovanna e Igor, o nome de Nathalia Altenbernd merece menção. A atriz cresceu como Jeniffer e o desfecho trágico da interesseira menina impactou. Até as participações especiais engrandeceram o elenco, como Angela Vieira --- que acabou ficando até o final em virtude do sucesso da desbocada Vera ---; Marcelo Faria (perfeito como o asqueroso Elias), Daniel Warren (cativante como Jorginho); Lavínia Vlasak (se destacou revivendo Natasha, sua personagem de "Totalmente Demais", em um delicioso 'crossover'); Marisa Orth (genial como a picareta Marcela); Walter Breda (odiável como Peçanha) e Jonas Bloch (ótimo como Eric Feitosa).
A trilha sonora foi outro êxito de "Bom Sucesso" e ainda ajudou a contar a história. Ao contrário do que costuma ocorrer em vários folhetins nos últimos anos, cada casal tinha seu tema e as canções traduziam as respectivas relações ou até as personalidades dos personagens. "O Sol Nascerá", de Cartola e cantada por Zeca Pagodinho e Teresa Cristina, embalou lindamente a abertura, enquanto "Preach" (John Legend) era tocada em ganchos tensos da trama ou em situações de conflito. "Falling Like The Stars" (James Arthur) complementava as cenas de Marcos e Paloma, assim como "Amor Pra Recomeçar" (Frejat) e "Só Pra Lembrar" (Zélia Duncan) emocionavam com Nana e Mário. Já "Lucky Man" (Glen Hansard) era tema de Alberto. "Someone You Loved (Lewis Capaldi), "Brisa" (Iza), "Be Alright" (Dean Lewis), "Um Certo Alguém" (Lulu Santos), "Eu Mereço Ser Feliz" (Mumuzinho) e "Muleke Brasileiro" (Gloria Groove) eram outras músicas da primorosa seleção.
Entretanto, nem tudo foram flores. A trama envolvendo Leonel e Toshi (Bruna Aiiso) ficou deslocada e não despertou interesse. Aquele conflito do casamento forçado para a menina não ser deportada se esgotou rapidamente, assim como o caso do rapaz com a francesa Marie (Rhaisa Batista). A situação envolvendo o fetiche de Felipe (Arthur Sales) por Irene Adler (interpretada literalmente por Evelyn) foi ótima no começo, mas logo perdeu a função quando a fantasia acabou. Tanto que o personagem ficou deslocado e os autores, inteligentemente, resolveram matá-lo no lugar do maravilhoso William. E Michelly foi o maior equívoco da novela. Gabe Joie é mais uma grata revelação e se destacou na série "Toda Forma de Amar", no Canal Brasil. Porém, a personagem trans de "Bom Sucesso" ficou avulsa e seu conflito simplesmente apagado. Nas primeiras semanas, a menina até teve uma relevância através do bullying das colegas, mas ficou nisso. Nem mesmo de melhor amiga da Gabriela a garota serviu. Não é exagero afirmar que quase sumiu. Tanto que somente na última semana de "Bom Sucesso" houve uma retomada da trama da luta de Michelly por respeito com um abaixo assinado para poder entrar no banheiro feminino, além do encerramento do claro assédio do professor, que também não chegou a ser encaminhado. Mas muitos telespectadores nem lembravam mais que ela era trans. E o seu namoro com Henrique surgiu do nada, sem qualquer desenvolvimento. Seria lindo o aprofundamento da sua relação com Patrick, mas preferiram colocar o garoto como ponta da relação entre Gabi e Vicente. Michelly era um dos perfis mais promissores do enredo e infelizmente não aconteceu. Ao menos os equívocos foram poucos e não afetaram a qualidade do todo.
A última semana de novela teve de tudo um pouco. Momentos de tensão de alto nível com a sequência em que Diogo incendiou a Prado Monteiro e acabou surpreendido por Gisele, que salvou todos os seus ex-inimigos. De tirar o fôlego. Após a frenética catarse, o público foi presenteado com cenas lindas dos personagens retornando ao local carbonizado e erguendo livros clássicos da literatura em um grito de esperança. Era a representação plena do recomeço. E o que dizer da cena de Alberto e Paloma desfilando em pleno sambódromo? A arrepiante sequência foi toda gravada no Carnaval de 2019 e os atores nem tinham ideia do rumo de seus personagens, o que deixou a composição ainda mais desafiadora. Mas Grazi e Fagundes tiraram de letra e emocionaram em uma das melhores cenas do ano. De chorar. Tudo ao som do clássico "Liberdade Liberdade, abre as asas sobre nós". Já o último gancho primou pela sutileza: Alberto olhando para a câmera, com um sorriso pleno, em uma clara despedida do público. Não precisou de uma palavra sequer. O lema da trama foi representado com uma expressão. "A sorrir eu pretendo levar a vida..."
