Todos participaram do encontro e a primeira entrevistada foi Luana Martau, que não escondeu a tristeza pelo fim do programa. Ela ainda falou do bom momento que viveu ao lado dos colegas e até comentou sobre a reprise de "Cordel Encantado" (2011) no "Vale a Pena Ver de Novo", sua segunda novela na Globo. Na pele da mimada Lady Carlota, aprendeu muito com Débora Bloch e Luis Fernando Guimarães, seus maiores companheiros de cena. E os dois eram figuras importantes do inesquecível "TV Pirata"(1988/1992), formato que já tinha muito do "Tá no Ar".
Márcio Vito foi o segundo entrevistado e também comentou sobre o sucesso da atração. Ainda fez uma observação sobre o atual momento político do país, respondendo a uma pergunta sobre o futuro do humor durante o novo governo. Welder Rodrigues chegou depois e esbanjou simpatia. Sua gargalhada deliciosa contagiou a todos e o clima de descontração foi a marca de sua entrevista.
Ao justificar sua alegria, o humorista chegou a falar do período delicado que passou na época que teve um tumor no fêmur. Aquele momento despertou a sua atenção em cima do que realmente era importante na vida. E o intérprete do genial Jorge Bevilacqua, do Jardim Urgente, disse que era um dos "apoiadores" do fim do formato porque valia a pena encerrar no auge.
Maurício Rizo, um dos roteiristas, mas que também integra o elenco, compartilhou da opinião de Welder. Segundo ele, é muito melhor fechar um ciclo deixando saudades e a ideia do encerramento já era levantada desde a quarta temporada. Mas só na sexta é que a coragem se fez presente. Aliás, Marcelo Adnet e Marcius Melhem foram os últimos entrevistados e demonstraram sintonia nessa decisão. Os humoristas e criadores da atração já têm outros projetos preparados e não esconderam a preferência pelo mesmo elenco. Obviamente, não divulgaram informações a respeito e ainda nem apresentaram o projeto para a Globo. Porém, prometem algo ousado e até polêmico.
Danton Mello foi um dos mais solícitos e o ator contou que evoluiu muito com o "Tá no Ar". Como o programa é recheado de esquetes muito rápidas, muitas com menos de um minuto, o intérprete precisou aprender sobre o ritmo de uma piada e como construir personagens sem qualquer bagagem. Afinal, em uma novela ou série há um certo tempo para o ator estudar o perfil e criar características. No humorístico isso não existe. Até porque, segundo Danton, em algumas situações ele chegou a refletir como seria o perfil de alguma esquete e se surpreendeu ao ver o figurino totalmente diferente do seu pensamento. O ator ainda falou sobre sua experiência na "Dança dos Famosos" e como ficou surpreso quando soube do tamanho de sua torcida.
Renata Gaspar comentou sobre a coragem do programa e fez questão de enfatizar que o elenco nunca foi o centro das atenções. A protagonista é sempre a piada. Eles são apenas as "escadas". A atriz também comentou sobre a boa aceitação da série "Pais de Primeira", que protagoniza ao lado de George Sauma: "É uma série muito amorosa que aborda vários assuntos de fácil identificação". Perguntada se a vontade de ter filhos aumentou por causa da trama, Renata disse que nunca quis ter herdeiros e como isso desperta surpresa nas pessoas, que sempre reagem com indignação e descrença. Chegou até a lembrar sobre uma matéria deprimente de um jornal que afirmou que essa falta de vontade se devia ao fato dela se relacionar com uma mulher. Logo depois, todavia, o assunto voltou a ser o "Tá no Ar" e a atriz até descreveu uma cena que protagonizou com Marcius em um hospital ----- os personagens transavam no lugar do tradicional berçário, com todos vendo através do vidro (o intuito era mostrar a concepção do bebê desde o início).
A foto feita por Estevam Avelar, com todo o elenco reunido, estava no clima de "final feliz anárquico". É uma imagem enigma, repleta de itens que contam a trajetória do humorístico. Tem a foca do "Jardim Urgente", o cocar do índio Obirajara, bandeira da escola de samba que foi uma das melhores paródias do programa, o quadro do militante revoltado, enfim. Vale prestar atenção nessa fotografia do texto.
Carol Portes, Verônica Debom, Georgiana Góes foram as outras integrantes do time que participaram das entrevistas e todas lamentaram o término. A alegria de todas com o formato era nítida e a grande amizade que surgiu ao longo das seis temporadas transformou o grupo em uma família unida. Os atores, por sinal, chegaram a citar uma cena de um velório, mas não entraram em maiores detalhes. Ao que tudo indica, é a última sequência da atração e o "morto" é o "Tá no Ar". Resta saber como esse desfecho foi realizado. Promete emocionar e divertir.
Não entendo porque acabar com o único humorístico da Globo que presta.
ResponderExcluirÉ... Tudo o que é bom dura pouco (Mesmo estando há cinco anos no ar, pelo fato de ser exibido periodicamente, fica aquela sensação que tudo passou rápido). O que mais gostei do Tá no Ar, além das esquetes (fixas ou não), foi a coragem em abordar humoristicamente vários assuntos polêmicos, nunca tiveram medo de dar à cara tapa. Enfim, vai fazer muita falta. Já está fazendo, inclusive.
ResponderExcluirÚltima temporada???? Decepção.
ResponderExcluirVc ficou o dia todo entrevistando eles, Sérgio? Que legal.
ResponderExcluirUma pena mesmo, Paula.
ResponderExcluirAssinoo embaixo, anonimo.
ResponderExcluirTb fiquei triste, anonimo.
ResponderExcluirFiquei sim, anonimo. Foi mt bacana.
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