O "X Factor" é um vitorioso formato que faz sucesso no mundo todo. Criado em 2004 por Simon Cowell, a atração não é muito diferente dos inúmeros outros programas do gênero. Consiste em achar talentos musicais e transformá-los em estrelas. Quatro jurados são os responsáveis em julgar os concorrentes até a grande final. A versão nacional até que demorou bastante para surgir, mas finalmente veio e na Band, que adquiriu o produto em coprodução com a TNT e a Freemantle, estreando a primeira temporada no dia 29 de agosto.
Apresentado por Fernanda Paes Leme (que está em seu primeiro trabalho fora da Globo), o programa tem o produtor musical Rick Bonadio e os cantores Paulo Miklos, Di Ferrero e Alinne Rosa integrando o juri. A emissora, com o intuito de resolver um pouco os buracos que surgiram na sua grade após a desistência dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, colocou a atração em dois dias da semana: segundas e quartas, às 22h30. Em virtude do sucesso do formato, havia um otimismo grande em relação ao retorno do público. Porém, já há quase dois meses no ar, o resultado não poderia ser mais desanimador.
Infelizmente, quase nada tem funcionado na versão nacional. O nível dos candidatos é fraquíssimo; os jurados estão cada vez mais equivocados e muitas vezes forçados; não houve explicação em cima da seleção dos escolhidos para as primeiras audições; e a duração do programa (mais de duas horas, ou seja, praticamente quatro horas e meia por semana) se mostra acima do necessário em função do que vem sendo apresentado.
Um dos poucos êxitos do formato tem sido a apresentação de Fernanda, bem à vontade e simpática durante as conversas com os candidatos e seus familiares. Ela tem o carisma necessário de uma apresentadora ---- já observado quando era repórter da primeira temporada do "SuperStar", na Globo.
Ao contrário do que aparenta, o "X Factor" não é um programa de calouros. Os candidatos que se submetem ao crivo do juri têm uma certa experiência , o que se assemelha bastante ao "The Voice". Entretanto, o que foi visto no início da atração da Band foi um festival de gente sem talento, se salvando poucos. Claro que algumas vezes é divertido ver um participante sem noção do ridículo se apresentando, dando um toque mais descontraído no começo da disputa. Mas ficou evidente que abusaram, sendo necessário levar em consideração os cantores que se mostraram apenas desafinados e nem engraçados eram.
O nível é tão baixo que os jurados aprovaram candidatos que nem deveriam estar ali. Não há motivação para o público se interessar pela competição, pois é possível contar nos dedos os que realmente são promissores. E o juri não foi bem escolhido pela emissora. Paulo Miklos e Di Ferrero se mostram desanimados em vários momentos, enquanto Alinne Rosa tenta a todo custo passar uma imagem de 'jurada perversa', conseguindo apenas uma perceptível artificialidade. Já Rick Bonadio é um experiente produtor musical, mas peca ao repetir inúmeras vezes o quanto que o nível da disputa está alto, mentindo para si e para o público. Ele, inclusive, muitas vezes expõe seu lado comercial, aprovando candidatos 'mais do mesmo', somente porque já há outros perfis parecidos que fazem sucesso. Não se observa um interesse em algo que fuja da mesmice do atual mercado.
O resultado desses equívocos vêm se refletindo na audiência. A Band esperava ao menos cinco pontos e chegou até a cogitar o mesmo sucesso do "MasterChef" à medida que a competição ia avançando. Entretanto, os números não têm sido satisfatórios. A média em torno de 2,7 pontos não é nada animadora e já há dúvidas em torno da segunda temporada. Vale ressaltar, inclusive, os problemas iniciais durante as seleções, onde vários candidatos reclamaram publicamente das condições precárias que foram submetidos ---- várias horas em uma fila quilométrica, debaixo do sol quente, e com uma quantidade de banheiros químicos insuficiente, por exemplo.
Atualmente o programa está na fase das apresentações 'ao vivo', tendo a participação do voto popular, além da interferência dos jurados ---- nesta quarta, por sinal, Rick Bonadio surpreendentemente decidiu ser mais realista e teceu várias críticas (pena que pareceu tarde demais). Obviamente, os problemas observados no começo se repetem constantemente. O juri segue pecando em várias escolhas e avaliações ---- até mesmo a ótima Marcela Bueno (que brilhou no "The Voice Brasil" em um dueto inesquecível com o vencedor Sam Alves) foi reprovada ----, e muitos candidatos não empolgam, fazendo apresentações que não são dignas de uma disputa musical de qualidade. Há ao menos alguns muito talentosos que se destacam, mas, infelizmente, são minoria.
O "X Factor" é um formato vitorioso, mas a versão nacional produzida pela Band tem deixado muito a desejar. Vários problemas precisam ser solucionados e é bem difícil que isso ocorra na primeira temporada, pois não há muito o que ser feito na atual conjuntura. Caso haja uma segunda, a emissora precisa urgentemente consertar todas as questões que foram expostas. Senão é melhor parar por aqui mesmo.
Esse programa é um pavor!
ResponderExcluirHoje os jurados resolveram brigar pra dar uma esquentada. Claramente ensaiado.
ResponderExcluirEsse programa é um plágio do The Voice mas consegue ser ainda pior.
ResponderExcluirOlá, Sérgio...claro que torci muito que a nossa versão tupiniquim desse muito certo,mas realmente me decepcionou, também.E começou decepcionando quando bombaram as críticas sobre as condições precárias nas seleções. Depois,nas audições, o baixo nível dos candidatos. Nem os aprovados pelo voto popular nos shows livres , me fizeram mudar de opinião. Uma decepção total!
ResponderExcluirBelos dias,abraços!
É bem ruim mesmo e aquela Aline Rosa é um nojo.
ResponderExcluirEu achava que seria um ótimo programa e uma boa opção para as quartas, mas é uma decepção realmente.Nada se salva.
ResponderExcluirSérgio,
ResponderExcluirconcordo com o título da postagem "Jurados equivocados e candidatos fracos..." Vi uma vez para nunca mais.
Abrçs
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Prometia e decepcionou, anonimo.
ResponderExcluirTb desconfiei, Sandro.
ResponderExcluirOs formatos são parecidos lá fora tb, anonimo.
ResponderExcluirExatamente, Felis. abçs
ResponderExcluirÉ ruim, Isabela. bjs
ResponderExcluirPois é, Karen...
ResponderExcluirObrigado, Márcia. =) bj
ResponderExcluirNós que não entendemos nada de música vemos que alguns candidatos são escolhidos por puro favoritismo e não por talento. Era decepcionante ver o Di escolhendo candidatos por 'pena' do que por talento. O único que ainda dá pra levar a sério é o Rick, e mesmo assim ainda com um pé atrás.
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