A história de Cao, dirigida com brilhantismo por Paulo Silvestrini, concorreu com produções da Austrália, Canadá e Alemanha. Os vencedores foram anunciados pela Academia Internacional de Artes e Ciências da Televisão em uma cerimônia durante o MipTV. Essa foi a quarta indicação de "Malhação" no Emmy Kids e disputou duas vezes na categoria Digital ----- antes concorreu com "Malhação Sonhos" (2016) e "Malhação - seu lugar no mundo" (2017). Em 2015, concorreu como Melhor Série. É a primeira vez que a Globo vence essa premiação internacional na categoria "Kids".
O reconhecimento a respeito das inúmeras qualidades do enredo tão bem construído e desenvolvido por Cao Hamburger é mais do que merecido. O autor conseguiu tratar de assuntos relevantes como racismo, homossexualidade, autismo, abuso sexual, bullying, entre tantos mais, de maneira clara e inteligente para o andamento dos arcos dramáticos dos personagens.
Nada soou gratuito ou artificial, como ocorre na equivocada atual temporada, chamada de "Vidas Brasileiras", por exemplo. O ritmo ágil, inclusive, impressionou pelo fato do formato durar praticamente um ano no ar. Não é fácil fugir da famigerada "barriga" (a enrolação clássica da teledramaturgia) em um produto tão longo.
E a história inovou em vários aspectos. O cenário foi um dos casos. Pela primeira vez ambientada em São Paulo (todas as outras eram sempre no Rio de Janeiro), a "Malhação" explorou muito bem os locais conhecidos dos paulistas e apresentou bons enredos em cima de alguns costumes, como a vida complicada do motoboy Anderson (Juan Paiva). A saída do metrô de Vila Mariana, então, virou uma referência inesquecível da trama, pois o transporte público serviu para unir o quinteto protagonista eternamente.
A outra novidade muito bem-vinda foi a escolha de cinco meninas totalmente diferentes para o protagonismo do roteiro. Os casais também foram desenvolvidos com competência e não faltou química em todos eles, porém, os namoros nunca foram o foco principal. Isso depois de anos com o mesmo roteiro do casal de mocinhos que despertavam a inveja de um também casal de vilões ou então só da vilã. A premissa era a amizade firmada em virtude do parto de uma das protagonistas em pleno metrô. Aquele vínculo tão sensível entre Keyla (Gabriela Medvdovski), Lica (Manoela Aliperti), Tina (Ana Hikari), Ellen (Heslaine Vieira) e Benê (Daphne Bozaski) envolveu o telespectador logo no início. O sucesso foi do primeiro ao último capítulo.
Não por acaso, as cinco ganharão uma série chamada "As Five". A trama vai se basear no reencontro desse amado quinteto anos depois. As gravações começam em breve e a exibição estreia na Globo Play no final do segundo semestre ou início de 2020. Com certeza, a produção irá para a rede aberta posteriormente. Nunca, em 27 temporadas, houve algum produto derivado de "Malhação". Esse é mais um feito da história de Cao, que também ganhou o Emmy Kids em 2014 pela elogiada série "Pedro e Bianca", exibida na TV Cultura em 2012. Se o autor ganhar mais um Emmy, com o perdão da piada, já pode pedir música no "Fantástico".
A consagração internacional de "Malhação - Viva a Diferença" é fruto de um trabalho de equipe onde tudo funcionou. Autor inspirado e em plena sintonia com o diretor, elenco bem escalado, personagens bem construídos, casais apaixonantes, conflitos envolventes e história que mesclou drama, comédia e sensibilidade com maestria. Simples assim.
