Lázaro Ramos e Taís Araújo emprestaram o carisma deles para os personagens, honrando o protagonismo e sendo valorizados como merecem. A primeira temporada, exibida em 2015, esteve focada no preconceito dos vizinhos com os 'suburbanos' que subiram de vida, rendendo muitos conflitos hilários, mas também cheios de mensagens indiretas no texto a respeito de intolerância e racismo. Andreia (Fernanda de Freitas) era a maior representante do ódio ao casal, sempre brigando com o marido (Henrique - George Sauma), que ironicamente virou advogado de Brau, participando ativamente dos contratos de shows e afins.
O êxito da série implicou na segunda temporada em 2016, mantendo o foco nas trapalhadas protagonizadas por Brau e Michele, agora mais próximos dos vizinhos e precisando lidar com as consequências do sucesso. Outros personagens já presentes no enredo ganharam mais destaque, como Lima (Luís Miranda), Gomes (Kiko Mascarenhas) e a empregada Catarina (Cláudia Missura).
Porém, na reta final mostrou poucas possibilidades para uma continuação, sem evitar maiores desgastes. As situações estavam se repetindo e as tiradas não eram mais tão divertidas quanto antes. Ainda assim, a terceira temporada foi assegurada.
Em 2017, com o intuito de proporcionar novos desdobramentos, Mr. Brau e Michele adotaram três crianças: Egídio (Leonardo Lima), Lia (Brunna Oliveira) e Carlito (Sérgio Rufino). Houve até um crossover com a novela "Rock Story", através do encontro de Brau e Michele com Gui Santiago (Vladimir Brichta), no enredo de Maria Helena Nascimento, com o intuito de divulgar o terceiro ano da série. Mas, infelizmente, todos os esforços não conseguiram evitar a mesmice das situações. Curiosamente, a participação de Fernanda Montenegro vivendo Dona Rosita, a intrometida mãe de Gomes, é que despertou uma maior atenção, mesmo tendo participado de poucos episódios. Todavia, a Globo ainda quis outra temporada e em 2018 estreou a quarta.
Novamente, é preciso elogiar a tentativa de Jorge Furtado de renovar a trama, mesmo com poucas possibilidades para tal. A saída do roteirista foi colocar Michele como foco central, deixando Brau mais de lado, explorando uma certa decadência do cantor e a ascensão de sua esposa, que passou a cantar lindamente, fazendo inúmeros shows. Até mesmo a abertura mudou, cedendo espaço para a matriarca da família, que passou a dividir os vocais com o marido na música-tema. A ideia se mostrou válida, mas na prática acabou não funcionando. Simplesmente porque não há como criar outras situações que já não foram apresentadas antes. A mudança acabou sendo apenas no protagonismo, afinal, os conflitos eram os mesmos de sempre e os instantes cômicos não surtiam mais efeito. Até mesmo os perfis secundários cansaram, como Andreia, Henrique e Gomes. Nem mesmo a entrada de Cacau Protásio e Lellêzinha no elenco provocou alguma melhora. E foi um erro trazerem de volta Priscila, personagem feminina de Lázaro em "Sexo Frágil", série de Luis Fernando Veríssimo, adaptada por Guel Arraes. O seriado de 2004 era uma bobagem só e não tinha a menor graça. A caricata mulher serviu apenas para ser a nova namorada de Gomes, rendendo momentos constrangedores.
"Mister Brau" foi uma boa série, mas deveria ter fechado seu ciclo na segunda temporada. É difícil um seriado cômico voltado para um único tema ter fôlego para muitos anos. Poucos conseguiram se manter um longo tempo sem apresentar sinais de esgotamento. O próprio "Tapas & Beijos" sofreu desse mal antes de sair do ar e nem "A Grande Família" escapou da limitação do enredo, apesar dos 13 anos de duração. Infelizmente, a produção não conseguiu evitar o desgaste e ainda bem que resolveram encerrá-la na quarta temporada. O casal Brau não tinha mais história para contar.
Essa série sempre foi um porre.Já vai tarde!!!!
ResponderExcluirConcordo plenamente! Já vai tarde.
ResponderExcluirDe "tão boa" a série, nem sabia que tinha acabado,rs... abração,chica
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Mister Brau tem um papel social muito importante.: destacar os atores afrodescendentes como protagonistas em uma produção de teledramaturgia com boa audiência. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirEita Sérgio, você é mesmo um mago e já antecipa e analisa o que não era para ter sido...
ResponderExcluirInfelizmente o seriado não tem mais história e tornou-se modorrento...
Não tinha fôlego e nem necessidade para uma nova continuação...
Você sabe mesmo das coisas....
Um super beijo e uma semana maravilhosa!!!! ;))))))
A televisão brasileira é muito branca, mas a maioria dos brasileiros não é.
ResponderExcluirAs emissoras de TVs do Brasil já deveriam estrear programas como “Mister Brau”, um programa de comédia semanal estrelado por Lázaro Ramos e Taís Araújo como um casal de pops de sucesso (E eles também são casados na vida real).
A população do Brasil é mais de 50% negra, mas os noticiários de televisão e entretenimento raramente refletem essa diversidade. Então, quando um programa de televisão "afro brasileiro" é inovador. E quando um dos principais atores femininos e masculinos do Brasil estrelam, é uma vitória para todos nós.
Já deu o que tinha que dar mesmo. Mas foi bom enquanto durou. Vc aprecia novelas mexicanas? Sei que não tem nada a ver com o blog, afinal estamos no Brasil.. rss Mas eu gostaria de saber se você curte esse tipo de novelas (Dramalhão exagerado). Eu até curto, mas acho que já está na hora do México mudar o estilo de novelas, não sei como o povo lá aguenta tanto drama excessivo, na mesmisse, sem renovar quase nada. Sem contar que essa coisa de dramalhão já está fora de moda, até mesmo um tanto cafona. Rss
ResponderExcluirÉ verdade, anonimo.
ResponderExcluirConcordo, Décio.
ResponderExcluirPois é, Chica... rsrs bjs
ResponderExcluirIsso sem dúvida, Fábio.
ResponderExcluirSempre carinhosa, Adriana. Bjsss
ResponderExcluirSim, Day. Mas já tava na hora de acabar.
ResponderExcluirEu só vi as clássicas, anonimo, e amei. A Usurpadora, Maria do Bairro, Maria Mercedes e Marimar. Mas as outras nunca vi e confesso que não me interessa justamente por se parecerem tanto.
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