A última retrospectiva e a última postagem do ano, honrando a tradição do blog, é sobre os grandes destaques de 2015. A Globo não teve sorte no horário nobre, mas em compensação emplacou o maior sucesso das 23h e exibiu duas novelas das seis primorosas. Já a Record conseguiu um êxito jamais alcançado com sua primeira novela bíblica, enquanto o SBT manteve a boa média alcançada com mais uma novelinha infantil. A Band exibiu duas ótimas temporadas do melhor reality culinário do país e o canal a cabo GNT produziu algumas boas séries. Enfim, vamos aos destaques deste ano:
"Verdades Secretas".
A melhor novela do ano e o maior sucesso de 2015. A primeira trama inédita das 23h (após quatro remakes), com 64 capítulos e média de 20 pontos, foi mais um grande acerto do autor Walcyr Carrasco, que repetiu a bem-sucedida parceria com o diretor Mauro Mendonça Filho, cuja direção primorosa foi um dos trunfos do folhetim. A história abordou com maestria uma sucessão de temas polêmicos e pesados, prendendo o telespectador diante da televisão até o começo da madrugada. Prostituição, submundo da moda, sexo, drogas, traição, enfim, foram várias temáticas fortes que permearam o roteiro da novela das onze. Destaque também para o excelente elenco, os dúbios personagens, a bela fotografia, além da trilha sonora de qualidade e dos instigantes conflitos.
"Sete Vidas".
A segunda novela de Lícia Manzo teve apenas 104 capítulos, ficando cerca de quatro meses no ar. E a autora mais uma vez, após a envolvente e impecável "A Vida da Gente" (2012), conseguiu emocionar o telespectador com seu texto repleto de sentimentos e com sua história recheada de personagens totalmente reais. Dirigida por Jayme Monjardim, a trama sobre um navegador solitário e traumatizado, que se via diante de sete filhos desconhecidos, foi fascinante e ainda abordou muito bem as novas formações familiares. O bem escalado elenco soube representar com competência todas as pessoas criadas pela talentosa autora e foi um prazer acompanhar todos os desdobramentos de uma história onde a grande vilã era a vida. O grau de realismo dos dramas era tão alto que muitas vezes o público tinha a sensação de espiar tudo pelo buraco da fechadura. Linda novela e elevou em dois pontos a média do horário.
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Retrospectiva 2015: as melhores cenas do ano
Como foi um ano de grandes interpretações, automaticamente foi um ano de grandiosas cenas também. Vários atores se destacaram em 2015 (colocados na lista anterior) e foram muitas as sequências merecedoras de aplausos. Quase todas as novelas e séries contaram com bons momentos que merecem ser mencionados em mais uma retrospectiva. Vamos a eles.
Passeio no parque em "Sete Vidas".
Foi a cena mais linda e tocante do ano. Lícia Manzo escreveu e os atores interpretaram uma delicada sequência, onde os sete irmãos do título se encontraram em um parque de diversões, retomando uma infância não vivida. Isso depois de uma briga séria protagonizada por todos. O momento serviu para uma bonita reconciliação, que resultou em um show de sensibilidade. Isabelle Drummond, Jayme Matarazzo, Thiago Rodrigues, Michel Noher, Ghilherme Lobo e Maria Eduarda de Carvalho emocionaram em meio a uma perfeita trilha sonora ("Reckoner", do Radiohead, em uma linda versão de Vitamin String Quartet). Foi impossível não ter chorado assistindo.
Condessa finalmente encontra Bernardo em "Além do Tempo".
Irene Ravache protagonizou inúmeras cenas grandiosas na trama de Elizabeth Jhin e essa foi uma delas. O momento em que Vitória, após anos procurando, reencontra o filho desaparecido foi lindo demais. A atriz expôs toda a alegria da personagem só pelo olhar e Felipe Camargo também merece elogios por sua atuação. Apesar do Conde ter sido amarrado por Bento, a delicadeza do momento se fez presente. A cena ainda culminou em uma virada na reta final da primeira fase da história, o que resultou em ótimas sequências posteriores.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Retrospectiva 2015: as melhores atrizes e os melhores atores do ano
Assim como ocorreu em 2014, foram muitos os intérpretes que brilharam no ano que passou. A teledramaturgia está muito bem servida de atores e atrizes que dignificam a profissão, ainda que nem todas as produções sejam merecedoras de elogios. Vários profissionais se destacaram, esbanjando talento, tanto nas novelas quanto nas minisséries e séries. Portanto, nada mais justo do que listá-los a seguir.
Melhores Atrizes:
1- Irene Ravache.
Um verdadeiro show de atuação. A atriz é uma das melhores e mais respeitadas do país e ganhou uma personagem à sua altura em "Além do Tempo". Ela simplesmente brilhou absoluta na primeira fase da trama de Elizabeth jhin, quando interpretou a amarga e cruel Condessa Vitória Castellini. Elegante e arrogante, a toda poderosa proporcionou uma sucessão de grandes cenas para a intérprete. Agora, na segunda fase, a atriz continua se destacando, mas na pele de uma Vitória mais sofrida e bondosa. Todos os elogios que Irene vem recebendo desde o início deste folhetim são mais do que merecidos.
2 - Marieta Severo.
Após quase 14 anos dedicados ao seriado "A Grande Família", vivendo a doce Dona Nenê, a atriz voltou às novelas em grande estilo. Walcyr Carrasco a presenteou com uma grande personagem e ela soube aproveitar a chance. A ambiciosa e prepotente Fanny Richard era dona de uma agência de modelos e inseria suas 'meninas' no 'mercado' da prostituição. Ainda tinha um romance cercado de interesses com um homem bem mais novo (Anthony - Reynaldo Gianecchini). Marieta se destacou do primeiro ao último capítulo e não poderia ter retornado aos folhetins de forma melhor.
Melhores Atrizes:
1- Irene Ravache.
Um verdadeiro show de atuação. A atriz é uma das melhores e mais respeitadas do país e ganhou uma personagem à sua altura em "Além do Tempo". Ela simplesmente brilhou absoluta na primeira fase da trama de Elizabeth jhin, quando interpretou a amarga e cruel Condessa Vitória Castellini. Elegante e arrogante, a toda poderosa proporcionou uma sucessão de grandes cenas para a intérprete. Agora, na segunda fase, a atriz continua se destacando, mas na pele de uma Vitória mais sofrida e bondosa. Todos os elogios que Irene vem recebendo desde o início deste folhetim são mais do que merecidos.
2 - Marieta Severo.
