O remake continua bem produzido, a utilização do linguajar de Odorico Paraguaçu (de "O Bem Amado") rende divertidas expressões, a direção não faz feio e o elenco foi muito bem escalado, porém, a história não empolga e nem apresenta conflitos atraentes. A rivalidade entre famílias soa ultrapassada ainda mais em uma obra que não é de época. Para culminar, a briga entre os Vilar e os Rosado não tem gerado cenas interessantes, pelo contrário, quase sempre são exibidas sequências que acabam caindo na repetição. É quase uma cansativa briga de vizinhos à distância.
A trama principal também não entusiasma. A exigência pela mudança do nome Bole-bole para Saramandaia, causando intrigas e desavenças entre os personagens, pode ter prendido a atenção do telespectador anos atrás, mas, atualmente, não rende o esperado. É quase impossível desenvolver dignamente todos
os núcleos utilizando apenas essa situação. Claro que há outros subtemas, no entanto, a história parece estagnada e extremamente dependente da guerra das famílias, que por sua vez fica repetitiva.
O que desperta interesse no remake é justamente o realismo fantástico, que há tempos não estava mais sendo abordado nas tramas da Globo. No entanto, a fantasia está sendo pouco explorada. Zico Rosado (José Mayer) raramente solta formigas pelo nariz, Professor Aristóbulo (Gabriel Braga Nunes) não vira lobisomem, Vitória Vilar (Lilia Cabral) não derrete e Cazuza (Marcos Palmeira) só colocou o coração pela boca uma vez. Obviamente que ficaria cansativo se todos esses personagens fizessem suas 'peculiaridades' o tempo todo, mas camuflar as características em quase todos os capítulos faz a trama perder sua essência.
Outro ponto que merece crítica é a falta de ousadia da obra. O espírito provocativo de Dias Gomes foi deixado praticamente de lado e não há muitas frases ácidas e nem sequências inspiradas. O autor, ao optar por uma obra contemporânea, teve que retirar o tema da ditadura, e parece que se esqueceu de adaptar as críticas de Dias para o ano de 2013. Uma das poucas situações interessantes ---- que representou fielmente o autor da trama de 1976 ---- foi a cena em que Dona Redonda demonstra sua intolerância em relação ao João Gibão por causa da 'corcunda' do rapaz, explicitando a hipocrisia da sociedade que julga os outros sem olhar para si. Mas, infelizmente, foi uma exceção e não uma regra.
E justamente por causa dessa falta de ousadia, no geral, eliminando uma cena ou outra, "Saramandaia" poderia muito bem ser exibida às 18h. Ao contrário de "O Astro" e "Gabriela", até agora a história não mostrou a razão de ter sido escolhida para ir ao ar às 23h. Não há sequências e nem diálogos mais pesados.
Mesmo apresentando esses pontos negativos, que prejudicam a história e deixam o remake bastante desinteressante, há atores roubando a cena. Vera Holtz, por exemplo, se destaca na pele da Dona Redonda e todas as suas cenas são ótimas. Aliás, a atriz forma um excelente trio com Ana Beatriz Nogueira (Maria Aparadeira) e Georgiana Góes (Fifi). Gabriel Braga Nunes e Deborah Bloch (Risoleta) também brilham e formam um interessante casal. Já Aracy Balabanian vive um adorável Dona Pupu e Fernanda Montenegro (Dona Candinha) é sempre uma grata presença em qualquer obra, embora apareça menos do que merece. Os demais tipos, embora estejam sendo interpretados, em sua maioria, por ótimos atores, não têm empolgado.
"Saramandaia" apresentou uma estreia promissora e muito oportuna, porém, com o passar dos capítulos, os erros foram ficando cada vez mais evidenciados e o encanto inicial acabou se perdendo. O remake escrito por Ricardo Linhares está precisando urgentemente de atrativos e de uma guinada que consiga impulsionar as histórias e enriquecer a trama dos personagens. Caso contrário, se tudo continuar do jeito que está, ficará muito difícil reverter esse quadro desanimador. E nem adiantará apelar para o Santo Dias ou para o realismo fantástico.
