Em plena campanha da valorização do ensino público ---- a propaganda exibida no capítulo desta quinta-feira (01/03) passou a ser exibida em toda a programação da Globo -----, o autor resolveu tocar na ferida da ignorância e do conservadorismo através da difamação de Malu (Daniela Galli), que espalhou "Fake News" na internet com o intuito de destruir o colégio Cora Coralina. As fotos tiradas por K2 (Carol Macedo) resultaram em uma ira homofóbica --- em virtude do beijo de Lica (Manoela Aliperti) e Samantha (Giovanna Grigio) --- e depreciadora dos métodos de ensino de Dóris (Ana Flávia Cavalcanti).
A situação, obviamente, remeteu ao Movimento Brasil Livre, que iniciou uma intensa campanha contra uma exposição em um museu ano passado, chamando um dos artistas de pedófilo. E, na ficção, após muitas notícias falsas, houve depredação na escola pública, com direito a pichações e cartazes condenando "viados", "pornografia infantil", entre outros.
A imagem do vandalismo provocou o impacto necessário, resultando na emocionante cena em que todos os alunos se uniram para limpar a sujeira deixada pelos preconceituosos.
Antes desse momento, porém, é preciso citar outra cena tocante: o instante em que Aldo (Cláudio Jaborandy) se reconciliou com Tato (Matheus Abreu), contando que iniciou um tratamento contra o alcoolismo, e ainda presenteou Keyla (Gabriela Medvedoski) com um violão que foi da mãe da menina. Também vale citar a apresentação de Benê (Daphne Bozaski) e Guto (Bruno Gadiol), cantando "Igual, Diferente, Igual, Diferente" e emocionando a todos. A menina autista e seu namorado venceram juntos o medo e novamente encantaram.
Já a sequência final reservou muita tensão e adrenalina, após várias cenas delicadas. Era noite e um temporal se aproximava --- remetendo ao primeiro capítulo, quando a chuva também foi a protagonista dos momentos de nervosismo dos personagens ---, enquanto Keyla e Dóris pensavam no que fazer para melhorar a imagem do colégio e Ellen (Heslaine Vieira) tentava hackear o computador para descobrir o responsável pelas notícias falsas. Uma gangue de mascarados, então, jogou gasolina no pátio da escola e atirou pedras, para logo depois incendiar o local, voltando a destruir tudo o que os alunos limparam. Porém, Benê viu tudo e se escondeu dos marginais. Só que acabou presa na Caverna do Futuro (uma maquete gigante feita por Lica para o Evento Cultural), que também foi incendiada.
Falta luz e o medo aumenta, enquanto Benê liga para Keyla pedindo ajuda. A amiga, que também está no colégio (na parte de dentro), vai ajudá-la, mas Dóris entra em trabalho de parto. Enquanto isso, Lica, Tina (Ana Hikari) e Ellen chama a polícia e chegam para ajudar Benedita, que grita de desespero. Uma cena de tirar o fôlego, resultando no penúltimo e melhor gancho da temporada. A entrega do elenco, a direção precisa de Paulo Silvestrini e a tensão provocada pelo roteiro de Cao formaram um conjunto perfeito, deixando o telespectador ainda mais ansioso pelo último capítulo. Daphne Bozaski, Manoela Aliperti, Gabriela Medvedovski, Heslaine Vieira, Ana Hikari e Ana Flávia Cavalcanti transmitiram todo o pânico que a situação pedia. Um show.
"Malhação - Viva a Diferença" está chegando ao fim e fará muita falta. Todas as cenas do penúltimo capítulo apenas confirmaram novamente o que já estava mais do que claro: a qualidade dessa temporada é incontestável.
Que saudades, ultima vez que fiquei assim foi com M Sonhos. Muita injustiça terminar agora. E outra coincidência entre as duas são os talentos revelados. Tomará que esse elenco de Viva a Diferença seja muito bem aproveitado. Uma das melhores temporadas da historia de Malhação.
ResponderExcluirAmei o capítulo e elogiar esse elenco é chover no molhado, sobre hoje a única crítica que faço é de o fato da Keyla ter perdido a mãe dela cedo não ter sido mais explorado na temporada, justamente por ela ser mãe agora. E, embora necessário, admito que me doeu o fim definitivo das Ks. No entanto me preocupa o tanto de pontas soltas que ficaram pra acontecer amanhã, tenho medo de ficar corrido, e, ao longo do percurso houveram pequenos deslizes que eu prefiro comentar amanhã. Apesar disso, digo e repito: temporadas como a Vagabanda, a da Débora e Angelina, a Intensa e a Sonhos estarão sempre no meu coração, mas a Viva a Diferença é a MELHOR DE TODAS!!
ResponderExcluirQue capítulo! Fiquei arrepiada!!! Não acredito que está acabando!!!
ResponderExcluirO penúltimo capítulo foi emocionante demais... Chorei com a cena do pai da Benê indo abraçá-la. Depois, chorei com a reconciliação Tato e Aldo, Aldo e Roney. Depois teve mais lágrimas com Keyla recebendo o violão da mãe e para terminar o choro total, tive que enxugar meus olhos nas cenas finais.
ResponderExcluirChorei, fiquei tensa, enfim adorei todo esse penúltimo capítulo movimentado. Sabia que tu ia fazer texto!!! AMEI!
ResponderExcluirOlá! Antes de mais nada esse comentário será enorme. Elogiar essa temporada, o autor, o elenco e todos os envolvidos já virou clichê. Todos nós sabemos que ela já está no hall das melhoradas temporadas. Acabar agora em minha humilde opinião é um tiro no pé.