Após quase 14 anos dedicados ao seriado "A Grande Família", vivendo a doce Dona Nenê, a atriz voltou às novelas em grande estilo. Walcyr Carrasco a presenteou com uma grande personagem e ela soube aproveitar a chance. A ambiciosa e prepotente Fanny Richard era dona de uma agência de modelos e inseria suas 'meninas' no 'mercado' da prostituição. Ainda tinha um romance cercado de interesses com um homem bem mais novo (Anthony - Reynaldo Gianecchini). Marieta se destacou do primeiro ao último capítulo e não poderia ter retornado aos folhetins de forma melhor.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Retrospectiva 2015: os melhores casais do ano
Seguindo com a retrospectiva do ano que passou, nada mais justo do que relembrar os melhores casais da ficção. Assim como costuma ocorrer em todos os anos, foram muitos pares que transbordaram química e despertaram torcidas. Claro que os equivocados também existiram, mas esses nem merecem menção. O que vale é a listagem dos romances que engrandeceram os enredos e conquistaram o telespectador.
Lígia e Miguel ("Sete Vidas"): A novela de Lícia Manzo foi um primor e um dos muitos destaques foi o casal protagonista, formado por uma mulher segura de si e um homem complexado. O romance conturbado foi envolvente do primeiro ao último capítulo e os dois não tiveram que enfrentar vilões ao longo da história: o grande impedimento para a felicidade do casal era justamente a vida e todos os traumas que ela causou no sofrido navegador, que se viu no meio de um furacão e cercado por sete filhos completamente desconhecidos. Débora Bloch e Domingos Montagner repetiram a boa química vista em "Cordel Encantado" e combinaram perfeitamente.
Danny Bond e Marília ("Felizes para sempre?"): A prostituta conheceu o amor da sua vida em um programa a três, quando foi chamada para apimentar a relação de um casal que estava em crise. Ela acabou provocando a obsessão de Cláudio (Enrique Diaz) e apresentou a pureza de um sentimento verdadeiro para Marília, mulher que estava a cada dia mais infeliz no casamento. As duas protagonizaram lindas cenas na obra de Euclydes Marinho, onde a cumplicidade se fazia presente em meio a uma trama repleta de podridão e corrupção por todos os lados. O final foi trágico ---- a garota de programa foi assassinada pelo marido do seu amor ----, mas o breve romance foi muito bonito e cheio de sensualidade. Paolla Oliveira e Maria Fernanda Cândido estavam totalmente entregues.
Lígia e Miguel ("Sete Vidas"): A novela de Lícia Manzo foi um primor e um dos muitos destaques foi o casal protagonista, formado por uma mulher segura de si e um homem complexado. O romance conturbado foi envolvente do primeiro ao último capítulo e os dois não tiveram que enfrentar vilões ao longo da história: o grande impedimento para a felicidade do casal era justamente a vida e todos os traumas que ela causou no sofrido navegador, que se viu no meio de um furacão e cercado por sete filhos completamente desconhecidos. Débora Bloch e Domingos Montagner repetiram a boa química vista em "Cordel Encantado" e combinaram perfeitamente.
Danny Bond e Marília ("Felizes para sempre?"): A prostituta conheceu o amor da sua vida em um programa a três, quando foi chamada para apimentar a relação de um casal que estava em crise. Ela acabou provocando a obsessão de Cláudio (Enrique Diaz) e apresentou a pureza de um sentimento verdadeiro para Marília, mulher que estava a cada dia mais infeliz no casamento. As duas protagonizaram lindas cenas na obra de Euclydes Marinho, onde a cumplicidade se fazia presente em meio a uma trama repleta de podridão e corrupção por todos os lados. O final foi trágico ---- a garota de programa foi assassinada pelo marido do seu amor ----, mas o breve romance foi muito bonito e cheio de sensualidade. Paolla Oliveira e Maria Fernanda Cândido estavam totalmente entregues.
domingo, 27 de dezembro de 2015
Retrospectiva 2015: os artistas que deixaram saudades
Infelizmente, o Brasil perdeu muitos artistas queridos em 2015. Muitos foram derrotados pelo câncer e alguns sofreram outras complicações. Mas, independente das causas, o cenário artístico brasileiro ficou mais pobre com a partida de todos esses grandes profissionais, que fizeram parte da vida do público. A lembrança sempre existirá e a saudade ficará cada vez maior.
Cláudio Marzo (1940 - 2015).
O respeitado ator estava afastado das novelas desde 2007, quando atuou em "Desejo Proibido", trama de Walther Negrão. Foram mais de 35 novelas e quase 40 filmes. Sua rica carreira se mistura com a história da televisão. Ele faleceu em março, aos 74 anos, por conta de um enfisema pulmonar.
Jorge Loredo (1925 - 2015).
O intérprete do querido Zé Bonitinho, um dos personagens mais clássicos do humor nacional, ainda estava na ativa e marcava presença em "A Praça é Nossa", no SBT. Porém, já com a saúde debilitada --- ele lutava há anos contra uma doença pulmonar grave, além de um enfisema ---, faleceu no final de março, aos 89 anos.
Cláudio Marzo (1940 - 2015).
O respeitado ator estava afastado das novelas desde 2007, quando atuou em "Desejo Proibido", trama de Walther Negrão. Foram mais de 35 novelas e quase 40 filmes. Sua rica carreira se mistura com a história da televisão. Ele faleceu em março, aos 74 anos, por conta de um enfisema pulmonar.
Jorge Loredo (1925 - 2015).
O intérprete do querido Zé Bonitinho, um dos personagens mais clássicos do humor nacional, ainda estava na ativa e marcava presença em "A Praça é Nossa", no SBT. Porém, já com a saúde debilitada --- ele lutava há anos contra uma doença pulmonar grave, além de um enfisema ---, faleceu no final de março, aos 89 anos.
sábado, 26 de dezembro de 2015
Retrospectiva 2015: os piores do ano
Como tem acontecido nos últimos anos, este blog fará uma retrospectiva de 2015, abordando os piores produtos, os melhores atores e atrizes, as cenas mais marcantes e, claro, os destaques do ano que passou. A seleção é feita exclusivamente por mim e os leitores, como sempre, estão livres para concordâncias e discordâncias. A primeira lista é sempre a dos piores, justamente para que as próximas sejam apenas ressaltando as coisas boas que aconteceram na televisão brasileira. Portanto, está oficialmente aberta a temporada retrô do "De Olho nos Detalhes", começando pelo que houve de ruim na TV.