A trama principal também não entusiasma. A exigência pela mudança do nome Bole-bole para Saramandaia, causando intrigas e desavenças entre os personagens, pode ter prendido a atenção do telespectador anos atrás, mas, atualmente, não rende o esperado. É quase impossível desenvolver dignamente todos
os núcleos utilizando apenas essa situação. Claro que há outros subtemas, no entanto, a história parece estagnada e extremamente dependente da guerra das famílias, que por sua vez fica repetitiva.
O que desperta interesse no remake é justamente o realismo fantástico, que há tempos não estava mais sendo abordado nas tramas da Globo. No entanto, a fantasia está sendo pouco explorada. Zico Rosado (José Mayer) raramente solta formigas pelo nariz, Professor Aristóbulo (Gabriel Braga Nunes) não vira lobisomem, Vitória Vilar (Lilia Cabral) não derrete e Cazuza (Marcos Palmeira) só colocou o coração pela boca uma vez. Obviamente que ficaria cansativo se todos esses personagens fizessem suas 'peculiaridades' o tempo todo, mas camuflar as características em quase todos os capítulos faz a trama perder sua essência.
Outro ponto que merece crítica é a falta de ousadia da obra. O espírito provocativo de Dias Gomes foi deixado praticamente de lado e não há muitas frases ácidas e nem sequências inspiradas. O autor, ao optar por uma obra contemporânea, teve que retirar o tema da ditadura, e parece que se esqueceu de adaptar as críticas de Dias para o ano de 2013. Uma das poucas situações interessantes ---- que representou fielmente o autor da trama de 1976 ---- foi a cena em que Dona Redonda demonstra sua intolerância em relação ao João Gibão por causa da 'corcunda' do rapaz, explicitando a hipocrisia da sociedade que julga os outros sem olhar para si. Mas, infelizmente, foi uma exceção e não uma regra.
E justamente por causa dessa falta de ousadia, no geral, eliminando uma cena ou outra, "Saramandaia" poderia muito bem ser exibida às 18h. Ao contrário de "O Astro" e "Gabriela", até agora a história não mostrou a razão de ter sido escolhida para ir ao ar às 23h. Não há sequências e nem diálogos mais pesados.
Mesmo apresentando esses pontos negativos, que prejudicam a história e deixam o remake bastante desinteressante, há atores roubando a cena. Vera Holtz, por exemplo, se destaca na pele da Dona Redonda e todas as suas cenas são ótimas. Aliás, a atriz forma um excelente trio com Ana Beatriz Nogueira (Maria Aparadeira) e Georgiana Góes (Fifi). Gabriel Braga Nunes e Deborah Bloch (Risoleta) também brilham e formam um interessante casal. Já Aracy Balabanian vive um adorável Dona Pupu e Fernanda Montenegro (Dona Candinha) é sempre uma grata presença em qualquer obra, embora apareça menos do que merece. Os demais tipos, embora estejam sendo interpretados, em sua maioria, por ótimos atores, não têm empolgado.
"Saramandaia" apresentou uma estreia promissora e muito oportuna, porém, com o passar dos capítulos, os erros foram ficando cada vez mais evidenciados e o encanto inicial acabou se perdendo. O remake escrito por Ricardo Linhares está precisando urgentemente de atrativos e de uma guinada que consiga impulsionar as histórias e enriquecer a trama dos personagens. Caso contrário, se tudo continuar do jeito que está, ficará muito difícil reverter esse quadro desanimador. E nem adiantará apelar para o Santo Dias ou para o realismo fantástico.
Sabe que eu to gostando? Corro pra ver todo dia, e isso é raro atualmente. A primeira era muuuuuiito melhor, claro!
ResponderExcluirMas pelo menos revelou um ator espetacular: Sergio Guizé.
Agora tenho duas paixoes: Isabelle Drummond e Sergio Guizé.Hahahaha!!!!
bjs.
Ótimo artigo, Sérgio.
ResponderExcluirEu já não havia me animado muito quando foi anunciada como o terceiro remake. Conforme foram anunciados o elenco e os detalhes da produção, como os efeitos especiais que facilitariam o universo bizarro imaginado por Dias Gomes, criei melhores expectativas, assim como havia gostado do clipe.
