quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

"Simples Assim" é simples e chato

 Angélica ficou quase três anos fora do ar. O "Estrelas", programa comandado por ela entre 2006 e 2018, chegou ao fim desgastado e sem atrativos. A Globo encerrou a atração sem ter um novo projeto para a apresentadora. Muitas especulações foram feitas durante a ausência da loira, incluindo o desligamento da emissora. E todos os "projetos" de um novo formato eram adiados. Até surgir o "Simples Assim", em outubro deste ano. 


Antes da estreia, no dia 20, pouco se falava sobre o novo programa. A falta de informações implicou em uma expectativa elevada. Afinal, era o retorno de Angélica após um longo hiato. Mas o resultado ficou abaixo da média. As explicações sobre a proposta do formato são ótimas: "uma reflexão sobre algo que nos une como seres humanos. A busca pela felicidade. Um propósito comum a todos e, ao mesmo tempo, único e individual, que cada um percorre a seu modo. Trilhar o caminho não é simples e chegar à simplicidade, ao estado de espírito que permite encarar a vida com mais leveza, pode custar uma vida inteira". 

A cada episódio, um tema ---- como felicidade, fé, trabalho, família, solidariedade, diversidade, vaidade e amor ---- foi abordado. E, para cada assunto, diferentes percepções e maneiras de contar essas histórias, que vieram das ruas, das casas dos personagens (sempre anônimos), através de esquetes de humor ---- que marcaram a volta de Angélica como atriz ---- ou das dinâmicas com alguns convidados em um palco. O intuito do programa é exibir momentos felizes e na primeira temporada a missão foi bem cumprida. O formato é leve e despretensioso. Mas, no ar, provocou tédio. 

Angélica é uma ótima apresentadora, mas os longos papos com os convidados, tanto anônimos quanto famosos, sobre amenidades não flui e nem as dinâmicas no palco entretêm. Muitas vezes há a sensação de acompanhar uma espécie de grupo de autoajuda, onde a apresentadora é a 'coach'. É mais legal para quem participa do que para quem assiste. Nem mesmo as curtas cenas protagonizadas por Angélica com participações especiais (Marcos Caruso, Paulo Gustavo, Camila Queiroz, Mariana Santos, Marisa Orth e Ingrid Guimarães foram alguns que contracenaram com a loira) divertiram. Na realidade, se mostraram bem artificiais ou até bobinhas. Nada pior para uma cena do que parecer uma cena. 

E o programa também teve o azar de ser lançado em plena pandemia do novo coronavírus. A primeira temporada já tinha sido toda gravada antes da covid-19 aterrorizar o mundo. O quadro "Dilemas da Vida Real", por exemplo, soa risível hoje em dia com tantas mortes diárias. Um homem e uma mulher moravam em cidades diferentes e os dois tiveram que decidir no palco quem iria abdicar de sua casa para se mudar e ir morar com o outro. Vale destacar mais um "dilema" apresentado: o marido queria mais filhos e a mulher não. A missão do programa foi conciliá-los. Na realidade, houve um claro "convencimento" para a mulher ceder e ter filho. Soou até machista nos tempos atuais. Enfim, problemas que ficaram ainda mais bestas em 2020. 

 Com direção-geral de Geninho Simonetti e supervisão de direção de LP Simonetti, "Simples assim" não é um programa ruim. Longe disso. Mas Angélica merecia algo um pouquinho mais empolgante após tanto tempo longe do ar. O título faz jus ao que é apresentado. São propostas simples em um formato sem novidades. Mas o conjunto, infelizmente, resulta em um programa esquecível e chato. Pena.

16 comentários:

  1. Disse tudo. Parece um programa de coach.

    ResponderExcluir
  2. Eu acho que nao tem mais nada pra Angélica. Tudo cansou.

    ResponderExcluir
  3. Seria mais fácil colocar a Angélica pra apresentar aquele The Voice.

    ResponderExcluir
  4. Ainda não assisti!

    Desejo um Natal lindo, abençoado e muito feliz e tudo de bom pra ti e teus em 2021! bjs, chica

    ResponderExcluir
  5. Sérgio,ássisti várias vezes o´´Simples Assim´´e cheguei a seguinte conclusão:DÁ SONO,viu

    ResponderExcluir
  6. Nossa, com todo respeito, parece entediante!

    ResponderExcluir
  7. Concordo com a Lisa, a Angelica apresentando o The Voice seria maravilhoso! Porque acho que ninguém mais aguenta o Leifert, e mais um BBB vindo por aí, é overdose desse apresentador que dá sono.

    ResponderExcluir
  8. A Globo acabou, só não vê quem não quer. Vai ficar se arrastando até o fim definitivo com uma programação desinteressante, descartável, e chata! Não sou hater da Globo, muito pelo contrario, FOI uma das maiores emissoras do mundo, suas novelas e programas eram maravilhosos mas infelizmente não é mais a mesma coisa.

    ResponderExcluir
  9. Sim, vc é hater, anonimo. Pra dizer um absurdo desses...A segunda maior do mundo vai acabar... ok.

    ResponderExcluir