Sérgio, endosso todo o seu texto. "Malhação - Viva A Diferença" (2017) foi uma temporada tão especial e maravilhosa que continua rendendo frutos mesmo após o seu encerramento. Adorei ter como presente de aniversário no ano passado o derradeiro capítulo dela, embora não quisesse que fosse encurtada, pois tinha méritos de sobra para render um ano e um mês no ar, antes da Copa do Mundo começar. Fico bastante feliz com todo o reconhecimento que "Malhação - Viva A Diferença" vem recebendo sobretudo nas premiações em que concorre. E, claro, não poderia deixar de dizer esta frase, levando em conta os feitos de Cao Hamburger com sua temporada na história de "Malhação": "Dá vontade, não é, Emanuel Jacobina e Patrícia Moretzsohn?".
ResponderExcluirQUE PREMIO MERECIDO!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirNão vejo a hora dele voltar logo pra outra temporada. Ao lado da Rosane e do Paulo, ele foi o que mais soube dialogar com o público jovem e criar temporadas boas
ResponderExcluirMe arrisco a dizer que esse Emmy foi o mais merecido de todas as produções da Globo que já ganharam até hoje.
ResponderExcluirfiquei muito emocionada com essa notícia, merecidíssimo. q projeto incrível. beijos, pedrita
ResponderExcluirDe acordo com os colunistas do UOL Mauricio Stycer e Cristina Padiglione, o spin-off de "Malhação - Viva A Diferença" (2017) estreará em 2020 no GloboPlay e contará com dez episódios. Não vejo a hora de essa estreia acontecer na TV aberta também. E concordo integralmente com o anônimo que disse aqui nos comentários que Cao Hamburger, ao lado de Rosane Svartman e Paulo Halm (cuja próxima novela, "Bom Sucesso", já me deixou empolgado), foi o que mais soube dialogar com o público jovem e criar temporadas boas.
ResponderExcluirSérgio,porque vc não cria um canal no youtube,assim vc explanaria melhor suas ideias q vc coloca aqui no blog ,lá no Youtube
ResponderExcluirQue Cao volte após a Priscila Steinmann! Adorei esse Emmy, só assim pra Globo liberar info do spin off, né? Dentre todas as merdas que o Silvio de Abreu fez em sua gestão, encurtar MVAD pra colocar Vidas Brasileiras no lugar deve ser uma das que ele mais se arrepende. Agora, mudando de assunto, Sérgio, o que vc está achando de Verão 90? Não vejo muitos comentários seus sobre
ResponderExcluirPrêmio muito merecido para um temporada tão primorosa. Não devia ter sido encurtada! Que essa história possa ser ainda mais reconhecida. S2
ResponderExcluirMuito obrigado, anonimo.
ResponderExcluirMuito, anonimo.
ResponderExcluirDe pleno acordo, anonimo.
ResponderExcluirMerecido, Heitor.
ResponderExcluirIncrivel, Pedrita.
ResponderExcluirSao ótimos mesmo, anonimo.
ResponderExcluirNao sou bom falando nao, Matheus.
ResponderExcluirIsso, Malu. Até hj nao entendo. E escreverei sim sobre Verão 90, mas é que nao tive tempo ainda. Foi tudo sobre Espelho da Vida, depois veio órfãos e agora Malhação. Semana que vem posto.
ResponderExcluirNao mesmo, Chaconerrilla!
ResponderExcluirQue notícia boa Sérgio!!!!! No meio de tanta notícia ruim divulgada todos os dias, algo pra trazer pelo menos um pouco de alegria!!!
ResponderExcluirViva a Diferença foi, pelo pra mim, a melhor de todas as temporadas por tantos motivos que eu poderia ficar aqui escrevendo um texto enorme haha
Esse Emmy foi merecidíssimo e espero que a Globo nunca mais solte o Cao Hamburger.
Abraços ^^
Ah, saudades desta Malhação. Posso dizer que é o antônimo da Malhação atual: os atores jovens mas talentosos, dava para perceber a empatia entre eles, a maestria do autor e da direção. Muito merecidoooo!!!
ResponderExcluirÉ isso, Marcos!
ResponderExcluirConcordo, Cleu.
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