Mas, logo na segunda semana, fui perdendo a vontade de acompanhar. Os efeitos têm sido muito pouco explorados, há a reclamação recorrente do quase não-uso de Pavão Mysteriozo, as tramas estão rasas... Vamo combinar que Fernanda Montenegro depois do maravilhoso especial Doce de Mãe merecia mto mais que ficar criando galinha imaginária... Só tem valido pela Dona Redonda e pelo casal Aristóbulo e Risoleta, além do "palavreado deverasmente paraguacento", mas nem isso empolga.
E ainda temos o mau negócio que é exibir capítulo curto às quartas-feiras de futebol, onde só a primeira semana foi exceção devido à Copa das Confederações. No fim das contas, das três novelas das 23h da década 2010, Saramandaia tem se mostrado a mais fraca de longe (Gabriela foi muito bem produzida, mas O Astro tem um lugar especial no meu coração de tão épica que foi). Abç!
Olá!Bom dia
ResponderExcluirSérgio
não gosto muito de remake sem grandes alterações...gosto daqueles que utilizam a original somente como fio condutor da trama, por isso acho complicado esses remakes,pois mesmo tendo toda liberdade para escrever, mudando o que deve mudar e mantendo o que acredita que ainda funciona, as comparações são inevitáveis, pois cada autor tem sua forma de contar.
Uma pena que R.Linhares não está "contando bem".
Obrigado pelo carinho da visita
Bela quinta feira
Abração
Mais um remake desnecessário: vera holtz ridícula com aquela indumentária falsa, aliás todo mundo ali esta artificial, caricato, muito efeito de computador e pra completar aquela imagem HORROROSA que a globo adotou de vez nas novelas desde Avenida Brasil. ECA! Mil vezes a ORIGINAL dos anos 70.
ResponderExcluirCada vez mais saudosista e com orgulho!
abrçs!
Sérgio, qdo se foge da principal características da obra ao se fazer o remake, ela perde carcterística ou até meamo identidade. Trazer os temas políticas da época para os dias de hj daria uma apimentada na obra, mas saber até onde o autor poderia ir, pois se sabe q a globo apoia qq governo. Abçs.
ResponderExcluirPena eu não poder contribuir. Não sou dada aos seriados. Durmo antes deles todos. Mas concordo contigo, pelas cenas que já vi. Tudo muito igual, sem ousadia. Gabriel Braga Nunes está maravilhoso, mesmo. E Vera Holtz, talvez, seja a única grande sensação de Saramandaia. Beijo, querido!
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Eu não gostei de Saramandaia desde o primeiro capítulo. Por isso mesmo, não é surpresa, para mim, a queda nos índices de audiência. Se a Record tivesse mais estruturada, a Globo enfrentaria mais dificuldades no IBOPE... Abraços, Fabio www.fabiotv.zip.net
ResponderExcluirSeria muito mais interessante colocar uma gorda de verdade como a dona redonda, já pensou que legal a mama brusqueta nesse papel? Não gostei da vera toda cheia de enchimento e maquiagem, muito falso.
ResponderExcluirPenso exatamente como você, Sérgio. Assisti à versão original e gostei muito da crítica político-social, em tom de realismo fantástico. No remake, realmente poucos personagens fazem uso deste tipo de recursos: dona Redonda é o melhor exemplo, mas também gosto dos personagens Gibão (ótimo Sérgio Gizé), professor Aristóbulo, sua mãe (Aracy Balabanian) e da "cabeça do marido".
ResponderExcluirO homem com raízes nos pés (Tarcísio Meira) poderia aparecer mais.
O enredo se concentra muito no par amoroso de Zico Rosado e Vitória Vilar, que não emociona.
A novela poderia mesmo ser exibida em qualquer horário mais cedo.
Oi Sergio
ResponderExcluirAcho que esta fórmula já se desgastou, esta temática já foi explorada pela globo à exaustão, teve seu auge, hoje considero ultrapassada este tipo de produção,com temáticas semelhantes como Saramandaia, Roque Santeiro, Tieta, Pedra sobre pedra, O bem Amado, e outras na mesma linha e estilo. Já deu desses tipos, desses personagens repetitivos. Embora bem produzida. Saramandaia está obsoleta.
Beijos
Sérgio,
ResponderExcluirNa boa, a Globo deve desistir de fazer remakes. Perde toda a graça de vc assistir uma novela que ficou marcada com personagens da versão original. Veja Wilza Carla e qto artificial ficou Vera Holtz.
Lamentável.
Nem perco meu tempo.