"Babilônia": A novela de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, dirigida por Dennis Carvalho, foi o maior fracasso do horário nobre da Globo. Após chamadas promissoras e um primeiro capítulo excelente, a novela foi se mostrando limitada e ainda sofreu várias modificações em virtude da forte rejeição do telespectador, que não gostou de ver logo na estreia um beijo protagonizado por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. Mas o problema do folhetim não estava no casal homossexual, e, sim, em toda a sua estrutura, que não conseguiu se sustentar nem por um mês. A história era fraca, a protagonista (Regina - Camila Pitanga) irritante e o duelo das vilãs (Beatriz e Inês), que parecia promissor no início, ficou repetitivo, apesar do ótimo desempenho de Glória Pires e Adriana Esteves. Ainda teve personagem gay que virou hétero e um desinteressante "quem matou?" na reta final. O problemático folhetim foi tão equivocado que afundou a principal faixa da líder, que viu sua audiência migrar para "Os Dez Mandamentos", da Record. Pra esquecer.
"I love Paraisópolis": A trama de Alcides Nogueira e Mário Teixeira começou agradável e parecia uma ótima história. Entretanto, depois do primeiro mês, o enredo se mostrou raso e repleto de esquetes avulsas, que ficaram cansativas com o tempo. O romance de Mari (Bruna Marquezine) e Benjamin (Maurício Destri), que também iniciou atrativo, logo cansou, assim como toda a história da novela (ou a falta dela). O excesso de personagens foi outro incômodo, implicando em muitos atores subaproveitados. Situações que poderiam ter sido abordadas com sensibilidade, como o Mal de Alzheimer de Izabelita (Nicette Bruno), foi deixado de lado e a novela passou a focar em situações esdrúxulas envolvendo mafiosos e cenas toscas, como mortos ressuscitando e fantasmas beijando peixes no mar. A trama não teve problemas de audiência na média geral, mas os índices tiveram uma boa queda nos últimos meses, o que acabou refletindo a reação do público diante da ausência de bons conflitos na história.
"Babilônia": A novela de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, dirigida por Dennis Carvalho, foi o maior fracasso do horário nobre da Globo. Após chamadas promissoras e um primeiro capítulo excelente, a novela foi se mostrando limitada e ainda sofreu várias modificações em virtude da forte rejeição do telespectador, que não gostou de ver logo na estreia um beijo protagonizado por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. Mas o problema do folhetim não estava no casal homossexual, e, sim, em toda a sua estrutura, que não conseguiu se sustentar nem por um mês. A história era fraca, a protagonista (Regina - Camila Pitanga) irritante e o duelo das vilãs (Beatriz e Inês), que parecia promissor no início, ficou repetitivo, apesar do ótimo desempenho de Glória Pires e Adriana Esteves. Ainda teve personagem gay que virou hétero e um desinteressante "quem matou?" na reta final. O problemático folhetim foi tão equivocado que afundou a principal faixa da líder, que viu sua audiência migrar para "Os Dez Mandamentos", da Record. Pra esquecer.
"I love Paraisópolis": A trama de Alcides Nogueira e Mário Teixeira começou agradável e parecia uma ótima história. Entretanto, depois do primeiro mês, o enredo se mostrou raso e repleto de esquetes avulsas, que ficaram cansativas com o tempo. O romance de Mari (Bruna Marquezine) e Benjamin (Maurício Destri), que também iniciou atrativo, logo cansou, assim como toda a história da novela (ou a falta dela). O excesso de personagens foi outro incômodo, implicando em muitos atores subaproveitados. Situações que poderiam ter sido abordadas com sensibilidade, como o Mal de Alzheimer de Izabelita (Nicette Bruno), foi deixado de lado e a novela passou a focar em situações esdrúxulas envolvendo mafiosos e cenas toscas, como mortos ressuscitando e fantasmas beijando peixes no mar. A trama não teve problemas de audiência na média geral, mas os índices tiveram uma boa queda nos últimos meses, o que acabou refletindo a reação do público diante da ausência de bons conflitos na história.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
Feliz Natal!
Quero desejar aos leitores um Natal cheio de paz, luz, realizações, saúde e felicidades. Obrigado pela presença constante de todos aqui. Tanto os que comentam os textos, como aqueles que apenas leem as postagens. Que o espírito natalino não esteja presente somente neste dia, mas também em todos os outros 364. Afinal, estamos precisando e muito.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Áudio da primeira fase vira um dos trunfos da segunda de "Além do Tempo"
Que Elizabeth Jhin inovou com "Além do Tempo" não há dúvidas. Afinal, transformar duas novelas em uma, e ainda ter coragem de mudar drasticamente uma trama que estava dando tão certo, é para poucos. Porém, a direção de Rogério Gomes e Pedro Vasconcellos também merece menção pela ótima ideia de inserir vários áudios de diálogos marcantes da primeira fase na segunda. O que começou de uma forma mais comedida no início do enredo ambientado em 2015, acabou virando uma marca do folhetim.
A estratégia deixa as situações ainda mais interessantes de serem acompanhadas e muitas vezes provoca um impacto bem maior. Algumas vezes, o áudio é inserido no meio da cena, enquanto os personagens se olham, já em outras é colocado no encerramento do capítulo, enquanto os créditos sobem. A ida para o intervalo, dependendo da cena que acabou de ser exibida em questão, também é contemplada com o som de embates do século XIX, assim como a própria abertura da novela, onde a música tema ("Palavras ao Vento", cantada lindamente por Cássia Eller) é retirada para a inserção dos diálogos mais marcantes da vida passada.
Esta 'mistura' de fases funcionou muito bem no conjunto de "Além do Tempo" e ainda serviu para manter a memória viva de todo o enredo ambientado por volta de 1895. Não que esse recurso fosse necessário para o público se lembrar de tudo o que houve antes, entretanto, funcionou como uma espécie de união do útil ao agradável.
A estratégia deixa as situações ainda mais interessantes de serem acompanhadas e muitas vezes provoca um impacto bem maior. Algumas vezes, o áudio é inserido no meio da cena, enquanto os personagens se olham, já em outras é colocado no encerramento do capítulo, enquanto os créditos sobem. A ida para o intervalo, dependendo da cena que acabou de ser exibida em questão, também é contemplada com o som de embates do século XIX, assim como a própria abertura da novela, onde a música tema ("Palavras ao Vento", cantada lindamente por Cássia Eller) é retirada para a inserção dos diálogos mais marcantes da vida passada.
Esta 'mistura' de fases funcionou muito bem no conjunto de "Além do Tempo" e ainda serviu para manter a memória viva de todo o enredo ambientado por volta de 1895. Não que esse recurso fosse necessário para o público se lembrar de tudo o que houve antes, entretanto, funcionou como uma espécie de união do útil ao agradável.
