O risco do amor à primeira vista é sempre alto na teledramaturgia --- deixando de lado os enredos espíritas onde isso é fundamental. Vale muito mais a pena a construção do casal ao longo dos capítulos. No entanto, em algumas situações o clichê funciona em virtude da química dos atores. Jamil e Laila se apaixonaram subitamente logo na estreia da novela. As autoras, todavia, foram inteligentes, pois se apoiaram na química já vista entre os atores na primeira fase de "Velho Chico" (2015). E deu certo.
Apesar da rapidez na junção do casal, a trama que os cercava era interessante e a sintonia dos atores se fazia presente em todas as cenas. O assustador Aziz Abdallah (Herson Capri) como grande empecilho para a concretização desse amor era outro irresistível clichê que marcava o par.
Ainda havia a questão da diferença das religiões, pois Jamil é muçulmano e Laila cristã. Os mocinhos dominavam a novela sem esforço e torcer pelo romance era inevitável. O objetivo estava sendo alcançado e os personagens tinham ótimas características.
Ainda havia a questão da diferença das religiões, pois Jamil é muçulmano e Laila cristã. Os mocinhos dominavam a novela sem esforço e torcer pelo romance era inevitável. O objetivo estava sendo alcançado e os personagens tinham ótimas características.
A mocinha se ofereceu para o sheik com o intuito de salvar a vida do irmão pequeno, atingido durante um bombardeio na Síria, e não teve medo de fugir do poderoso homem depois que soube que a criança tinha morrido. Já o mocinho não pensou duas vezes antes de procurar o amor de sua vida, mesmo implicando em uma traição que seu chefe jamais perdoaria. Eram perfis corajosos, destemidos e ricos dramaticamente. Para fechar com chave de ouro: a química arrebatadora observada principalmente durante as cenas mais quentes, com beijos calorosos.
Então o que deu errado, afinal? Infelizmente, a pressa das autoras na condução da trama aniquilou o casal. Eles foram os maiores prejudicados com a passagem de tempo e a morte de Aziz Abadallah. Sem obstáculos, Laila pôde ter seu filho com Jamil em paz e eles se casaram em uma linda cerimônia. Conseguiram uma casa para morar perto dos familiares e tiveram sua vida feliz. Tudo muito bonito para o último mês de novela ou final de capítulo, mas não para uma trama que nem havia chegado sequer na metade. Com o assassinato do maior vilão e essa felicidade de comercial de margarina, o par perdeu a função. E, ao contrário do que se pretendia, a chegada de Dalila (Alice Wegmann) não provocou qualquer mudança.
As motivações da vilã são estapafúrdias e não convencem. O objetivo de vingar a morte do pai não faz sentido uma vez que Dalila estava com ódio de Aziz depois que o viu assassinar a mãe, Soraia (Letícia Sabatella), seu único alicerce emocional. E a personagem no fundo tem a plena consciência de que Jamil e Laila não mataram o sheik. Até porque a mocinha foi inocentada pela polícia com provas. E os alvos da vingança da menina até agora são pessoas que nunca tiveram contato com ela e em nada interferem na relação dos protagonistas. Destruir Miguel (Paulo Betti) --- pessoa que mal conversa com os mocinhos --- através de seu vício em jogos é forçado, assim como prejudicar o relacionamento de Elias (Marco Ricca) com a amante Helena (Carol Castro). Afinal, o ato da 'malvada' ---- fez a Missade (Ana Cecília Costa) descobrir o caso do marido e ainda provocou um acidente que causou o aborto da amante ---- mais ajudou do que prejudicou a relação. E tudo isso continuou deixando os, teoricamente, protagonistas avulsos.
Missade parece ter virado a verdadeira mocinha da novela. Laila virou uma mulher apagada que passa o dia cuidando do filho e preocupada com os pais. Jamil se transformou em um idiota que não consegue desconfiar de Dalila e ainda começou a ter ciúmes de Bruno (Rodrigo Simas). O ciúme, inclusive, virou o único conflito do casal. A mocinha também se incomoda com a proximidade do marido com a vilã. Um contexto bobo demais para um folhetim que tinha começado tão bem. O caso é tão preocupante que ambos não fariam falta se sumissem da trama. Até porque a filha de Aziz tem se vingado de todos ao redor e menos deles. Bastaria continuar arruinando a vida dos demais de forma gratuita (como já vem ocorrendo) e nada mudaria no andamento do roteiro.
