A emissora já vem realizando esse procedimento em todo início de ano para cortar custos. Afinal, gasta-se muito menos utilizando um longa pronto ao invés de produzir uma microssérie inédita. O mesmo foi feito este ano com "Elis - Viver é melhor que sonhar". E no caso do enredo sobre Éder, a história ficou mais convidativa. No cinema, há uma sensação de ritmo modorrento e na série a trama flui bem melhor. Houve uma preocupação também nos ganchos de cada episódio, instigando o telespectador a seguir acompanhando a trama.
E o grande trunfo do roteiro é a dupla formada por Daniel de Oliveira e Osmar Prado. O primeiro está bem demais na pele do destemido Éder Jofre, enquanto o segundo se mostra totalmente entregue na pele do enérgico Kid Jofre. A relação dos personagens é mais baseada nas ações do que nas palavras. Muitas vezes há o entendimento ou até um enfrentamento só através do olhar.
Os atores trabalharam brilhantemente nisso. Sempre é possível observar o que o pai quer do filho somente por uma expressão facial, por exemplo.
A história da série se baseia em boa parte no que Éder viveu ao longo de seus 82 anos. A infância sofrida em uma família pobre, o sonho de ser desenhista, o câncer que acometeu seu irmão (Dogalberto - Ravel Andrade) e obrigou os pais a venderem tudo, e a tortuosa entrada para o mundo do boxe, que se tornou a tábua de salvação da casa. Porém, a trama se encerra com o protagonista ainda jovem. A cena que marca esse fechamento de ciclo, por sinal, é triste e bonita. Somente na última cena surge o verdadeiro lutador, enquanto especialistas comentam sobre sua carreira de sucesso.
Daniel de Oliveira já virou um "especialista" em interpretar personagens reais, vide o seu magnífico desempenho como Cazuza no filme "Cazuza - o tempo não para", exibido em 2004. Vale lembrar também sua elogiada interpretação como Stuart Angel, filho da estilista Zuzu Angel, no filme exibido em 2006. O ator sempre se sobressai em seus trabalhos e como Éder Jofre não é diferente. Ele transmite com competência as angústias daquele campeão mundial que se encontra dividido entre a família e a carreira. Sua química com Keli Freitas (Cida, esposa do lutador) também é visível.
Já Osmar Prado mais uma vez comprova o grande ator que é, fazendo de Kid Jofre um personagem tão importante quanto Éder. Todo o rigor daquele pai que fez do filho um campeão mundial através de treinos intensivos é transmitido com excelência pelo intérprete. Uma firmeza usada como armadura para disfarçar o imenso amor e a admiração que o homem sente por aquele boxeador que sonhava em ganhar um carrinho de bombeiro quando criança. Bela sintonia entre Osmar e Daniel.
"10 Segundos para Vencer", escrita por Thomas Stavros e dirigida por José Alvarenga Jr. (coprodução da Globo Filmes e Tambelini Filmes), merece elogios por enaltecer a trajetória de Éder Jofre e o maior êxito da trama é justamente a parceria de altos e baixos entre pai e filho, tão bem interpretados por Daniel de Oliveira e Osmar Prado.
Vídeo do querido Daniel de Oliveira convidando todos os leitores do blog para a série.
Adorei o vídeo do Daniel. Ele é simpático, Sérgio?
ResponderExcluirTo indo contra a maré. Gostando mais dessa série do que de Elis.
ResponderExcluirQUE ATORES, SÉRGIO!!!!!!
ResponderExcluirMe emocionando com esses dois.
ResponderExcluirPor favor qual banda faz a abertura da serie
ResponderExcluirMuito simpático, anonimo. E solícito.
ResponderExcluirSem problemas, Mateus.
ResponderExcluirBaita atores, William.
ResponderExcluirIdem, samara.
ResponderExcluirPoxa, Cintia, não sei...
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