quarta-feira, 11 de abril de 2012

Globo Mar: um filhote do Globo Repórter

Quando o "Globo Mar" foi lançado em 2010, no dia 8 de abril, a Rede Globo estava renovando a sua programação, como costuma fazer assim que o "Big Brother Brasil" termina. E esse novo programa jornalístico fazia parte das novidades, porém, o resultado nunca foi muito animador.


Apesar de apresentar uma proposta interessante --- abordar diversos assuntos relacionados ao oceano ---, o programa acabou ficando muito parecido com o já tracidional "Globo Repórter", porém, ficando bem menos tempo no ar e obtendo uma audiência em torno dos 11/14 pontos.

A atração está em sua terceira temporada e já abordou diversos
 assuntos: extração de petróleo, cemitérios de navios, fenômenos naturais, produção de sal, o ambiente marinho, preservação de animais, várias formas como os pescadores trabalham, enfim, tema é o que não falta. Sem dúvida são assuntos interessantes e muito bem abordados pela equipe do programa, entretanto, um telespectador desavisado acabaria se perguntando por que o "Globo Repórter" estava sendo exibido em uma quinta-feira. Como o jornalístico apresentado por Sérgio Chapelin acabou deixando as matérias investigativas de lado e preferiu focar quase que exclusivamente em temas como natureza e saúde (um pouco mais a primeira que a segunda, diga-se), é perfeitamente compreensível que haja essa inevitável semelhança.

Ernesto Paglia apresentou a primeira temporada ao lado de Mariana Ferrão e a segunda com Glenda Koslowski. Na terceira, que estreou no dia 5 de abril de 2012, ele ganhou a companhia de Poliana Abritta. O entrosamento do competente jornalista com as duas antigas colegas era perfeito e agora não é diferente. A dupla comanda o programa muito bem e ambos sabem o que estão falando.

O "Globo Mar" não é ruim, longe disso,  mas é uma atração que poderia ser condensada em um quadro do "Fantástico" ou do "Esporte Espetacular", por exemplo. Tem-se a impressão que o jornalístico é inspirado no "Globo Repórter" e está apenas preenchendo uma vaga na programação, enquanto a emissora não consegue nada melhor para colocar em seu lugar.

8 comentários:

  1. Gostei da análise, Sérgio. Tenho a mesma impressão de que poderia ser um quadro do Fantástico, ao contrário do Profissão Repórter, que começou como quadro, mas cresceu e ganhou fôlego suficiente para ser programa. E não deixa de ser lamentável ver o quanto o Globo Repórter decaiu. Só um ou outro programa foge do padrão alimentação-saúde-natureza-dinheiro.

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  2. PS: Se aceita uma sugestão minha, acho que você poderia fazer um artigo sobre a segunda fase de Avenida Brasil, já com as mudanças após a passagem de tempo.

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  3. Thallys, obigado pelo comentário. Você tem razão. Com o "Profissão Repórter aconteceu justamente o oposto: o sucesso de um quadro o fez crescer e virar um programa de sucesso. Mas com o "Globo Mar" não deu certo. Como quadro ficaria mais apropriado.

    Claro que pode fazer sugestões. Vou escrever sim. Antes tentarei ter tempo pra escrever sobre Máscaras e o final de Aquele Beijo. Vamos ver se consigo! Abração!

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  4. Sergio, concordo com Thallys e voce sobre cada programa. É dificil, algumas vezes, prever o que vai agradar ou não. Cabe usar da percepção para não perder a essencia do bom produto de informação.

    ****

    E.... amigo, então, vamos para o muro da Urca olhar a Baía e ainda contemplar o Cristo!

    Beijos

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  5. Obrigado, Sissym! É verdade, não tem como adivinhar isso! E sim, vamos dar um passeio! rsrs bjss

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  6. Muito bom o texto. Boa análise. Só não deixa "ELES" SABEREM DISSO! he...he..he...

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  7. Obrigado pelo comentário, Wilson. Abraço!

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  8. Sérgio, gosto do programa, mas, mais uma vez, o inconveniente é o horário.
    Ernesto Paglia é talentoso e experiente. Poliana Abrita está muito bem.

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