"Além do Tempo" chega ao fim nesta sexta (15/01) e foram muitas as qualidades do melhor trabalho de Elizabeth Jhin, dirigido por Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos. A novela fecha seu ciclo cumprindo sua missão muito bem e um dos vários acertos da produção foi a parceria de Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache. As grandes atrizes protagonizaram inúmeras cenas juntas e brilharam em todas, fazendo jus ao que se espera delas.
Emília di Fiori e Vitória Castellini eram inimigas mortais na primeira fase da trama, ambientada no século XIX, e a rivalidade moveu todo o enredo desenvolvido por volta de 1895. A Condessa nunca aprovou o romance de seu filho Bernardo (Felipe Camargo) com a 'nora' e nutria um ódio ferrenho pela saltimbancos apelidada de Alegra. Tentou até matá-la duas vezes: provocando um 'acidente' de coche ---- mas acabou quase matando o próprio filho, que estava no veículo no lugar da noiva ---- e incendiando a taberna onde a humilde mulher morava.
As atrizes foram muito exigidas e vivenciaram vários embates com extrema competência. As inimigas não conseguiam conviver e nem mesmo Lívia (Alinne Moraes) conseguiu promover a paz entre elas. Tanto que em uma das últimas cenas da primeira fase, as rivais não se perdoaram, mesmo diante dos apelos da mocinha, e continuaram travando uma guerra de ódio.
Essa, aliás, foi uma das muitas sequências que destacaram o talento das intérpretes. A expressões faciais e as emoções complementavam o texto da autora com brilhantismo.
Já na segunda fase, as personagens reencarnaram como mãe e filha, em uma clara ironia do destino. Porém, o laço afetivo não vigorou, uma vez que as duas se separaram graças a Alberto (Juca de Oliveira), que envenenou a filha contra Vitória para se vingar do abandono que sofreu. Para culminar, ele ainda disse para a ex que a filha deles tinha morrido de desgosto. Ou seja, a reconciliação de outras vidas demorou mais algum tempo.
Se em 1895, Vitória armava contra Emília, em 2015 era Emília quem armava contra Vitória, fazendo persistir a rivalidade de séculos. Ana e Irene conseguiram manter a essência das personagens na nova fase, ao mesmo tempo que expuseram novas peculiaridades, uma vez que as condições eram completamente distintas. A trama, aliás, foi desafiadora para o elenco, por foi duas em uma. Mas todos fizeram bonito, principalmente essas duas grandes profissionais.
E uma das cenas mais fortes da fase contemporânea foi justamente o momento que Emília revela para Vitória que é a sua filha. As intérpretes se entregaram por completo, fazendo uma irretocável sequência, onde a emoção predominou do primeiro ao último minuto. Ana mostrou todo o ressentimento daquela mulher amarga, enquanto Irene expôs o desespero daquela mãe em ver que a filha que tanto amava não tinha morrido e ainda por cima era a sua inimiga.
Já o momento mais lindo protagonizado por elas foi o da reconciliação daquelas sofridas mulheres. O instante que Emília acorda do coma, aperta a mão da mãe, e logo se levanta para abraçá-la, foi lindíssimo. Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache emocionaram e representaram com maestria toda a magia daquele perdão mútuo. Um perdão de duas vidas de muitos conflitos e desentendimentos.
Emília e Vitória foram as grandes responsáveis por todo o andamento do roteiro de "Além do Tempo", servindo ainda como grandes obstáculos para a concretização do amor de Lívia e Felipe. As personagens primaram pela minuciosa construção da autora e ganharam intérpretes de alto nível. Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache tiveram uma parceria maravilhosa na novela e o público teve o privilégio de prestigiar uma sucessão de grandes cenas protagonizadas pelas duas. Todos os elogios são insuficientes para essas atrizes de talento.
Tiveram mesmo! Grandes atrizes que ganharam grandes personagens. Já estou triste porque Além do Tempo acaba hoje, mas o consolo é que a próxima parece ser tão boa quanto. Mas Ana e Irene deixarão muitas saudades.
ResponderExcluirElas foram maravilhosas mesmo e já estou sentindo falta. O abraço das duas ontem foi lindo de morrer.
ResponderExcluirAssim como Sete Vidas, essa novela fará muita falta e essas duas foram show de bola!
ResponderExcluirJá pode chorar de saudade?
ResponderExcluirO abraço de Vitória e Emília foi de lavar a alma. Que entrega a delas! Pena que a autora enrolou muito nessa segunda fase.
ResponderExcluirParabéns por mais esse grande texto, Sérgio. Creio que seja o penúltimo sobre essa bela novela.
ResponderExcluirESSAS DUAS DERAM UM SHOW! JÁ COM SAUDADES!
ResponderExcluirbah sério, geral passou cenas e cenas falando da festa da cidade, figurinos de outro século etc etc etc, e no fim nao apareceu? achei q seria no ultimo capitulo... imperdoavel!!! decepçao :(
ResponderExcluirQue show! Amo muito as duas!
ResponderExcluirVou sentir muita falta.
ResponderExcluirDeixaram saudades mesmo, Fernanda. Que dupla boa!
ResponderExcluirIdem, Paula.
ResponderExcluirExato, Italo. As duas novelas foram mt boas.
ResponderExcluirJá, anonimo.
ResponderExcluirEsse abraço foi lindo msm, Daniela. E concordo que teve uma enrolação demasiada.
ResponderExcluirMt obrigado, Ulisses. Foi o penúltimo msm.
ResponderExcluirShow msm!
ResponderExcluirTb me decepcionei com isso, anonimo. Seria lindo todos trajados como na época de 1895 no final. Mas o diretor quis mudar... Nunca o perdoarei.
ResponderExcluirTb amo, Sol.
ResponderExcluirJá estou sentindo, Bruna.
ResponderExcluirAna Beatriz Nogueira e Irene Ravache foram excelentes, do começo ao final da novela.
ResponderExcluirDo começo ao fim msm, Elvira.
ResponderExcluirAdoro o trabalho dessas atrizes! Ama Beatriz é, sem dúvidas, uma das melhores atrizes da sua geração!
ResponderExcluirConcordo ana beatriz ê uma diva
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