Big Beijos
Verdade, Sérgio, eu mesma só vi na primeira semana e depois perdi o interesse. :P beijos e linda noite.
ResponderExcluirI SERGIO!
ResponderExcluirCOMO JÁ FALEI AQUI,SEMPRE ME DECEPCIONO COM REMAKES,MAS, NO INÍCIO ATÉ ACHEI QUE TERIA DE DAR MÃO Á PALMATÓRIA JUSTAMENTE PELO INÍCIO QUE ILUDIU, AGORA, CONCORDO PLENAMENTE COM A DECEPÇÃO GERAL, COM RELAÇÃO A NOVELA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Oi, Sergio, como vai? Sabe que eu até gosto de assistir, mas seu texto me fez pensar que realmente, não há surpresas na trama. Eu não lembro da outra versão, tinha uns três anos na época, mas acho que os personagens são fantásticos e os atores, excelentes, casaram muito bem com seus personagens. Um pouquinho mais de criatividade poderia fazer a trama ser um sucesso.
ResponderExcluirUm abraço!
De fato a novela perdeu o encanto ,mas eu ainda tenho esperanças!!!
ResponderExcluirSaramandaia precisa ganhar cara de novela das 11 e precisa de ritmo!!
Fora que o realismo fantástico tem passado quase despercebido!!!
Enfim,espero que o Linhares faça ajustes na trama!!!
Abraços Sérgio!!!
Oi Francisca. Que bom que tá gostando. Eu realmente me desanimei. O Guizé eu conhecia da série Sessão de Terapia e ele é realmente muito bom. Isabelle dispensa comentários... bjsss
ResponderExcluirEu nunca gostei dessa história de colocar o remake nos dias atuais, Thallys. Depois que vi o clipe e a estreia cheguei a pensar que tinha erado, mas agora vi que não. Isso conta e prejudica a trama, que também não ajuda com esse ritmo arrastado e realismo fantásticos quase inexistente. Adorei O Astro e Gabriela igualmente, mas com essa me decepcionei. abçs
ResponderExcluirLamentavelmente não está, Felis. Tinha tudo pra ser um grande remake, mas até agora tem decepcionado. abrçossss
ResponderExcluirPaulo, não acho a Vera ridícula, pelo contrário, acho a caracterização dela impressionante. Saramandaia é uma novela com perfis que tendem mesmo pra caricatura, até aí nada demais. O problema é a forma como está sendo contado e apresentado. Abçs
ResponderExcluirEder, não acho que a Globo tenha responsabilidade nisso. O Ricardo é que tem pecado mesmo. abçs
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Ju. bjsssss
ResponderExcluirO ibope tá péssimo mesmo, Fábio e tem feito por merecer isso, diga-se. Adorei a estreia e a primeira semana, mas depois... Sim, a Record não tem condições nem de chutar cachorro morto. abç
ResponderExcluirAnônimo, poderia mesmo colocar uma atriz gorda. Mas Mama Brusqueta não é atriz(ator). abç
ResponderExcluirExato, Elvira. Não estão usando esses diálogos críticos, com exceção mesmo da Dona Redonda e João Gibão.
ResponderExcluirAssim como Fernanda Montenegro, o Tarcísio Meira merecia mesmo aparecer mais. São figurantes quase.
Zico e Vitória não emocionam mesmo. bjs
Van, tava sumida, hein? Obrigado pelo comentário!!! Gosto de remakes, mas desde que bem produzidos e com uma boa trama. bjsssssssss
ResponderExcluirLulu, obrigado pelo comentário. Há chances da próxima novela das onze ser uma obra inédita da Lícia Manzo. Espero que se confirme, até porque remake de O "Semideus" como estão especulando não dá... bjsss
ResponderExcluirCompreensível, Barbie. bjs
ResponderExcluirZilani, imaginei mesmo que vc fosse se decepcionar. Aliás, eu também me decepcionei. bjs
ResponderExcluirBia, a história tá quase sem realismo fantástico e muito maçante. Não há ânimo pra ver no dia seguinte. bj
ResponderExcluirTomara, Bruno, porque ela nem parece novela das onze. Parece novela das seis... Abração!
