Retrospectiva 2018: os melhores casais do ano

Ao contrário de todos os sites e blogs, que optam em apenas selecionar os destaques e os piores do ano, o De Olho Nos Detalhes também engloba outra categorias nas listas de retrospectivas. E um dos diferenciais do meu modesto espaço é listar os melhores pares românticos das tramas. Em 2018, tivemos casais apaixonantes em vários horários, mas "Orgulho e Paixão" foi a novela que mais contou com romances cheios de química. Mas outras faixas também tiveram sua fatia de romantismo. Vamos ao casais.

Ernesto e Ema ("Orgulho e Paixão"):
O romance do italiano desbocado com a sua Baronesinha não estava previsto no roteiro da primorosa novela de Marcos Berstein. Na verdade, até estava. Mas seria apenas um rápido conflito para par "oficial": Jorge (Murilo Rosa) e Ema. Todavia, a relação cheia de tapas e beijos conquistou o público e o casal virou um dos trunfos da história, dividindo o protagonismo com os irmãs Benedito. Rodrigo Simas e Agatha Moreira transbordaram química e a música "Ficar", de Anavitória, combinou lindamente com o par.

Clara e Patrick ("O Outro Lado do Paraíso"):
A novela de Walcyr Carrasco foi o maior fenômeno do ano e a cumplicidade da mocinha vingativa com o seu advogado logo despertou torcida por um romance. Os laços cada vez mais fortes acabaram virando uma linda história de amor, após muitas vinganças e planos contra os seus inimigos. O autor adiou o quanto pôde a primeira transa do par e só a exibiu no último capítulo. Mas a espera valeu a pena e a sequência protagonizada por Thiago Fragoso e Bianca Bin elevou a temperatura do final da trama.

Aurélio e Julieta ("Orgulho e Paixão"):
A poderosa Rainha do Café viu o amargor de sua vida se dissipar graças ao sempre solícito homem que até então era sua maior vítima. Após despejá-lo com sua família, Julieta começou a perceber um sentimento cada vez mais intenso e aos poucos seu coração, endurecido pelos traumas do passado, foi amolecendo. O casal "Aurieta" teve uma torcida apaixonada e Marcelo Faria e Gabriela Duarte tiveram sintonia de sobra. Bonito de ver.

Rafael e Laura ("O Outro Lado do Paraíso"):
Após uma sucessão de traumas em virtude do abuso que sofreu do padrasto, Laura conseguiu dar a volta por cima ao lado de um novo amor. O romance dela com o médico Rafael foi conduzido com muita sensibilidade pelo autor. Igor Angelkorte e Bella Piero ótimos.

Bruno e Raquel ("O Outro Lado do Paraíso"):
O romance do delegado com a empregada que virou uma respeitada juíza era um dos atrativos da trama das nove e a química entre Caio Paduan e Érika Januza era a protagonista das cenas do casal.

Mercedes de Josafá ("O Outro Lado do Paraíso"):
Walcyr é um autor que sempre valoriza os veteranos e costuma criar lindos casais. A relação da vidente com o caminhoneiro foi uma delas. Que prazer ver Fernanda Montenegro e Lima Duarte valorizados como merecem.

Guto e Benê ("Malhação - Viva a Diferença"):
Foi o melhor casal de uma das mais elogiadas temporadas de "Malhação". Cao Hamburger criou uma trama envolvente e o sucesso foi merecido. O romance nada convencional do menino que não gostava de sexo, como outros garotos, e da menina que não suportava contatos físicos foi encantador. O casal "Gunê" virou um dos muitos trunfos do enredo e a sintonia entre Bruno Gadiol e Daphne Bozaski emocionou.

Jota e Ellen ("Malhação - Viva a Diferença"):
O segundo melhor casal da trama foi defendido com talento por Hall Mendes e Heslaine Vieira. A química dos atores logo se evidenciou e o romance dos nerds que eram apaixonados por informática conquistou o público. No início, era apenas uma paixão platônica do tímido menino, mas com o tempo a menina se desarmou para se entregar ao sentimento. Lindos.

Tato e Keyla ("Malhação - Viva a Diferença"):
A primeira relação amorosa do enredo de Cao. O rapaz assumiu um filho que não era dele só para ajudar a melhor amiga e acabou ganhando uma família linda. Apesar das idas e vindas, os dois sempre estiveram juntos e o amor nunca apagou. Matheus Abreu e Gabriela Medvedovski tiveram uma parceria bonita de se ver.

Samantha e Lica ("Malhação - Viva a Diferença"):
A temporada foi tão acertada que até um casal que não estava planejado funcionou e ganhou uma imensa torcida. Nada mais apropriado do que esse romance para uma história cujo subtítulo foi "Viva a Diferença". A relação entre a menina que "pegava" todo mundo com a garota que enfrentava problemas em todos os seus relacionamentos foi bem construída pelo autor, que expôs uma descoberta mútua, pois ambas nunca tiveram um relacionamento homossexual. Giovanna Grigio e Manoela Aliperti brilharam.

