quarta-feira, 26 de novembro de 2014

"Senhora do Destino": o último grande sucesso de Aguinaldo Silva

Exibida entre 28 de junho de 2004 e 11 de março de 2005, "Senhora do Destino" foi um fenômeno de audiência e arrebatou o público com uma história tipicamente folhetinesca. A missão de Aguinaldo Silva não era nada fácil: substituir "Celebridade", sucesso de Gilberto Braga no horário nobre da Globo. Mas o autor não só manteve os bons índices, como também lançou personagens tão marcantes quanto os da produção de seu colega e terminou sua obra com números elevadíssimos no Ibope.


Dividida em duas fases, a história começa em 1968, período da ditadura militar.  Nesta primeira parte, a trama se resumiu na vida de três mulheres: a corajosa jornalista Josefa (Marília Gabriela) ---- inimiga mortal da ditadura, que sofre perseguição da censura ----, a lutadora Maria do Carmo (Carolina Dieckmann) ---- nordestina que vem para o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor para seus cinco filhos ----- e Nazaré Tedesco (Adriana Esteves) ---- prostituta gananciosa que procura mudar sua vida a qualquer custo.

A trama se desenrola em torno do sequestro do bebê da protagonista. Justamente no dia da decretação do AI-5, Maria do Carmo, assim que chega ao Rio, se vê no centro de uma imensa confusão que ocorria nas ruas do Centro da Cidade, com militares agredindo manifestantes e invadindo sedes de jornais oposicionistas, como o Diário de Notícias, chefiado por Josefa.
Em meio aos inúmeros conflitos, Maria do Carmo se vê desesperada ao constatar que um de seus filhos (Reginaldo) está machucado e conhece Nazaré ----- que estava vestida de enfermeira, fingia se chamar Lourdes e usava uma falsa barriga de grávida. A prostituta se oferece para tomar conta das crianças enquanto Maria leva o filho ferido ao hospital, mas foge com Lindinalva, a recém-nascida de apenas dois meses.

O plano de Nazaré era fingir que a filha era de seu amante, o forçando abandonar a família para ficar com ela. E seu objetivo foi alcançado. A partir de então, a luta de Maria do Carmo ----- que é presa após ser confundida com manifestantes e acaba conhecendo Dirceu e Giovanni na cadeia ----- para encontrar sua filha passa a ser o foco central da história.

Vinte e cinco anos se passam e a novela inicia sua segunda fase, oficialmente em 1993 ----- mas com carros e roupas de 2004, usando da 'licença-poética', bem criticada na época. A protagonista (agora Susana Vieira) virou uma mulher bem-sucedida e dona de uma loja de construções chamada Do Carmo. Apesar de realizada e com uma linda família, ela nunca esqueceu o trauma que sofreu. A história foi muito bem construída em cima desta forte personagem e, claro, arrebatou o público com uma vilã que entrou para a história da teledramaturgia.


A diabólica Nazaré Tedesco era cruel e debochada, além de muito convencida. Renata Sorrah deu um show de interpretação e esta foi a sua melhor personagem da carreira e último bom papel na televisão, vale ressaltar. Uma cena que marcou a víbora foi quando assassinou seu marido (Tarcísio Meira) o empurrando da escada de sua antiga casa, quando este descobriu sobre o rapto do bebê. Outra 'vítima da escada' foi Djenane (Elizângela), prostituta que chantageava sua 'amiga' Naza ---- só que neste caso ela mesma se desequilibrou. Vale destacar também a cena que Nazaré mata um taxista, seu então cúmplice, jogando um ventilador ligado dentro da banheira.

Os embates entre Maria do Carmo e a vilã, que começaram depois de muita investigação por parte da protagonista para achar sua inimiga, eram sempre ótimos. E mais um grande sucesso da novela de Aguinaldo Silva foi o bicheiro Giovanni Improtta, vivido pelo saudoso José Wilker. O personagem era um contraventor, mas muito boa gente e seu jeito peculiar de falar conquistou o público: a expressão 'Felomenal' foi a mais popular, embora outras também tenham divertido, vide 'Vou me pirulitar-me', 'O tempo ruge e a Sapucaí é longa', entre tantas mais.


