Anastácia é um dos perfis mais íntegros da história e mãe de Candinho (Sérgio Guizé), o protagonista do folhetim. No início, o telespectador acompanhou a saga da dona da fábrica de sabonetes Aroma em busca do filho. Isso porque seu autoritário pai tirou o bebê de seus braços assim que nasceu e mandou matá-lo. Mas uma empregada se recusou a executar o serviço e acabou colocando a criança em um rio. Tudo foi acompanhado no primeiro capítulo, aumentando o envolvimento do telespectador com aquele tocante e folhetinesco enredo.
Ao contrário do que se imaginava, o reencontro de mãe e filho não demorou muito e ocorreu antes da metade da novela. Eliane e Sérgio protagonizaram a cena mais linda da trama e emocionaram. A partir de então, a personagem entrou em uma nova fase, desta vez ao lado de Candinho e iniciando um romance com o professor Pancrácio (Marco Nanini).
A milionária passou a viver um amor complicado, em virtude da disparidade financeira entre ela e o humilde filósofo, virando até mesmo alvo de Pandolfo (também feito por Nanini), irmão gêmeo de quem sempre lhe interessou.
Em meio a todos esses acontecimentos, Anastácia representou a força de uma mulher à frente do seu tempo. Afinal, ambientada na década de 40, a atitude de uma mulher em assumir que teve um filho solteira e ainda ir atrás dele era um feito, assim como cortejar um homem, quebrando qualquer costume patriarcal. A figura da milionária que transbordava honestidade e bondade foi um dos pontos altos da produção, destacando a ótima construção de Walcyr Carrasco. Sem dúvida, um perfil engrandecedor, tanto para a história quanto para a carreira de Eliane Giardini.
Independente dos acontecimentos do folhetim, Anastácia nunca perdeu o destaque. Ela sempre foi um dos focos centrais da história, representando, o pilar de seu núcleo. Tanto que depois de todos os conflitos desenvolvidos ao longo dos meses, a personagem ainda virou alvo da sobrinha Sandra (Flávia Alessandra), que lhe aplicou um golpe, roubando todos os seus bens. Sem nada, a empresária se mudou com a família ---- Maria (Bianca Bin), Celso (Rainer Cadete), Pirulito (JP Rufino), Candinho, Alice (Nathalia Costa) e os burros ---- para a casa de Pancrácio, iniciando, então, uma batalha contra a vilã.
Enquanto não voltava para sua vida de luxo, a personagem acabou ainda mais próxima de Pancrácio e o pediu em casamento. Os dois se casaram em uma cerimônia simples, ficando finalmente juntos, desta vez sem o empecilho da diferença condição social. Após 'se resolver' na questão amorosa, a até então ex-milionária conseguiu vencer a sobrinha nos tribunais, reavendo toda a sua fortuna. Foram várias cenas ótimas protagonizadas por Eliane Giardini, que honrou a importância do seu papel. Sua parceria com Marco Nanini foi perfeita e transformou o par em um dos melhores da história. As suas cenas ao lado de Flávia Alessandra, Bianca Bin, Rainer Cadete e Sérgio Guizé também merecem vários elogios, principalmente a partir da metade da novela.
Essa personagem acabou sendo uma compensação de Walcyr, que não valorizou o talento de Eliane em "Amor à Vida", sucesso do horário nobre exibido em 2013. Ela viveu a honesta Ordália, que trabalhava como enfermeira no Hospital San Magno, e era mãe do mocinho Bruno (Malvino Salvador). A atriz apareceu muito pouco e era quase uma figurante de luxo. Mas, três anos depois, o autor se redimiu e a escalou para viver esse bem construído perfil, responsável por vários momentos importantes da história das seis, que entrou para a lista de grandes papéis da carreira da intérprete ----- cujos maiores destaques são a Dona Patroa de "Renascer" (1993), a Nazira de "O Clone" (2001), a Caetana de "A Casa das Sete Mulheres" (2003), a viúva Neuta de "América" (2005) e a Muricy de "Avenida Brasil" (2012). Mas o autor também a valorizou um ano depois, em 2017, quando a presenteou com a racista Nádia, em "O Outro Lado do Paraíso". A perua preconceituosa se mostrou um tipo bem real, ainda mais em 2020, e a intérprete deu show.
Eliane Giardini ganhou um grande papel em "Êta Mundo Bom" e se destacou do início ao fim com a sua forte Anastácia. A reprise repetiu o sucesso de quatro anos atrás (é a melhor audiência do "Vale a Pena Ver de Novo" desde 2014) e um dos êxitos da produção é justamente a brilhante interpretação dessa atriz que foi presenteada com uma personagem que fez jus ao seu reconhecido talento.
Sou fã da Eliane!
ResponderExcluirFoi um de seus melhores papéis e nao queria que a novela acabasse.
ResponderExcluirUma das poucas coisas boas do pior ano de nossas vidas foi ver Eliane Giardini em três reprises. Atriz subestimada na minha opinião, é muito profissional, é uma atriz que preciso ver mais. Espero que Walcyr ligue para ela novamente. Maravilhosa Anastácia e seu melhor momento na televisão Nazira, agora não quero ser hipócrita: intragável como Murici, mais culpa da trouxa do personagem que da atriz.
ResponderExcluirEla te agradeceu no Twitter, Sérgio!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirEssa atriz se destaca em qualquer papel e esse já é um dos mais marcantes da sua carreira.
ResponderExcluirZamenza cade você e sus gente meu filhio, A Dona do Pedaço na forbes:
ResponderExcluirhttps://www.google.com/amp/s/www.forbes.com/sites/veronicavillafane/2020/08/29/univision-premieres-dulce-ambicin-sweet-ambition-its-first-brazilian-soap-in-primetime/amp/
Gabriel
também destaco a eliane com sua anastácia, teve química com todos do elenco, em especial ao marco nanini e sérgio guizé.
ResponderExcluirIdem, anonimo.
ResponderExcluirTb nao, anonimo.
ResponderExcluirTb adoro ela, anonimo.
ResponderExcluirEu vi, anonimo. Fiquei feliz.
ResponderExcluirÉ, anonimo.
ResponderExcluirSucesso, anonimo!
ResponderExcluirIsso, Danilo!
ResponderExcluirSou grande fã da eliane giardini, estou a acabar de a ver em etâ mundo bom e vou ter saudades adorei ver o casal anastácia com pancrácio de mundos diferentes o que prova que os opostos atraem-se :)
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