A empresária bem-sucedida parecia uma típica mulher arrogante e preconceituosa em virtude da grosseria cometida com Paloma (Grazi Massafera) logo na primeira semana de trama. A costureira tinha acabado de descobrir um câncer terminal ---- exame de Alberto (Antônio Fagundes), na verdade --- e não conseguiu atender a cliente. Nana se indignou e a tratou feito um lixo. A mocinha, claro, não deixou barato, rasgou o vestido da mulher e desde então viraram ''inimigas". Mas essa inimizade partiu bem mais da filha de Alberto, que nunca engoliu o que aconteceu e muito menos aceitou ver a moça que a enfrentou trabalhando como acompanhante do pai.
No entanto, Nana não foi nem de longe uma vilã. É uma pessoa amargurada pela vida e que jamais compreendeu a relação distante que sempre teve com Alberto. Sua ligação com Cecília, a mãe falecida, era muito forte, mas com o pai era diferente. Viciado em trabalho, o dono da Editora Prado Monteiro nunca teve tempo para a filha e sua predileção pelo filho Marcos (Rômulo Estrela) se evidenciava a todo instante. É bom ressaltar que nada disso foi mostrado, apenas contado pelos personagens.
Mas as narrativas são tão bem escritas por Rosane Svartman e Paulo Halm que é possível imaginar o passado dessas pessoas tão críveis. Até porque há um reflexo no momento atual. Mesmo brigando sempre com Marcos, Alberto não esconde sua preferência, até porque ambos são apaixonados pela literatura, enquanto Nana nunca ligou tanto para livros quanto os dois. Apenas administra a empresa.
Embora nunca tenha percebido, a irmã de Marcos acabou repetindo com a sua filha a péssima relação que teve com o pai. Sofia (Valentina Vieira) era uma menina carente que sempre viu no avô a figura paterna --- seu pai mora em outro país --- e sofria calada pela ausência de sua mãe, sempre ocupada com os problemas da editora. As duas iniciaram um lindo processo de reaproximação em uma delicada cena em que Nana acompanhou uma aula de balé da menina, graças ao conselho de Paloma. Naquele momento foi possível enxergar uma mulher mais desarmada e sem a pose de ricaça sem sentimentos. Na verdade, a personagem escondia a pessoa leve que era anos atrás em virtude dos sofrimentos que a acometeram ao longo da vida. E quem expõe esse passado de alguns instantes felizes é Mário (Lúcio Mauro Filho).
O poeta sempre foi apaixonado por Nana, que acabou se casando com o canalha Diogo (Armando Babaioff). Por muitos anos a personagem nunca enxergou o verdadeiro caráter do marido. Também sempre fez questão de não alimentar as esperanças do amigo de infância. No entanto, o clima entre eles existia. Nana tinha mais gratidão por Diogo do que amor. Isso porque o advogado a ''apoiou" durante o difícil momento da perda da esposa de Alberto e da viagem de Marcos (Rômulo Estrela). Ao longo da novela, claro, a paixão entre Nana e Mário ficou inevitável, assim como a descoberta da verdadeira índole do vilão. Tanto que a filha do dono da Prado Monteiro acabou engravidando do poeta. Embora tenha cogitado um aborto --- em uma excelente discussão proposta pelos autores ---, Nana decidiu ter o filho. E durante todo esse processo houve um evidente amadurecimento emocional da personagem, que ganhou mais leveza.
A personagem finalmente encontrou o amor verdadeiro com Mário, estabeleceu um lindo laço com a filha Sofia, virou grande amiga de Paloma e ainda restruturou sua relação com o irmão Marcos, que virou seu melhor parceiro. Além, claro, a reaproximação com o pai, que se desarmou diante da filha e reconheceu os erros cometidos no passado ao longo do tempo. Um perfil muito rico e que vem sendo brilhantemente defendido por Fabíula. Sua química com Lúcio Mauro Filho é uma delícia de se ver, assim como a sintonia com a pequena Valentina Vieira. Suas cenas com Grazi Massafera, Armando Babaioff, Antônio Fagundes e Rômulo Estrela também merecem menção especial.
Fabíula Nascimento ganhou uma de suas melhores personagens da carreira e soube aproveitar a confiança de Rosane Svartman e Paulo Halm. "Bom Sucesso" vem presenteando o público com muitas viradas tensas em sua reta final e uma delas é a perda do filho de Nana, em mais um crime cometido por Diogo, o que destaca mais uma vez o ótimo trabalho da atriz.
