O programa comandado por Lázaro Ramos, que se baseia em uma nostálgica "batalha" de gerações, estreou em outubro e chegou ao fim nesta quinta (20/12), após dez episódios. A atração foi um fracasso. Lutou para manter a liderança várias vezes e em outras tantas perdia para "A Fazenda", da Record", e "A Praça é Nossa", do SBT. Em alguns momentos ficava até em terceiro lugar. Mas a culpa do fiasco é exclusivamente da própria Globo.
Apesar da apresentação engessada de Lázaro e de algumas escolhas equivocadas para a defesa de décadas ---- Marcos Veras e Marco Luque nem eram nascidos nos anos 60 e 70 ----, a atração era gostosa de se acompanhar. É sempre agradável lembrar das modas, dos brinquedos, dos desenhos, das músicas, dos fatos importantes e dos costumes de cada período. Tanto para quem viveu quanto para quem apenas ouviu falar. E o formato é interessante.
Todavia, a emissora jamais poderia colocar um programa tão leve como esse às 23h30, muitas vezes indo ao ar depois da meia noite. Para culminar, depois de "Carcereiros", uma série pesada sobre o caótico sistema prisional brasileiro.
São públicos totalmente diferentes. Ou seja, além de não ocorrer a migração de audiência, ainda começava tarde da noite. O telespectador alvo já tinha ido dormir. Era uma tragédia anunciada.
A atração era perfeita para as tardes de domingo ou de sábado. E havia espaço na grade para encaixá-la. O formato tem cerca de 45 minutos. Daria tranquilamente para colocá-lo no lugar da reprise do "Sai de Baixo", aos sábados, por exemplo. Ou então até no lugar do "Só Toca Pop", que teve uma temporada longa demais para o nível de músicas que apresenta. Já aos domingos, poderia ficar entre a "Escolinha do Professor Raimundo" e a deliciosa série "Pais de Primeira". Com o recesso do futebol, poderia até entrar logo depois do final da temporada do "Popstar".
É preciso, entretanto, mencionar os pontos negativos do programa. Lázaro, como já mencionado, não pareceu à vontade e o produto seria bem mais adequado para a experiente Angélica. Ingrid Guimarães e Lúcio Mauro Filho foram ótimos nas defesas de suas décadas de 80 e 90, mas Marco Luque, Marcos Veras e Rafa Brites não conseguiram disfarçar que estavam falando um texto decorado a respeito dos anos 60, 70 e 2000. Os dois primeiros, provavelmente, porque nem eram nascidos ainda. Por isso mesmo, as melhores partes da competição eram as breves apresentações musicais, as exibições de produtos das épocas e algumas entrevistas com jornalistas sobre fatos históricos marcantes.
"Os Melhores Anos das Nossas Vidas" teve uma boa proposta, mas não ganhou um horário adequado. Caso a Globo insista em uma segunda temporada, vale refletir sobre a mudança na grade. Senão acabará com um novo fracasso em 2019.
Sempre achei mesmo que esse programa combinava com tarde de sábado. Não meia noite de quinta.
ResponderExcluirEspero sinceramente que não tenha segunda temporada.
ResponderExcluirNem sabia que acabou hoje. Já foi tarde.
ResponderExcluirO programa tinha uma excelente proposta, mas não consigo entender porque a Globo quer enfiar goela abaixo o Lázaro como apresentador. Ele não convence, não tem carisma e não passa naturalidade alguma. Como ator é excelente e sempre gostei dos papéis que ele fez, mas pra apresentar um programa, tem muito que crescer ainda. Mesmo caso da Taís, esposa dele. O sorriso forçado dela e a empolgação chegavam a irritar, precisa dosar isso se apresentar a próxima temporada.
ResponderExcluirIsso, William.
ResponderExcluirVamos ver, anonimo. Se tiver, que seja nos fins de semana.
ResponderExcluirAbçs, Cassia.
ResponderExcluirBoas observações, anonimo.
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