O personagem ----- que tinha um fiel escudeiro (Madruga - André Mattos), vivia discutindo com a sogra (Flaviana - Yoná Magalhães) e ainda namorava uma ninfeta que o chamava de 'paizinho' (Ludmilla Dayer) ----- deu tão certo que acabou ficando com Maria do Carmo no último capítulo, sua eterna paixão, no lugar do jornalista Dirceu (ótimo José Mayer), que o bicheiro apelidava de 'Troca-letras'.

Entre os ótimos núcleos da novela, havia a trama do lindo casal formado pelo Barão de Bonsucesso (saudoso Raul Cortez em sua última novela ---- faleceu em 2006) e pela Baronesa Laura (Glória Menezes), que passou a sofrer do Mal de Alzheimer. O filho do casal era o mimado Leonardo, vivido por Wolf Maya, que era casado com a esnobe Gisela (Ângela Vieira), venerada pelo mordomo Alfred (saudoso Italo Rossi).


A violência contra a mulher foi muito bem abordada na trama através do violento Cigano (Ronnie Marruda), presidiário que espancava sua mulher, Rita (Adriana Lessa). A corrupção foi outro tema explorado com competência em cima da ambição de Reginaldo (Eduardo Moscovis), político canalha, filho mais velho de Maria do Carmo, que tinha como parceira de falcatruas a sensual Viviane (Letícia Spiller).

José de Abreu entrou no meio da novela e foi outro acerto da história, uma vez que o aproveitador Josivaldo, ex-marido da protagonista, virou cúmplice de Nazaré, formando uma boa dupla com a vilã. Já a comicidade da história, mesclada com crítica social, ficava a cargo do sofrido Seu Jacques (Flávio Migliaccio), que lutava pela sua aposentadoria. O grande ator fez uma ótima parceria com Malu Valle (a melhor amiga) e Thiago Fragoso, que vivia seu filho.

A lembrança triste do folhetim foi a morte da grandiosa Miriam Pires, que veio a falecer durante a novela. Sua personagem, a doce cozinheira Clementina, era braço-direito de Maria do Carmo e avó do rebelde Shaolin (Leonardo Miggiorim), que tinha uma academia.


Além dos grandes atores já mencionados, o elenco também contava com nomes como: Débora Falabella, Leonardo Vieira, Nelson Xavier (motorista fiel de Josefa, casado com Janice - saudosa Mara Manzan), Dan Stulbach, Marcello Antony, Helena Ranaldi, Leandra Leal, Ana Rosa, Emiliano Queiroz, Flávio Galvão, Bárbara Borges (que interpretou Jennifer, vivendo um romance lésbico com Eleonora - Mylla Christie), Stella Freitas, Guida Vianna (Fausta, empregada de Nazaré), Catarina Abdalla, Tônia Carrero (em uma ótima participação na primeira fase), Tânia Khalill, entre outros.

"Senhora do Destino" foi um fenômeno de audiência e popularidade. Aguinaldo Silva escreveu uma novela ótima, repleta de conflitos marcantes e maravilhosos personagens. O sucesso que a trama fez foi merecido e até agora foi seu último grande trabalho na televisão.

56 comentários:

  1. Novela onde protagonista e vilã se equivaliam, tamanha a força de ambas. História que se valia de emoção e não de polemicas. O reencontro de Do Carmo e Isabel, a reconciliação das duas, e todas as cenas de Nazaré são clássicos da nossa dramaturgia. Naza invadindo a casa da rival e sambando na casa dela é inesquecível.

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  2. Foi a última boa novela dele mesmo. Tudo deu certo e a novela empolgava. Mas foi a ruína do Aguinaldo. Foi nessa novela que seu ego atingiu limites estratosféricos e a partir de então só escreveu porcaria, incluindo essa Império.

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  3. Maravilhosa novela. Amava Senhorão. Melhor novela da década passada. E até hoje, nenhuma novela dessa década conseguiu superá-la (e nem vai pelo jeito que anda as coisas). A interpretação soberba da Renata Sorrah e da Susana Vieira valeram a pena. Atrizes que eu acompanho desde 1970, quando eu vi novelas da emissora pela primeira vez. Fora o José Wilker que estava maravilhoso. Além do Moscovis e da Spiller que fizeram uma ótima dupla. Saudades desse tempo

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  4. Eu tinha 10 anos quando passou. Ai que saudade me deu. A Globo era excelente nessa época. Tudo era perfeito. Amava Senhora do Destino. Acho a Nazaré a maior vilã de todas. Aliás ela é única. Nenhuma vilã vai ter o desequilíbrio dela, o jeito bagaceiro de ser. Era tudo perfeito nessa novela. Amo demais *-*

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  5. Saudades da época em que Aguinaldo Silva criava vilãs diabólicas e divertidas como Nazaré, e não ridículas como Cora e Teresa Cristina. Talvez querendo repetir o sucesso de Nazaré, ele acabou exagerando nas tintas, e o resultado é este que estamos vendo.

