A atriz, e atual apresentadora do "Vídeo Show", roubou a cena quando participou e não se preocupou em se levar a sério. Ela interrompia as cenas várias vezes e chegou até a chamar a Agatha (assistente de produção do programa vespertino) para interagir durante uma sequência, fingindo ter esquecido o texto. Monica debochou de todos ao vivo e riu de si mesma. Não foi necessária a utilização das 'trollagens' armadas e muito menos das sugestões da plateia para que os atores continuassem a história fazendo isso ou aquilo.
A capacidade de improvisação da atriz foi seu maior trunfo, que conseguiu transformar uma história boba em algo engraçado. Monica fez o que Miguel Falabella fazia inúmeras vezes no extinto "Sai de Baixo": provocava os colegas de elenco o tempo todo e ridicularizava o próprio roteiro. Um dos grandes problemas do "Tomara que Caia" foi ter se levado a sério demais. Tudo era seguido à risca, até mesmo o que deveria ser algo improvisado.
Ou seja, não funcionou. Até porque tudo o que é planejado minuciosamente para fazer rir em um humorístico ao vivo quase sempre não atinge seu objetivo. A graça do ao vivo é justamente a possibilidade do erro, dos tropeços, das situações inesperadas.
O programa falhou na sua maior missão: divertir. Os roteiros eram (são) muito ruins e o fato dos atores seguirem tudo o que era 'proposto' à risca apenas evidenciava o quão aquele conjunto era equivocado. Se o elenco, ao menos, tivesse levado as situações encenadas na brincadeira, poderia até provocar algum riso entre um momento e outro. O próprio Leandro Hassum, por exemplo, fez isso quando participou (no dia da segunda aparição da Monica, inclusive), debochando da estrutura do cenário e das piadas bestas. Mestre do improviso, foi fácil para o ator se virar, sem precisar de interferências de 'trollagens'.
Ou seja, apesar de todos os problemas da atração, é inegável que tudo teria sido menos pior se a escalação do elenco fosse acertada. A participação de Monica Iozzi comprovou isso e a do Leandro Hassum evidenciou. De todos os atores do "Tomara que Caia", a que melhor se saiu foi, sem dúvida, a Fabiana Karla. Ela várias vezes ria das situações nada confortáveis e fazia bons improvisos. Heloísa Périssé foi outro ponto a favor, embora a atriz tenha saído bem pouco do roteiro estipulado, o que foi um erro. Já os demais não conseguiram se entrosar e nem divertir. Priscila Fantin, Marcelo Serrado e Ricardo Tozzi foram os mais deslocados, enquanto Eri Johnson e Nando Cunha se esforçavam em arrancar gargalhadas com seus exageros, sem sucesso. Já Dani Valente começou relativamente bem, mas se perdeu ao longo dos programas.
Entretanto, apesar de todos os problemas, o formato estabilizou a audiência. Após ter apresentado uma queda inicial, os números aumentaram e a atração tem perdido menos vezes para o "Programa Silvio Santos" do que o "SuperStar". O surpreendente resultado, aliás, foi o que pesou para o adiamento do término da temporada (que deverá ser a única, por razões óbvias). Até porque a emissora não colocaria nada no lugar, apenas anteciparia o "Domingo Maior", como já fez em inúmeras ocasiões. Mas, é sempre bom lembrar que nem sempre bom Ibope implica em qualidade. A própria novela "I love Paraisópolis" é um exemplo recente.
E, em virtude dos vários problemas explícitos, várias modificações foram sendo feitas a cada programa. O término da participação da plateia foi um exemplo, assim como a diminuição das interferências externas em cima das esquetes. E o elenco foi modificado quase que completamente. Muitos abandonaram (alguns em virtude de outros projetos) e outros foram aparentemente desligados do time sem maiores explicações. Fabiana Karla, Heloísa Périssé, Dani Valente, Ricardo Tozzi, Nando Cunha e Priscila Fantin saíram. Ou seja, só Marcelo Serrado e Eri Johnson sobraram no programa, que passou a focar nas participações especiais para suprir a ausência dos demais. O grupo de comédia "Os Barbixas", que interferia no fim de cada trama, também foi retirado. As alterações, inegavelmente, apresentaram uma ligeira melhora no todo. Mas, ainda assim, muito longe de ser considerado bom.