ResponderExcluirJá que ontem vc comentou sobre a ausência do sexo em Saramandaia:
ResponderExcluirDe início, eu até achava normal, acreditava que o universo apresentado na trama, mais ligado a política, não permitiria muita coisa, mesmo tendo uma personagem que sugere à sensualidade (a Marcina). E quando surgiram os comentários sobre a forte ousadia de Amor à Vida, a minha comparação tinha mais a ver com as novelas anteriores das nove, já que isso se percebia mesmo antes da estreia de Saramandaia.
Mas agora, faz todo o sentido vendo a "transa" da Zélia com o Lua Vianna não sendo explorada direito. As do Zico/Vitória eu ainda entendo, já que são atores mais maduros que não tem o mesmo appeal de beleza que provocam os atores mais jovens, mas pra um horário que se destacou, em tempos de tanta "fiscalização" e "censura indicativa", em apostar nas cenas sensuais mais fortes, Saramandaia tá devendo e muito, e aí entra a comparação direta entre AAV e a das 23h. O que é uma pena. Até mais!
Olá Sérgio. O que vejo é que o universo das novelas mudou muito. Nos remakes de O Astro e Gabriela, eu achava que a exploração do sexo era apelativa, assim como está em Amor à Vida, será que não é por isso que Saramandaia parece estranha?
ResponderExcluirQuando aos diálogos, também acho que o lado político poderia ser mais explorado, até porque eu vejo no Zico Rosado o espírito Sarney de ser :P
E quanto ao horário, não é viável para mim, então assisto durante o dia pela internet, uma pena.
Sérgio, eu apostei muito neste remake, mas não me encantou tanto, apesar dos atores e de toda ação da novela. Espero que dê uma reviravolta .
ResponderExcluirBjs
Sérgio, eu criei uma expectativa enorme para a estreia de Saramandaia, ainda assisto, mas cada vez com menos interesse, pois não acontece nada na trama de relevante, nada que faça valer a pena ficar acordado até tarde para acompanhar. O que está acontecendo? R. Linhares parece que está com o pé no freio, não movimenta a história, não cria situações que envolvam... Estou muito decepcionado, quase desistindo... Na quarta, por ex, fiquei acordado até tarde, e o que aconteceu? Uma cena interminável de Zico e Vitória conversando na cama... O capítulo só valeu mesmo por causa da Risoleta, da Dona Pupu, da cabeça do marido, do Professor... Ontem não assisti, sabia que não tinha nada interessante para acontecer... Uma pena...
ResponderExcluirAlgo a acrescentar
ResponderExcluirSérgio, eu acho a ideia de revisitar os clássicos dos anos 70 e 80 muito arriscado por correr o risco de não dá certo. Isso porque, há muitas variáveis que poderão garantir ou não sucesso do remake. Uma delas é a conjuntura da sociedade que mudou, apesar de enfrentar problemas parecidos, muita coisa evoluiu e até mudou mesmo. O público atual pode não entender o recado das entrelinhas da trama.
Nem os remakes de "Saramandaia", nem "Gabriela", nem tão pouco "O Astro", repetiram o sucesso das obras originais. Naqueles tempos, tanto a televisão como a telenovela eram novidades, havia um clima diferente, e as histórias, por mais frágeis que fossem, conseguiam divertir o público. Hoje os tempos são outros.
Um outro ponto importante é que só os grandes sucessos são revisitados, mas eu desconfio que se pegarem uma trama que não fez sucesso no passado e derem um novo tratamento ao texto, poderá até fazer sucesso. O Gilberto Braga, algum tempo atrás, pensou em repaginar "Brilhante", uma novela que não foi bem compreendida, segundo ele, no final dos anos 70, e que terminou sendo um fracasso de audiência. Mas agora, com um novo tratamento, poderia dar certo.
Muitas dessas obras antigas, os autores deveriam comprar apenas a ideia central da trama, e criar uma nova história. Maria Adelaide Amaral fez isso com maestria em 2010, quando ela fundiu a trama cômica de "ti ti ti" com a parte dramática de "Plumas & Paetez" ambas do Cassiano Gábus Mendes. Criou novos personagens, esqueceu de outros e transformou-as naquele divertido sucesso de 2010.
Eu sou muito a favor dos remakes, afinal, acredito eu, que a grande maioria do público atual não são os saudosistas, ou seja, o público que assistiu as obras originais, mas sim um público novo que não conhecem as histórias que foram contadas no passado.