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  6. Realmente foi a ultima grande novela dele. Duas Caras foi péssima tirando alguns personagens, já Fina Estampa alem da pesssima historia, todos os personagens eram ruins. Bom Sergio, vc podia fazer um post sobre América, essa novela me marcou muito e eu achei muito boa, apesar de ter alguns erros como acontece em todas as novelas. Cobras e Lagartos, Belissima e Um Anjo Caiu do Céu tb merecem !

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  7. Eu acho essa a segunda melhor novela do Aguinaldo. Só perde pra Tieta. Atuações excelentes. Uma novela a la Janete Clair do jeito que eram minhas favoritas dos dourados anos 70

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  8. Sérgio, Senhora do Destino é uma das novelas que mais gostei de ver. Fica atrás só de Vale Tudo. Trama bem escrita (apesar dos erros confusos de cronologia, que não prejudicaram), com atores que defenderam muito bem seus personagens. Suzana Vieira convenceu com sua atuação, Maria do Carmo foi uma protagonista maravilhosa e nesse folhetim não teve aquilo de ''A vilã se destaca mais que a mocinha''. As duas foram personagens sensacionais, na mesma medida. Renata Sorrah esteve em sua melhor forma e merecia mais papeis a sua altura. Uma pena que nenhum dos autores que a escalaram de 2006 pra cá tenha a valorizado como ela merece. José Mayer foi ótimo como sempre, é um dos meus atores preferidos. E o saudoso Wilker esteve ''felomenal'' como Giovanni, tanto que ganhou até filme. Outros destaques: José de Abreu, Tonia Carrero e Adriana Esteves (na primeira fase), Carol Dieckmann, Malu Valle, Thiago Fragoso, Débora Falabella, Leonardo Vieira, e muitos outros. Aguinaldo realmente só errou depois de 2005. Gostei do post. Sugestões: Da Cor do Pecado, A Favorita, Rainha da Sucata.

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  9. Realmente foi seu último grande sucesso. Porem, apesar de Duas Caras nao ter sido um fenômeno, Maria Paula e Ferraco formaram um atípico casal de protagonistas, cheio de química, inesquecível!

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  10. Nossa como eu amava essa novela, mt bom poder relembrar através do seu post Sérgio e realmente essa foi a última boa do Aguinaldo.

    Foi muito bom ver que os personagens foram mt bem defendidos, Susana Viera estava ótima como Maria do Carmo, gostei muito do Eduardo Moscóvis como vilão corrupto ele fez uma ótima dupla com a Letícia Spiller. O queridissimo José Wilker divertiu muito com o hilário Geovani Improta... E claro, Renata Sorrah que foi um talento a parte como Nazaré Tedesco, lembro que nos capítulos finais eu viajei pra Pernambuco e estava em uma cidade que é divisa de Paulo Afonso na Bahia e pude ver de perto as gravações do ultimo capitulo em que Lindinalva recupera o seu bebê e Nazaré se joga da ponte, mt emocionante!

    É uma pena que de lá pra cá Aguinaldo não tenha acertado em suas produções, achei que Duas Caras foi uma novela mt fraca, mas com alguns "personagens bons..." Já Fina Estampa foi um verdadeiro erro, nada me agradou!!! E Império até que começou bem, mas já se perdeu no meio do caminho... Espero que o Aguinaldo de 2004 volte a fazer novela como antes :) abçs.

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  11. Algo a comentar...

    Pois é Sérgio. Aliás, não sei se você concorda, mas essa foi a última novela das nove que podemos considerar um bom folhetim do início ao fim. Depois delas ainda tivemos "Belíssima" , "Paraíso Tropical", "A Favorita", "Caminho das Índias", "Passione" e "Avenida Brasil", que eu considero boas novelas, porém com exceção de "Belíssma", todas apresentaram alguns contrapontos e falhas durante a exibição.