Olá, tudo bem? Sem dúvida alguma, Fabiula Nascimento é um dos pontos positivos de "Bom Sucesso" e integrará o meu balanço final. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirAcho essa personagem chata demais.
ResponderExcluirMelhor personagem sim! Fabiula é genial
ResponderExcluirEla está bem mesmo e depois daquele papel ingrato em Segundo Sol merecia a Nana.
ResponderExcluirMais um texto perfeito, Sérgio!!!
ResponderExcluirÉ uma personagem bem interessante.
ResponderExcluirA Fabiula leu, Sergio. PRESTIGIO É ISSO!!!!
ResponderExcluirAssino embaixo do seu texto, Sérgio. Fabíula Nascimento é uma excelente atriz e ganhou uma personagem que honra o seu talento em "Bom Sucesso", que ao contrário do que alguns "críticos" de teledramaturgia dizem, continua maravilhosa nessa fase mais densa do folhetim. Quem já assistiu a obras de Rosane Svartman e Paulo Halm sabem que isso é uma marca dos autores. Ao menos Rosane e Paulo variam o repertório de acontecimentos para a novela ganhar mais dinamismo, ao contrário de uns e outros que só apelam para sequestros com o intuito de movimentar a narrativa. Duas semanas de pura emoção nos esperam nessa reta final de "Bom Sucesso". Abração, Sérgio!
ResponderExcluirGuilherme
Ela tá ótima, pena que as fãs sejam tão INSUPORTÁVEIS.
ResponderExcluirO mais louco é que alguém tão "de olho nos detalhes" como vc seja defensor do texto ridículo e raso do Walcyr Carrasco. Um autor péssimo incapaz de criar personagens complexos como a Naná. Não adianta você se esforçar pra fazer análises tão boas como essa, se joga toda a tua credibilidade no lixo aclamando o Walcyr só porque ele dá audiência e rende likes e rt's no teu perfil do twitter.
ResponderExcluirMas isso só pode ser caso de internação mesmo. O que é que Walcyr tem haver com o texto sobre o desempenho da Fabíula Nascimento? Vcs falam do Sérgio mas também não sabem falar de outra coisa sem tirar o nome do Walcyr Carrasco da boca. Muda o disco, amigo(a)...
ExcluirAnonimo acima, vc acha que o Sergio nao tem credibilidade só porque vc odeia o Walcyr e ele elogia? Nao sabe lidar com discordâncias? Voce tem quantos anos? Nove?
ResponderExcluirQue as obras de Rosane Svartman e Paulo Halm são repletas de qualidades, não é novidade para ninguém. Gostaria de apontar mais uma delas: a presença de personagens em processo de evolução. Em "Totalmente Demais" (2015) tínhamos Germano (Humberto Martins), e agora, em "Bom Sucesso", contamos com Nana (Fabíula Nascimento) e Waguinho (Lucas Leto). Elizabeth Jhin mostrou isso em "Espelho Da Vida" (2018) com Alain (João Vicente De Castro), cuja redenção era a filha Priscila (Clara Galinari), fruto do relacionamento dele com a vilã Isabel (Alinne Moraes).
ResponderExcluirGuilherme
Fabiula Nascimento é uma artista brilhante. É uma gigante. Nana veio, para que todos pudessem conhecer e reconhecer ainda mais o talento dessa grande atriz. Inclusive eu. Eo merecimento é tão grande, que veio a premiação. Mais que merecida. Só brilha Biu cada dia mais.
ResponderExcluirVdd, Fabio.
ResponderExcluirÓtima, anonimo.
ResponderExcluirFato, anonimo.
ResponderExcluirValeu, anonimo.
ResponderExcluirTb acho, Heitor.
ResponderExcluirEu vi, anonimo.
ResponderExcluirAssino embaixo, Guilherme.
ResponderExcluirAlgumas sao msm, anonimo.
ResponderExcluirAnonimo, vc acha que nao tenho credibilidade só pq vc odeia o Walcyr e eu elogio? Vá se tratar, amigo. Isso é doença. Vcs nunca esquecem dele.
ResponderExcluirEsses haters do Walcyr são todos uns deficientes mentais, anmonimo. Nunca esquecem dele.
ResponderExcluirExatamente, anonimo. Aí quando eu falo do quão obsessivos esses haters são eles me chamam de puxa-saco. Não tenho culpa se são uns doentes. kkkk
ResponderExcluirVerdade, Guilherme.
ResponderExcluirEla é ótima, anonimo.
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