quinta-feira, 23 de maio de 2019

Record volta a apostar em uma novela contemporânea com "Topíssima" e faz bem

Há cinco anos a Record não produzia uma novela não bíblica contemporânea. A última era "Vitória", de Cristianne Fridman, exibida em 2014. Ironicamente, a autora que marca essa volta aos folhetins atuais é a mesma Cristianne, que estreou "Topíssima", nesta terça-feira, dia 21, às 19h55, na faixa que exibia a reprise de "A Terra Prometida". A escritora, inclusive, também está no ar com outra produção inédita: "Jezabel", exibida logo após essa sua nova empreitada, às 20h45.


O novo folhetim enfrentou problemas antes da estreia. Isso porque Cristianne foi chamada pela Record, em 2017, para criar uma história para a faixa das sete. A sinopse foi aprovada em agosto e entraria no ar no primeiro semestre de 2018, substituindo "Belaventura". O título era "Rosa Choque" e só depois virou "Topíssima". Vários atores foram contratados pela emissora para a produção, mas tempos depois o projeto acabou cancelado em virtude do corte de custos. O canal manteria apenas a faixa das 20h45 com novelas inéditas e sempre bíblicas. A das sete seria preenchida com reprises.

Em novembro de 2018, a trama foi desengavetada pela emissora e a autora voltou a trabalhar na produção. Agora, em maio de 2019, finalmente foi ao ar. E já é possível observar vários elementos que Fridman adora: crimes, sequestros, mistérios envolvendo assassinatos e cenas de ação.
A estreia foi bem movimentada e a correria nos acontecimentos ficou evidente, principalmente em virtude da edição brusca das cenas. Mas a maior preocupação foi apresentar as dificuldades que os mocinhos terão com a polícia e o jogo de gato e rato que protagonizarão em vários momentos.

Sophia (Camila Rodrigues) é uma empresária independente que sempre abriu mão dos romances pela vida profissional. Prestes a assumir a presidência do Grupo Alencar (que administra faculdades particulares), é obrigada pela mãe (a fútil Lara - Cristiana Oliveira) a assinar um termo de que se casará dentro de um ano ou perderá o cargo. Quem não gosta é Paulo Roberto (Floriano Peixoto), meio-irmão de Lara que comandava o grupo pela incapacidade da perua para os negócios. Ele é o grande vilão da novela e mantém uma rede de tráfico com o policial corrupto Pedro (Felipe Cardoso) e o químico americano Taylor (Emilio Orciollo Neto), que desenvolve uma nova droga chamada Veludo Azul.

Já na favela do Vidigal mora Antônio (Felipe Cunha), um taxista honesto que ajuda a mãe (Mariinha - Silvia Pfeifer) com o restaurante Cantinho da Laje, mas que se tornou amargo assim que foi abandonado pela noiva (Aline Riscado), que o trocou justamente pelo traficante Pedro. Ela, inclusive, acaba assassinada pelo criminoso assim que descobre a verdade sobre o tráfico e Antônio vira o principal suspeito do crime. Ele e Sophia se encontram em virtude de uma batida de trânsito e têm uma briga feia. A ricaça, por sinal, até o reconhece porque costuma espiar a vida de moradores da comunidade em uma luneta, posicionada bem na janela de sua mansão. Os dois acabam se encontrando novamente pouco tempo depois, mas na cadeia porque Sophia também vira suspeita do crime ---- e essa parte não fez o menor sentido.

A história, vale observar, começou com uma breve cena seis meses à frente. A mocinha caminhava com a blusa manchada de sangue depois de ter visto sua mãe morta com uma facada nas costas. Ou seja, além do conflito envolvendo o assassinato da ex-noiva de Antônio, há ainda outro mistério a ser desmembrado. O elenco conta com nomes como Denise Del Vechio, Paulo César Grande, Kadu Moliterno, Eri Johnson, Rayanne Morais, Samara Felippo, Suzana Alves, Marcella Rica, Pérola Faria, Cássia Linhares, Sidney Sampaio, Juliana Didone, entre outros.

"Topíssima", dirigida por Rudi Lagemann, marca a volta da Record com novelas contemporâneas e a medida é muito válida, principalmente diante do evidente desgaste dos enredos bíblicos ---- "Jezabel" é um bom produto, mas está fracassando na audiência. Cristianne Fridman parece ter uma boa história em mãos.

11 comentários:

  1. Adorei a novela, a Record é otima com essas novelas não bíblicas tambem, e a audiencia foi muito boa. Silvia Pfeifer até melhorou como atriz na Record, coisa que na Globo nunca foi. A história é ágil mas sem perder o ritmo de novela e não como as novelas da Globo que de uns anos pra cá não parecem mais novela mas sim filme ou seriado americano. E a abertura tambem é otima.

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  2. estou adorando, foi uma surpresa e tanto. eu gosto bastante da armação q o tráfico faz para culpar os protagonistas. achei q fez sentido demais. nós q vimos a armação pode até parecer incoerente. mas é muito bem feita. todos acreditam até pq usam a rede pra difundir as fake news. ótima trama. e camila rodrigues, que atriz. só nao gosto da personagem da cristiana oliveira. beijos, pedrita

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  3. Apesar de não ser fã das novelas da RecordTV, "Topíssima" é uma boa pedida para a teledramaturgia da emissora, que há muito não produzia folhetins "seculares" e também para não desgastar ainda mais esse setor com o excesso de histórias com enredos originários dos livros da Bíblia.

    Guilherme

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  4. Não acompanho, mas acho muito bom mudar! Só de ver sempre as mesmas coisas nas propagandas, já enjoava... abraços, tudo de bom,chica

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  5. MIL vezes melhor que a novela escura da Globo Dona do Pedaço, estou viciada! Pra piorar a novela da ex poderosa tem o maluco petista do Zé do Breu, tô fora, kk.

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  6. Não vi diferença na Silvia, Rodrigo, mas respeito sua opinião.

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  7. Vai ficar feliz que ela vai morrer, Pedrita. bjssss

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  8. Dois meses depois, a novela continua ótima, mesmo depois de ter perdido uma das personagens mais interessantes, a Jandira - Brenda brilhou neste papel até o final.

    Confesso que os atores escalados pra protagonista me preocuparam um pouco no começo, mas logo mostraram que são capazes de dar conta do recado.

    Na minha opinião, a melhor novela no ar atualmente (optei por não acompanhar Bom Sucesso pela colisão de horários, mas acredito que seja interessante tb), pela agilidade mesclada ao humor e pelo bom equilíbrio dos núcleos em cena, sem contar aquela pitada boa de suspense, principalmente nas ultimas semanas.

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