    "Senhora do Destino" foi uma novela cuja história gerou empatia do público. Foram diversos momentos em que esperávamos e torcíamos por alguns acontecimentos, que de fato emocionaram.

    Algo a acrescentar...

    A média geral de "Senhora do Destino" foi de 50,4 pontos, sendo a maior média registrada desde "Fera Ferida" com 53 pontos em 1994. Nenhuma sucessora a superou.

    Aliás Sérgio, todas as novelas das oito da Globo até "Fera Ferida", também de autoria do Aguinaldo, apresentaram média final acima dos 50 pontos, com exceção de "O Dono do Mundo" que obteve 43 pontos, um fracasso na época. Tudo isso comprova o grande sucesso que foi "Senhora do Destino"

    Um abraço...

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  12. Belíssima novela. E você falou sobre as críticas acerca dos desencontros de datas, eu sou uma das pessoas que criticou muito. Aquilo me afligia. Tem licença poética que é ruim de digerir, viu?
    Saudades do Giovanni Improtta e mais um bocado de personagem bacana.

    Beijo, Sérgio.

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  13. Nem me lembrava que a Miriam Pires tinha morrido nessa novela. Saudade dela.

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  14. Concordo, Sérgio.Senhora do Destino foi a última grande novela do Aguinaldo Silva e seu último acerto até então.Apesar de não achar Duas Caras uma novela péssima, concordo que era fraca, o único atrativo era o casal formado pela Maria Paula e Ferraço(Marjorie Estiano e Dalton Vigh ótimos) e a vilã Sílvia, muito bem interpretada pela Alinne Moraes(que falta ela faz nas novelas).O resto era cansativo, as tramas paralelas não deram certo e eram fracas, Fina Estampa foi péssima, não tinha nada que salvava e Império não é essa coca-cola toda que prometia, é no máximo regular e as tramas paralelas novamente são fracas.Suzana Vieira deu um show de interpretação como Maria do Carmo e seus embates com a Nazaré(concordo que foi a última boa personagem da Renata Sorrah) eram ótimos e as atrizes brilhavam.Por falar em Nazaré, gostei muito dela, foi uma vilã muito bem escrita, que era hilária e apesar de ser cruel, seu lado humano era exposto diante do amor que sentia por Isabel.Achei a Carolina Dieckman apenas regular nessa novela como Isabel e o casal que formava com Dan Stulbach não despertou atenção, não achei ela ótima, Leandra Leal esteve ótima como Cláudia e sempre fazia ótimas cenas com a Renata Sorrah, Eduardo Moscovis e Letícia Spiller formaram uma ótima dupla de canalhas, enfim tudo foi perfeito e funcionou.Eu só não gostava da atuação do Dado Dolabella e do personagem, mas isso não afetava em nada o ótimo conjunto da novela.Até as tramas paralelas funcionaram em Senhora do Destino(ao contrário de Duas Caras e Império).Também Gostava do casal Maria Eduarda e Viriato e o preconceito dos pais da moça era o ponto alto desse núcleo, a trama da Rita de Cássia também foi muito abordada(o Aguinaldo Silva tentou repetir o sucesso na péssima Fina Estampa através da personagem Celeste, mas não funcionou).Foi muito bom relembrar a essa ótima novela, Sérgio.Que algum dia o Aguinaldo Silva de 2004 volte.

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  15. *a trama da Rita de Cássia foi muito bem abordada

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  16. Essa novela foi boa mesmo e a abertura com Chegadas e Partidas da Maria Rita foi emblemática. Mudando de assunto, vc viu que o José Alfredo tomará uma poção e será enterrado vivo? A MESMA coisa aconteceu com a Beatriz de Sete Pecados. Depois é o Walcyr que copia o Aguinaldo?????? Acho que é o contrário.

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  17. Também gostei de Senhora do Destino: trama, personagens, atuações, como a Nazaré Tedesco, a Maria do Carmo, Giovanni Improtta.

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  18. Bem, essa novela foi da Renata Sorrah... ótima Nazare....