Tina e Anderson ("Malhação - Viva a Diferença"):
O relacionamento foi focado na luta contra o preconceito racial e social. Cao abordou a questão com propriedade através desse ótimo par e grande parte dos conflitos da reta final ficou por conta da ironia em torno da descoberta do câncer de Mitsuko (que recebeu o sangue do negro que ela tanto desprezava). Ana Hikari e Juan Paiva foram muito bem.

 Ulisses e Selena ("Deus Salve o Rei"):
A novela medieval de Daniel Adjafre demorou a engrenar e não teve muitos pares interessantes, mas o romance do rapaz que adorava cozinhar com a menina que era apaixonada por batalhas foi uma ótima sacada. Infelizmente, o escritor perdeu muito tempo deixando Selena sem função do enredo ou então protagonizando um triângulo desnecessário com Saulo (João Vithor Oliveira) e depois com Tiago (Vinícius Redd). Mas, ao menos na reta final, a personagem deslanchou e protagonizou ótimos momentos, incluindo o seu final feliz com seu amado. Giovanni De Lorenze e Marina Moschen formaram um lindo casal.

Rodolfo e Lucrécia ("Deus Salve o Rei"):
Que dupla. Johnny Massaro e Tatá Werneck tiveram uma parceria perfeita na trama medieval. O irmão de Afonso era um galinha que não perdoava nenhuma mulher bonita que se aproximasse, enquanto a ex-rainha agarrava qualquer homem que puxasse um assunto. Porém, os dois realmente se gostavam e no final ficaram juntos.

Darcy e Elisabeta ("Orgulho e Paixão"):
Os mocinhos da trama das seis representavam os personagens mais clássicos da escritora inglesa Jane Austen, do livro "Orgulho e Preconceito". Nathalia Dill e Thiago Lacerda foram muito bem e a relação de gato e rato do casal expôs um clichê que raramente falha. Os dois protagonizaram cenas de romance lindas e até tinham momentos cômicos ao longo dessa trama tão gostosa e bem desenvolvida pelo autor.

Hermano e Maria ("Onde Nascem os Fortes"):
A "supersérie" de George Moura e Sérgio Goldenberg apresentou uma história intensa e repleta de tragédias. No entanto, apesar dos vários momentos bastante dramáticos, a relação conturbada de Hermano e Maria evidenciou a química entre Gabriel Leone e Alice Wegmann. Os personagens tiveram raros instantes de paz, mas se apoiaram em situações onde a tensão era a grande protagonista.

Luccino e Otávio ("Orgulho e Paixão"):
Uma relação cuja delicadeza encantou o público. O autor resolveu desenvolver a relação entre dois personagens aparentemente sem muita importância no roteiro e acabou transformando o casal em um dos muitos pontos positivos da novela. Ainda entrou para a história da teledramaturgia com o primeiro beijo gay do horário das seis da Globo. Juliano Laham e Pedro Henrique Muller (uma grata revelação) emocionaram.

Cássia e Pedro Gouveia ("Onde Nascem os Fortes"):
Os dois passaram a trama quase toda se enfrentando. Isso porque ela achava que ele tinha matado seu filho. Mas, aos poucos o mistério foi se dissipando à medida que a corajosa mulher investigava sobre o crime. Os personagens só se envolveram na reta final, mas é sempre bom ver o entrosamento de dois grandes atores. Como a supersérie passou bem longe de uma história com finais felizes, o casal terminou separado. Mas em paz. Patrícia Pillar e Alexandre Nero deram um show.

Clecio e Aurora ("Onde Nascem os Fortes"):
A relação só surgiu nas últimas semanas, mas foi desenvolvida com sensibilidade. A menina que sofria de lúpus encontrou o amor nos braços do jovem ajudante do delegado que era constantemente intimidado pelo seu chefe. Ravel Andrade e Lara Tremouroux tiveram cenas bonitas.

Cecília e Rômulo ("Orgulho e Paixão"):
O romance da menina sonhadora com o rapaz íntegro rendeu muitos momentos delicados para Anaju Dorigon e Marcos Pitombo. Os dois fizeram parte de um enredo que tinha um toque de conto de fadas, com direito até a "casa mal assombrada" e elementos lúdicos. na reta final, a relação ficou ainda mais bonita com a adoção de um recém-nascido abandonado na casa de Ofélia (Vera Holtz). E foi um prazer ver a talentosa Anaju de volta à Globo, após o sucesso de Jade em "Malhação Sonhos".

Camilo e Jane ("Orgulho e Paixão"):
Maurício Destri e Pâmela Tomé tiveram química logo na primeira cena juntos e desde então foi gostoso acompanhar a saga do príncipe do café ao lado de sua gata borralheira. O romance teve um quê de "Cinderela", onde Julieta Bittencour representava a "madrasta má" que fez de tudo para atrapalhar a relação. Mas, claro, a personagem nunca foi uma vilã e acabou ficando do lado do filho, após muitos desentendimentos e mágoas do passado.