O mocinho destemido e a mocinha corajosa estão irreconhecíveis em "Órfãos da Terra". Perderam o brilho, a determinação e a relevância. Viraram dois figurantes. É uma pena que isso tenha acontecido, não somente pela decepção que tem sido a história de Duca Rachid e Thelma Guedes, como também pelo desperdício de talento de Renato Góes e Julia Dalavia. Os atores são ótimos e a sintonia sempre foi a maior qualidade do par. Agora são raras as cenas que os valorizem de fato. É possível reverter o desastre provocado? Consertar não; amenizar talvez. As autoras são experientes e a produção vai até outubro, porém, está cada vez mais difícil. Parece um caso perdido.
As motivações da vilã são estapafúrdias e não convencem. O objetivo de vingar a morte do pai não faz sentido uma vez que Dalila estava com ódio de Aziz depois que o viu assassinar a mãe, Soraia (Letícia Sabatella), seu único alicerce emocional. E a personagem no fundo tem a plena consciência de que Jamil e Laila não mataram o sheik. Até porque a mocinha foi inocentada pela polícia com provas. E os alvos da vingança da menina até agora são pessoas que nunca tiveram contato com ela e em nada interferem na relação dos protagonistas. Destruir Miguel (Paulo Betti) --- pessoa que mal conversa com os mocinhos --- através de seu vício em jogos é forçado, assim como prejudicar o relacionamento de Elias (Marco Ricca) com a amante Helena (Carol Castro). Afinal, o ato da 'malvada' ---- fez a Missade (Ana Cecília Costa) descobrir o caso do marido e ainda provocou um acidente que causou o aborto da amante ---- mais ajudou do que prejudicou a relação. E tudo isso continuou deixando os, teoricamente, protagonistas avulsos.
Missade parece ter virado a verdadeira mocinha da novela. Laila virou uma mulher apagada que passa o dia cuidando do filho e preocupada com os pais. Jamil se transformou em um idiota que não consegue desconfiar de Dalila e ainda começou a ter ciúmes de Bruno (Rodrigo Simas). O ciúme, inclusive, virou o único conflito do casal. A mocinha também se incomoda com a proximidade do marido com a vilã. Um contexto bobo demais para um folhetim que tinha começado tão bem. O caso é tão preocupante que ambos não fariam falta se sumissem da trama. Até porque a filha de Aziz tem se vingado de todos ao redor e menos deles. Bastaria continuar arruinando a vida dos demais de forma gratuita (como já vem ocorrendo) e nada mudaria no andamento do roteiro.
O mocinho destemido e a mocinha corajosa estão irreconhecíveis em "Órfãos da Terra". Perderam o brilho, a determinação e a relevância. Viraram dois figurantes. É uma pena que isso tenha acontecido, não somente pela decepção que tem sido a história de Duca Rachid e Thelma Guedes, como também pelo desperdício de talento de Renato Góes e Julia Dalavia. Os atores são ótimos e a sintonia sempre foi a maior qualidade do par. Agora são raras as cenas que os valorizem de fato. É possível reverter o desastre provocado? Consertar não; amenizar talvez. As autoras são experientes e a produção vai até outubro, porém, está cada vez mais difícil. Parece um caso perdido.
Essas autoras nunca estiveram preparadas para o horário nobre. Silvio de Abreu fez muito bem em cancelar aquela novela delas.
ResponderExcluirEssa novela já é a maior decepção do ano. Me empolguei com o começa e agora tá uma chatisse. Esse casal eu nunca gostei mas tolerava pela novela boa, agora tá pior ainda.
ResponderExcluirSaudade de Junilo!!!
ResponderExcluirSEMPRE JOGANDO VERDADES NA CARA DESSA NOVELINHA SUPERESTIMADA!!! TE AMO!!!!!!!!
ResponderExcluirFica até difícil acreditar na competência de Duca Rachid e Thelma Guedes ao ver que, apesar da estável média geral de audiência, "Órfãos Da Terra" toma o mesmo rumo de "Joia Rara" (2013) em termos de enredo e personagens. E olha que atualmente até renego "Cordel Encantado" (2011), mesmo admitindo que a novela possuía seus atrativos. Sei que ainda é cedo para falar dos seis textos de retrospectiva anual do blog, mas posso prever que "Verão 90" com certeza ganhará um espaço na lista de piores deste ano de 2019. "Órfãos Da Terra" terá de lutar para não se juntar a "Verão 90" nessa lista.
ResponderExcluirGuilherme
já faz um tempinho q o sinal amarelo de alerta ligou com essa novela. gosto, acho q debate temas interessantíssimos. mas já reparei que não sinto falta. que esqueço de ver um pedaço que não consegui assistir. espelho da vida eu ansiava o dia todo a todos os capítulos, o mesmo acontece com topíssima que não quero perder um segundo. órfãos não me faz tanta falta. uma pena. ainda gosto. mas não morro de paixão. eu gostei muito da condução da laila na questão do pai. ela foi conversar com ele várias vezes. mas não empolgam realmente. jamil então virou figurante. acho que nao convence tb os trabalhos dos dois. sim, os dois são refugiados, mas sempre falaram o português corretamente. jamil foi promovido a gerente. mas o q mesmo a laila faz no salão da amiga? nao faz cursos, muito esquisito. realmente missade e o marido estão impressionantes. ele um banana apaixonado por uma amante possessiva. e missade passando por cima da traição para dar apoio na perda do filho. trama bonita, robusta, complexa. beijos, pedrita
ResponderExcluirPuxa Sérgio, que pena que a novela esteja perdendo o rumo com o casal de mocinhos...