O último capítulo foi simplesmente irretocável, o que é raro em novelas. A morte de Alberto, após ter recitado um trecho do poeta Rubem Braga, foi bonita e emocionante. Ana Lucia Torre fez uma luxuosa participação especial como Cecília, que foi buscar seu marido. Já o luto dos personagens teve mais lembranças felizes do que tristeza e vale destacar o show de Valentina Vieira com o choro de Sofia. Também teve "crossover" com "Salve-se Quem Puder", novela substituta. Deborah Secco surgiu como Alexia no folhetim que conta com Silvana Nolasco de mocinha. A volta de Diogo serviu para uma última catarse e teve uma justificativa: fazê-lo sofrer. Afinal, seria fácil ter apenas morrido no incêndio. O advogado tentou matar Nana, mas logo acabou preso. O canalha terminou em uma prisão, atormentado pelos espíritos de todas suas vítimas. Armando Babaioff em estado de graça.
E a nova gravidez de Nana foi o final feliz da personagem com Mário, ainda em plena harmonia com Silvana e seus gêmeos. Inesperado. E simplesmente genial o final de Gisele, plena e rica com Yuri, William e Pablo na Grécia ---- com direito a um beijão de William e Pablo. Já o casamento de Francisca e Ramon foi belíssimo e com uma sutil mensagem contra a intolerância religiosa. Marcos ter pedido Paloma em casamento foi outro instante que emocionou, assim como a participação de Hortência chamando Gabriela para compor sua equipe. Giovanna Coimbra sensibilizou. Peter conseguiu emplacar como youtuber e os vizinhos fofoqueiros, ótimos Romeu Evaristo e Stella Freitas, foram os responsáveis pela explicação de alguns finais. Criativo. A cena final, com Paloma lendo para o espírito de Alberto ---- "A Morte e a Morte de Quincas Berro D`água" ----, fechou a história com chave de diamante.
Mas os autores ainda ousaram com a inserção de cenas inéditas na reprise do último capítulo. A despedida da turma da editora Prado Monteiro foi bonita e engraçada, destacando Yasmin Gomlevsky, Mariana Molina, Felipe Haiut, Edu Coutinho e Diego Montez. Thaissa, Evelyn, Jeff, Fábio e William deram um abraço coletivo e até o gato Tobias da menina atrapalhada apareceu. O anúncio da sociedade entre Paloma e Nana também foi outro momento inédito delicioso, assim como o exame para a descoberta do sexo do filho da irmã de Marcos. E o instante mais divertido foi Eugênia se vangloriando de conhecer Paloma e dizendo que seu filho namora a filha da famosa estilista. Helena Fernandes hilária. Que essa ideia dos autores seja copiada pelos colegas porque é uma ótima forma de manter o público atento em plena reexibição de capítulo.
"Bom Sucesso" fez jus ao seu título. O trocadilho é inevitável. Rosane Svartman e Paulo Halm emplacaram mais um imenso sucesso em seus vitoriosos currículos. Média final de 29 pontos, a melhor desde "Cheias de Charme", exibida em 2012. A dupla escreveu uma novela que não teve vergonha de ser novela e ainda conseguiu usar todos os clichês do gênero em ótimas viradas, que misturaram ação, emoção e delicadeza. Não houve barriga ou enrolação. Não é exagero afirmar que elevaram o nível da faixa das 19h, tão acostumada apenas a enredos meramente cômicos e farsescos que não têm fôlego para seis meses. A sempre controversa temática sobre a chegada da morte foi apresentada de forma lúdica e criativa. Teve choro, alegria e tensão. Teve de tudo um pouco. A união de teledramaturgia e literatura foi concretizada em 155 capítulos com uma maestria invejável. Que os autores não demorem a voltar. O público precisa deles. E, quem sabe, agora no horário nobre. Avante!
E o vazio, Sérgio?
ResponderExcluirQUE CRITICA FINAL PERFEITA!!!!! Concordo tanto com os elogios quanto com as críticas.
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Neste sábado, publicarei o balanço final com os pontos positivos e negativos da novela Bom Sucesso no meu blog. A cena do Alberto (Antonio Fagundes) e da Paloma (Grazi Massafera) na Marquês de Sapucaí entrou para a galeria da história da TV brasileira. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirEsses autores merecem o horário das 9 que novela maravilhosa e acho que Luiz Henrique Rios poderia dirigir a próxima novela do João Emanuel Carneiro.