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Racismo e a pouca diferença entre ficção e realidade
Em julho deste ano, Maria Júlia Coutinho, que se destacou em 2015 na previsão do tempo do "Hora Um", sendo promovida para o "Jornal Nacional", foi vítima de ataques racistas na internet. Já em novembro, a vítima da vez foi a atriz Taís Araújo. E, poucos dias depois, as atrizes Cris Vianna e Sheron Menezzes foram os novos alvos dos criminosos. Milhares de negros sofrem preconceito todos os dias no país e há séculos, ou seja, nada disso é novidade. Tanto que a teledramaturgia aborda esse assunto constantemente e várias novelas já levantaram a questão, que infelizmente está longe de acabar.
E os casos recentes que aconteceram com as quatro figuras conhecidas mencionadas apenas comprovam que há pouca diferença entre ficção e realidade. Ainda que alguns considerem o tom do racismo explorado em algumas obras 'exagerado' ou 'forçado', a verdade é que o assunto é apenas exposto da forma como ele infelizmente é. E foram muitos folhetins que exploraram a questão racial, tanto que nem tem como citar todos. O preconceito é exibido em função da ficção (retratando também a sociedade, obviamente) desde o surgimento da telenovela e da dramaturgia no geral.
Atualmente, por exemplo, "Além do Tempo" vem abordando o preconceito de uma forma explícita e competente. Na primeira fase da obra de Elizabeth Jhin, ambientada no século XIX, Raul (Val Perré) era um ex-escravo que vivia sendo ofendido por Bento (Luiz Carlos Vasconcelos) e Pedro (Emílio Dantas). Na época, claro, o racismo era vomitado com 'orgulho' e nem era considerado crime.
E os casos recentes que aconteceram com as quatro figuras conhecidas mencionadas apenas comprovam que há pouca diferença entre ficção e realidade. Ainda que alguns considerem o tom do racismo explorado em algumas obras 'exagerado' ou 'forçado', a verdade é que o assunto é apenas exposto da forma como ele infelizmente é. E foram muitos folhetins que exploraram a questão racial, tanto que nem tem como citar todos. O preconceito é exibido em função da ficção (retratando também a sociedade, obviamente) desde o surgimento da telenovela e da dramaturgia no geral.
Atualmente, por exemplo, "Além do Tempo" vem abordando o preconceito de uma forma explícita e competente. Na primeira fase da obra de Elizabeth Jhin, ambientada no século XIX, Raul (Val Perré) era um ex-escravo que vivia sendo ofendido por Bento (Luiz Carlos Vasconcelos) e Pedro (Emílio Dantas). Na época, claro, o racismo era vomitado com 'orgulho' e nem era considerado crime.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Os 45 anos de "Chapolin", um dos grandes sucessos de Roberto Gómez Bolaños
No dia 19 de novembro de 1970, ia ao ar pela primeira vez "Chapolin", um dos muitos personagens de sucesso do genial Roberto Gómez Bolaños. A produção mexicana acabou virando uma febre mundial e surgiu, curiosamente, dois anos antes de "Chaves", outro fenômeno (o maior, diga-se) criado pelo ator, roteirista e humorista. Desde então, o 'herói' virou uma febre mundial e até hoje está vivo na memória dos fãs, sendo que muitos deles são brasileiros.
A saga do super-herói mais covarde que já existiu começou na década de 70 e era um quadro do programa "Los Supergenios de la Mesa Cuadrada". Em virtude do imenso sucesso, a produção foi transformada em série e acabou ganhando um horário fixo, com 30 minutos de duração cada episódio. Processo quase igual ao ocorrido com o "Chaves". O formato foi produzido de forma despretensiosa e virou um grande êxito de audiência.
Roberto produziu uma espécie de sátira dos heróis, criando um que era exatamente o oposto de tudo o que os 'salvadores' representavam. Medroso, atrapalhado, convencido, mulherengo e um tanto quanto burro, o Chapolin Colorado sempre enfiava os pés pelas mãos nas suas tentativas de ajudar os inocentes e punir os bandidos.
Roberto produziu uma espécie de sátira dos heróis, criando um que era exatamente o oposto de tudo o que os 'salvadores' representavam. Medroso, atrapalhado, convencido, mulherengo e um tanto quanto burro, o Chapolin Colorado sempre enfiava os pés pelas mãos nas suas tentativas de ajudar os inocentes e punir os bandidos.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Revelação do Pai não surpreende, mas provoca uma boa guinada em "A Regra do Jogo"
Nesta quarta-feira (16/12), foi revelada a identidade do grande líder da facção criminosa, o maior segredo de "A Regra do Jogo". Apelidado de Pai, o poderoso chefão era uma incógnita desde a estreia da novela e o mistério foi mantido até o capítulo 93. A revelação não surpreendeu em nada, uma vez que vazaram várias informações nos jornais e na imprensa semanas antes e a própria história já estava deixando claro que Gibson (José de Abreu) era o grande vilão. Porém, apesar da obviedade, a revelação deu uma boa guinada na história.
João Emanuel Carneiro guardou uma boa gama de explicações para toda esta questão e ainda conseguiu tocar em uma ferida que continua aberta na sociedade: a justiça com as próprias mãos. Isso porque Gibson resolveu criar a facção depois de sofrer um grande trauma, durante um assalto, quando sua casa foi invadida por marginais e sua família foi cruelmente torturada pelos criminosos. Após presenciar o momento de terror, ele constatou a ineficiência da justiça brasileira e resolveu sentenciar os bandidos. Assim, contratou Zé Maria (Tony Ramos) para assassiná-los, que por sua vez arrumou mais capangas para o 'serviço'. Foi o início da organização mais temida da novela.
A cena em que Gibson se revela para Orlando (Eduardo Moscovis) --- surgindo no meio da escuridão ---, deixando claro que sempre soube das armações do canalha e que estava apenas testando sua competência o tempo todo, foi ótima e brilhantemente interpretada por José de Abreu e Du Moscovis. O empresário explicou todo o seu objetivo para o subordinado e ainda fez questão de enfatizar que criou um exército para tirar toda a corja que está no poder.
João Emanuel Carneiro guardou uma boa gama de explicações para toda esta questão e ainda conseguiu tocar em uma ferida que continua aberta na sociedade: a justiça com as próprias mãos. Isso porque Gibson resolveu criar a facção depois de sofrer um grande trauma, durante um assalto, quando sua casa foi invadida por marginais e sua família foi cruelmente torturada pelos criminosos. Após presenciar o momento de terror, ele constatou a ineficiência da justiça brasileira e resolveu sentenciar os bandidos. Assim, contratou Zé Maria (Tony Ramos) para assassiná-los, que por sua vez arrumou mais capangas para o 'serviço'. Foi o início da organização mais temida da novela.