ResponderExcluirEu não assisto mas estava torcendo para tudo dar certo e ser um sucesso pelo tema tão importante que o folhetim abrange...
Mas seu texto está impecável, como sempre querido amigo!!
Desejo uma semana maravilhosa amigo!!
Beijos!! :)))
A novela de fato perdeu o rumo. Não há nada atrativo para continuar a trama, tudo se esvaziou, até mesmo os núcleos paralelos cheios de casais e quase nada atrativos, fora Sara e Ali que roubaram a cena.
ResponderExcluirLaila e Jamil sempre foram um pouco chatinhos por conta do sotaque, algo sempre me incomodou, mas eram ótimos mocinhos. E agora até Benjamin, super desperdiçado na trama, colocou os neurônios para funcionar, enquanto o casal é enganado pela vilã flopada.
Aliás, que vilã mais capenga, só ameaça, sussurra pelos cantos e realiza planos de vingança totalmente ruins e equivocados.
Aziz, Soraya e Russen fazem falta a trama, assim como o núcleo das esposas do Sheik e o centro de refugiados no Líbano. Traziam consistência e seriedade a trama, que possui núcleos paralelos tenebrosos e que não agregam em nada.
Disse tudo!!!
ExcluirDiscordo do último parágrafo. Não acho as autoras boas, por mim já pode tirar outras férias de 5 anos.
ResponderExcluirA história morreu com Aziz. A vilã se vinga de qualquer um que passe na frente dela, menos dos alvos, rs. Sempre achei o Jamil mole demais pra ter sido o capanga de um homem como o sheik e a Laila ficou tão apagada agora que eu tenho a sensação que ela precisa de umas vitaminas, tomar um sol pra conseguir ficar em pé.
ResponderExcluirAté o tom de fala desses personagens, incluindo a vilã, é baixo, fraco, no sussurro. Falta darem uma vida pra essa novela, do figurino à própria trama, ficou tudo morno, infelizmente.
Hallo Sérgio! Ahhhh obrigada por ter aprovado aquele meu roteiro pra está novelinha. Kkkkkkkkk. Eu escrevo mesmo. Só não público nada. Quem sabe um dia.
ResponderExcluirMas falando desse casal eita tiro no pé. Eu tenho a impressão que elas quiserem fazer diferente. Quiseram ousar deixando o casal junto antes da metade da história, mas... Eis aí o resultado.
Analisando friamente não acho ambas tão boas assim. (Muito estimadas)e isso que eu amo Cordel (mas é uma novela com N falhas) Ao meu ver elas possuem idéias boas, elas pecam é no desenvolvimento.
Sinto que T&D queimam as cartas antes da hora.
Se eu for olhar pra audiência elas poderiam ir sim pro horário nobre, mas no quesito qualidade ainda não. Porém tem alguns autores no horário nobre que estão bem murchos então analisando por esse ângulo eu diria que elas são melhores que uns e outros.
Ninguém vai se lembrar desse casal quando a novela terminar não vai entrar para aquelas listas de melhores casais e olha que eles tem uma baita química. (O que eram aqueles beijos?) Mas não basta ter química tem que ter conflito. E por conflito não é ciuminho bobo não.
A audiência tá novela pelo visto tá bem, mas a história está rasa. Muitos acham que a novela é ótima por tratar de temas sérios (os refugiados) mas não. Não é pq uma história trata sobre um tema importante que ela é necessariamente boa. Uma história boa necessita de um enredo sólido (este parecia sólido, mas não é) Personagens intensos (Tínhamos um ótimo vilão com o Sheik. Um vilão com nuances. Estes são os melhores) Soraya era outra personagem com camadas que poderia ter rendido muito. Ambos foram cartas queimadas antes do tempo.
Dalila tbm era uma personagem rica, mas se perdeu em meio às rachaduras de um enredo que foi se derretendo qnd a primeira carta foi queimada.
Com isto os mocinhos por quem sentíamos gosto e simpatia acabaram chamuscados tbm. E agora estão aí como figurantes. Se ficarem uma semana sem aparecer ngm notará.
