"BBB 20" surpreende com início agitado e promissor

Boninho corria um grande risco quando prometeu uma edição histórica para comemorar vinte edições do "Big Brother Brasil", ainda mais depois do fiasco do "BBB 19", o pior da história do reality. Após um início de altos (elenco feminino excelente) e baixos (time masculino deplorável), é possível afirmar que a atual temporada já conquistou o público e tem proporcionado várias movimentações que despertam o interesse do telespectador.

Primeiramente, importante ressaltar, é necessário mencionar os erros que se repetem, como a apresentação parcial de Tiago Leifert e as tentativas da produção para camuflar situações polêmicas, como o caso do assédio envolvendo Petrix e o empurrão que o mesmo participante deu em Pyong na hora que o Big Fone tocou. Noves fora, é incontestável que a vigésima temporada tem provocado uma grande repercussão nas redes sociais e a narrativa conquista porque reúne tudo o que o brasileiro mais gosta: "mocinhas", "vilões" e embates como uma boa novela.

O fato do time masculino ter sido o pior já escalado na história do "BBB" beneficiou as meninas, que se destacaram ainda mais nesta semana em virtude do machismo dos adversários. Marcela e Gizelly contaram para as demais sobre o plano de Hadson, que pretendia usar Lucas para seduzir Mari e assim prejudicar a imagem dela fora da casa. Já Petrix pretendia fazer o mesmo com Bianca.
Todas as mulheres ficaram naturalmente horrorizadas e foram tirar satisfação com os rapazes por causa do surto forçado de Flay. O embate foi ótimo e Rafa, Manu e Marcela rebateram todas as mentiras de Hadson, Lucas e Felipe com argumentos. Esse foi o clímax para o jogo começar de vez.

Dois grupos acabaram se formando. Manu Gavassi, Rafa, Marcela, Thelma, Gizelly,  Pyong e Babu Santana de um lado e do outro Hadson, Lucas, Felipe, Vitor Hugo, Flay, Guilherme, Gabi e Bianca. A "polarização" se deu de forma involuntária, fruto da revelação do esquema do trio. O programa ganhou uma potência. Porém, não durou muito. Isso porque a "Casa de Vidro" já tinha sido apresentada ao público e a votação para a entrada de mais dois 'brothers' estava a pleno vapor. E a mobilização das pessoas com o reality ficou mais evidente com ida de vários fãs ao shopping para a exibição de cartazes com mensagens sobre tudo o que ocorria na edição.

O resultado foi uma nova virada na narrativa. A eliminação de Petrix com 80% de rejeição num paredão quádruplo expôs a imensa rejeição, mas todos na casa se chocaram. O ginasta era querido por eles. Pyong, Marcela, Rafa, Manu e Gizelly ficaram abalados, enquanto Hadson, Felipe e Lucas se sentiram os vitoriosos. Mas por volta de duas horas da manhã da madrugada de terça para quarta-feira (04/02), Daniel e Ivy, os participantes escolhidos por votação popular, entraram na casa e logo expuseram as informações que tinham. O clima de tensão na casa se instaurou e o choque das mulheres diante da notícia sobre a investigação da polícia sobre o assédio de Petrix foi imediato. Muitas choraram. Já Marcela e Gi ficaram aliviadas e Manu e Rafa fizeram discursos de empoderamento feminino importantíssimos, enquanto Bianca tentava se reconstruir depois que soube a verdade.

A dinâmica da atual temporada teve uma nova mudança importante. Agora o embate entre grupos deixou de existir e a disputa se resume no embate das mulheres mais Pyong, Daniel e Babu contra Hadson, Felipe e Lucas, tendo Guilherme e Vitor Hugo como flutuantes. As informações passadas pelos novatos foi muito válida para acabar com a condição de vulnerabilidade do time feminino diante do machismo asqueroso do trio. Mas agora só o tempo vai dizer se isso esfriou a disputa ou não afetou a até agora ótima temporada.

O "BBB 20" vem apresentando um começo promissor e há chances reais da vigésima edição deixar sua marca. Tomara que siga assim.