A cena em que Gibson se revela para Orlando (Eduardo Moscovis) --- surgindo no meio da escuridão ---, deixando claro que sempre soube das armações do canalha e que estava apenas testando sua competência o tempo todo, foi ótima e brilhantemente interpretada por José de Abreu e Du Moscovis. O empresário explicou todo o seu objetivo para o subordinado e ainda fez questão de enfatizar que criou um exército para tirar toda a corja que está no poder.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Canal Viva acerta com a reprise de "Cambalacho", uma das marcantes novelas de Silvio de Abreu
Exibida entre 10 de março e 3 de outubro de 1986, "Cambalacho" foi uma das novelas das sete mais marcantes da Globo. Sucesso de Silvio de Abreu e dirigida por Jorge Fernando, a trama marcou época, mesclou a comédia rasgada e o drama com maestria e ainda apresentou uma legião de personagens cativantes. Reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" em 1991, o folhetim começou a ser reexibido pelo Canal Viva em agosto de 2015.
A história é protagonizada por dois trambiqueiros natos: Leonarda Furtado, a Naná (Fernanda Montenegro), e Jerônimo Machado, o Gegê (saudoso Gianfrancesco Guarnieri). Os dois sobrevivem dos cambalachos (expressão que se popularizou na época) que fazem e ela ainda custeia os estudos da filha (Daniela - Cristina Pereira) no exterior. Naná, inclusive, recolhe crianças das ruas para aliviar sua culpa pelos trambiques. Já o seu comparsa é mais 'prático' e bem menos sentimental.
Apesar dos golpes que praticam, os protagonistas são pessoas bacanas e de bom coração. Fernanda e Gianfrancesco formaram uma dupla maravilhosa na trama e esbanjaram sintonia. Os perfis eram uma espécie de mocinhos às avessas.
Apesar dos golpes que praticam, os protagonistas são pessoas bacanas e de bom coração. Fernanda e Gianfrancesco formaram uma dupla maravilhosa na trama e esbanjaram sintonia. Os perfis eram uma espécie de mocinhos às avessas.
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Enquanto Alinne Moraes e Rafael Cardoso esbanjam química em "Além do Tempo", Lívia e Felipe honram o título da novela das seis
A principal característica de "Além do Tempo" é a presença de duas fases completamente distintas, com longa duração cada uma. A primeira se passou no século XIX, por volta de 1895, e a atual se passa no século XXI, em 2015. E um dos grandes motivos para a transição de fase é justamente o casal protagonista, composto por Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso), cujo amor atravessa o tempo. Ou seja, se o par não funcionasse, a história fatalmente naufragaria. Mas funcionou.
A clássica história do amor de outras vidas, desta vez, foi contada de forma diferente, mantendo a essência folhetinesca. Ao contrário do que sempre costuma ocorrer em obras espíritas ---- através de flashbacks inseridos durante a história, quase sempre frutos de regressões ----, a vida passada do casal foi contada, na íntegra, ao longo de 87 capítulos na primeira fase e sem final feliz. Tudo para que o novo ciclo do amor pudesse ser reiniciado com o público já sabendo de todos os meandros daquele romance.
E a estratégia ousada de Elizabeth Jhin foi muito benéfica para a novela, que nada mais é do que duas obras em uma. Já a imensa química entre os atores e a ótima construção dos personagens foram vitais para que tudo funcionasse e conquistasse o telespectador. Até porque um dos maiores desafios para um autor hoje em dia é justamente conseguir criar um casal principal que empolgue e desperte torcida do público.
A clássica história do amor de outras vidas, desta vez, foi contada de forma diferente, mantendo a essência folhetinesca. Ao contrário do que sempre costuma ocorrer em obras espíritas ---- através de flashbacks inseridos durante a história, quase sempre frutos de regressões ----, a vida passada do casal foi contada, na íntegra, ao longo de 87 capítulos na primeira fase e sem final feliz. Tudo para que o novo ciclo do amor pudesse ser reiniciado com o público já sabendo de todos os meandros daquele romance.
E a estratégia ousada de Elizabeth Jhin foi muito benéfica para a novela, que nada mais é do que duas obras em uma. Já a imensa química entre os atores e a ótima construção dos personagens foram vitais para que tudo funcionasse e conquistasse o telespectador. Até porque um dos maiores desafios para um autor hoje em dia é justamente conseguir criar um casal principal que empolgue e desperte torcida do público.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Um balanço da vigésima edição do "Melhores do Ano"
A vigésima edição do "Melhores do Ano" foi ao ar neste domingo (13/12), no "Domingão do Faustão". Como sempre ocorre em todos os anos, o evento foi marcado pela presença de vários atores, atrizes e profissionais da Globo, onde o luxo se fez presente do começo ao fim do programa, que teve mais de três horas de duração. E entre as 14 categorias, algumas contaram com finalistas justos, enquanto outras deixaram bastante a desejar nas indicações, cometendo uns esquecimentos 'graves'. Mas, no geral, foi uma boa festa.
A entrega dos prêmios começou às 17h30 e só terminou às 21h. Ao contrário de anos anteriores, a entrega foi ao vivo, deixando o evento mais atrativo, pois já fazia algum tempo que os vazamentos tiravam um pouco da graça da premiação, uma vez que grande parte do público já sabia os vencedores. Todos os finalistas ficaram em um grande salão, onde os comes e bebes eram servidos. Aliás, vários atores e atrizes ficaram visivelmente 'altinhos' mais pro final da festa. Luan Santana (eleito Melhor Cantor), Anitta (eleita Melhor Cantora) e Ludmilla (com "Hoje" eleita Melhor Música) fizeram os números musicais.
Na categoria Melhor Ator e Atriz Mirim, a vencedora foi a favorita Mel Maia, pelo seu ótimo trabalho em "Além do Tempo", onde vive a espevitada Felícia. Ela mereceu e dedicou o troféu ao colega Kadu Schons (o Alex da mesma novela), que deveria ter sido indicado também. Mel concorreu com o promissor João Gabriel D`Aleluia (o Chico, de "Além do Tempo") e Sabrina Nonata ("Babilônia").
A entrega dos prêmios começou às 17h30 e só terminou às 21h. Ao contrário de anos anteriores, a entrega foi ao vivo, deixando o evento mais atrativo, pois já fazia algum tempo que os vazamentos tiravam um pouco da graça da premiação, uma vez que grande parte do público já sabia os vencedores. Todos os finalistas ficaram em um grande salão, onde os comes e bebes eram servidos. Aliás, vários atores e atrizes ficaram visivelmente 'altinhos' mais pro final da festa. Luan Santana (eleito Melhor Cantor), Anitta (eleita Melhor Cantora) e Ludmilla (com "Hoje" eleita Melhor Música) fizeram os números musicais.