A morte do Sheik não teria problema nenhum se houvesse um coringa na manga. A vingança sem lógica de Dalila é apenas um blefe que muitos compraram pq todo mundo ama uma vingança. Porém esse navio tá furado e a história tá naufragando.
A verdade mesmo é que, Dalila (Alice Wegman) não convece na pele de vilã, Aziz (Herson Capri) era o vilão real da trama, era o que dava movimento a absolutamente TUDO! DALILA era somente uma filha mimada que pisava nos empregados, em termos de maldade, Camila (Anajú Dorigon) convence muito mais, porém a personagem está "humanizada".
ResponderExcluirTemos também Carmo Dela Vechia misterioso, sempre fazendo o mesmo papel, porém é extremamente apagado.
Cito os antagonistas pq eles que fazem tudo se mover, mas após a morte de Aziz, parece que tudo se perdeu junto!
Obs: a questão de Dalila, é uma opinião minha, não acho que a atriz que dá vida a personagem faça boas vilãs.
O Zamenza acompanha as novelas da Globo mesmo não estando boas, em compensação as da Record ele vê o primeiro capítulo só pra despistar e fazer resenha aqui depois nunca mais. Topíssima é disparado a melhor novela no ar mas ele ignora simplesmente porque não é da falida rede Globo. Ah, voce respondeu no outro tópico que a Globo não esta perto do fim porque é uma das maiores do mundo, e daí? O cara mais rico do Brasil, o Eike Batista, faliu. Todo mundo sabe que a Globo esta afundada em dívidas e vive a pior crise de audiencia de sua história.
ResponderExcluir*E ninguem engoliu a Globo ignorar o crime hediondo das lésbicas que cortaram o pênis do filhinho de uma delas pra tentar fazê-lo virar uma menina trans e um ano depois o mataram. E sabe por que? Porque a Globo é a maior incentivadora desaa maldita Ideologia de genero. Sem contar que defende tambem a bandidagem e faz campanha contra o Bolsonaro descaradamente. O fim da lei Roubanet mexeu com a ex-poderosa.
É verdade esse bilete.
ExcluirQuando a novela começou, eu gostei muito. Tinha história interessante, personagens carismáticos, cenário cuidadoso. Parecia que iria ser um novelão.
ResponderExcluirMas daí as autoras mataram a Soraia, uma personagem que era tão promissora. O amor proibido entre ela e o Hussein era bonito, prometia muito. E a relação dela com a filha e o marido era algo complexo, que poderia ser mais explorado. Mas a personagem morreu... Já fiquei meio decepcionada com isso.
Daí, as autoras mataram o Aziz, que era um vilão ótimo, muito bem interpretado pelo Herson Capri. Ele movimentava muito a trama, era um personagem vital. Mas também morreu... Eu achei isso um grande erro e pensei logo: "essa novela vai perder a graça". E não deu outra. Hoje em dia, nem assisto mais. Tentei assistir um capítulo outro dia, mas achei uma chatice. Parece que não tem mais história para contar.
É como você disse: não dá para consertar o desastre, talvez só amenizar. Mas acho difícil. As autoras mataram personagens importantes e estragaram o enredo. Uma pena, pois poderia ter sido uma grande novela.
Eh as autoras quiseram ousar e acabaram foi é se lixando, matar o grande vilao da novela logo no comeco é algo inovador porem arriscado demais, se elas tivessem outras cartas na manga, mas como esta dando pra ver nao tem.
ResponderExcluirEnfim meteram o pe na jaca.
Esta novela era tão boa. Com um tema que poderia ser bem desenvolvido mas se perdeu. Fauze um capanga cruel virou patético apaixonado pela personagem mais chata da novela. Dalila patética,Jamil e Laila figurantes . Desisti
ResponderExcluirVocê deve estar empolgado para a próxima: "Éramos Seis". Você adorou a versão com a Irene Ravache e considerou a melhor novela do sbt.
ResponderExcluirSim, Vannessa!
ResponderExcluirSdd, Kika.
ResponderExcluirObrigado, anonimo.
ResponderExcluirMe conhece bem, Guilherme.
ResponderExcluirPena msm, Pedrita.
ResponderExcluirObrigado, Adriana.
ResponderExcluirAssino embaixo, anonimo.
ResponderExcluirEntendo, anonimo.
ResponderExcluirDe pleno acordo, Mariana.
ResponderExcluirEu adirei, Leitora.. kkkkk E novamente assino embaixo.
ResponderExcluirCompreendo, Ronaldo.
ResponderExcluirO Eike faliu, anonimo??? kkkkk
ResponderExcluirJa joguei a toalha Roselii.
ResponderExcluirÉ isso, anonimo.
ResponderExcluirIdem, anonimo.
ResponderExcluirAdorei msm, anonimo.
ResponderExcluirCasal porre!
ResponderExcluir