Big Brother Brasil 13 estreia com o pé direito e acerta ao apostar na volta de participantes polêmicos

Para a alegria dos fãs e para o ódio dos intelectuais, o reality show mais importante e longevo do país estreou sua décima-terceira edição na última terça-feira (08/01). O "Big Brother Brasil", como acontece em todos os anos, já estava despertando polêmica e repercussão antes mesmo de ter estreado. Especulação a respeito de ex-participantes que voltariam, casa de vidro, divulgação de novos selecionados, enfim, não faltou assunto nas redes sociais desde que as chamadas do programa começaram a ir ao ar. E pelo que foi visto até agora, Boninho resolveu apostar na reunião de tipos polêmicos e com personalidade forte para despertar o interesse do público.

Após uma edição marcada por um suposto estupro, ocasionando uma forte campanha negativa na mídia e consequentemente uma queda do número de anunciantes, o "Big Brother Brasil" voltou prometendo muito para quem é fã do reality. Boninho apostou logo de cara na casa de vidro, dando a opção para o público escolher um homem e uma mulher para entrar na casa. Outra jogada de mestre foi trazer de volta seis ex-BBBs para a décima-terceira edição. Todas essas medidas aumentaram o interesse pela atração e o próprio Pedro Bial --- que continua apresentando com competência e desenvoltura --- não escondia a empolgação pelas 'novidades'.

O diretor optou pelos mais polêmicos, o que já despertou ódio e torcida dos telespectadores e incômodo dos novos BBBs. Ao escolher Bambam, Dhomini, Ana Mara, Fani, Natália e Eliéser, fica claro que a intenção é causar barracos, intensificar a rivalidade e ocasionar fortes discussões entre os grupos. Todos os ex-participantes
selecionados, incluindo os dois campeões, já protagonizaram brigas homéricas nas edições passadas e não é difícil constatar que vê-los reunidos em um mesmo ambiente transformará a mansão em um cenário de 'guerra'. Particularmente achei a escolha dos três primeiros péssima, uma vez que o trio Bambam-Dhomini-Maroca tira qualquer um do sério. Preferia Talula, Daniel Rolim (BBB11) e Ana (BBB9) no lugar, entretanto, é inegável que a escolha do Boninho vai render muito material para a edição.

Em meio a tantos ex-BBBs, os novatos acabaram ficando em segundo plano e por enquanto se encontram totalmente apagados. Com exceção de Aline. A carioca é uma espécie de Penha (personagem de Taís Araújo em "Cheias de Charme") elevada ao quadrado. Grita, fala errado, vomita pérolas e já protagonizou o primeiro barraco da edição ao brigar com Bambam e Eliéser. Pode ser eliminada logo na primeira semana ou ir ganhando força à medida que o telespectador for se acostumando com seu jeito exagerado de ser. Sem dúvida essa 'figura' foi mais uma escolha certeira da produção.

Outro ponto positivo: o bom gosto na decoração. Vários cômodos ficaram mais modernos, enquanto que a parte externa ganhou uma bonita pintura em grafite. Vale destacar também a alfinetada que a produção deu em todos os críticos ferrenhos do reality. Ao decorar um cômodo da mansão como se fosse uma biblioteca, Boninho ataca diretamente a todos que repetem exaustivamente o mantra: "Ao invés de ver BBB vá ler um livro!". Foi uma resposta bem-humorada às críticas que sempre recebeu ao longo dos anos. E, claro, de muito bom gosto porque o resultado ficou ótimo.

A audiência não correspondeu muito. A média foi de 25 pontos, contra os 34 obtidos na edição passada. Entretanto, é preciso analisar que o período atual não é nada satisfatório para a televisão, onde todas as novelas globais estão abaixo da meta. E ainda é necessário lembrar que a décima-segunda edição vinha depois de "Fina Estampa", trama que era um sucesso de audiência, ao contrário de "Salve Jorge". Mas deixando dados do ibope de lado, ficou claro que o "Big Brother Brasil 13" começou muito bem e tem tudo para divertir o público que gosta de dar aquela tradicional espiadinha.