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  19. Sergio, como foi boa essa novela! Renata Sorrah e Susana Vieira, impecáveis. O saudoso José Wilker nos divertia. Um elenco de acertos em uma trama muito bem elaborada por Aguinaldo, que não mais conseguiu repetir esse sucesso. Bjs.

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  20. Sérgio, gostei de recordar da novela porque algumas coisas já tinha esquecido. E foi a última novela de Raul Cortez e Miriam Pires, dois atores extraordinários. Nazaré foi a última grande vilã do Aguinaldo e o último grande papel da Sorrah. Gostei também da Susana de Maria do Carmo e o Wilker de Giovanni foi hilário. Olhando pra essa Império, a gente se pergunta: o que houve com Aguinaldo Silva?

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  21. Depois dessa novela ele escreveu Duas Caras, Cinquentinha, Lara com Z, Fina Estampa e Império. SÓ BOSTA.

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  22. Concordo plenamente com vc, Ricardo. abçs

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  23. A Nazaré era maravilhosa, Vitor. Uma das nossas maiores vilãs. Saudades.

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  24. Pois é, Amanda. Nessa época ele ainda criava vilãs épicas. Pena que as de agora são tão fracas. E vc anda sumida. Bjssss

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  25. Aline, foi a última grande novela dele mesmo. Olha, sobre Belíssima eu escreverei e Um Anjo Caiu do Céu é uma boa pedida tb. Mas sobre América não escreverei pq achei essa novela mt ruim, fora aquela Sol que foi uma das mocinhas mais insuportáveis que já vi. Só gostei da cleptomania da Hayde, que foi mt bem abordada, e da rebeldia da personagem da Ximenes. Nem aquilo de "tio" da Cléo Pires eu gostava. Bjssssss

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  26. Foi uma grande novela msm, Paulo. Tieta foi outra ótima .Outra que adorei foi Pedra sobre Pedra.

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  27. Senhora do Destino foi repleta de qualidades, Alexandra. Sobre as suas sugestões, não sei se escrevo sobre A Favorita pq falei bastante da novela num post sobre o Novelão da Semana do Vídeo Show, quando a reprisou. Mas vou ver.

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  28. Bruno, achei Duas Caras mt ruim. Mas tb gostei do casal Ferraço e Maria Paula, porém, era pra ele ser o vilão. Mas como a novela não teve um mocinho que preste, ele acabou se regenerando no final. abçs

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  29. Kauê, mt obrigado. E essa novela foi mt boa mesmo. Vc chegou a ver as gravações da marcante cena final? Bacana! E que saudades do Wilker e do Giovanni Improtta. Nazaré incrível e Du Moscovis fez uma ótima dupla com a Spiller mesmo . Duas Caras foi fraca e Fina Estampa foi uma das piores novelas que já vi. Pena. Império anda mt desinteressante. abçss

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  30. F Silva, considero SDD uma novela incrível, mas discordo que tenha sido a última excelente. Belíssima foi extraordinária e não vi nada que tenha dado errado. A Favorita e Paraíso Tropical até tiveram erros pontuais mas não afetaram a qualidade das tramas, assim como Passione.

    E é verdade, Senhora do Destino foi um fenômeno de audiência. Sucesso merecido. abçssss

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  31. Ah, F Silva, SDD tb teve falhas, como a questão da cronologia que citei. Mas isso não prejudicou a trama.

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  32. Entendo as críticas, Milene. Foi realmente complicado de engolir aquilo, mas depois nos acostumamos. E tinha mt personagem bacana msm. bj

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  33. Saudades também, anônimo. Miriam era maravilhosa.

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  34. Gustavo, concordo plenamente com seu comentário. E eu tb odiava esse personagem do canastrão Dado Dolabella. Aliás, um dos poucos erros da novela. A trama dele tb, com a Helena Ranaldi não funcionou. Mas a novela foi mt boa e endosso tudo o que falou. Tb não achei a Carolina incrível na novela e o casal com o Stulbach não despertou atenção.

    E bem que esse Aguinaldo poderia voltar msm. abçssss

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  35. Que boa lembrança da abertura, Ana. Tb adorava. E é verdade. Veja só como o mundo dá voltas. Depois o plagiador é o Walcyr? Faz-me rir. bj

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  36. Ela foi incrível, Lucas, mas não foi só dela, mta gente brilhou.