Na categoria Melhor Ator e Atriz Mirim, a vencedora foi a favorita Mel Maia, pelo seu ótimo trabalho em "Além do Tempo", onde vive a espevitada Felícia. Ela mereceu e dedicou o troféu ao colega Kadu Schons (o Alex da mesma novela), que deveria ter sido indicado também. Mel concorreu com o promissor João Gabriel D`Aleluia (o Chico, de "Além do Tempo") e Sabrina Nonata ("Babilônia").
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
"Sete Vidas", "Verdades Secretas" e "Além do Tempo" foram as melhores novelas da Globo em 2015
A Globo não tem motivo para comemorar seu cinquentenário levando em consideração a sua principal faixa de teledramaturgia. Rejeitada por crítica e público, "Babilônia" foi o maior fracasso da história do horário nobre e "A Regra do Jogo" encontrou dificuldades em reagir nos números de audiência nos primeiros meses ---- seu início foi prejudicado pelo sucesso de "Os Dez Mandamentos", na Record, e a demora em deslanchar a história também contribuiu para afastar o público. Porém, 2015 foi um ano muito rico 'novelisticamente' para a emissora no horário das seis e das onze.
"Sete Vidas" e "Além do Tempo" engrandeceram a faixa das 18h, enquanto "Verdades Secretas" levantou a chamada 'segunda linha de shows', nome que a Globo usa para classificar os produtos que vêm depois das produções pós-novela das nove. Os três folhetins apresentaram ---- no caso de "Além do Tempo" vem apresentando, pois ainda está no ar ---- qualidade de sobra e tramas muito bem escritas, dirigidas e escaladas, honrando a boa audiência conquistada.
A novela de Lícia Manzo estreou em março (dia 9) e chegou ao fim em julho (dia 10), ou seja, ficou apenas quatro meses no ar ---- tendo 106 capítulos. Após o êxito da impecável e comovente "A Vida da Gente" (2011), a autora novamente conseguiu arrebatar o telespectador com um enredo inovador e repleto de dramas bem escritos.
"Sete Vidas" e "Além do Tempo" engrandeceram a faixa das 18h, enquanto "Verdades Secretas" levantou a chamada 'segunda linha de shows', nome que a Globo usa para classificar os produtos que vêm depois das produções pós-novela das nove. Os três folhetins apresentaram ---- no caso de "Além do Tempo" vem apresentando, pois ainda está no ar ---- qualidade de sobra e tramas muito bem escritas, dirigidas e escaladas, honrando a boa audiência conquistada.
A novela de Lícia Manzo estreou em março (dia 9) e chegou ao fim em julho (dia 10), ou seja, ficou apenas quatro meses no ar ---- tendo 106 capítulos. Após o êxito da impecável e comovente "A Vida da Gente" (2011), a autora novamente conseguiu arrebatar o telespectador com um enredo inovador e repleto de dramas bem escritos.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
"Odeio Segundas": uma debochada e bem realizada série de Alexandre Machado e Fernanda Young
O GNT estreou uma nova série no dia 21 de outubro, uma quarta-feira, às 23h. Escrita por Alexandre Machado e Fernanda Young, "Odeio Segundas" é fruto de uma parceria entre o canal a cabo e a Rede Globo, juntamente com a Conspiração Filmes. Um esquema de "Multiplataforma" bem semelhante ao realizado em "Animal", seriado protagonizado por Edson Celulari e Cristiana Oliveira, exibido em 2014. A nova produção, dirigida por Arthur Fontes, tem o humor debochado peculiar dos autores e se mostrou bem realizada.
A trama é ambientada em um meio corporativo (da empresa "Ashausa & Shuasha") e todos os episódios (a primeira temporada tem dez) são passados na segunda-feira, dia tipicamente depressivo para quase toda a população mundial. O enredo tem como base o ódio que os personagens sentem pelo fatídico dia e como os problemas parecem ficar ainda piores no primeiro dia útil da semana. A Fernanda Young, inclusive, faz a 'voz' da segunda e é uma espécie de narradora que se defende dos ataques dos perfis que compõem a história.
Marisa Orth protagoniza a série e vive a complexada Valéria, mulher que não tem um pingo de aptidão para liderança, mas que, por uma ironia do acaso, acaba promovida ao cargo de subgerente do grande escritório onde é ambientada a história.
A trama é ambientada em um meio corporativo (da empresa "Ashausa & Shuasha") e todos os episódios (a primeira temporada tem dez) são passados na segunda-feira, dia tipicamente depressivo para quase toda a população mundial. O enredo tem como base o ódio que os personagens sentem pelo fatídico dia e como os problemas parecem ficar ainda piores no primeiro dia útil da semana. A Fernanda Young, inclusive, faz a 'voz' da segunda e é uma espécie de narradora que se defende dos ataques dos perfis que compõem a história.
Marisa Orth protagoniza a série e vive a complexada Valéria, mulher que não tem um pingo de aptidão para liderança, mas que, por uma ironia do acaso, acaba promovida ao cargo de subgerente do grande escritório onde é ambientada a história.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
"Totalmente Demais" reúne todos os ingredientes de uma deliciosa novela das sete
A nova novela das sete da Globo estreou no dia 9 de novembro, ou seja, completa um mês no ar nesta quarta-feira. E do que tem sido visto até agora, é possível constatar que "Totalmente Demais" reúne todos os ingredientes de um delicioso folhetim e está correspondendo plenamente ao que é esperado para a faixa das 19h. Rosane Svartman e Paulo Halm, após duas temporadas bem-sucedidas de "Malhação" e alguns filmes em seus currículos (ela como diretora e ele como roteirista), criaram uma cativante história, cujos desdobramentos vêm se mostrando muito promissores.
A saga de Eliza (Marina Ruy Barbosa) tem sido muito prazerosa de se acompanhar, assim como todos os meandros que a mocinha tem provocado desde que chegou ao Rio de Janeiro, onde conheceu o solícito Jonatas (Felipe Simas), um vendedor de balas de dia e flanelinha à noite, que se intitula 'empresário das ruas'. E o início da carreira de modelo da menina ('descoberta' por Arthur - Fábio Assunção) tem proporcionado ainda mais acontecimentos atrativos, destacando cada vez mais todo o universo encabeçado pela diretora da revista "Totalmente Demais" ---- Carolina (Juliana Paes).
A novela reúne todos os elementos clássicos de uma boa comédia romântica e os autores têm conduzido o enredo com competência, aproveitando bem todos os ótimos conflitos que eles criaram e com um ritmo bem ágil.
A saga de Eliza (Marina Ruy Barbosa) tem sido muito prazerosa de se acompanhar, assim como todos os meandros que a mocinha tem provocado desde que chegou ao Rio de Janeiro, onde conheceu o solícito Jonatas (Felipe Simas), um vendedor de balas de dia e flanelinha à noite, que se intitula 'empresário das ruas'. E o início da carreira de modelo da menina ('descoberta' por Arthur - Fábio Assunção) tem proporcionado ainda mais acontecimentos atrativos, destacando cada vez mais todo o universo encabeçado pela diretora da revista "Totalmente Demais" ---- Carolina (Juliana Paes).
