Retrospectiva 2018: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2018 foi marcado pela derrota do Brasil na Copa do Mundo e eleições dominadas pelo clima de guerra entre os eleitores. As famigeradas "Fake News" também estiveram no centro das atenções. Um ano bem turbulento e recheado de tensão. Sabe-se lá o que se espera de 2019, mas as perspectivas não são das melhores. Além de tudo isso, o país ainda perdeu muitas figuras de imenso talento e queridas do grande público. É hora de lembrar essas tristes perdas.

Tônia Carrero (1922 - 2018):
A respeitada atriz estava afastada da televisão desde 2004, quando participou de "Senhora do Destino", e enfrentava uma hidrocefalia. Faleceu em março, aos 95 anos, vítima de uma parada cardíaca enquanto realizava um procedimento cirúrgico. Ela já não falava e nem se locomovia há um certo tempo.

Eloísa Mafalda (1924 - 2018):
A querida intérprete não fazia mais novelas desde 2002, época em que esteve no elenco de "O Beijo do Vampiro". A atriz resolveu se afastar porque não conseguia mais decorar textos e foi morar com a filha em um sítio em Petrópolis, onde cuidava de suas plantas. Faleceu em maio, vítima de insuficiência respiratória, deixando muitos fãs de luto.

Desirré Vignolli (1965 - 2018):
Vítima de um infarto fulminante, a atriz morreu muito jovem, aos 52 anos. Esteve em produções como "Jogo da Vida" (1981), "Que Rei Sou Eu?" (1989), "Mico Preto" (1990), "O Mapa da Mina" (1993), entre outras, e estava afastada da televisão desde o ano 2000, quando participou de "Vidas Cruzadas", na Record.

Henrique César (1933 - 2018):
O talentoso ator faleceu em janeiro, pouco depois de completar 85 anos, vítima de câncer. Conhecido pelas participações em novelas de todas as emissoras, o intérprete esteve em 45 folhetins e muitas vezes fazia advogados, médicos e juízes. Seu último trabalho foi em "Babilônia", em 2015. Algumas produções que contaram com seu talento foram "Os Gigantes" (1979), "A Viagem" (1994), "Cabocla" (2004), "Páginas da Vida" (2006) e "A Vida da Gente" (2011).

Osvaldo Loureiro (1933 - 2018):
O ator faleceu em fevereiro, vítima de uma parada cardíaca, aos 85 anos. Atuou em mais de 140 peças, 33 filmes e mais de 20 novelas da Globo. Algumas tramas que contaram com sua presença foram "Roque Santeiro" (1985), "Que Rei Sou Eu?" (1989), "Uga Uga" (2000), "Celebridade" (2004) e seu último folhetim foi "A Lua me Disse" (2005).

Dona Ivone Lara (1922 - 2018):
A rainha do samba partiu em abril, vítima de uma insuficiência cardiorrespiratória, aos 96 anos. Compositora de muitos sucessos, era respeitada por todos ao seu redor e chegou a ser homenageada pela "Império Serrano" em 2012. Aliás, era sempre presenteada por várias homenagens, tanto em escolas de samba, quanto em prêmios de Música Brasileira.

Cidinha Milan (1948 - 2018):
Faleceu em junho, vítima de câncer, aos 70 anos. Participou de várias tramas, como "Gabriela" (1975), "Champagne" (1983), "Carmem" (1987), "Tieta" (1989), "Sandy & Júnior" (1998 - 2001), "Malhação" (2006) e "O Negócio" (2015). Ironicamente, ficou mais conhecida do público jovem pelas suas participações nos dois seriados adolescentes de sucesso da Globo.

Agildo Ribeiro (1932 - 2018):
Faleceu em abril, por problemas cardíacos, após um mal estar em seu apartamento. Um dos mais respeitados humoristas do país, o ator chegou a ser homenageado no "Vídeo Show" no quadro "Meu Vídeo é um Show" apenas alguns meses antes da sua morte. Conhecido pelas suas participações em programas icônicos, como "A Escolinha do Professor Raimundo", "Topo Gigio" e "Planeta dos Homens", também fez sucesso por muitos anos no antigo "Zorra Total".

Carlos Heitor Cony (1926 - 2018):
Membro da Academia Brasileira de Letras e editorialista da Folha de São Paulo, o respeitado jornalista faleceu em janeiro, vítima de problemas no intestino e falência múltipla de órgãos. Deixou um grande legado para toda a classe dos jornalistas.

Joel Barcellos (1936 - 2018):
Faleceu em novembro, em sua casa em Rio das Ostras, interior do Rio de Janeiro, e a causa da morte não foi divulgada. Além de ator, também era roteirista e diretor. Um de seus papéis mais conhecidos era o pescador Chico Belo, no remake de "Mulheres de Areia", exibido em 1993.

Angela Maria (1929 - 2018):
A Rainha do Rádio e uma das maiores vozes do Brasil. A cantora faleceu em setembro, aos 89 anos, vítima de uma infecção generalizada, provocando uma parada cardíaca. Dona de muitos sucessos, como "Babalu", a ídola de tantos brasileiros foi ficar ao lado de seu grande companheiro de palco: Cauby Peixoto. O mundo musical ficou bem mais triste.

Gil Gomes (1940 - 2018):
O icônico jornalista investigativo que fez um imenso sucesso no "Aqui Agora", do SBT, em 1991, faleceu em outubro, aos 78 anos, em São Paulo, após um mal estar. Lutava contra o câncer no fígado desde 2015 e estava com o Mal de Parkinson. Seu jeito caricato virou referência para a imitação de vários humoristas e Gil fez história no jornalismo.

Mr. Catra (1968 - 2018):
O funkeiro faleceu em setembro, vítima de um agressivo câncer no estômago. Conhecido pela sua alegria de viver e sua imensa prole (são 32 filhos), o cantor era figura frequente de vários programas de televisão. Falava de sua vida com toda tranquilidade, fazendo questão ainda de frisar que morava com três esposas.

Beatriz Segall (1926 - 2018):
A intérprete de uma das maiores vilãs da história da teledramaturgia, a icônica Odete Roitmann, de "Vale Tudo" (1988), a grande atriz faleceu em julho, aos 92 anos, vítima de problemas respiratórios. Sua última aparição na tevê foi a série "Os Experientes", em 2015, onde deu um show na pele da protagonista. "Dancin` Days" (1978), "Água Viva" (1980), "Barriga de Aluguel" (1990), "Anjo Mau" (1997), "O Clone" (2001) e "Lado a Lado" (2013) foram outras novelas que contaram com seu brilhantismo.





Foram muitas perdas ao longo de 2018 e o mundo das artes ficou mais vazio sem todas essas ilustres figuras. Que descansem em paz!