quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache tiveram uma grandiosa parceria em "Além do Tempo"

"Além do Tempo" chega ao fim nesta sexta (15/01) e foram muitas as qualidades do melhor trabalho de Elizabeth Jhin, dirigido por Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos. A novela fecha seu ciclo cumprindo sua missão muito bem e um dos vários acertos da produção foi a parceria de Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache. As grandes atrizes protagonizaram inúmeras cenas juntas e brilharam em todas, fazendo jus ao que se espera delas.


Emília di Fiori e Vitória Castellini eram inimigas mortais na primeira fase da trama, ambientada no século XIX, e a rivalidade moveu todo o enredo desenvolvido por volta de 1895. A Condessa nunca aprovou o romance de seu filho Bernardo (Felipe Camargo) com a 'nora' e nutria um ódio ferrenho pela saltimbancos apelidada de Alegra. Tentou até matá-la duas vezes: provocando um 'acidente' de coche ---- mas acabou quase matando o próprio filho, que estava no veículo no lugar da noiva ---- e incendiando a taberna onde a humilde mulher morava.

As atrizes foram muito exigidas e vivenciaram vários embates com extrema competência. As inimigas não conseguiam conviver e nem mesmo Lívia (Alinne Moraes) conseguiu promover a paz entre elas. Tanto que em uma das últimas cenas da primeira fase, as rivais não se perdoaram, mesmo diante dos apelos da mocinha, e continuaram travando uma guerra de ódio.
Essa, aliás, foi uma das muitas sequências que destacaram o talento das intérpretes. A expressões faciais e as emoções complementavam o texto da autora com brilhantismo.

Já na segunda fase, as personagens reencarnaram como mãe e filha, em uma clara ironia do destino. Porém, o laço afetivo não vigorou, uma vez que as duas se separaram graças a Alberto (Juca de Oliveira), que envenenou a filha contra Vitória para se vingar do abandono que sofreu. Para culminar, ele ainda disse para a ex que a filha deles tinha morrido de desgosto. Ou seja, a reconciliação de outras vidas demorou mais algum tempo.

Se em 1895, Vitória armava contra Emília, em 2015 era Emília quem armava contra Vitória, fazendo persistir a rivalidade de séculos. Ana e Irene conseguiram manter a essência das personagens na nova fase, ao mesmo tempo que expuseram novas peculiaridades, uma vez que as condições eram completamente distintas. A trama, aliás, foi desafiadora para o elenco, por foi duas em uma. Mas todos fizeram bonito, principalmente essas duas grandes profissionais.

E uma das cenas mais fortes da fase contemporânea foi justamente o momento que Emília revela para Vitória que é a sua filha. As intérpretes se entregaram por completo, fazendo uma irretocável sequência, onde a emoção predominou do primeiro ao último minuto. Ana mostrou todo o ressentimento daquela mulher amarga, enquanto Irene expôs o desespero daquela mãe em ver que a filha que tanto amava não tinha morrido e ainda por cima era a sua inimiga.

Já o momento mais lindo protagonizado por elas foi o da reconciliação daquelas sofridas mulheres. O instante que Emília acorda do coma, aperta a mão da mãe, e logo se levanta para abraçá-la, foi lindíssimo. Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache emocionaram e representaram com maestria toda a magia daquele perdão mútuo. Um perdão de duas vidas de muitos conflitos e desentendimentos.

Emília e Vitória foram as grandes responsáveis por todo o andamento do roteiro de "Além do Tempo", servindo ainda como grandes obstáculos para a concretização do amor de Lívia e Felipe. As personagens primaram pela minuciosa construção da autora e ganharam intérpretes de alto nível. Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache tiveram uma parceria maravilhosa na novela e o público teve o privilégio de prestigiar uma sucessão de grandes cenas protagonizadas pelas duas. Todos os elogios são insuficientes para essas atrizes de talento.

24 comentários:

  1. Tiveram mesmo! Grandes atrizes que ganharam grandes personagens. Já estou triste porque Além do Tempo acaba hoje, mas o consolo é que a próxima parece ser tão boa quanto. Mas Ana e Irene deixarão muitas saudades.

    ResponderExcluir
  2. Elas foram maravilhosas mesmo e já estou sentindo falta. O abraço das duas ontem foi lindo de morrer.

    ResponderExcluir
  3. Assim como Sete Vidas, essa novela fará muita falta e essas duas foram show de bola!

    ResponderExcluir
  4. Já pode chorar de saudade?

    ResponderExcluir
  5. O abraço de Vitória e Emília foi de lavar a alma. Que entrega a delas! Pena que a autora enrolou muito nessa segunda fase.

    ResponderExcluir
  6. Parabéns por mais esse grande texto, Sérgio. Creio que seja o penúltimo sobre essa bela novela.

    ResponderExcluir
  7. ESSAS DUAS DERAM UM SHOW! JÁ COM SAUDADES!

    ResponderExcluir
  8. bah sério, geral passou cenas e cenas falando da festa da cidade, figurinos de outro século etc etc etc, e no fim nao apareceu? achei q seria no ultimo capitulo... imperdoavel!!! decepçao :(

    ResponderExcluir
  9. Deixaram saudades mesmo, Fernanda. Que dupla boa!

    ResponderExcluir
  10. Exato, Italo. As duas novelas foram mt boas.

    ResponderExcluir
  11. Esse abraço foi lindo msm, Daniela. E concordo que teve uma enrolação demasiada.

    ResponderExcluir
  12. Mt obrigado, Ulisses. Foi o penúltimo msm.

    ResponderExcluir
  13. Tb me decepcionei com isso, anonimo. Seria lindo todos trajados como na época de 1895 no final. Mas o diretor quis mudar... Nunca o perdoarei.

    ResponderExcluir
  14. Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache foram excelentes, do começo ao final da novela.

    ResponderExcluir
  15. Adoro o trabalho dessas atrizes! Ama Beatriz é, sem dúvidas, uma das melhores atrizes da sua geração!

    ResponderExcluir