A novela reúne todos os elementos clássicos de uma boa comédia romântica e os autores têm conduzido o enredo com competência, aproveitando bem todos os ótimos conflitos que eles criaram e com um ritmo bem ágil.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Viviane Araújo vence a 12ª edição da "Dança dos Famosos" e quadro segue sendo o maior sucesso do "Domingão do Faustão"
Neste primeiro domingo de dezembro (06/12), foi ao ar a grande final da "Dança dos Famosos", o quadro que se firmou como o maior sucesso do "Domingão do Faustão", desde a sua estreia, em novembro de 2005. A décima segunda temporada começou a ser exibida no dia 9 de agosto e chegou ao fim com a justa vitória de Viviane Araújo, que era uma das favoritas desde a primeira rodada. Aliás, tanto ela quanto Arthur Aguiar despontaram como grandes favoritos assim que se apresentaram pela primeira vez. Ou seja, ambos eram merecedores do troféu.
A grande zebra da final foi Mariana Santos, que foi para a repescagem, voltou, melhorou a olhos vistos, e conseguiu um bravo terceiro lugar. Além dos três mencionados, a competição deste ano contou com Bruno Boncini, Maurren Maggi, Igor Rickli, Agatha Moreira, Érico Brás, Negra Li, Françoise Forton, Flávio Canto e Fernando Rocha. O nível da edição de 2015 foi ligeiramente superior, se comparado ao de 2014, mas no geral houve uma certa permanência do 'padrão': dois favoritos, algumas ótimas evoluções e candidatos ruins do início ao fim.
A que mais evoluiu ao longo das semanas, por exemplo, foi Agatha Moreira. A atriz --- que viveu seu melhor momento na carreira na pele da Giovanna, em "Verdades Secretas" --- começou dura e desengonçada. Parecia que não passaria da segunda rodada, sendo até otimista. Entretanto, ela foi se dedicando mais e melhorando gradativamente.
A grande zebra da final foi Mariana Santos, que foi para a repescagem, voltou, melhorou a olhos vistos, e conseguiu um bravo terceiro lugar. Além dos três mencionados, a competição deste ano contou com Bruno Boncini, Maurren Maggi, Igor Rickli, Agatha Moreira, Érico Brás, Negra Li, Françoise Forton, Flávio Canto e Fernando Rocha. O nível da edição de 2015 foi ligeiramente superior, se comparado ao de 2014, mas no geral houve uma certa permanência do 'padrão': dois favoritos, algumas ótimas evoluções e candidatos ruins do início ao fim.
A que mais evoluiu ao longo das semanas, por exemplo, foi Agatha Moreira. A atriz --- que viveu seu melhor momento na carreira na pele da Giovanna, em "Verdades Secretas" --- começou dura e desengonçada. Parecia que não passaria da segunda rodada, sendo até otimista. Entretanto, ela foi se dedicando mais e melhorando gradativamente.
sábado, 5 de dezembro de 2015
O adeus a Marília Pêra, uma das mais respeitadas atrizes brasileiras
Na manhã deste sábado, dia 5 de setembro, o Brasil perdeu uma das mais respeitadas atrizes brasileiras. Marília Pêra deixou o país de luto, pouco tempo depois da grande perda de Yoná Magalhães, outro ícone da dramaturgia nacional. A atriz lutava contra um câncer no pulmão havia dois anos e o fato só tomou conhecimento do público recentemente, quando o seu estado de saúde já estava muito grave. Ela não gostava de falar da doença e preferia dizer que estava 'apenas' sofrendo de fortes dores na bacia, outro problema que a deixou fragilizada, a afastando, inclusive, do trabalho na época.
Marília faleceu em casa, aos 72 anos, ao lado da família, por volta das seis da manhã. Deixa os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta e Nina Morena, além do marido Bruno Faria, e da irmã, a querida Sandra Pêra. Foram 55 anos dedicados à arte e ela era múltipla, competente em tudo o que fazia. Atriz, cantora, diretora, coreógrafa, produtora e bailarina, a mulher que conquistou o país com seu talento tem uma carreira repleta de trabalhos grandiosos e personagens memoráveis. Sua morte afeta a vida de todos os brasileiros, que ficaram sem uma das mais dedicadas profissionais do teatro e da televisão.
Com mais de 30 trabalhos na televisão, quase 60 peças teatrais e 27 filmes, Marília tem um currículo invejável e admirado por todos os seus colegas. Estreou na TV em 1965, na recém-inaugurada Rede Globo, onde atuou nas primeiras novelas da emissora: "A Moreninha", "Padre Tião" e "Rosinha do Sobrado".
Marília faleceu em casa, aos 72 anos, ao lado da família, por volta das seis da manhã. Deixa os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta e Nina Morena, além do marido Bruno Faria, e da irmã, a querida Sandra Pêra. Foram 55 anos dedicados à arte e ela era múltipla, competente em tudo o que fazia. Atriz, cantora, diretora, coreógrafa, produtora e bailarina, a mulher que conquistou o país com seu talento tem uma carreira repleta de trabalhos grandiosos e personagens memoráveis. Sua morte afeta a vida de todos os brasileiros, que ficaram sem uma das mais dedicadas profissionais do teatro e da televisão.
Com mais de 30 trabalhos na televisão, quase 60 peças teatrais e 27 filmes, Marília tem um currículo invejável e admirado por todos os seus colegas. Estreou na TV em 1965, na recém-inaugurada Rede Globo, onde atuou nas primeiras novelas da emissora: "A Moreninha", "Padre Tião" e "Rosinha do Sobrado".
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Na pele do sarcástico Ascânio, Tonico Pereira se destaca merecidamente em "A Regra do Jogo"
Ele tem 67 anos de idade e mais de 40 de carreira. São mais de 50 filmes e mais de 30 trabalhos na televisão, incluindo novelas e séries. Tonico Pereira é um grande ator e vem se destacando na pele do picareta Ascânio, em "A Regra do Jogo". João Emanuel Carneiro o presenteou com um dos melhores personagens da atual trama das nove, proporcionando para o intérprete uma volta aos folhetins em grande estilo.