O "Tomara que Caia" foi uma válida tentativa de sair da mesmice, mas a execução da ideia não foi nada acertada. O elenco não foi bem escalado, os roteiros deixaram muito a desejar e as 'trolladas' mais atrapalharam do que ajudaram. O conjunto minuciosamente construído para arrancar risos do telespectador falhou em todos os aspectos e um dos principais defeitos do programa foi se levar a sério demais. A participação da Monica Iozzi apenas expôs com mais clareza todos os equívocos. Que o próximo projeto de humor da emissora seja mais cauteloso em relação a todas estas questões apresentadas. Porque esse, definitivamente, não funcionou.
Mostrou mesmo porque eu ri com ela, o que nunca consegui vendo esse programa ruim. Nem sabia que tinha sido estendido, que lástima.
ResponderExcluirA Monica foi um sucesso e eu me assustei hoje quando vi um trecho do programa e o elenco quase todo não tava lá.Agora lendo o texto eu soube mais detalhes, fazendo jus ao nome do blog.E mesmo com as mexidas, tudo continua ruim.Ótima postagem!
ResponderExcluirO autor desse blog é um alienado que só fala da globo, a globo ta caindo mesmo o povo ta acordando! Vamos todos ver os dez mandamentos!
ResponderExcluirNão troco sete vidas, verdades secretas, além do tempo, etc por os dez mandamentos neeeeem fudendo! A globo pode ser o que for, mas ninguém produz novela igual a ela
ResponderExcluirEsse programa é completamente equivocado mesmo e essa participação só cuspiu isso. OBS: alienado é vc, crow, alienado pela Record. Doente!
ResponderExcluirRealmente, a prova de que audiência não implica em qualidade é esse programa e aquela I love Paraisópolis, mas acrescentaria Os Dez Mandamentos na lista.
ResponderExcluirEsse programa é o resultado de falta de planejamento, escalação tosca, roteiro amador e situações que não tem a menor graça. Seu texto aponta todos os problemas que realmente ficaram mais explícito com a participação da Monica, que por incrível que pareça deixou uma porcaria mais digerível.
ResponderExcluirAs pouquíssimas vezes que reparei nesse programa (bem no comecinho) senti muita vergonha alheia daqueles atores que se estavam se sujeitando a algo tão ruim, a mais fora do lugar era a Priscila Fantin, tadinha.
ResponderExcluirQuando acabar ainda vai ter ido tarde.
Monica Iozzi tudo o que faz faz com competência, mas não merece ser incumbida de um programa desse.
ResponderExcluirOi Sérgio,
Não vejo. As chamadas não me atraíram o suficiente para ver o programa.
Todavia, a curiosidade, mais uma vez, me levou a ler as suas considerações-rsrs.
Abraço.
Olá, Sérgio! Confesso que fiquei decepcionada com essa série... A Mônica tem um humor ácido e inteligente que tem feito falta na telinha. O perigo do humor é esse... se errar na dose, fica sem graça. Se cair no lugar comum, como tem acontecido com os integrantes fixos, também. Abraços!
ResponderExcluirÉ, o elenco foi um erro, não consegui assistir, só no dia da Mônica :)
ResponderExcluirPois é, Karen... bjs
ResponderExcluirObrigado, Denner. Pois é, todo mundo foi indo embora do programa. O último que sair que apague a luz...
ResponderExcluirIsso aí, crow, todo mundo alienado, vamos ver os Mandamentos. UHUL!
ResponderExcluirEssas foram as 3 melhores novelas do ano, anonimo.
ResponderExcluirÉ completamente equivocado mesmo, Ernane.
ResponderExcluirFabiana, a Monica conseguiu o que parecia impossível: deixou o programa engraçado.
ResponderExcluirVerdade, Jessica, é um conjunto de erros. A Fantin foi uma das mais deslocadas mesmo. Ela e o Tozzi. Tanto que já se mandaram. bjs
ResponderExcluirFaz bem, Vera. rs
ResponderExcluirQuem não ficou, Bia? rs Foi um erro mesmo, um grande erro. bjs
ResponderExcluirFez bem, Cleu. bjs
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