O "No Limite" estreou no dia 11 de maio. Uma semana após o fim do "BBB 21". O intuito de Boninho era claro: mantar uma parcela dos fãs do reality de sucesso que consagrou a vitória de Juliette. E inicialmente parecia que conseguiria. Mas, ao longo das semanas, o nível de interesse do público foi dissipando. O programa se manteve na liderança isolada, mas a audiência esteve longe da almejada, assim como a repercussão. A final foi exibida nesta terça-feira (20/07).
O formato é baseado no formato estadunidense "Survivor", que por sua vez é uma versão do programa sueco "Expedition Robinson". A primeira temporada estreou na Globo há quase 21 anos. E foi o primeiro reality do Brasil. Um fenômeno. Mas não repetiu o sucesso nas três temporadas posteriores. A quinta, exibida atualmente, tinha tudo para voltar com uma boa repercussão. A escolha de ex-BBBs para a disputa foi um ótimo chamariz. Mas o principal erro foi a permanência da exibição semanal. Pois o esquema funcionava há anos, quando não existia reality no país. Agora, após a produção de inúmeros realities de convivência, fica difícil o público se prender a algo que não desperta uma rotina.
O principal atrativo seria o foco na convivência dos participantes ao longo dos dias, passando frio, fome e tantas outras dificuldades propostas pela competição. A parte em que eles conversavam ou discutiam pareciam ter pouca importância. Havia um protagonismo muito maior nas provas. E, sim, o formato do "No Limite" sempre foi esse.
Todavia, alterações são necessárias quando o comportamento de quem assiste muda. Muitas vezes ficava difícil saber o motivo de alguma tensão entre os competidores porque muito bastidor era deixado de lado. Gleci chegou a levar 3 votos da equipe Calango em uma semana e o telespectador nem descobriu o motivo. Ariadna teve uma discussão com Chumbo em outro momento na equipe Carcará e foi impossível saber o estopim da briga porque era um desentendimento que ocorreu na noite passada, que acabou não exibida.Se o programa fosse diário, parte do problema seria resolvido. E nem precisava ter uma hora de duração para não atrapalhar a grade da Globo. Uns 20 minutos estariam de bom tamanho. Ajudaria a criar uma rotina no público e aproximar a audiência dos participantes, como costuma acontecer em qualquer reality de convivência. Ainda mais uma convivência durante momentos difíceis. Aliás, outra questão que merece uma ressalva: os participantes receberam muito privilégio. Cada prova resultava em prêmios como brigadeiro, doce de leite, pizza, enfim. Isso nunca existiu em "No Limite". Claro que o maior número de patrocinadores explica o fato. Mas os alimentos citados, por exemplo, não fazem parte de qualquer propaganda. Afinal, o título não é "No Limite"?
Em uma última tentativa de melhorar o programa, Boninho inseriu um quadro de humor, depois de quase metade de temporada já exibida. Rafael Infante recebeu a ingrata missão de fazer rir com um reality que raramente tem alguma situação cômica. O resultado foi o pior possível. A intenção de imitar o quadro de sucesso de Rafael Portugal no "Big Brother Brasil" ficou clara. Mas não funcionou. E nem poderia. O formato não combina em nada com comicidade. É um reality de sobrevivência. Ou deveria ser. Todas as situações protagonizadas pelos participantes que foram usadas pelo ator como 'diversão' não despertaram qualquer sorriso amarelo.
Outro fator que merece menção foi a apresentação apática de André Marques. O apresentador sempre se saiu muito bem em todos os programas que esteve na Globo. O saudoso "Vídeo Show" é o maior exemplo. Ele também merece elogios em todas as temporadas do "The Voice Kids". Mas no reality não ficou à vontade. A intenção de se mostrar frio e mais distante dos participantes (dita pelo próprio como algo proposital na época do pré-lançamento da atração) não surtiu um bom efeito. Ficou parecendo que estava ali por pura obrigação e contando os dias para tudo acabar logo. Suas narrações nas provas eram desanimadas e as interações na hora da votação no Portal, momento mais importante para o surgimento de bons conflitos, superficiais. Até as entrevistas com os eliminados não empolgaram e as suas perguntas eram burocráticas.
O "No Limite" tinha tudo para emplacar, mas infelizmente não aconteceu. Ao menos a vitória de Paula Amorim consagrou a melhor competidora da edição e o público fez justiça na única votação popular da disputa. Embora tenham anunciado as inscrições para uma nova temporada em 2022, não será uma surpresa se um futuro cancelamento ocorrer. E caso se confirme, será necessária uma forte mudança no formato do ano que vem. Caso contrário um novo fracasso se repetirá.
Concordo, muita coisa mudou desde o ultimo No Limite, o programa precisava de uma renovada, o programa deveria sim ser diário, durando 30 minutos, para manter o interesse do público, com dinâmicas novas, e cara, isso é um reality show, não tem nada mais real do que a relação e convivência dos participantes, é algo que tinha que ter sido mostrado, seria puro entretenimento, os participantes exaustos, brigando por qualquer coisinha devido ao stress e frustrações, nossa, Boninho pisou na bola... e olha, sei que não é a intenção do programa, mas acho sim que deveria rolar votação do público, certas eliminações são injustas pra caralho e desanima demais continuar acompanhando, fica um gosto amargo na boca pq tu não pode fazer nada, deveria ter votação aberta, os dois mais votados disputam quem sai, seria mais interessante e involveria mais o público, iria gerar engajamento e isso seria algo positivo pro programa, sinceramente, para o programa acontecer, tem que deixar o público participar.
ResponderExcluirAcabou e eu não consegui assistir. Mas adorei sua resenha sobre esse programa que marcou época. A Globo mostra que só é bem sucedida em realities com o 'Big Brother Brasil'.
ResponderExcluirBoa semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Nunca vi!
ResponderExcluirBjxxx
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Apesar de não ter acompanhado nenhuma temporada de "No Limite", principalmente essa que se distanciou várias vezes do estilo "raiz" do reality show, a vitória de Paula Amorim foi justa e merecida. Só uma correção: estreou em 11 de maio, uma terça-feira.
ResponderExcluirGuilherme
Expectativa: comer olho de cabra
ResponderExcluirRealidade: Churrasco com Safadão.
Nunca mais voltei pra ver
Desejo - lhe um bom final de semana!
ResponderExcluirUm beijinho!
Megy Maia💝💙💝
Concordo com tudo, anonimo, menos com a votação do publico. O reality é de sobrevivência e teoricamente nem deveria ter votação popular na final.
ResponderExcluirObrigado, Jornalista.
ResponderExcluirBjs, Teresa.
ResponderExcluirObrigado, Guilherme.
ResponderExcluirResumiu bem, Fernanda.
ResponderExcluirBeijo, Megy.
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