Afinal, a última novela que contou com sua participação foi "Desejos de Mulher", em 2002. Desde então, Tonico passou a integrar o elenco fixo de "A Grande Família", vivendo o hilário Mendonça, e ficou até o final do seriado de sucesso. Porém, ao contrário da maioria dos colegas da série da Família Silva, o ator também chegou a marcar presença em outras produções ao longo deste tempo. Por exemplo, nas minisséries "A Casa das Sete Mulheres" (2003) e "Amazônia - de Galvez a Chico Mendes" (2007), além do seriado "Carga Pesada" (2004) e da série "Decamerão - A Comédia do Sexo" (2009).
Agora, em "A Regra do Jogo", Tonico tem defendido com competência o sarcástico Ascânio, ex-braço direito de Romero Rômulo (Alexandre Nero). O personagem, na verdade, não passa de um pobre coitado que não tem onde cair morto. Ele praticamente criou o protagonista da história, logo após 'conhecê-lo', quando o mesmo tentou roubá-lo quando ainda era uma criança.
Afinal, a última novela que contou com sua participação foi "Desejos de Mulher", em 2002. Desde então, Tonico passou a integrar o elenco fixo de "A Grande Família", vivendo o hilário Mendonça, e ficou até o final do seriado de sucesso. Porém, ao contrário da maioria dos colegas da série da Família Silva, o ator também chegou a marcar presença em outras produções ao longo deste tempo. Por exemplo, nas minisséries "A Casa das Sete Mulheres" (2003) e "Amazônia - de Galvez a Chico Mendes" (2007), além do seriado "Carga Pesada" (2004) e da série "Decamerão - A Comédia do Sexo" (2009).
Agora, em "A Regra do Jogo", Tonico tem defendido com competência o sarcástico Ascânio, ex-braço direito de Romero Rômulo (Alexandre Nero). O personagem, na verdade, não passa de um pobre coitado que não tem onde cair morto. Ele praticamente criou o protagonista da história, logo após 'conhecê-lo', quando o mesmo tentou roubá-lo quando ainda era uma criança.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
"APCA" faz justiça em grande parte das categorias de TV e consagra o sucesso de "Verdades Secretas"
Nesta quarta-feira (02/12), a "Associação Paulista de Críticos de Arte" votou, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, nos melhores do ano. Dividida em sete categorias, a seleção dos finalistas ---- das grandes produções e dos profissionais que mais se destacaram na televisão brasileira ---- foi uma das mais equilibradas e justas, onde a grande vencedora (assim como ocorreu no "Prêmio Extra", só que o jornal se baseou na votação popular) foi a novela "Verdades Secretas", que levou três troféus.
A trama de Walcyr Carrasco, que foi o maior sucesso de Globo em 2015, levou a estatueta de Melhor Novela e com todo mérito. A instigante história, repleta de reviravoltas e com uma boa dose de terror psicológico, foi um dos melhores e mais bem-sucedidos folhetins do autor. A produção foi de extremo capricho, sendo plenamente recompensada pelo reconhecimento do público e da crítica. A trama concorreu com "Sete Vidas" e "Além do Tempo", que também eram muito merecedoras do prêmio, pois são obras maravilhosas. "Os Dez Mandamentos" e "I love Paraisópolis" (que não merecia estar ali) foram as outras concorrentes.
Grazi Massafera mais uma vez teve a sua total entrega reconhecida e ganhou como Melhor Atriz. A Larissa foi uma das personagens mais impactantes de "Verdades Secretas" e toda a sua degradação nas drogas impressionou. Não só pela triste situação em si, como também pela interpretação visceral de Grazi, que contou ainda com uma caracterização assustadoramente real.
A trama de Walcyr Carrasco, que foi o maior sucesso de Globo em 2015, levou a estatueta de Melhor Novela e com todo mérito. A instigante história, repleta de reviravoltas e com uma boa dose de terror psicológico, foi um dos melhores e mais bem-sucedidos folhetins do autor. A produção foi de extremo capricho, sendo plenamente recompensada pelo reconhecimento do público e da crítica. A trama concorreu com "Sete Vidas" e "Além do Tempo", que também eram muito merecedoras do prêmio, pois são obras maravilhosas. "Os Dez Mandamentos" e "I love Paraisópolis" (que não merecia estar ali) foram as outras concorrentes.
Grazi Massafera mais uma vez teve a sua total entrega reconhecida e ganhou como Melhor Atriz. A Larissa foi uma das personagens mais impactantes de "Verdades Secretas" e toda a sua degradação nas drogas impressionou. Não só pela triste situação em si, como também pela interpretação visceral de Grazi, que contou ainda com uma caracterização assustadoramente real.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Cada vez mais à vontade no "Encontro", Fátima Bernardes se firma como uma ótima apresentadora
O "Encontro" estreou em junho de 2012 cercado de expectativas. Afinal, era a estreia de Fátima Bernardes em uma nova área, após anos atuando como repórter e âncora do "Jornal Nacional". Porém, não demorou muito para que a desconfiança passasse a rondar a nova atração. O programa se mostrava mais do mesmo e ela parecia insegura, o que era até normal. Portanto, uma pergunta começava a se proliferar: "Foi um acerto a Fátima sair do jornalismo e mergulhar no entretenimento?". Agora, três anos depois, pode-se afirmar com toda convicção: foi.
As manhãs da Globo ganharam muito com a entrada do "Encontro" na grade, se juntando ao "Mais Você" e "Bem Estar". E, após uma insegurança inicial plenamente compreensível, Fátima Bernardes se mostrou uma apresentadora nata, que não tem medo e muito menos vergonha de, algumas vezes literalmente, se jogar no programa, com o intuito de entreter seu público. Ela dança, canta, brinca, entrevista, se diverte, interage com a plateia, debate assuntos importantes; enfim, faz de tudo um pouco para fazer da sua atração um produto atrativo para o telespectador.
A cada dia mais solta, Fátima tem pleno domínio do seu programa e faz uma ótima dobradinha com o jornalista Lair Rennó, seu fiel parceiro desde a estreia. A saída do Marcos Veras do 'time', aliás, foi até melhor, pois sua presença ali não era imprescindível.
As manhãs da Globo ganharam muito com a entrada do "Encontro" na grade, se juntando ao "Mais Você" e "Bem Estar". E, após uma insegurança inicial plenamente compreensível, Fátima Bernardes se mostrou uma apresentadora nata, que não tem medo e muito menos vergonha de, algumas vezes literalmente, se jogar no programa, com o intuito de entreter seu público. Ela dança, canta, brinca, entrevista, se diverte, interage com a plateia, debate assuntos importantes; enfim, faz de tudo um pouco para fazer da sua atração um produto atrativo para o telespectador.
A cada dia mais solta, Fátima tem pleno domínio do seu programa e faz uma ótima dobradinha com o jornalista Lair Rennó, seu fiel parceiro desde a estreia. A saída do Marcos Veras do 'time', aliás, foi até melhor, pois sua presença ali não era imprescindível.