ResponderExcluirSérgio, nem sei por onde começar de tão radiante que fiquei com esse derradeiro capítulo da maravilhosa "Bom Sucesso" (2019), aliás, com a obra em sua totalidade desde a gênese. Mas vou falar tudo o que saltar do meu coração. Reafirmando alguns pontos que destaquei desde a estreia, foi o melhor folhetim da faixa das 19h30min desde "Totalmente Demais" (2015), também de autoria de Rosane Svartman e Paulo Halm, que colecionam vários sucessos em seus currículos, e as parcerias na Rede Globo em "Malhação - Intensa Como A Vida" (2012) e "Malhação - Sonhos" (2014) foram os pontos de partida para torná-los ainda mais grandiosos. Svartman e Halm honram os postos de autores de novelas, dosando muito bem o tradicional com o inovador que se faz necessário e proporcionando muito orgulho a seus fiéis telespectadores. Já era otimista com "Bom Sucesso" desde antes da estreia, por conhecer o histórico dos autores, que com as pessoas certas como colaboradores, diretores, equipe e elenco criteriosamente escalado, tornam o resultado final do preparo do produto bastante agradável aos olhos e ouvidos de todos aqueles se prontificam a acompanhar assiduamente uma produção televisiva de longa duração em termos de quantidade de meses em exibição. A promoção de Svartman e Halm à faixa mais nobre de teledramaturgia da emissora, quando ocorrer, será mais do que justa tanto para eles quanto para os fãs e seguidores que há muito acompanham o primoroso trabalho dos autores. "Bom Sucesso" é muito especial para mim, sobretudo por ser a primeira novela a que assisto na íntegra desde a estreia até o término após ter visitado o seu blog pela primeira vez em 8 ou 9 de maio de 2018 e comentado sobre seus textos pela primeira vez em 19 de agosto do mesmo ano. Com o recém-encerrado folhetim da faixa das 19h30min saí de uma crise na teledramaturgia iniciada desde o término da lendária "Malhação - Viva A Diferença" (2017) no dia em que completei 24 anos de idade, embora reconheça que nesse ínterim houve produtos primorosos e esmerados como "Orgulho E Paixão" (2018) e "Espelho Da Vida" (2018). Reconheço também o quanto Gabriel Contente se dedicou à composição de seu Vicente, embora não me sinta preparado para superar o fato de ele ter integrado o elenco da ignóbil "Malhação - Vidas Brasileiras" (2018). E você, Sérgio, como sempre, fazendo um balanço equilibrado dos trunfos e bolas fora das mais variadas atrações televisivas. Não me canso de admirá-lo por isso. Parabéns, Sérgio. Abração!
ResponderExcluirP.S.: Não nego que estou sedento pela reapresentação do último capítulo do cristal "Bom Sucesso" com cenas inéditas. Obra de sucesso é mesmo assim, sempre deixa um gosto de "quero mais".
P.S. 2: Com "Bom Sucesso" sendo o meu investimento em produtos teledramatúrgicos do ano de 2019, farei de "Em Seu Lugar" o meu franco favorito neste ano de 2020. E, quem sabe, em 2021, proceda da mesma maneira com o próximo folhetim de Glória Perez.
Guilherme
Você sempre com os melhores textos. Se nao fosse pela trama da Michelle seria uma novela perfeita. Sua crítica muito bem fundamentada e já estou com saudades.
ResponderExcluirChorei com a novela e seu texto me fez chorar tudo de novo! Você escreve muito bem e com sentimento. Parabéns!
ResponderExcluirRafael
Foi tudo isso! Inesquecível! E o vazio?! ♥️
ResponderExcluirFoi boa. Mas a personagem Evelyn não teve destaque, já não tinha antes e depois da morte do Felipe piorou .Silvana a meu ver não teve graça. O melhor personagem da novela foi sem duvida o Diogo que uniu vilania e comédia.que venha a nova
ResponderExcluirCrítica perfeita para uma novela perfeita. Só discordo do desejo de querer que eles façam uma novela das 21:00. Não vejo tanta vantagem nisso e pode acontecer deles se queimarem como aconteceu com outros autores, sendo o caso mais emblemático A lei do amor de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. Não acho demérito os autores continuarem às 19:00 se continuarem apresentando tramas maravilhosas como Totalmente Demais e Bom Sucesso.
ResponderExcluirAhh Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirE realmente essa novela fez jus ao nome.
Tu sabe que entre nós leitores existe um termo chamado ressaca literária. Nada mais é do que quando acabamos um livro muito bom e simplesmente não conseguimos ler outro. Não conseguimos nos desligar do universo, dos personagens. Qualquer livro que pegamos nesse processo se torna ruim, chato. E posso afirmar que não só eu, mais um monte de gente está com ressaca. A nova novela que lute!
Ta imenso, anonimo!
ResponderExcluirObrigado, Larissa.
ResponderExcluirAbçs, Fabio!
ResponderExcluirPrefiro que Luiz continue com eles, anonimo.
ResponderExcluirQue ótimo o seu relato, Guilherme. Adorei!!!!
ResponderExcluirValeu, Rafael.
ResponderExcluirImenso, Rebeca.
ResponderExcluirOk, Anderson!
ResponderExcluirHa esse risco msm, anonimo.
ResponderExcluirQue lute, Leitora!!! hahahaha
ResponderExcluir