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  37. Pois é, Andressa, muita gente se destacou e foi a última trama dos grandiosos Raul Cortez e Miriam Pires. Não sei o que houve com ele. bj

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  38. Eu gostei de Cinquentinha, anônimo, mas o resto não.

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  39. Na minha opinião foi só dela sim...

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  40. Vc não gostou da Susana Vieira, Raul Cortez, Glória Menezes, José Wilker, Ronnie Marruda de Cigano e afins? Vc é o primeiro que me diz isso, Lucas. Principalmente sobre o Giovanni Improta. Eu adorei.

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  41. Thallys Bruno Almeida4 de dezembro de 2014 às 13:50

    Uma novela maravilhosa do Aguinaldo, apesar do estranhamento na ambientação após passar o tempo. Se os meninos já tinham certa idade em 1968, era pra escalar atores mais velhos na passagem de tempo ou ambientar melhor.

    Duas Caras eu achei mediana, hj em dia eu não a vejo tão ruim assim. Além do que a Sílvia (Alinne Moraes) não precisou emular Nazaré em nada, como fizeram Teresa Cristina e Cora. FE me recuso a comentar e Império só não tá desastrosa porque o Rogério Gomes é bom diretor, mas larguei faz é tempo.

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  42. Thallys Bruno Almeida4 de dezembro de 2014 às 13:51

    PS: e a Sílvia pelo menos aprontava alguma coisa.

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  43. A Nazaré era ótima mas eu não gostei da actuação do Du nem da Spiller. Foi demasiado viajado, politico não fala assim não senão é a risada do povo e dos media. A Vivianne era horrivel, chata e burra e acho que o Agui tava demasiado empenhado em fazer com que a dupla parecesse apaixonada mas saiu tudo muito forçado e superficial. Odiei que eu tivesse de tar com muita atenção para saber mais sobre ele pelas conversas que MDC tinha com os netos. Odiei como a MDC nem sequer tentou separar a dupla. Só queria dizer: 'Oi, eles te drogaram! O teu filho nem tem respeito pelos teus netos! ó mulher!'. Porque é que uma mulher forte como ela aceita uma coisa dessa?
    Acho que Reginaldo como vilão não era necessário á trama. Já existia a Nazaré. Todo o resto era mediano mas não era mau.

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  44. Na atual reprise no Vale A Pena Ver De Novo me mostrou quantos erros de direção que a novela tem :

    - A pedra angular é a mãe que tem a filha levada por Nazaré e busca sem desistir da filha roubada. A premissa é muito boa, mas na prática... A personagem Nazaré se fazendo de santinha consegue enganar todo mundo até (pasmem) a metade da novela. Já a Anta Nordestina passou metade da trama em busca que procura a filha?
    A historia é terrivelmente lenta e quando tudo fica esclarecido, fica uma embromação sem razões para entregar a verdade. O que é preciso? Jogar toda a verdade para a cara da Lindalva?
    Isso ainda demorou por longos mais de 100 (cem) capítulos? SIM. Por quê? Os cem capítulos foram enchidos por núcleos secundários e pouca coisa anda até que se descubra as falcatruas da Nazaré.

    os núcleos paralelos são chatos, pois:

    - Shao Lin: faz pose de macho alfa fajuto e dono de uma academia precária mas um retardado infantil. isso é nome para uma pessoa?
    - Leidi Daiane: a gravidez precoce de uma menina da periferia. Um garota infantil que por demais irritante. Tem um comportamento rebelde sem causa que levou a engravidar de um inconsequente como Shao Lin. Além de sempre desobedece a mãe e deu no que deu. também não é nome para um personagem.
    Por falta de uma abordagem séria e mais adulta resultou em um história completamente desconexa e para piorar um atrofiação. Os atores não são nada bons, totalmente sem expressão alguma e completamente infantilizados. E a direção não ajuda em nada.

    - Plínio: Personagem desnecessário pois é um sedutor que de tão irresponsável tem um filho com Yara, uma das mulheres que ele já se relacionou. O ator tem uma atuação muito fraca e o personagem é por demais cansativo.
    - Angélica: atuação inexpressiva como supostamente a filha perdida da nordestina, mas atuação fraca ao extremo da atriz. Pena Carol Castro.
    - Yara: essa personagem se desfaz quando Plínio a engravidou. Ficou perdida após o personagem de Dado se casar com Angélica.

