quarta-feira, 17 de outubro de 2018

"Amor e Sexo" se tornou um programa importante na grade da Globo

A décima primeira temporada do "Amor e Sexo" estreou fazendo barulho e não foi uma novidade. O programa comandado por Fernanda Lima tem na boa repercussão um de seus grandes êxitos. Tanto que já tentou sair do ar e não conseguiu. A "última temporada" chegou a ser anunciada várias vezes e a promessa nunca foi cumprida. O formato entrou na grade da Globo pela primeira vez em 2009, não foi exibido em 2010, teve três temporadas em 2011 e duas em 2012. Em 2015 não foi ao ar, mas desde 2016 tem mantido o padrão de uma temporada por ano.


O início dessa nova saga, na última terça-feira (09/10), se mostra importantíssima em virtude do atual momento do Brasil. Em meio a eleições movidas pelo ódio entre os eleitores e uma grande onda conservadora, o programa faz questão de tocar ainda mais em temas que despertam discussão, como machismo, racismo, homofobia, objetificação da mulher, enfim... Questões que viraram alvo de pessoas reacionárias 'defensoras da família'.

É verdade que a identidade do formato se perdeu há alguns anos. A temática em torno do sexo e as brincadeiras que eram feitas sobre o assunto acabaram perdendo a importância, cedendo lugar para ativismos. Ainda há algum tipo de diversão, mas não preenche nem dez minutos de programa.
A própria estreia é um exemplo, pois a divertida ''prova da sarrada" (cujos participantes se tocavam com os olhos vendados em uma cabine e depois decidiam se iam se beijar ou não) foi bem rápida e logo saiu de cena para discussões sobre o respeito ao próximo.

O excesso de "militância" algumas vezes realmente acaba cansando e isso já era perceptível nas temporadas mais recentes. Uma mistura mais equilibrada entre o entretenimento e a informação era o ideal. No entanto, no atual momento do Brasil, isso é necessário. É muito louvável que um programa tão corajoso quanto o "Amor e Sexo" continue indo ao ar. Todos os assuntos são explorados sem medo e sempre jogando verdades "inconvenientes". Os breves discursos de Fernanda Lima na estreia, por exemplo, foram ótimos. Um deles até merece a transcrição: "O futuro não pode estar atrás das grades. Não pode ser feito de humilhação e exclusão. O futuro é empatia, justiça. É um chama todo mundo. A gente faz parte da mesma humanidade. E ninguém pode ser feliz sozinho".

A bancada segue formada por Regina Navarro Lins, José Loreto, Mariana Santos, Eduardo Sterblitch, Dudu Bertholini e agora a filósofa Djamila Ribeiro. O primeiro programa contou com a youtuber Jout Jout e a atriz Bruna Linzmeyer como participantes especiais. A discussão em torno do racismo e da diferença entre cantada e assédio se sobressaiu, assim como o desabafo de Bruna sobre as notícias de sua condição sexual ---- ela assumiu um relacionamento com outra mulher há algum tempo. Já o segundo programa, exibido nesta terça (16/10), falou sobre o poliamor e teve participação de Preta Gil e Débora Nascimento. As várias formas de amor foram debatidas e alguns casais que se relacionam com outras pessoas foram ao palco compartilhar a experiência. A brincadeira na cabine de espuma divertiu.

O "Amor e Sexo" segue com bons atrativos e Fernanda Lima domina o palco como poucas. É verdade que o excesso de didatismo em alguns momentos prejudica o andamento da atração, mas a presença desse programa na grade de uma emissora aberta como a Globo se faz cada vez mais necessária. Ainda que seja tarde da noite. Quem dera todo mundo fosse tão mente aberta como os convidados (anônimos e famosos) que sempre engrandecem o formato com suas corajosas participações.

11 comentários:

  1. Amo esse programa e vou defende-lo até o fim. Amor e Sexo se faz necessário ainda mais nesses tempos de intolerância, desrespeito ao próximo e a presença dos "donos da verdade" que acreditam que suas opiniões são "verdades únicas e absolutas" atacando quem pensa diferente. Fernanda Lima segue linda e impecável na apresentação assim como a bancada de convidados. Vida longa ao programa.

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    1. Esse programa é uma doença, envenena a sociedade e destrói a família. Um programa que incentiva a traição e luta contra valores não merece ter apoio popular.

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  2. Esse programa já deu, desculpa.

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  3. Não vejo mais, passa muito tarde e eu acordo cedo.
    big beijos
    www.luluonthesky.com

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  4. Esse programa parece aquelas propagandas politicas do PSOL. Chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaato.

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  5. Eu penso que a nova temporada do Amor e Sexo estreou no momento errado. Deveriam ter mantido o programa para o início do ano. Ainda mais agora, vide os comentários cretinos do Twitter de apoiadores daquele lá, que acham que defendê-lo significa atacar com palavras chulas quem discorda. Basta ver alguma postagem sua sobre o programa.

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