Brandão e Mariana ("Orgulho e Paixão"):
No início, o romance parecia desinteressante. Porém, Marcos Berstein conduziu a relação com competência e o casal engrandeceu os personagens, que protagonizaram cenas bem intensas quando Mariana teve seus cabelos cortados por Xavier. Malvino Salvador e Chandelly Braz tiveram sintonia e o par despertou uma justa torcida.

Ofélia e Felisberto ("Orgulho e Paixão"):
Que a novela das seis teve bons casais para dar e vender já está bem evidente, mas o autor acertou até com os pares que tinham menos importância no roteiro. Vera Holtz e Tato Gabus Mendes muitas vezes serviam de "escada" para as cinco filhas, mas ainda assim os atores tiveram boas cenas e formaram um divertido casal. Queridos.

Fani e Edmundo ("Orgulho e Paixão"):
O casal só aconteceu de fato depois da metade da novela. Afinal, Fani era uma jovem amargurada e maldosa justamente por causa da separação do seu grande amor. Após muito sofrimento, a menina soube da verdade com a volta de Edmundo e os dois ficaram juntos. Thammy Di Calafiori esteve muito bem e sua sintonia com Nando Rodrigues foi imediata.

Olegário e Charlotte ("Orgulho e Paixão"):
Outro casal que só foi formado na reta final da trama. Ainda assim, o romance ficou bonitinho e os personagens já haviam sofrido bastante por amor. Ele era a representação do clássico 171, após ter sido traído pela então esposa Genésia (Alessandra Negrini). Já ela perdeu a virgindade com um canalha e nunca mais achou um novo pretendente. Joaquim Lopes e Isabella Santoni tiveram boas cenas.

Samuca e Marocas ("O Tempo Não Para"):
Os protagonistas da novela das sete de Mário Teixeira honram o posto e a química entre Nicolas Prattes e Juliana Paiva (que namoram na vida real) é nítida. Os atores já protagonizaram várias cenas cômicas e românticas. A sequência mais recente, do "casamento Samurocas", foi repleta se sensibilidade e bela troca de olhares. Mocinhos que dão vontade de torcer.

Randolfo e Lídia ("Orgulho e Paixão"):
Os dois foram os grandes responsáveis pela inserção de vários musicais da deliciosa novela das seis. Como o soldado era gago, muitas vezes só conseguia se declarar cantando e a ideia do autor deu tão certo que outras cenas foram criadas ao longo da trama, incluindo a do casamento deles. Tudo parecendo filme da Disney. Miguel Rômulo  e Bruna Griphao estiveram ótimos juntos.

Carmem e Dom Sabino ("O Tempo Não Para"):
Christiane Torloni e Edson Celulari repetem a parceria já vista em outras novelas, como "América" e "Alto Astral". A moderna empresária e o antiquado homem de 1886 formaram uma dupla maravilhosa assim que se encontraram pela primeira vez e desde então protagonizam cenas hilárias na história. Os atores vêm sendo valorizados como merecem em um elenco onde, infelizmente, muitos nomes acabaram deixados de lado.

Evandro e Carolina ("Sob Pressão"):
Os médicos da melhor série de 2017 e 2018 seguem lutando pela vida de seus pacientes e contra a corrupção na saúde. Complexos e cheios de dramas pessoais, os personagens são brilhantemente interpretados por Júlio Andrade e Marjorie Estiano, que novamente deram um show do primeiro ao último episódio. E o casal --- que raramente tem um minuto de paz --- tem química, sintonia e cumplicidade. Apesar de tudo.

Miss Celine e Elmo ("O Tempo Não Para"):
Um casal que tinha tudo para não funcionar. Tanto que o autor nem apostou tanto no par quando resolveu aproximar o rapaz de forma súbita com Damásia (Aline Dias). No entanto, a relação cheia de lambidas e conflitos de palavras caiu no gosto do público e Mário Teixeira resolveu uni-los de vez. Maria Eduarda de Carvalho e Felipe Simas estão perfeitos na comédia e o par formado por uma professora letrada e um jovem que só fala gírias tem muita sintonia.

Júlia e Danilo ("Espelho da Vida"):
O amor de outras vidas raramente falha na dramaturgia. E Elizabeth Jhin vem apostando na química entre Vitória Strada e Rafael Cardoso nas cenas repletas de delicadeza protagonizada por eles em 1930, quando a mocinha viaja no tempo em busca da verdadeira história sobre a sua vida passada. O casal tem uma forte torcida e os mistérios em torno da trama vêm despertando cada vez mais interesse, incluindo o aparecimento do rapaz em 2018.

Vicente e Margot ("Espelho da Vida"):
Ele morreu logo no segundo capítulo, mas isso não é problema em novela espírita. O personagem continua aparecendo na novela e de vez em quando visita sua Margotinha, que sempre se emociona com a "presença" do amado. Reginado Faria e Irene Ravache engrandecem qualquer elenco.





O que não faltou foi casal para "shippar" em 2018. Tem opção para todos os gostos e sempre com atores talentosos compondo os pares. Que em 2019 o público tenha tantas opções quanto, pois ninguém resiste a um bom romance para torcer.