    - Leandro: personagem e por demais cansativo e arrastado além de retardado e imbecil por ficar balançado pela Nalva apesar de saber da expressa paixonite por Viriato.
    - Nalva: mesma atuação de sempre, com a mesma expressão zumbi o tempo todo nessa trama ridícula.
    Nesse caso, um casal que não o tem nada que agregue a trama central.

    - Sebastião: é chato, machista e insuportável, que fica lamentando por saudades da falecida com o carro que a mulher rica lhe deixou.
    - Janice: é um pequeno personagem falante
    - Regininha: o personagem foi feito por cota.
    - Venâncio: faz o papel de retardado. Teve melhor atuação ao virar índio em Alma Gêmea.
    - Eleonara: e personagem apagada na trama. Nem fazer o papel de lésbica ajudou.
    Sebastião e sua Família são personagens que pararam no tempo e espaço, isto é, em vez da trama engrenar são chatos e falam nada que vale a pena escutar.

    - Leonardo: Wolf Maia mais interessado em atuar do que controlar uma trama que tinha uma direção mal feita e brega.
    - Gisela: a função (ao lado do marido) é acabar com o relacionamento de Eduarda porque o Viriato é "pobre".
    Os personagens desse núcleo são ruins e a Débora Falabella ficou manchada.

    - GIOVANE IMPROTA: a função dele é encher o saco da Maria do Carmo. O personagem, em si, tem carisma mesmo. Só por isso José Wilker é grande ator! Mas a família Improta são apenas caricatos sem importância

    - Reginaldo: tipico prefeito corrupto. O personagem era casado e tivera um filho e uma filha. A morte da esposa só teve importancia para ser usado para ser desmascarado no final da novela.
    - Viviane: parceira de falcatruas (Além de amante do corrupto). Personagem e bem irritante

    RESULTADO: No placar final, Naza é o triunfo marcante dessa trama, mas é bem amassada na novela, já que toda história é dirigida para Maria do Carmo e dos núcleos paralelos que não tem história alguma.
    Fomos todos tapeados por diversas tramas soltas que faziam a novela parecer boa e também por uma recordação falsificada

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    1. Concordo em tudo no seu comentário. Naquela época eu via todas as novelas mas dessa eu peguei ranço porque eu amei a anterior Celebridade uma novela muito bem amarrada e estilosa, enquanto SDD era somente popular, mas ganhou todos os prêmios e deixou Celebridade esquecida no churrasco.
      No início da década de 2000 era comentado que houve um novo boom de novelas que não acontecia desde a década de 80, os autores disputando quem fazia a novela de mais audiência. Começou com Terra Nostra e terminou com Páginas da Vida, pelo menos nos números. O Clone e Celebridade foram as melhores deste tempo pelo menos pra mim, e o Aguinaldo fez essa novela que sempre achei fraca mas virou um clássico.

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  45. Esse comentario do dia 13 de dezembro de 2017 sem dúvida exibiu um apurado perfil dos erros crasos de Senhora do Destino.

    Nossos Parabéns.

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  46. Este comentário foi removido pelo autor.

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  47. Essa novela é incrível e ela carrega pra mim uma aura bacana de nostalgia dos anos 2000. Me faz lembrar da minha infância pouco preocupada, onde eu ficava vendo novela direto e das quais me lembro muito pouco por na época ser muito novinha. Eu tive a oportunidade de assistir no globoplay SD e pqp, que novela boa. Me deu uma tristeza de quando eu terminei de ver ela e acho que vou começar a ver novamente, simplesmente incrível.

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  48. Novela muito boa, mas pra mim oo final foi imperdoável. A Maria do Carmo tinha que terminar c que terminou com a e bbbbbbv zzzom o Dirceu de Castro. O fim foi nota 1

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  49. Achei super bizarro ver a Helena Ranaldi com quase 40 anos fazer uma personagem como essa com o Dado Dolabella 15 anos mais jovem como se os dois fossem da mesma geração, pois nas novelas é comum atores com essa diferença serem pai/mãe e filhos e mais bizarro é ver que ninguém comenta sobre esse disparate.É o mesmo que colocar o Fiuk pra fazer par com a Giovana Antonelli aí o povo ia chiar não por ser o Fiuk mas pela diferença de idade e por ele ser de 90.

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