Eu particularmente, acompanho novelas somente a partir do final dos anos 80. A grande maioria dessas produções revisitadas são inéditas pra mim.
Thallys, não reclamei da ausência de sexo e sim das cenas leves quando a 'relação' era mostrada. Caso da Zélia com o marido, por exemplo. Aquilo foi cena de novela das seis. Fora que até os diálogos estão leves, o que gera estranheza.
ResponderExcluirAmor à Vida tá dando um baile no politicamente correto. Ela até parece novela das onze. Abraços.
Luana, acho que quando há um contexto não vejo problema. E no caso das novelas das onze, até pelo horário, isso é totalmente aceitável. Mas não acho que essa seja a estranheza justamente por causa de todos os pontos negativos que citei no texto.
ResponderExcluirOlha, o Zico lembra muito o Sarney mesmo, mas tem Lula, Dirceu, Maluf, etc etc etc rs Beijão!!!
Eu também espero, Cléu. Porque por enquanto tá fraco. bj
ResponderExcluirDemian, concordo plenamente com você! E o Ricardo nunca foi um autor que primasse pela agilidade em suas histórias. Pena que isso esteja tão evidenciado em Saramandaia. Realmente poucos fatos relevantes acontecem, o que desanima o público, principalmente numa produção que vai ao ar depois das onze da noite. Abraços.
ResponderExcluirF Silva, gostei do seu comentário. Mas sobre os remakes, será impossível alcançarem o mesmo sucesso que as originais, até porque são outros tempos e o ibope não chega mais aos 50 pontos com facilidade, imagine aos 90/100... Ti ti ti foi excelente e fez um baita sucesso, mas ainda assim foi menos que a original. O Astro e Gabriela foram ótimos remakes e mereceram a aceitação que tiveram, ainda que não tenham chegado perto do sucesso das originais.
ResponderExcluirAcho que adaptar fracassos do passado poderia ser uma boa ideia mesmo. Desde, claro, que fossem boas tramas. Abraços!
Oi Sérgio!
ResponderExcluirTô atrasada com a leitura de alguns posts do seu blog.Mas hoje consegui me inteirar.
Nem sabia que Saramandaia perdeu o encanto.Eu imaginei que o remake estivesse 'bombando'...
Um bj e feliz dia do amigo \o/
Oi Clau! Senti sua ausência! Mas sem problemas! Beijos e feliz dia do amigo pra vc também!
ResponderExcluirAlgo mais a acrescentar...
ResponderExcluirSérgio, eu acredito que medir ou comparar o sucesso das novelas atuais com sucessos antigos utilizando os números de audiência não é um bom argumento. Vejamos porque:
A forma de se medir o "IBOPE" de um programa de tv mudou, antes era uma amostragem de questionários distribuídos entre as classes sociais. Hoje a tecnologia está a favor da pesquisa e o Share é mais preciso que a amostragem. Não chega a ser 100%, porém é mais eficiente.
Outra coisa, uma novela que atingiu 60% de audiência nos idos dos anos 80 não significa que ela teve mais telespectadores do que uma novela que atinge 25% hoje. A população cresceu, o acesso as mídias também, a forma de pesquisa evoluiu, como falei acima.
Um exemplo: uma novela das oito da década de 80 que atingisse 40 pontos era um grande fracasso, hoje uma novela que tem esses mesmos 40 pontos é um grande sucesso.
Conclusão: não dá mais para fazermos comparações sobre o sucesso dos programas de hoje com os do passado utilizando como variável apenas a audiência.
A novela Tititi dos anos 80 chegou a casa dos 60 pontos, sucesso para os padrões da época. O remake de 2010 teve média ali pela casa dos 31 pontos. Entretanto, esse remake, se é que podemos chamar de remake, superou, e muito, a obra original. Tanto em números de telespectadores como em repercussão.
Exatamente, F Silva, não tem como. São outros tempos, outros costumes, outras chances de poder assistir ao que quer, enfim... Suave Veneno e Esperança foram os maiores fiascos do horário nobre em relação á meta, afinal, na época deram 36/38 onde o objetivo era acima dos 45. Hoje, Salve Jorge carrega o posto de pior ibope do horário (34), mas se for comparar em cima da meta (que agora é 40), o fracasso das duas anteriores foi maior. Enfim... abraços.
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