ResponderExcluirAgora sobre os fatos do capitulo em si. Fake News tem na direita, na esquerda, no centro em qualquer lugar que haja interesse em se manipular a massa de acordo com os seus interesses e a seu bel prazer. A Malu usou de Fake News para atingir os seus interesses e muita gente na vida real faz isso.
Outro ponto que eu quero pegar essa questão de conservadorismo a base da nossa sociedade é a cultura judaico-cristã. (Graças a Deus) a pessoa pode não ser judia ou cristã porque ninguém é obrigado, mas o fato é que a sociedade se norteia pelos deveres, direitos, valores morais e sociais dessa cultura, por isso muitas pessoas no Brasil são conservadoras e elas tem todo o direito de serem conservadoras, assim como outras pessoas tem todo o direito de não serem conservadoras.
Continua...
E nessa questão de direito entramos em outro ponto que é concordar, aceitar e respeitar. Concordar é estar de acordo, ter a mesma opinião, a mesma visão dos fatos. Aceitar é estar de acordo com algo ou admitir a contragosto, ou seja, de modo forçado, ou simplesmente aceitar contra a sua vontade quando você impõe a sua opinião você está obrigando o outro a aceita-la e ninguém é obrigado a aceitar nada, mas tem que haver o respeito. Respeitar é levar em consideração a opinião do outro e reconhecer o seu direito de escolha. Aliás a sociedade judaico-cristã é uma das poucas sociedades no mundo que dá as pessoas o direito de escolha o que chamamos de livre arbítrio, aliás a nossa própria constituição nos garante isso.
ResponderExcluirQuem ataca isso é agride, ofende, humilha o outro por sua etnia, orientação sexual, religião e etc e tal e diz que faz isso por ser cristão simplesmente não é cristão de verdade. A Bíblia, o cristianismo não prega o ódio, a intolerância e o desrespeito. "Ah mais a Bíblia fala que a homossexualidade (vamos pegar isso como exemplo) é pecado e..." Verdade. Fala mesmo, mas a Bíblia também diz: "Não matarás." E isso não se trata apenas do assassinato em si, isso também inclui agressão física, verbal e psicológica as vezes o que você mata é a alma da pessoa, o sentimento, a dignidade dela. Antes de sermos negros, brancos, héteros, homossexuais, homens, mulheres e etc, etc nós somos seres humanos e é como seres humanos que merecemos respeito lembrando que isso tudo é pra quem acredita na Bíblia se a pessoa não acredita ela pode ignorar tudo isso, porem mesmo que você não acredite você tem que respeitar quem crê.
O ato de vandalismo e intolerância que teve no capitulo foi um ato de desrespeito. Lembrando de novo ninguém é obrigado a concordar muito menos aceitar nada, mas tem que respeitar. Agora nós vamos entrar em outro ponto muitas pessoas dizem que só querem respeito, mas a verdade é que elas estão impondo as suas verdades, as suas condutas, ou seja, elas querem obrigar os outros a aceitá-las e não é assim que funciona. Não é assim que se conquista respeito. Respeito é uma via de mão dupla. Lembro-me de um caso de uma igreja que foi processada por se recusar a celebrar um casamento homo-afetivo e a justiça do país em questão deu causa ganha pro casal obrigando a igreja a celebrar o casamento. Houve respeito aqui? Não. A igreja tem as razões dela para não celebrar um casamento homo-afetivo e você pode concordar ou discordar, aceitar ou não aceitar, mas tem que respeitar.
ResponderExcluirE só pra lembrar a nossa cultura é uma das que possui uma lei que protege e assegura o direito dos homossexuais se um gay for vitima de homofobia ele pode procurar uma delegacia que existe uma lei que o ampara se funciona ou não já é outra história. Em outros países, outras culturas eles não possuem uma lei de amparo, pelo contrário em outros lugares ser homossexual é crime na Serra Leoa por ex; a pena é de prisão perpétua.
E bem a verdade é que a intolerância que nada mais é que falta de compreensão ou intransigência a diferentes opiniões, ou seja, é o desrespeito às opiniões dos outros, já o preconceito é o prejulgamento infundado, o repúdio, o desrespeito, a discriminação por questões onde há conflitos de opiniões, logo concluímos que o desrespeito se encaixa em ambos e a intolerância e o preconceito não ocorrem apenas de um lado da estória, pelo contrário. Muito pelo contrário.
Eu poderia falar aqui sobre milhares de outros temas que Malhação debateu até porque são temas que rendem muito assunto e bem na minha humilde opinião Viva a Diferença teria assunto até junho do ano que vem e mais além.
Me desculpe por fazer um comentário tão extenso, mas é que além de gostar de escrever muito eu realmente precisava dizer que ser conservador ou cristão ambos podem andar juntos ou não. Não é sinônimo de ser preconceituoso ou intolerante, assim como ser homossexual não é sinônimo de ser promiscuo, como ser negro não é sinônimo de ser ladrão. O mundo é muito grande e existem pessoas das mais variadas índoles em todos os grupos, em casa tem um pé de goiaba, umas estavam bichadas e outras não e essas goiabas não bichadas estavam uma delicia, mas você já pensou se eu tivesse cortado a goiabeira toda por causa das bichadas? Tendeu? Resumindo caráter, dignidade, bondade... Não são coisas que se definem por sexo, raça, religião, e etc, etc...
Agora vamos torcer pra próxima Malhação ser boa.
Tomara, Juan.
ResponderExcluirTb to com medo de ficar corrido, Malu, e concordo que deveriam ter explorado mais a mãe da Keyla. Na crítica final falarei disso.
ResponderExcluirEu tb, anonimo.
ResponderExcluirÉ isso, Chaconerrilla!
ResponderExcluirQue bom que gostou, Bethania.
ResponderExcluirEscreva sempre o quanto quiser, Leitora. E vc fez ótimas reflexões. Bjsssss
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